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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS TEORIA (BLOCO II) SEMÂNTICA (ESTUDO DOS SENTIDOS DAS PALAVRAS) LITERAL (DENOTATIVO): é o sentido convencional, real, que não permite mais de uma interpretação, igual para todos os falantes da língua. É utilizado nos discursos científico, acadêmico ou técnico, entre outros. CONTEXTUAL (CONOTATIVO): é o sentido figurado, diferente do convencional e que normalmente não está nos dicionários. Tal sentido advém do contexto em que o vocábulo aparece. É apropriado à linguagem literária, cujas palavras mais sugerem do que informam. PRINCIPAIS RELAÇÕES DE SENTIDO ENTRE OS VOCÁBULOS NOS TEXTOS SINONÍMIA: ocorre quando palavras podem ser substituídas umas pelas outras sem prejudicar a compreensão das ideias do texto. Exemplo: Em determinada prova, havia a seguinte assertiva: “Pode-se substituir o vocábulo hemisférica por minuciosa sem que isso altere as relações de sentido do texto.” A princípio, parece ser impossível estabelecer uma relação de contiguidade semântica entre tais vocábulos, mas - no texto - o autor dizia: “Eu me considero um consumidor tão educado que nunca compra nada sem antes fazer uma tomada hemisférica de preços”. Neste caso, o vocábulo “minuciosa” não só substitui hemisférica como é o mais adequado ao contexto. ANTONÍMIA: ocorre quando duas ou mais palavras se opõem quanto ao significado, normalmente dentro do texto. Exemplo: Em outra prova, a assertiva trazia a „oposição conceitual‟ existente entre os vocábulos “branco” e “vermelho” – que podem remeter tanto “paz x guerra” quanto a “pureza x pecado”. Ou, ainda, a oposição contextual entre os vocábulos “simples” e “correto” na construção “Há o caminho simples, proibir; e (mas) há o caminho correto, educar.”. REESCRITURAS DE TEXTOS PARÁFRASE Consiste no desenvolvimento interpretativo de um texto, ou seja, é a “tradução” das ideias do texto original, com palavras do próprio tradutor, sem nada acrescentar ou omitir sobre aquilo que está no original. Quanto à forma, a paráfrase tende a ter quase o mesmo tamanho do texto original. OBS.: A paródia é um tipo de paráfrase satírica, com o propósito de contestar ou ridicularizar outros textos. Tem, portanto, como características a caricatura e a fuga à intenção primeira do autor. PERÍFRASE Consiste no emprego de um rodeio de palavras e outros floreios para exprimir, traduzir as ideias de um texto ou de parte dele. A perífrase textual pode ser útil para dar a um mesmo tema leituras diferentes. OBS.: A PERÍFRASE é também um processo que consiste em expressar por meio de muitas palavras o que se poderia dizer em poucos termos. Neste sentido, a perífrase assume, quase sempre, a feição de figuras de linguagem tais como a metáfora, a metonímia e, sobretudo, a antonomásia (como exemplo, a substituição de Rui Barbosa por “águia de Haia” ou de Castro Alves por “poeta dos escravos” etc.). SÍNTESE Consiste em traduzir em poucas palavras aquilo que o autor expressou de maneira ampla. Neste caso, agrupam-se os fatos particulares em um todo, dando-lhes uma visão geral. A síntese é, na prática, a operação do pensamento por meio do qual se chega ao resumo. RESUMO Consiste em traduzir um texto, fazendo uma condensação fiel de suas ideias. Assim, reduz-se o texto ao seu esqueleto essencial, com o propósito de captar suas ideias relevantes, respeitando a progressão em que elas se sucedem e encadeando cada uma das partes. Na SÍNTESE, a tradução se realiza mediante o uso de palavras próprias de quem está traduzindo o texto. No RESUMO, a tradução é feita preservando-se as palavras do texto de origem. Ou seja, o que ocorre é apenas o “enxugamento” das ideias do texto original. DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL CORREÇÃO: implica obediência às regras gramaticais da língua portuguesa (NORMA CULTA/NORMA PADRÃO). OBS.: Muita atenção à diferença entre os vocábulos CORREÇÃO e ADEQUAÇÃO da linguagem: muitos jornais e revistas de grande circulação já utilizam traços do português contemporâneo falado no Brasil em seus textos escritos. E muitos examinadores já cobram essa percepção/atualização do candidato: é um tipo de linguagem considerado “adequado” a uma boa parte de textos jornalístico e literários (ADEQUAÇÃO DO DISCURSO). CONCISÃO: avalia a condensação das ideias do texto, sem perda da essência da informação. COERÊNCIA: verifica a adequação entre o que afirma o autor e o que diz o próprio contexto. Nesse caso, é imprescindível que o candidato conheça o assunto a que o texto faz referência. COESÃO: avalia a ligação estabelecida entre palavras, termos, orações ou, mesmo, parágrafos de um texto. Essa ligação se dá por meio de recursos vocabulares, sintáticos e semânticos – denominados nas provas de conectivos, coesivos ou conectores. OBS.: Assim como a coesão está relacionada com a parte visível (superfície) do texto, a coerência está atrelada ao que se deduz do todo. Desse modo, a coerência exige uma concatenação perfeita entre as diversas frases, sempre em busca de uma unidade de sentido. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS Quem escreve um texto tem como maior preocupação “amarrar” uma frase a outra e isso só é possível com o domínio dos princípios básicos da coesão. A cada frase enunciada é necessário ver se ela mantém um vínculo com a anterior, ou anteriores (relação anafórica) e até mesmo com a posterior, ou posteriores (relação catafórica) para que não se perca o “fio” do pensamento. Se isso não acontecer, teremos apenas um amontoado de frases sem sentido, sucedendo-se umas às outras sem muita lógica, sem coerência. EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL: • Preposições e Conjunções; • Pronomes relativos (mecanismos de substituição de termos com o propósito de evitar repetições desnecessárias); • Pronomes demonstrativos: elementos relacionais – relacionam termos ou ideias no texto (funções anafórica e catafórica); Elementos situacionais – situam (pessoas e coisas) no tempo e no espaço (função dêitica). • Hipônimos e hiperônimos; • Elipse/Zeugma.
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