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ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

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O ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO
Simioni, Natiely T. L.
RESUMO
 O presente artigo é fruto de uma investigação, cujo interesse é compreender o assédio moral no trabalho na sociedade atual, bem como, transmitir conhecimento desde os primeiros vestígios do tema até a atualidade, onde é considerado um fenômeno novo. O assédio moral no trabalho se da através de repetição ao longo do tempo de práticas constrangedoras, tal como humilhantes e depravadas, dirigidos a um ou mais trabalhadores de maneira consciente, que leva o assediado a sofrer na maioria das vezes danos psíquicos. No âmbito jurídico pode ser analisado especialmente no Código Penal, que traz sanções severas para quem acredita que a prática do ato é algo insignificante. A todo instante, vários trabalhadores são agredidos moralmente, e não conhecem a legislação para se protegerem. Sendo assim, o trabalho tem função de informar aos empregados seus direitos, através de pesquisas realizadas sobre o medo que o trabalhador tem de denunciar seu agressor. 
Palavras chave: Assédio Moral; Trabalho; Direito; Danos Psíquicos.
ABSTRACT
This article is the result of an investigation, whose interest is to understand bullying at work in today's society, as well as, transmit knowledge from the first theme of the traces to the present, where it is considered a new phenomenon. Bullying at work is through the repetition over time constraining practices, such as humiliating and depraved, directed to one or more workers in a conscious manner, which leads the harassed to suffering most often psychological damage. The legal framework can be seen especially in the Penal Code, which brings severe sanctions for those who believe that the performance of the act is insignificant. Every moment, many workers are morally assaulted, and don't know the law to protect themselves. Thus, the work has function of informing the employees their rights, through research on the fear that the worker has to report her abuser.
Keywords: Bullying at the work, Rights, Psychic damage.
INTRODUÇÃO
	Constata-se que a palavra “trabalhar” vem do latim “tripaliare”, denominação de um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (pallium). Desse modo, originalmente, "trabalhar" significa ser torturado no “tripallium”. 
No Brasil, o trabalho assim como o assédio moral não pode ser considerado fenômeno novo, pois existe desde o Brasil Colônia, onde os escravos sofriam nas mãos dos senhores de engenho. Suportavam várias torturas, tanto psicológicas quanto físicas, alguns até morreram devido ao trabalho, em troca recebiam moradia e alimentação.
Dessa maneira, pode-se notar que o assédio moral existe desde o início da colonização. Demonstra-se um liame entre a própria palavra, trabalho, com o tema em questão, pois o assédio moral versa sobre um conjunto repetitivo de humilhação, os quais fere a dignidade do ser humano, bem como a integridade psíquica, os trabalhadores que suportam esse tipo de agressão se sentem inferiores, com baixa autoestima e medo de perder o emprego, muitas vezes a saúde é prejudicada podendo causar doenças como a depressão, ansiedade e pânico. 
O ambiente de trabalho tem se tornado uma tortura para muitos trabalhadores, devido o constrangimento que sofrem contínuas vezes. No entanto, estes trabalhadores tem apresentado coragem para denunciar seus agressores?
Veremos que a maioria deles não possui essa força. 
O assédio moral apesar de ser um grande problema, é pouco repercutido e notado. Não notado, especialmente pelos familiares das vítimas, devido estes presumirem a não realidade dos fatos. 
Acredita-se que quanto mais os trabalhadores se informarem sobre este fenômeno, mais eles irão procurar seus direitos, bem como o índice da lide desse assunto deverá subir. 
Ao perceber o sofrimento, a angústia, os problemas gerados através do assédio moral no trabalho, houve o interesse de analisar determinadas situações e pesquisar os direitos dos trabalhadores em relação ao assunto.
Tive como objetivo neste trabalho, oferecer ao trabalhador um amplo campo de informação e conhecimento a respeito do assédio moral.
REVISÃO DE LITERATURA
	O termo assédio tem sua origem do latim “obsidere”, terminologia esta que traduzida significa sitiar, atacar, pôr-se adiante. Já o dicionário Aurélio, traz como significado, a insistência importuna, com perguntas, propostas ou pretensões.
	Um dos pioneiros sobre o tema foi o sueco Heinz Leymann, que na década de 1980, conceituou o assédio moral como:
A deliberada degradação das condições de trabalho através do estabelecimento de comunicações não éticas (abusivas), que se caracterizam pela repetição, por longo tempo, de um comportamento hostil de um superior ou colega (s) contra um indivíduo que apresenta, como reação, um quadro de miséria física, psicológica e social duradoura. (MENEZES, A.C. de, Cláudio, p.189)
	Contudo, foi na França que surgiu a primeira publicação a respeito do assunto. Uma psicanalista chamada Marie France Hirigoyen, trouxe a tona nos anos 2000 sua obra, Assédio Moral: A Violência Perversa no Cotidiano.
	Outrossim, analisando a história mundial, verifica-se que o assédio moral não surgiu recentemente. Denota-se que desde a.C. havia este problema, como diz Nascimento(p.43):
Aos escravos eram dados os serviços manuais exaustivos, não só por essa causa como, também, porque tal gênero de trabalho era considerado impróprio e até desonroso para os homens válidos e livres. A escravidão entre os egípcios, os gregos e os romanos, atingiu grandes proporções. Na Grécia havia fábricas de flautas, de facas, de ferramentas agrícolas e móveis, onde o operariado era todo composto de escravo. Em Roma, os grandes senhores tinham escravos de várias classes, desde os pastores até gladiadores, músicos, filósofos e poetas. 
	Já no Brasil, com a chegada dos negros, no século XIX, o trabalho escravo aumentou, fazendo com que a intensificação da violência para com eles também aumentasse. Moravam em quilombos, onde muitas vezes não tinham o que comer beber, ou tomar banho. Eram surrados, chicoteados, levados a morte, tanto pelos capangas/senhores de engenho, quanto pelo suicídio que eram levados a cometer. 
	Em suma, analisando o contexto histórico é possível denotar que o assédio moral surgiu principalmente com os escravos, pois se este é uma exposição do trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas, que ofendem a dignidade ou integridade física do trabalhador, comprova-se que os escravos também sofriam assédio moral. 
	Nos dias atuais, o assédio moral no trabalho tem-se tornado ainda mais repetitivo. São exemplos as diversas jurisprudências em torno do assunto, como a que destacamos logo abaixo, onde o empregador fazia cobranças abusivas de metas que trabalhador não conseguia cumprir. 
BANCO - ASSÉDIO MORAL - COBRANÇA ABUSIVA DE METAS - O assédio moral configura-se quando o empregado é exposto, pelo empregador ou preposto deste, a situações humilhantes e constrangedoras durante a jornada de trabalho, que provocam no empregado sentimento de humilhação, menosprezo e desvalorização. Para o direito à reparação devem coexistir a ilicitude (ato omissivo ou comissivo), o dano e o nexo causal entre ambos, e a prova da conduta dolosa ou culposa do agente. É certo que a comprovação de tais elementos incumbe ao autor, por ser fato constitutivo de seu direito, nos expressos termos dos artigos 818 da CLT c/c 333, I, do CPC. O professor José Alberto Couto Maciel, ressaltando a situação de subordinação em que o empregado se encontra no liame que o une ao empregador, assevera que "o trabalhador, como qualquer outra pessoa, pode sofrer danos morais em decorrência de seu emprego, e, acredito até, que de forma mais contundente do que as demais pessoas, uma vez que seu trabalho é exercido mediante subordinação dele ao empregador como característica essencial da relação de emprego. Ora, o empregado, subordinado juridicamente ao empregador, tem mais possibilidade doque qualquer outro de ser moralmente atingido, em razão própria hierarquia interna em que se submete à sua direção, a qual o vê, na maioria das vezes, como alguém submisso às suas ordens, de forma arbitrária." ("O Trabalhador e o dano moral", Síntese Trabalhista, maio/95 p.8). E que há cobrança de metas no setor bancário não é novidade. No caso, a prova oral produzida revelou que o banco reclamado incorreu em atos abusivos, configurando o alegado assédio moral. (TRT-3 - RO: 02132201400703008 0002132-15.2014.5.03.0007, Relator: Paulo Roberto de Castro, Setima Turma, Data de Publicação: 14/08/2015).
	 A jurisprudência traz as características para se comprovar um assédio moral. Primeiro consta a intensidade da violência psicológica, segundo o prolongamento no tempo, como se demonstra acima; ocorria durante a jornada de trabalho, terceiro vem à intenção de ocasionar danos morais ou psíquicos no sujeito. 
	Ademais, o trabalho nunca é neutro, ou ele é fonte de saúde ou é fonte de adoecimento, e uma das maiores fontes de adoecimento no trabalho é o assédio moral. 
	O assediador ao ser identificado poderá sofrer várias sansões, desde ser afastado da empresa, até sofrer uma ação judicial por danos morais. 
	 O Código Penal brasileiro traz os crimes contra a liberdade do indivíduo. Abaixo se tem um dos crimes praticados pelo assediador.
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Aumento de pena
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio.
	 Com fulcro no artigo 146 da lei nota-se que pode haver, dentre outras hipóteses, uma coação mediante ameaça, que é uma promessa oral ou escrita, dirigida a alguém, da prática de algum mal, iminente ou futuro, o que deve ser grave, certo, iminente e inevitável. 
	Ademais, há um projeto na Câmara dos Deputados que introduz o art. 146-A no Código Penal Brasileiro, onde inclui como assédio moral no trabalho a desqualificação por meio de palavras, gestos ou atitudes, a autoestima, a segurança ou a imagem do servidor público ou empregado em razão de vínculo hierárquico funcional ou laboral. Este projeto de lei ainda não foi apreciado, sua última ação legislativa ocorreu dia 01 de junho de 2016.
	Desse modo, o assédio moral alastra-se quanto mais desorganizada e desestabilizada for a empresa, ou então, quando o empregador finge não vê-lo, tolera-o ou mesmo o instiga.
	Em suma, pode-se demonstrar perfeitamente o assédio moral no trabalho com a famosa frase de Thomas Hobbes “o homem como lobo do homem”, em virtude da afirmativa apresentar a transfiguração do homem como um animal selvagem, bem como, incide em uma metáfora que demonstra que o homem é capaz de grandes monstruosidades e barbaridades contra elementos da sua própria espécie.
METODOLOGIA
	Com a finalidade de operacionalizar a pesquisa de forma ordenada para que os objetivos elencados para esta pesquisa fossem alcançados, faz-se necessário a utilização de métodos e técnicas que serão expostos logo abaixo.
Método Dedutivo:
	 A dedução é o processo mental contrário à indução. Através da indução, não produzimos conhecimentos novos, porém explicitamos conhecimentos que antes estavam implícitos. Assim descreve MARCONI:
Processo pelo qual, com base em enunciados ou premissas, chega-se a uma conclusão necessária, em virtude da correta aplicação de regras lógicas.
Caracteriza-se pelo emprego de cadeias de raciocínio. Podem utilizar resultados da experiência, expressos em termos de relações.
É dedutivo o raciocínio que parte do geral para chegar ao particular, ou seja, do universal ao singular.
Pela argumentação dedutiva, o fato geral encerra em si a explicação de outro igual, mas menos geral.
O processo dedutivo leva o pesquisador do conhecido para o desconhecido, mas também de alcance limitado.
Abordagem Qualitativa: 
	Richardson (1999:90) afirma que a pesquisa qualitativa “pode ser caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e característica situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de características ou comportamentos”.
	Para Minayo (2002:21 – 22) a pesquisa qualitativa “responde a questões particulares”. Em Ciências Sociais, preocupa-se com “um nível de realidade que não pode ser quantificado”.
Técnica Bibliográfica: 
	É aquela decorrente de registros anteriores, isto é, elaborada a partir de um material já publicado, constituído especialmente em livros, artigos, revistas e Internet. 
Descrição do Sujeito: 
	Para o presente artigo foram analisados assediadores e assediados no âmbito laboral, em uma esfera nacional.
ANÁLISE DE RESULTADO
	No assédio moral, temos os assediadores e os assediados. 
	O assediador é um sujeito com uma personalidade egocêntrica, narcisista, perversa, que ataca a autoestima do outro, transmitindo a dor e as contradições que não suporta em si mesmo. Muitas vezes, seu objetivo é denotar a um indivíduo mais fraco, descarregando neles seus sentimentos, suas angústias e dores, logo não possuem discernimento nem mesmo piedade, emoção, para entender o ser humano como um ser munido de sentimentos.
	Já o assediado é considerado vítima, devido seu perfil ser muito presencial. Na maioria das vezes, busca sempre estar de bem com os colegas e evita brigas, contudo, devido sua humilhação, constrangimento, e o medo perante o assediador, sempre será obediente e calado, como descreve OLIVEIRA (p.63):
A vítima do terror psicológico no trabalho não é o empregado desidioso, negligente. Ao contrário, os pesquisadores encontraram como vítimas justamente os empregados com um senso de responsabilidade quase patológico, são ingênuas no sentido de que acreditam nos outros e naquilo que fazem, são geralmente pessoas bem educadas e possuidoras de valiosas qualidades profissionais e morais. De um modo geral, a vítima é escolhida justamente por ter algo mais. E é esse algo mais que o perverso busca roubar. As manobras perversas reduzem a autoestima, confundem e levam a vítima a desacreditar de si mesma e a se culpar. Fragilizada emocionalmente, acaba por adotar comportamentos induzidos pelo agressor. Seduzido e fascinado pelo perverso o grupo não crê na inocência da vítima e acredita que ela haja consentido e, consciente ou inconscientemente, se já cúmplice da própria agressão.
	Em uma pesquisa realizada com 42.000(quarenta e dois mil) trabalhadores comprova-se que o assédio moral ocorre repetitivamente ao longo do dia, semana ou mês. 
	Na mesma pesquisa, os encarregados, superiores, líderes ou como são chamados, chefes, tem uma maior participação no acontecimento, com 90% de responsabilidade, 6% fica com chefe e colegas, 2,5% somente colegas e 1,5% com os subordinadores contra os chefes.
	Abaixo, observa-se os resultados finais da investigação, quais são: 82,5% Perde o ânimo e memória ao ser assediado, 75% possuem sensações de enlouquecer, com 67,5% demonstraram baixa estima e 60% da população analisada relatou a depressão.
	Gráfico- 01- Fonte: http://assedio-moral-no-trabalho.blogspot.com.br/2013/05/raio-x-da-violencia-moral.html
	O que se vê no gráfico acima são dados preocupantes e alarmantes, pois são doenças como a depressão que podem levar à morte. 	
	Outra pesquisa sobre o tema foi feita pela BBC (British Broadcasting Corporation) Brasil, em julho de 2015. Foram entrevistados 4.975 profissionais de todas as regiões do país. A pesquisafoi surpreendente, pois 87,5% dos entrevistados disseram não denunciar seus agressores, com medo de perder o emprego, de sofrer represália, por vergonha ou por acharem que a culpa iria recair sobre eles.
	Quando o assédio acontece, o assediador tem a finalidade de fazer o assediado se sentir rebaixado, menosprezado, incapaz, como se não fosse um ser humano competente para realizar aquela determinada função. Logo o resultado final da pesquisa investigada, demonstra-se as características já apresentadas anteriormente, perda de ânimo e memória, sensação de enlouquecer, baixa autoestima e depressão, como se demonstra acima.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Em virtude do que foi mencionado, notou-se que o assédio moral se baseia na repetição ao longo do tempo de práticas constrangedoras, bem como na depravação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem o comportamento e condutas negativas dos líderes em relação a seus subordinados, constituindo um conhecimento subjetivo que acarreta prejuízos práticos e emotivos para o trabalhador e a organização. 
 	Manter um meio ambiente de trabalho sadio é função do empregador, eis que é ele que tem formas de impossibilitar que o assédio aconteça, não só honrando os seus funcionários, como estabelecer políticas de conscientização na empresa para que essa agressividade não venha a ocorrer. O combate para resgatar a dignidade, fidelidade, o respeito no trabalho e a autoestima, deve passar pela sistematização de forma coletiva através dos representantes dos trabalhadores do seu sindicato, das CIPAS (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), dentre outras que existem nas Delegacias Regionais do Trabalho.
	 Dessa forma, os impactos da coação moral, sejam eles físicos ou psíquicos, são destrutíveis para a vítima, ocasionando uma série de consequências que vão desde a perda da autoestima até a tentativa de suicídio, demonstrando assim, que muitos trabalhadores, sendo eles sua maioria, não denunciam seus agressores por falta de coragem e medo. 
 
	BIBLIOGRAFIA:
MENEZES, Cláudio A.C. de. Assédio Moral e seus efeitos jurídicos. Revista TST. Brasília, Vol. 68, nº 3, jul/dez 2002.
NASCIMENTO, Sonia Mascaro. Assédio Moral coletivo no direito do trabalho. Revista de Direito Trabalhista. a. 15. v. 7, Brasília: Consulex, 2009.
OLIVEIRA, Euler Sinoir de. Assédio moral: sujeitos, danos à saúde e legislação. Disponível
em: <http://www.forense.com.br/Atualida/Artigos_DT/assedio.htm>. Acesso em: 29 out. 2004.
MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica: para o curso de direito, 2. Ed., Editora Atlas, São Paulo, 2001.
RICHARDSON, Roberto Jarry e colaboradores, Pesquisa social: métodos e técnicas, Editora Atlas, São Paulo, 1985.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. (Org.). Pesquisa Social: teoria, métodos e criatividade. 21. Ed., Petrópolis: Vozes, 1993.
ZAFT, Dieter. Organizatinal, work group related and personal causes of mobbing/bullying at work. International Journal of Manpower, v. 20, n. ½, p. 70-85, 1999.
BARRETO, Margarida, Raio X da Violência Moral. Disponível em < http://assedio-moral-no-trabalho.blogspot.com.br/2013/05/raio-x-da-violencia-moral.html>. Acesso em: 12 maio de 2016.
CAPEZ, Fernando, Prado, Stela. Código Penal comentado, 5. Ed., São Paulo, Saraiva, 2014.

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