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CURSO DE CIÊNCIAS ATUARIAIS MANUAL DE ACOMPANHAMENTO DE AULA DISCIPLINA ASPECTOS DE MACROECONOMIA 2º PERÍODO 2º SEMESTRE DE 2012 MANUAL DE ACOMPANHAMENTO DE AULA Nº 002/2012 .II – Rev 02 – Ed.: 26/11/2012 Conteúdo: Material a ser utilizado em sala de aula + seis exercícios com um total de onze questões sobre a matérias, a ser feito pelo aluno. (para al) MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:2de71 Unidade I - Noções de Introdução à Economia 6 1.1 - Introdução 6 1.2 - Conceitos Básicos 6 1.2.1 - Conceito de Economia 6 1.2.2 - Origem da Palavra Economia 6 1.2.3 - Alguns Conceitos Introdutórios 7 1.2.4 - Breve Noção sobre a Evolução do Pensamento Econômico 8 1.3 - Divisão da Economia para Fins Didáticos e Metodológicos 11 1.4 - Lado Real e Lado Monetário da Economia 12 Unidade II - Noções de Macroeconomia 13 2.1 - A Macroeconomia 13 2.2 - Conceitos Básicos 13 2.3 - Utilização dos Dados Macroeconômicos 13 2.4 - Objetivos ou Metas de Política Macroeconômica 14 2.4.1 - Geração de um Alto Nível de Emprego 14 2.4.1.1 - Tipos de Desemprego 14 2.4.1.2 - Conceito de Desemprego 15 2.4.2 - Estabilizar Preços 16 2.4.3 - Crescimento Econômico 16 2.4.4 - Eficiência Produtiva 16 2.4.5 - Distribuir Renda 16 2.5 - Instrumentos de Política Macroeconômica 17 2.5.1- Política Fiscal 17 2.5.2 -Política Monetária 18 2.5.3 - Política Cambial de Comercial 19 2.5.3.1 - Política Cambial 19 2.5.3.2 - Política Comercial 20 2.5.4 - Política de Renda 20 2.6 - Valor Agregado ou Valor Adicionado 20 2.6.1 - Produção 20 2.6.2 - Produção Intermediária 20 2.6.3 - Mensuração do Produto 21 2.6.3.1 - Setores 21 2.6.3.1.1 - Setor Primário 21 2.6.3.1.2 - Setor Secundário 22 2.6.3.1.3 - Setor Terciário 22 Unidade III - Agregados Macroeconômicos 24 3.1 - Produto Interno Bruto (PIB) 24 3.1.1 - Gráfico sobre Produto Interno Bruto Brasil 25 3.1.1.1 - Gráfico sobre Evolução do Produto Interno Bruto 25 3.1.1.2 - Gráfico do Produto Interno Bruto por Setores da Atividade Econômica 26 3.2.1 - Produto Interno Bruto a Preço de Mercado (PIBpm) 26 3.2.1.1 - Mensuração do Produto Interno Bruto (PIB) 26 3.2.1.2 - Mensuração do Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) 26 3.3 - Produto Interno Bruto Per Capita (Renda per Capita) 27 3.4 - Produto Interno Bruto Nominal ou Monetário 27 3.5 - Formação do Produto Interno Bruto (PIB) 28 3.6 - Produto Nacional Bruto (PNB) 29 MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:3de71 3.7 - Produto Nacional Líquido (PNL) 29 3.8 - Outros Agregados 30 3.8.1 - Carga Tributária Bruta (CTB) 31 3.8.1.1 - Gráfico de Evolução da Carga Tributária Bruta Brasil - 2000 a 2010 31 3.8.2 - Carga Tributária Líquida (CTL) 32 3.8.3 - Índice de Carga Tributária (ICT) 32 3.8.3.1 - Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB) 32 3.8.3.2 - Índice de Carga Tributária Líquida (ICTL) 33 3.8.4 - Renda Pessoal Disponível (RPD) 33 3.8.5 - Gastos do Governo (GG) 33 Unidade IV - Noções de Economia Brasileira 34 4.1 - O Comportamento da Economia Brasil entre o Período Colonial e os Tempos Recentes 34 Unidade V - Desenvolvimento Econômico Brasileiro 38 5.1 - Introdução 38 5.2 - Os Movimentos do Brasil Rumo ao Desenvolvimento 38 Unidade VI - Planos Econômicos ou Plano de Estabilização 39 6.1 - Introdução 39 6.2 - Os Planos Econômicos Implementados 39 Unidade VII - Sistema Financeiro e Instituições de Controle Monetário 44 7.1 - Sistema Financeiro Nacional 44 7.2 - Moeda 48 7.2.1 - Definição de Moeda 48 7.2.2 - Troca de Mercadoria ou Escambo 48 7.2.3 - Mercadoria – Moeda 48 7.2.4 - Moeda Metálica 48 7.2.5 - Papel – Moeda 48 7.2.6 - Moeda Fiduciária ou Papel – Moeda 49 7.2.7 - Moeda Bancária 49 7.2.8 - Funções da Moeda 49 7.2.9 - Meio ou Instrumento de Troca 49 7.2.10 - Medida de Valor 49 7.2.11- Reserva de Valor 49 7.2.12 - Pagamento Diferido 49 7.2.13 - Característica da Moeda 50 7.2.14 - Formas de Moeda 50 7.2.15 - Quase Moeda 50 7.3 - Meios de Pagamento 51 7.3.1 - Introdução 51 7.3.2 - Conceito de Meios de Pagamento 51 7.3.2.1 - Composição dos Meios de Pagamento 51 7.4 – Taxa SELIC 51 MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:4de71 7.5 - Inflação 52 7.5.1 - Introdução 52 7.5.1.1 - Gráficos sobre Inflação Brasil 52 7.5.1.1.1 - Gráfico sobre a Evolução Média da Inflação Brasil – 1930 a 2000 52 7.5.1.1.2 - Gráfico sobre a Evolução da Inflação Brasil – 1998 -2010 52 7.5.2 - Conceito de Inflação 53 7.5.3 - Origem da Inflação 53 7.5.4 - Institutos que Mensuram a Inflação Brasil 53 7.5.5 - Principais Índices e Institutos (quadro) 53 7.5.6 - Principais Tipos de Inflação 54 7.5.6.1 - Inflação de Demanda 54 7.5.6.2 - Inflação de Custos 54 7.5.7 - Principais Causas de Inflação 54 7.5.7.1 - Desequilíbrio Orçamentário Governamental 54 7.5.7.2 - Aumento de Taxa de Juros 54 7.5.8 - Principais Distorções Provocadas Pela Inflação 54 7.5.8.1 - Baixa produtividade Econômica 54 7.5.8.2 - Dificuldade de Planejamento Empresarial 54 7.5.8.3 - Desestímulo a Poupança Privada 55 7.5.8.4 - Tensões Sociais 55 7.5.9 - Outros Conceitos Relacionados a Inflação 55 7.5.9.1 - Inflação de Expectativa 55 7.5.9.2 - Inflação Inercial 55 7.5.9.3 - Hiperinflação 55 7.5.9.4 - Sistema de Metas de Inflação 55 7.5.9.5 - Núcleo de Inflação (core inflation) 56 7.5.9.6 - Estagflação 56 7.5.10 - Recessão e Depressão Econômica 56 7.5.10.1 - Recessão Econômica 56 7.5.10.2 - Depressão Econômico 56 7.5.11 - Noções de Como Calcular as Variações de Inflação e dos Índices Acumulados 56 7.5.11.1 - Calculo da Variação dos Itens de uma Cesta de Produtos (pelo total) 57 7.5.11.2 - Calculo da Variação de uma Cesta de Produtos Mês-a-Mês 57 7.5.11.3 - Calculo da Variação de uma Cesta de Produtos Pela Média Ponderada 58 7.5.11.4 - Calculo dos Índices Acumulados 59 Unidade VIII - Noções sobre o Setor Externo 61 8.1 - Câmbio 61 8.2 - Taxa de Câmbio 61 8.2.1 - Quadro Ilustrativo sobre a Taxa de Câmbio 62 8.3 - Regimes Cambiais 62 8.3.1 - Regime de Câmbio Fixo 62 8.3.2 - Regime de Câmbio Flutuante ou Flexível 62 8.3.2.1 - Flutuação Suja (dirty floanting) 63 8.3.3 - Regime de Bandas 63 8.4 - O Comércio Internacional 63 8.4.1 - Balanço Internacional de Pagamento 64 8.4.1.1 - Definição de Balanço Internacional de Pagamento 64 8.4.1.2 - Contas do Balanço de Pagamento 64 8.4.1.2.1 - Balança Comercial 64 MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:5de71 8.4.1.2.2 - Balança de Serviços 65 8.4.1.2.3 - Transferências Unilaterais 65 8.4.1.2.4 - Balanço de Transações Correntes 65 8.4.1.2.5 - Conta Capital e Financeira (Balanço de Capitais Autônomos) 66 8.4.1.2.6 - Erros e Omissões 66 8.4.1.2.7 - Saldo do Balanço Internacionalde Pagamento 66 8.5 - Estrutura do Balanço Internacional de Pagamento 67 8.6 - Principais Organismos Financeiros Internacionais 69 8.6.1 - FMI - fundo Monetário Internacional 69 8.6.1.1 - Principais Funções do FMI 69 8.6.2 - BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial) 70 8.6.3 - BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento 70 8.6.4 - OMC - Organização Mundial do Comércio 70 Unidade XIX - Bibliografia Consultada 70 MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:6de71 I - NOÇÕES DE INTRODUÇÃO À ECONOMIA 1.1 - Introdução A Economia é uma ciência social que estuda a produção de bens e serviços, a distribuição desses bens para o mercado consumidor, bem como, a comercialização dos mesmos. Essas, e outras questões relacionadas a esse tema, vêm sendo discutidas e estudadas ao longo dos tempos: Grécia Antiga, Idade Média e tempos mais recentes1 . A Economia faz parte do cotidiano de todos nós... das pessoas físicas, das pessoas jurídicas e das entidades governamentais (nas três esferas). Isso ocorre independentemente de essas pessoas serem trabalhadores, consumidores, produtores, prestadores de serviços, governos, dentre outros, assim como, isto se dá em qualquer parte do mundo2 . Portanto, é sumamente importante que você estude Economia não somente porque faz parte do seu cotidiano, mas também, para entender melhor o mundo, o seu país, as relações de consumo, de trabalho, de preços, o papel do governo, o papel das empresas, etc. Para que você possa aprender a tomar as melhores decisões no campo econômico enquanto profissional e gestor (não importa se você é atuário, engenheiro, administrador de empresa, contador, advogado, economista,...) na empresa em que você trabalha e na sua própria casa3 . Estudar Economia irá ajudá-lo a ter conhecimento e subsídios para alocar os recursos existentes (que na maioria das vezes são escassos) da melhor forma possível, ou seja, saber escolher, dentre muitas variáveis, aquela ou aquelas que realmente devem receber os recursos e/ou investimentos4 . 1.2 - Conceitos Básicos 1.2.1 - Conceito de Economia Trata-se de uma Ciência Social que estuda como as pessoas ou os diferentes segmentos populacionais, decidem utilizar os recursos produtivos, na produção de bens e serviços para o atendimento das necessidades desses vários segmentos da sociedade5 . Pode ser ainda, uma Ciência Social que estuda e trata de assuntos pertinentes a Economia no que tange a alocação dos recursos, que normalmente são escassos conforme já acima mencionado, utilizados na produção de bens e serviços para o atendimento das necessidades humanas6 . 1.2.2 - Origem do Nome Economia A origem do nome Economia (OIKONOMIA) vem do grego Oikos e nomos (oikos quer dizer casa) e (Nomos quer dizer norma, lei). Adaptando para o nosso idioma ficaria “Administração da Casa”, ou “Administração da Coisa Pública”7 . 1 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 2 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 3 - Gastaldi, J.P. Elementos de Economia Política. Saraiva, 2005 4 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 5 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 6 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 7 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 Julliana Monteiro Julliana Monteiro MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:7de71 1.2.3 - Alguns Conceitos Introdutórios É importante que seja observado no contexto econômico alguns conceitos, além do conceito de economia propriamente, para que se possa melhor entender algumas questões8 : Fatores de produção ou recursos econômicos ou recursos produtivos São elementos utilizados na produção de bens e serviços. RECURSOS NATURAIS (para muitos autores conhecido também como TERRA) Diz respeito aos recursos obtidos da natureza: recursos retirados das florestas (madeira), recursos minerais, recursos hídricos, solo para fins agrícolas, energia do sol, energia dos ventos... RECURSOS HUMANOS (conhecido também como TRABALHO) Inclui toda a atividade humana (ou seja, o esforço humano físico e mental) empregada na produção de bens e serviços. BENS de CAPITAL ou BENS de PRODUÇÃO ou CAPITAL FÍSICO São máquinas, equipamentos, instalações fabris, instalações prediais, a serviço do processo produtivo, de bens e serviços. Isto é, são bens utilizados para a produção de outros bens que irão satisfazer as necessidades humanas. TECNOLOGIA Tecnologia (técnicas de produção), conhecimento técnicos e administrativos, empregados nos processos de produção de bens e serviços. A tecnologia é obtida através da Pesquisa... (Ciência). BENS É tudo aquilo que se deriva do processo de produção, através do emprego dos recursos produtivos (tecnologia, bens de capital, etc). Tem utilidade e pode satisfazer as necessidades humanas. SERVIÇOS São atividades ligadas ao setor terciário da Economia e são intangíveis. Exemplo: Serviços prestados por um atuário. BENS LIVRES São bens ilimitados, por exemplo, o ar, sol, água do mar... são portanto, encontrados com facilidade. BENS ECONÔMICOS São bens produzidos, podem ser escassos, são tangíveis, tem uma forma, tem um preço de mercado... BENS DE CONSUMO São bens destinados a satisfação das necessidades dos consumidores. Eles podem ser duráveis e não duráveis. Exemplo de bens duráveis: geladeira, fogão, automóvel. Exemplo de bens não duráveis: alimentos em geral. BENS INTERMEDIÁRIOS São bens que necessitam de transformação para atingirem sua forma definitiva. Exemplo: Chapa de ferro, borracha, etc, utilizados na indústria automotiva e em outros setores da atividade econômica. 8 - Passos, M. e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:8de71 CONSUMO São gastos ou despesas feitos pelas pessoas físicas e jurídicas, com bens que satisfazem suas necessidades. INVESTIMENTOS São gastos voltados, por exemplo, para a ampliação da fábrica, para a ampliação da capacidade produtiva da empresa, etc. A propósito dos investimentos, eles podem ser também feitos no mercado financeiro. 1.2.4 - Breve Noção sobre a Evolução da Economia e do Pensamento Econômico Grécia Antiga (a.C) Platão; Aristóteles; Xenofonte; entre outros Há muitas referências sobre a Economia... os filósofos, por exemplo, discutiam sobre a Economia, assim como, discutiam também sobre Filosofia, Direito, Sociologia e outros. Feudalismo (Séc.XI e XIV) Nobreza e Clero O tempo passou, a sociedadeevoluiu e manifestou o desejo de se reorganizar. Surgiu, então, o feudalismo, uma organização social e política que teve o seu ponto alto entre os séculos XI e XIV. A terra era o maior símbolo de riqueza e de poder. A Economia era de subsistência, isto é, a produção era destinada ao consumo da comunidade e não havia excedentes. O Feudalismo tinha o controle da nobreza e do clero9. Mercantilismo (Séc.XVI-XVIII) Jean Batiste Colbert, Jean Bodin, Josiah Child, entre outros Tratava-se de um conjunto de idéias e práticas econômicas, através das quais eram defendidas idéias como por exemplo: o fortalecimento do Estado por meio de riqueza (do acumulo de divisas em metais preciosos); controle governamental sobre a economia, incremento da tributação; priorização das exportações e de uma balança comercial superavitária; ênfase e fortalecimento do comércio e da indústria, deixando a agricultura num segundo plano10. Fisiocracia Francesa (século XVIII) - Fisiocracia vem da palavra Grega phisis (natureza) e cratos (poder) = GOVERNO DA NATUREZA)) François Quesnay (lider) e colaboradores 9 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 10 - Mendes,Carlos Magno, e t a l. Introdução à Economia.Cafes. Florianópolis,2009 Julliana Monteiro MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:9de71 A palavra "fisiocracia" indica também a idéia de liberdade de ação, de certa forma caracterizada pela frase “laissez faire”, “laissez passer” (deixai fazer e deixar passar), esta expressão refere-se a uma ideologia econômica que surgiu no século XVIII (período do Iluminismo). Montesquieu que defendia a existência de um mercado livre nas trocas comerciais internacionais, ao contrário do forte protecionismo baseado em elevadas tarifas alfandegárias, típicas do período do mercantilismo, em oposição às complexas regulamentações governamentais que regiam o período mercantilista11 . Foi no período da Fisiocracia francesa que foi formulada, pela primeira vez, uma Teoria do Liberalismo Econômico. As teses do liberalismo econômico foram criadas para combater as idéias e práticas comuns no mercantilismo12 . No modelo fisiocrata, a agricultura era o verdadeiro e único modo de gerar riquezas pelo fato de que a mesma proporcionava grandes lucros e exigia poucos investimentos, por isso deveria ser valorizada, contrariando assim, o pensamento mercantilista da acumulação de metais13 . Além do combate explícito as idéias e práticas mercantilistas, de uma política voltada para a priorização da agricultura, da divisão de classes, entre outros, os fisiocratas defendiam um imposto único que deveria incidir sobre a propriedade; o livre comércio, a livre empresa fora do controle governamental; que o Estado deveria cuidar somente da manutenção da ordem, da distribuição da justiça, e controlar as despesas públicas14 . O principal articulador dessas idéias foi François Quesnay, médico da corte de Luís XV e de Madame de Pompadour, foi o fundador da Escola Fisiocrata e da primeira fase científica da economia, autor de livros como “Tableau Economique” (quadro econômico) que ainda hoje serve de inspiração para os economistas15 .. Seus colaboradores, entre outros, o Marques de Mirabeau, Robert Jacques Turgot, Dupont de Nemours... Escola Clássica (século XVIII ) Adam Smith; Divid Ricardo; Jean Batiste Say; Stuart Mill; Malthus, entre outros A Escola Clássica foi fundada por Adam Smith e David Ricardo. A Escola em questão centralizou a abordagem teórica do valor, cuja única fonte original era identificada no trabalho em geral. A Escola Clássica foi uma escola que deu mais ênfase à produção, deixando a procura e o consumo para o segundo plano. Para Smith, a verdadeira fonte de riqueza de um país, somente poderia ser alcançada através do trabalho, ou seja, com16 : - o aumento da produtividade; e - a extensão de sua especialização. Como visto, o referencial econômico e social da Escola Clássica se dava com base nos princípios do liberalismo e do individualismo. Acreditava-se que um sistema de 11 - Mendes,Carlos Magno, e t a l. Introdução à Economia.Cafes. Florianópolis,2009 12 - Mendes,Carlos Magno, e t a l. Introdução à Economia.Cafes. Florianópolis,2009 13 - Mendes,Carlos Magno, e t a l. Introdução à Economia.Cafes. São Paulo,2009 14 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 15 - Mendes,Carlos Magno, e t a l. Introdução à Economia.Cafes. São Paulo,2009 16 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 Julliana Monteiro importante decorar essa merda Julliana Monteiro Julliana Monteiro importante Julliana Monteiro MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:10de71 liberdade econômica, através de um mecanismo impessoal de mercado – “Mão Invisível” – conseguiria harmonizar os interesses individuais17 . Os Clássicos foram os precursores da moderna Teoria Econômica, composta de um conjunto científico e sistematizado. Foi a partir daí que a economia adquiriu caráter científico integral18 . Defendiam, entre outras coisas, a mais ampla liberdade individual; o direito inalienável à propriedade; a livre iniciativa e a livre concorrência; a não intervenção do Estado na economia, isto é, que a Economia deveria ser baseada nas leis de mercado e que o Estado não deveria intervir nas leis desse mercado e nem na prática econômica19. Karl Marx (1818-1883) O pensamento de Karl Marx inspirou muitos países a empreenderem a revolução socialista, na intenção de coletivizar as riquezas e distribuir justiça social. O resultado dessa revolução, porém, não aconteceu conforme o esperado pelas sociedades desses países20 . Período Neoclássico (Escola Neoclássica ) A escola neoclássica surge no fim do século XIX com o austríaco Carl Menger, o inglês William Stanley Jevons, e o francês Léon Walras, e posteriormente se destacou, com inglês Alfred Marshall e outros mais... A Escola Neoclássica trouxe grande contribuição para a Ciência Econômica, entre outras coisas, destacando questões, como por exemplo, estudos do comportamento dos consumidores e dos produtores, teoria do capital e dos juros, teoria do desenvolvimento econômico, teoria do equilíbrio geral (ramo da economia que cuida do comportamento da produção, consumo, formação de preços e mercados), teoria da “utilidade marginal” (exemplificando esta questão, um consumidor que esteja com muita vontade de tomar um copo de refrigerante, o primeiro copo de refrigerante tem uma “utilidade enorme”. Essa utilidade vai decrescendo à medida em que esse consumidor vai adicionando mais unidades (mais copos de refrigerante). O décimo copo de refrigerante já representará uma utilidade bem menor que o primeiro copo e o vigésimo copo de refrigerante terá uma utilidade quase nula. “Teórica da análise econômica da demanda”, etc. Keynesianismo (1936) (John Maynard Keynes) Foi uma teoria econômica que ganhou destaque no início da década de 1930, no momento em que o capitalismo vivia uma de suas maisgraves crises. Nesta época, as nações capitalistas geriam a economia com base nas teorias estabelecidas pelo liberalismo clássico, doutrina econômica onde se defendia a idéia de que o desenvolvimento econômico de uma nação estaria atrelado a um princípio de não- intervenção do Estado na economia. O pensamento de Keynes era o de revisar e modernizar as teorias liberais lançadas pela economia clássica. Keynes achava que a premissa fundamental para se 17 - Mendes,Carlos Magno, e t a l. Introdução à Economia.Cafes. Florianópolis,2009 18 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 19 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 20 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 Julliana Monteiro decorar Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro decorar Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:11de71 compreender uma economia encontrava-se na simples observação dos níveis de consumo e investimento do governo, das empresas e dos próprios consumidores. Para que essa situação fosse evitada, Keynes defendia a necessidade de o Estado buscar formas para conter o desequilíbrio da economia. Entre outras medidas, os governos deveriam aplicar grandes remessas de capital na realização de investimentos que aquecessem a economia. Defendia que o Estado deveria atuar de forma ativa para ajudar criar empregos, e baixar a taxa de juros, que o nível de emprego numa economia capitalista, dependia da demanda por bens e serviços, para a qual deveria existir uma capacidade de pagamento como contrapartida. Defendia também, o controle do Estado na Economia, de forma branda, no sentido de corrigir as eventuais deficiências da atividade privada. Desenvolvimento Recente da Economia (1970 para cá) Houve grande transformação no campo econômico a partir dessa década, tanto positivas quanto negativas, tendo em vista a uma série de questões e problemas, vivenciados pela economia, entre esses problemas: Negativos Crises do petróleo; crises financeiras mundiais; crises economias mundiais que passaram por períodos de recessão muito forte, desemprego, etc... : Positivas Desenvolvimento da informática; Incorporação de técnicas e conceitos de equilíbrio de mercado; Evolução dos mercados financeiros (Bolsas de Valores; Bolsas de Mercadorias (ou Commodityes). Houve também uma evolução na direção de estudos sobre o comportamento dos “agentes econômicos” (famílias, empresas e governo) : 21. 1.3 - Divisão da Economia (fins didáticos e metodológicos) A teoria econômica é uma só, porém, ela pode ser dividida para fins didáticos e metodológicos, segundo a área de interesse de cada autor22 . Cada autor divide esta Ciência de uma forma. J.Batiste Say, por exemplo, deu nome a sua divisão de “Divisão Tripartida”, ou seja, para ele a economia deveria ser dividida em Produção; Repartição; e Consumo. Entretanto, é possível encontrar uma série de outras divisões da Economia, com a mesma finalidade (didática e metodológica). Para Vasconcellos, por exemplo, a Economia se divide em microeconomia, macroeconomia e pode ser incluso nesse contexto: desenvolvimento econômico e economia internacional. A microeconomia, que é conhecida também como teoria dos preços, estuda o comportamento dos produtores, dos consumidores e do próprio mercado onde esses agentes se encontram para transacionar bens e serviços23 . Macroeconomia: estuda a economia como um todo. Estuda também o comportamento dos grandes agregados, como por exemplo, produto interno bruto, poupança, Investimento agregado, e outros24 ... 21 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 22 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 23 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 24 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro muito importante decorar MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:12de71 Desenvolvimento econômico: estuda os novos modelos de desenvolvimento que possam melhorar a vida dos diferentes segmentos da sociedade. Estuda ainda, a evolução tecnológica, crescimento da renda por pessoa e distribuição de renda, ou seja, questões consideradas pela economia como estruturais e de longo prazo25 . Economia internacional: objetivo é o de estudar as relações de troca entre os países e seus fluxos financeiros26 . 1.4 - Lado REAL e lado MONETÁRIO da ECONOMIA (uma breve noção). O lado real analisa e cuida dos mercados de bens e serviços e do mercado de trabalho e suas variáveis determinantes são produto nacional; nível geral de preços; nível de emprego; e salários nominais27 . O lado monetário, por sua vez, analisa e cuida do mercado financeiro (monetário e títulos) e do mercado de divisas, cujas variáveis determinantes são as taxas de juro; estoque de moeda; e taxa de câmbio28 . Ambos os lados da Economia, diga-se de passagem, são de extrema importância. O lado monetário, por exemplo, é muito importante para que sejam determinadas as transações econômicas, isto é, os financiamentos de aquisição de bens e serviços para as pessoas físicas (bens de consumo) e jurídicas (bens de capital), financiar as empresas em geral, disponibilizar recursos para compor ou recompor o capital de giro dessas empresas29 , etc. II - Noções de Macroeconomia 2.1 - A Macroeconomia A macroeconomia tornou-se parte da Ciência Econômica a partir de 1936, com a publicação de um livro intitulado de “A teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, por J.M.Keynes30. O termo “macroeconomia”, entretanto, foi criado em 1933 pelo economista norueguês Ragnar Frisch (1895-1973)31 . 25 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 26 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 27 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 28 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 29 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 30 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 31 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 LADO REAL Mercado de Bens e Serviços ------------------------------ Mercado de Trabalho Produto Nacional Nível Geral de Preços ----------------------------- Nível de Emprego Salários Nominais LADO MONETÁRIO Mercado Financeiro (monetário e títulos) ------------------------------ Mercado de Divisas Taxa de Juros Estoque de Moeda ----------------------- Taxa de Câmbio Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód.STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:13de71 2.2 - Conceitos Básicos Trata-se da parte da Ciência Econômica que estuda e trata do comportamento do sistema econômico como um todo. Notadamente dos fenômenos que afetam esse sistema econômico (inflação, desemprego...), bem como, as relações entre os grandes agregados como produto interno bruto, produto nacional bruto, investimento agregado, entre outros32 ... A macroeconomia não analisa com profundidade o comportamento das unidades econômicas individuas, ou seja, as famílias, as empresas, os mercados em geral, os mercados específicos, etc. Conforme já vimos, esta é uma atribuição da microeconomia33 . Então, o que a macroeconomia analisa e trata com profundidade? Além dos agregados macroeconômicos, preocupa-se com questões consideradas de curto prazo, de ordem conjuntural (exemplo: desemprego e inflação), como também, com as questões de ordem estrutural (exemplo: crescimento e desenvolvimento econômico, movimentos do produto interno bruto e do produto nacional bruto)34 . Mas as questões macroeconômicas podem ser avaliadas também sob os aspectos de longo prazo, cujo objetivo é analisar as potencialidades de um país, isto é, os fatores que possam ajudar no crescimento ou desenvolvimento econômico. E quais são eles? Desenvolvimento tecnológico, qualificação da mão-de-obra, inovação tecnológica, investimento em pesquisa, entre outros35 . 2.3 - Utilização dos Dados Macroeconômicos Os governos dos países utilizam os dados macroeconômicos para ajustar, equilibrar e estabilizar sua política econômica... Por que? Porque os países convivem com uma enormidade de problemas e precisam solucioná-los ou minimizá-los. E que problemas são esses? Já foram vistos parcialmente acima: são problemas econômicos, como por exemplo, aumento da inflação, aumento de preços de bens e serviços, desemprego, queda da produção de bens e serviços, queda na renda dos assalariados e trabalhadores em geral, queda do produto interno bruto, queda da renda per capita, déficit nas contas externas, etc36 . 2.4 - Objetivos ou Metas de Política Macroeconômicas Justamente em função de os países conviverem com os problemas acima mencionados, e necessitarem de uma solução para os mesmos, objetivos ou metas de política 32 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 33 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 34 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 35 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 36 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 Nível Geral de Preços Balço de Pagntos Desem- prego Política Monetária Taxas de Juros Emprego Política Fiscal Taxa de Cambio Renda NacionalSalários Invstmntos Produto Nacional Política de Renda Consumo Inflação Poupança PIB PNB Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:14de71 macroeconômica são estabelecidos ou traçados para atingirem esses objetivos37 . Quais são esses objetivos ou metas? 2.4.1 - Geração de um Alto Nível de Emprego É sumamente importante criar empregos para ajudar no crescimento econômico de um país. Por essa razão, gerar empregos passou a ser uma das grandes preocupações dos governantes, após 1936. Um dos objetivos básicos ou metas de política macroeconômica, portanto, deve ser baseada em estudos, formas e ações de como manter a taxa de desemprego baixa e a taxa de emprego elevada38 ... O desemprego pode trazer sérios problemas para a economia de um país, como também, perturbar o seu lado social na medida em que afronta a dignidade das famílias, estimula a migração de pessoas de uma região para outra, etc. As pessoas desempregadas ficam sem renda, e consequentemente sem o poder de compra. Isto é muito rum para o conjunto da economia pois o consumo e a demanda por bens e serviços caem, e isto tende a trazer mais desemprego39 . 2.4.1.1 - Tipos de Desemprego O desemprego em um país pode ser de curta duração ou pode atingir períodos mais longos. Há uma classificação quanto ao tipo de desemprego que ocorre nos países, entre os quais, desemprego conjuntural, desemprego friccional, desemprego estrutural40 e o desemprego sazonal. Maiores detalhes no quadro abaixo. 37 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 38 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 39 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 40 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 41 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 42 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 43 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 44 - Holanda, N. Introdução à Economia. Vozes, 2002 45 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 46 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 Desemprego Cíclico ou Conjuntural ou Involuntário (ou ainda desemprego Keynesiano) Desemprego momentâneo (conjuntural ou de curta duração ou não demorado). Normalmente é um desemprego causado por períodos de recessão na economia de um país. Geralmente as pessoas desejam trabalhar mas não encontram postos de trabalho41. Desemprego friccional (ou taxa natural de desemprego) Trata-se de uma taxa de desemprego considerada como “normal” ou “natural”. Consiste de pessoas que estão desempregadas temporariamente: seja porque estão procurando emprego; seja porque estão mudando para outro emprego; seja pela incapacidade de resposta da economia em permitir abertura de postos de trabalho42 Portanto, esta taxa de desemprego resulta dos problemas visto acima e das imperfeições do mercado de trabalho (como por exemplo: informações sobre esse mercado estarem imperfeitas, não serem de boa qualidade...) . 43. Pode ser considerada uma taxa de desemprego normal ou natural, um desemprego com cerca de 4% a.a.44 Desemprego estrutural (ou tecnológico) È decorrente de problemas estruturais na economia dos países. Normalmente este desemprego é causado pelo desequilíbrio entre o desenvolvimento tecnológico e a qualificação ou localização da força de trabalho (mão-de-obra desqualificada ou mão-de-obra morando longe do local de trabalho45). Desemprego Sazonal Trata-se de um tipo de desemprego encontrado em certo tipo de atividade econômica, bem como, em certas épocas do ano. Por exemplo: na agricultura e nos finais de ano, onde se observa uma variação na oferta de trabalho46. Julliana Monteiro Julliana Monteiro Julliana Monteiro MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:15de71 2.4.1.2 - Conceito de Desemprego A propósito do desemprego, trata-se de pessoa apta a trabalhar, mas que está fora do mercado de trabalho geralmente por faltade postos de trabalho. Isto é gerado em função do nível de crescimento da economia, ou seja, quando o crescimento econômico do país não é suficiente para criar vagas ou postos de trabalho, e desse modo, absorver o contingente desempregado47 . O nível de desemprego de um país pode ser calculado segundo a fórmula abaixo. Na verdade essa taxa reflete a relação entre uma população desempregada e a população economicamente ativa ou apta a trabalhar. População Economicamente Ativa (PEA), diz respeito à população apta a trabalhar, compreendida entre quatorze ou mais anos48 . 1 - Supondo um país com uma população apta a trabalhar da ordem de 1.453.666 habitantes, onde 137.187 desses habitantes encontram-se desempregados. Neste caso qual será a taxa de desemprego desse país? Resp.: Td = 137.187 / 1.453.666 x 100 = 9,44% taxa de desemprego será de 9,44% 2.4.2- Estabilizar Preços Estabilizar preços significa utilizar políticas e mecanismos adequados para conter os processos inflacionários, as distorções sobre a renda em geral, e sobretudo, a renda do trabalhador. Estabilizar preços é sumamente importante para a economia dos países, por isso, as políticas econômicas governamentais devem ter como objetivo ou meta, a estabilidade de preços, para que possa haver crescimento da economia de forma estável continua e sustentável, bem como, para que não haja “fuga” de capitais e investimentos para outros países49 . 2.4.3 - Crescimento Econômico É também um objetivo ou meta de política macroeconômica. O crescimento econômico deve ser estimulado através de políticas econômicas que possam promover a capacidade produtiva do país, através da disponibilização de mais recursos, do desenvolvimento (melhoria) de tecnologias, da organização da produção, da criação de condições para capacitar melhor os recursos humanos, e em contrapartida, trazer entre outros50 ... 47 - População Economicamente Ativa (PEA), diz respeito a população apta a trabalhar, compreendida entre dez ou anos 48 - Holanda, N. Introdução à Economia. Vozes, 2003 49 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 50 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 Onde Td = taxa de desemprego D = desemprego PEA = população economicamente ativa Exercício Nº 01/6 – 1 questão(s) D Td = ------ x 100 PEA MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:16de71 2.4.4 - Eficiência Produtiva Diz respeito à obtenção do máximo de resultados tanto em nível quantitativo como qualitativo na produção de bens e serviços. É também um objetivo ou meta de política macroeconômica e deve ter ligação com a política industrial de cada país51 . Esse processo poderá ter resultados melhores quando a alocação dos fatores de produção forem eficientes, isto é, quando os recursos produtivos são canalizados para a produção de forma eficaz, e também, quando o país possui fatores de produção de bom nível52 … 2.4.5 - Distribuir Renda Distribuir renda de forma socialmente justa e da melhor forma possível, entre os participantes e promotores do processo de produção econômica de bens e serviços de um país, é um objetivo ou meta de política macroeconômica. Esta é uma questão que no Brasil sempre deixou a desejar, principalmente entre os anos de 1967 a 1973. O governo da época, preconizava o crescimento da renda para depois distribuí-la (este fato ficou conhecido como teoria do bolo)53 . Em função dessa forma injusta e desigual de distribuição de renda no Brasil, em que pese as mudanças para melhor nestes últimos anos, a renda per capita do Brasil ainda é baixa e inferior à média internacional (considerar os países desenvolvidos)54 . Segundo Mendes, os 10% mais ricos da população brasileira fica com cerca de 47,4% da renda gerada, e por sua vez, os 20% mais pobres ficam com 3% desse bolo55. Segundo, ainda o autor em questão, se for feito uma comparação teremos o seguinte56 : O grau de concentração de renda dos países pode ser mensurada através do índice de Gini (estatístico italiano). Esse índice é calculado com base na curva de Lorenz (estatístico americano), onde é mostrado a relação entre os segmentos populacionais e suas respectivas participações na renda nacional57 51 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 . 52 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 53 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 54 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 55 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 56 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 57 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 PAÍS 10% MAIS RICOS 20% MAIS POBRRES Brasil Detém 47,4% da renda nacional Detém 3% da renda Países desenvolvidos Detém 25% da renda nacional Detém 6% da renda Aumento da produção econômica(crescimento do produto) Aumento do nível de poupança Crescimento da renda nacional por indivíduo Aumento da capacidade produtiva Melhoria na eficiência da capacidade organizacional das empresas MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:17de71 2.5 - Instrumentos de Política Macroeconômica Os instrumentos de política macroeconômica permitem que o governo possa atuar na economia no sentido de promover o crescimento econômico, o emprego, a distribuição de renda, controlar a inflação, entre outras coisas58 . Entre os instrumentos de política macroeconômica, podemos relacionar... 2.5.1 - Política Fiscal É embasada em leis, portarias e a outros meios legais que os governos dos países dispõem para arrecadar impostos (política tributária), estruturar o nível de tributação (alíquota dos impostos), inibir ou estimular os gastos do setor privado, estruturar sua própria política de gastos e controlar suas próprias despesas59 . Os objetivos, entre outros, da política fiscal é o de propiciar a estabilidade da moeda, ajudar na obtenção de uma situação de pleno emprego, e de outras questões correlatas, como por exemplo, controlar a quantidade de moeda em circulação na economia60 . Através da política fiscal os governos dos países podem influenciar os rumos da economia de seus países. A política fiscal tem uma ligação “íntima” com a política monetária, por isso, elas são utilizadas em várias combinações no sentido de orientar as metas econômicas pretendidas pelos governos dos países61 . Por exemplo: quando a inflação de um país está em patamares elevados, a economia desse país pode necessitar de uma desaceleração. Diante dessa situação, o governodesse país pode fazer uso da política fiscal, aumentando os impostos cujo objetivo é o de restringir e diminuir a quantidade de dinheiro na economia, e desse modo, reduzir os níveis de consumo. É que pagando mais impostos as famílias irão reter menos dinheiro62 . Dentro ainda desse contexto (política fiscal), podem ser implementadas medidas, como por exemplo63 : Em geral os efeitos da política fiscal não são os mesmos sobre a sociedade como um todo. Isto é, seus efeitos podem atingir somente determinados segmentos sociais. Por exemplo: um aumento do imposto de renda de pessoa física pode atingir somente certa camada da sociedade (digamos a classe média). Ou o aumento do imposto sobre o lucro líquido das 58 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 59 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 60 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 61 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 62 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 63 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 SE O OBJETIVO DO GOVERNO FOR: MEDIDA FISCAL A SER TOMADA PELO GOVERNO RESULTADO ESPERADO REDUZIR A INFLAÇÃO - Diminuir os gastos públicos - Aumentar a carga tributária - Redução dos investimentos - Inibição do consumo das famílias O CRESCIMENTO DO EMPREGO - Aumentar os gastos públicos - Diminuir a carga tributária - Aumento da renda global DISTRIBUIR MELHOR A RENDA - Gastos do governo em regiões digamos menos privilegiadas - Favorecer certos segmentos da sociedade, gerar emprego e renda MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:18de71 empresas, que tenham lucro acima de um certo montante, só atingirá as empresas que estiverem enquadradas nesse montante64 . 2.5.2 - Política Monetária São medidas utilizadas pelo governo, dispostas através de meios legais, assim como, da atuação do governo do país na economia através de seus bancos centrais, objetivando uma série de questões como: controlar o volume e a oferta de moeda, a oferta de crédito, as taxas de juros e também a inflação65 . E como o governo faz isso? Ainda sobre a política monetária... SE O OBJETIVO DO GOVERNO FOR: MEDIDA DE POLÍTICA MONETÁRIA A SER TOMADA PELO GOVERNO DO PAÍS RESULTADO ESPERADO AJUDAR A CONTROLAR A INFLAÇÃO ATRAVÉS DA POLÍTICA MONETÁRIA - Aumentar o depósito compulsório - Disponibilização de menos dinheiro para o crédito... BUSCAR O CRESCIMENTO ECONÔMICO DO PAÍS - Diminuir o depósito compulsório - Aumento da oferta de moeda facilitando o crédito e disponibilizando mais moeda na economia 64 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 65 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 66 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 67 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 68 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 69 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 70 - Martins, C. R.e NogamiI, O. Princípios de Economia.THOMSON Learning, 2004 71 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 72 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. Controlando a emissão de moedas ou dinheiro em circulação Por quê controlar? Porque a emissão de moeda de forma desordenada geralmente está vinculada ao financiamento do déficit orçamentário do governo, e essa prática, gerar inflação, (inflação de demanda)66 Controlando os títulos públicos ou operação no mercado aberto Diz respeito as operações no “mercado aberto” feitas pelo Banco Central. Trata-se de uma forma de o governo reduzir a quantidade de dinheiro em poder do público e dos bancos, ou se for o caso, fazendo o contrário, isto é, se houver pouca oferta monetária o governo compra esses títulos o que faz injetar mais dinheiro no sistema67. Regulando os redescontos ou fixando a taxa de redesconto Trata-se de uma operação de “socorro” (empréstimo) feito pelo Banco Central aos Bancos Comerciais, quando estes não conseguem os volumes de recursos derivados dos depósitos das famílias necessários para suas operações68. Na verdade o dito “redesconto” é uma taxa de juros cobrada sobre esses empréstimos pelo Banco Central69. Regulamentando o crédito e controlando as taxas de juros ou fazendo o controle seletivo do crédito Trata-se do controle das autoridades monetárias sobre o volume de dinheiro a ser emprestado à população70. Um dos objetivos, entre outros, é o de evitar “explosão de consumo” e conseqüentemente o aumento da inflação (inflação de demanda neste caso)71. Regulando as operações no mercado financeiro Diz respeito à intervenção do Banco Central no sentido de regular esse mercado... Regulando o depósito compulsório ou taxa de reserva Trata-se do controle do Banco Central sobre o percentual de volume de dinheiro que deve ser depositado no próprio Banco Central. Objetivo: Restringir o volume de dinheiro em circulação, e portanto, restringir o crédito ao consumidor e para as empresas (medida de combate a inflação). Mas, as medidas podem ser tomadas no sentido contrário em época de crise financeira, como nesta última crise financeira 2008/2009, por exemplo. Ou seja, deixando mais dinheiro com esses bancos para que eles pudessem emprestar mais às famílias e para as empresas72. MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:19de71 2.5.3 - Política Cambial e Comercial 2.5.3.1 - Política Cambial A política cambial, por exemplo, tem como principal elemento a taxa de câmbio e serve para que os governos dos países possam controlar o valor da moeda de seus países e da moeda estrangeira. Principalmente o dólar americano em relação ao real (no caso do brasileiro), já que esta moeda (o dólar americano), ainda é a principal referência balizadora do câmbio na maioria dos países73 . No que diz respeito à taxa de câmbio as mais comuns são as taxas flutuantes, as fixas e aquelas conhecidas como bandas. Na realidade são regimes cambiais que podem ser adotados pelos países. O câmbio no Brasil, por exemplo, nestes últimos anos, é um câmbio flutuante, isto é, o valor da moeda é determinado pelas leis do mercado. É como se essa moeda fosse uma “mercadoria” (para exemplificar: mais oferta de dólar o seu preço tende a cair e mais demanda por dólar o seu preço tende a subir)74 . No Brasil, o banco central se faz presente quando é necessário, operando na compra ou na venda de moeda (no caso o dólar), visando equilibrar o mercado e corrigir as eventuais distorções. E que distorções são essas? Por exemplo, a entrada de muito dólar no mercado brasileiro fazendo com que o real se sobrevalorize. Este é um sério problema para as exportaçõesbrasileiras na medida em que as mercadorias perdem competitividade75 . 2.5.3.2 - Política Comercial A política comercial, por sua vez, diz respeito a um leque de medidas e tratados de relações comerciais entre os países, com vistas a ampliação e desenvolvimento do comércio com as nações do resto do mundo76 . Quando um país vende mais do que compra do resto do mundo, gera reflexos internos importantes, entre outros, o crescimento da produção interna de bens e serviços para fazer frente ao mercado interno e ao próprio mercado externo e entra divisas em contrapartida às exportações. Essa questão faz melhorar os processos tecnológicos, a mão-de-obra tende a ser aperfeiçoada para que haja aumento da produtividade, melhoria do produto, redução de custos e haja competitividade77 . Algumas questões abaixo de caráter de política cambial e de política comercial... 73 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 74 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 75 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 76 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 77 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 Criar tributação para o setor importação (TEC) Medida de política comercial Criar mecanismos para estimular as exportações e inibir as importações (se necessário) Medida de política comercial Fixar ou não as taxas de câmbio Medida de política cambial Estabelecer diretrizes para o setor logístico Medida de política comercial Estabelecer mecanismos de negociação internacional Medida de política comercial Desvalorizar ou não a moeda nacional em relação à(s) outra(s) Medida de política cambial Estabelecer condições para o financiamento às exportações... Medida de política comercial MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:20de71 2.5.4 - Política de Renda É também um instrumento de política macroeconômica e diz respeito a intervenção direta do governo, na formação da renda, como por exemplo, dos salários e dos aluguéis, entre outros)78 . 2.6 - Valor Agregado ou Valor Adicionado Antes de entrar propriamente na questão do valor adicionado, vale ressaltar a importância da Contabilidade Nacional, que tem como um de seus objetivos registrar e mensurar os principais agregados macroeconômicos79 Não obstante, existem outras formas utilizadas para que o produto seja mensurado: produto interno, produto nacional, etc. . Sem ela (contabilidade nacional) ficaria muito difícil esse registro tendo em vista as diferentes mercadorias que são produzidas e seus quantitativos. 80 . Valor agregado ou valor adicionado, é o valor que foi somado ao produto em cada fase do processo de produção do bem, o que permite chegar ao produto final produzido na economia81 . Esta contagem de bens deve ser feita uma única vez, assim como, deve ser contado somente os bens finais, já que estão inclusos nesses bens finais todos os custos das matérias-primas intermediárias (bens intermediários)82 . 2.6.1- Produção A produção de um bem é um processo de elaboração desse ou desses bens, em um dado período de tempo, desde a primeira etapa, em que os fatores de produção se combinaram até a elaboração do produto final83 . 2.6.2 - Produção Intermediária Diz respeito ao processamento de bens intermediários (matérias-primas intermediárias) na sua tarefa de ir alimentando as organizações empresariais. Como exemplo de matérias-primas intermediárias ou produtos intermediários pode ser citado chapa de aço, farinha de trigo, entre outros84 . 78 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 79 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 80 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 81 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 82 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 83 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 84 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 alimentar e atender o processo produtivo em curso, ou seja, o consumo de capital através do produto intermediário Atender a demanda final do consumo das famílias DESTINO DO PRODUTO PRODUZIDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:21de71 2.6.3 - Mensuração do Produto (exemplo) Exemplo de mensuração do produto englobando os três setores da atividade econômica: setor primário que compreende agropecuária, extrativismo, etc.; setor secundário que é o setor de transformação (fábricas); e o setor terciário que é o setor de serviços. Conforme pode ser observado no esquema acima, cada uma das unidades produtoras (empresas) – (UP), agrega um determinado valor aos insumos, através da utilização dos fatores de produção85 . 2.6.3.1 - Setores As unidades produtoras (empresas) vendem o seu produto para outra unidade produtora, neste caso um bem intermediário, ou esse produto, pode ter como destinado o mercado para o atendimento do consumo das famílias86 . O exemplo abaixo diz respeito a uma economia hipotética, na qual são representadas as compras de insumos e o valor agregado , pelo conjunto das unidades produtoras. 2.6.3.1.1 - Setor Primário AGRICULTURA (SETOR PRIMÁRIO) $ COMPRA DE INSUMOS (VALOR TOTAL) 25,00 1 - Sementes 5,00 2 - Adubos 10,00 3 - Serviços 10,00 VALOR AGREGADO (VALOR TOTAL) 75,00 1 - Salários 40,00 2 - Juros 5,00 3 - Aluguel 15,00 4 - Lucros 15,00 VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO = a soma de compras de insumos+o valor agregado) 100,00 85 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 86 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 UNIDADES PRODUTORAS PROCESSO PRODUTIVO PRODUTO AGRICULTOR UP UP UP SEMENTE, ADUBO, ETC Tr, Tec, BCap... AGREGA FAT.PROD. INSUMOS TRANSPORT ENERGIA, ETC INSU MOS Tr, Tec, BCap...MOINHO UP UP UP TRIGO PADARIA UP UP UP SAL, ENERGIA, ETC Tr, Tec, BCap... FAT.PROD.AGREGA AGREGA FAT.PROD. FARINHA PÃO BEM DE CONSUMO FINAL INSU MOS INSUMOS INSUMOS MENSURAÇÃO DO PRODUTO (TRÊS SETORES DA ATIVIDADE ECONÔMICA ) MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:22de71 2.6.3.1.2 - Setor Secundário INDÚSTRIA (SETOR SECUNDÁRIO) $ COMPRA DE INSUMOS (VALOR TOTAL) 80,00 1 - Matérias-primas agrícolas 30,00 2 - Insumos indiretos40,00 3 - Serviços 10,00 VALOR AGREGADO (VALOR TOTAL) 70,00 1 - Salários 40,00 2 - Juros 5,00 3 - Aluguel 5,00 4 - Lucros 20,00 VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO = a soma de compras de insumos+o valor agregado) 150,00 2.6.3.1.3- Setor Terciário O Valor Bruto da Produção (VBP): Engloba tudo que é vendido pelas empresas, que compõem os três setores da atividade econômica, não distinguindo se é para o consumo intermediário ou se é para o consumo final das famílias87 . VBP = VBP1 + VBP2 + VBP3 VBP = 100,00 + 150,00 + 140,00 VBP = $ 390,00 O Valor Agregado (VA): É o valor adicionado ao processo produtivo decorrente da remuneração aos proprietários dos fatores de produção, ou seja, é a soma das remunerações dos fatores de produção pagos pelas empresas aos proprietários desses fatores de produção88 . VA = VA1 + VA2 + VA3 VA = 75,00 + 70,00 + 130,00 VA = $ 275,00 87 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 88 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 SERVIÇOS (SETOR TERCIÁRIO) $ COMPRA DE INSUMOS (VALOR TOTAL) 10,00 1 - Insumos indiretos 5,00 2 - Serviços 5,00 VALOR AGREGADO (VALOR TOTAL) 130,00 1 - Salários 75,00 2 - Juros 10,00 3 - Aluguel 5,00 4 - Lucros 40,00 VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO = a soma de compras de insumos+o valor agregado) 140,00 VBP = Compra de Insumos + Valor Agregado VA = Salários + Juros + Aluguel + Lucro MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:23de71 O Consumo Intermediário (CI) : É toda produção intermediária resultante da relações intersetoriais89 . CI = CI1 + CI2 + CI3 CI = 25,00 + 80,00 + 10,00 CI = $ 115,00 Produto (P): É a soma dos bens e serviços de uso final da economia. Para se calcular o valor do produto é necessário abater-se (retirar) do VBP (valor bruto da produção), o CI (consumo intermediário), pois se isto não for feito, haverá uma DUPLA CONTAGEM de um produto que é elaborado por uma unidade produtora e insumada por outra unidade produtora (por uma outra empresa). Para um melhor entendimento aproveitaremos o exemplo dos autores Gremaud, Vasconcellos e Junior onde é explicitado o seguinte: “ se for incluído no produto tanto o valor do aço como o valor dos automóveis, estar-se promovendo uma dupla contagem, uma vez que o aço já está incorporado no valor do automóvel, e quando o automóvel é contabilizado o aço também o é automaticamente”90 . P = P1 + P2 + P3 P1 = VBP1 – CI1 = 100,00 – 25,00 = 75,00 P2 = VBP2 – C2 = 150,00 – 80,00 = 70,00 P3 = VBP3 – C3 = 140,00 – 10,00 = 130,00 P = 75,00 + 70,00 + 130,00 = $ 275,00 Renda (Y): Diz respeito à soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção em certo período de tempo91. A renda nacional é a remuneração dos fatores de produção abaixo relacionados e é feito sob forma de salários(w), juros(j), alugueis(a) e lucros(l)92 . Salários = (salário)1 + (salário)2 + (salário)3 Juros = (juros)1 + (juros)2 + (juros)3 Aluguéis = (aluguel)1 + (aluguel)2 + (aluguel)3 Lucros = (lucro)1 + (lucro)2 + (lucro)3 Y= (salário) + (juros) + (aluguel) + (lucro) Y = Y1 + Y2 + Y3 Y = 75,00 + 70,00 + 130,00 = $ 275,00 89 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 90 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 91 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 92 - Holanda, N. Introdução à Economia. Vozes, 2003 Salários (w) Remunera (paga) a força de trabalho (a mão-de-obra do trabalhador). Alugueis (a) Remunera os rendimentos pela alocação de bens, arrendamento de terras, royalties (por uso de tecnologia ou patentes)... Lucros (l) Remunera os investimentos diretos e os reinvestimentos em atividades empresariais... Juros (j) Remunera o dinheiro tomado junto aos bancos e instituições financeiras em geral... CI = Total de Insumos Adquiridos P = VBP - CI MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:24de71 3 - Agregados Macroeconômicos Os agregados macroeconômicos são importantes para que o país possa ter conhecimento de suas contas, bem como, possa formular as políticas de estabilização e de crescimento da economia. Os principais agregados macroeconômicos são93 : 3.1 - Produto Interno Bruto (PIB) Trata-se da produção de bens e serviços dentro dos limites territoriais de uma país, em um determinado período de tempo. Para efeito de contagem, esse período de tempo pode ser considerado um ano ou trezentos e sessenta dias94 . Bens e serviços, conforme já foi mencionado acima, é tudo aquilo que é produzido (vem da produção) e resulta da combinação do esforço humano associado a outros fatores de produção. A propósito dos fatores de produção, são todos os elementos utilizados no processo de produção desses bens e serviços, os quais são postos a disposição da sociedade nos mercados para aquisição e atendimento de suas necessidades95 . Os mercados, por sua vez, são os locais onde as pessoas físicas e jurídicas (consumidores e vendedores) se encontram para realizarem suas transações comerciais e econômicas de bens e serviços96 . O produto interno bruto (PIB) em crescimento é sinal de economia aquecida, e significa, mais produção econômica, mais consumo, mais emprego, mais poupança, mais renda, e mais arrecadação de impostos por parte do governo. Por isso, o produto interno bruto quando cresce tem uma importância muito grande para o país. Por essa importância e pelos reflexos que pode trazer, o produto interno bruto é frequentemente objeto de mensuração pelos governos dos países, inclusive do Brasil, para avaliar seu nível de crescimento, etc97 . No sentido oposto, ou seja, o produto interno bruto (PIB) em queda, em três meses consecutivos, por exemplo, é sinal recessão econômica e isto definitivamente não é interessante para os países, já que traz desemprego, queda na renda, menos arrecadação de impostos, tensões sociais, etc98 . Quanto melhor a infraestrutura de um país, aliado a outros fatores, maior terá esse país a possibilidade de crescimento de seu produto interno bruto (PIB). Por isso, se faz necessário a manutenção ou criação ou a melhora de uma série de fatores, entre outras coisas99 ... 93 - Souza, N.J. Curso de Economia. Atlas, 2003. 94 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 95 - Gremaud, A.P., Vasconcellos,M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 96 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 97 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 98 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 99 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006 MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:25de71 3.1.1 - Gráficos sobre o Produto Interno Bruto Brasil 3.1.1.1 - Gráfico sobre Evolução do PIB Como exemplo e ilustração, abaixo o comportamento do PIB brasileiro entre os anos 2000 a 2011. Fonte: IBGE(2011/estimado) Poupança forte Porque traz menos dependência de recursos financeiros externos, evitando aumento de divida externa Investimentos em sistemas de energia (elétrica, petrolífera, etc) Trará para o país a energia necessária para a implementação do seu crescimento econômico, e desse modo, evitando os “gargalos” Disponibilidade de recursos produtivos Em quantidades e qualitativamente também é importante para o crescimento Investimento em capital físico e tecnologia Aquisição de máquinas, equipamentos, instalações fabris e investimento em tecnologia é também de extrema importância para o crescimento da economia Investimento em pesquisa nos três setores da economia Setor primário; setor secundário; e setor terciário é importante para que esses setores se tornem competitivos Agilidade e o estabelecimento de regras claras por parte do governo Traz diminuição da burocracia, segurança para os investidores, estimula os investimentos diretos internos e externos Investimento em educação de boa qualidade Primordial para o processo produtivo, científico, tecnológico, pesquisa, etc. do país Construção e melhorias das rodovias já existentes, ferrovias, portos e aeroportos Irá permitir um escoamento mais rápido da produção, redução das perdas de mercadorias e produtos primários, redução dos custos logísticos internos, e em conseqüência, mais competitividade Diminuição da carga tributária É fundamental uma carga tributária adequada. Isto permitirá uma economia mais competitiva e mais consumo Taxa de juros baixa Irá estimular novos investimentos e novos financiamentos pois o dinheiro fica mais “barato” junto as instituições financeiras Investimentos governamentais e privados São fundamentais: o governo investindo em infra-estrutura, enquanto que as empresas na atividade produtiva. EVOLUÇÃO DO PIB DO BRASIL ENTRE 2000 e 2011 4,30% 7,50% -0,20% 5,10% 5,70% 4%5,70% 1.310 4,30% 1,30% 2,70% 1,10% -5,00% 0,00% 5,00% 10,00% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 PIB (Brasil) MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:26de71 3.1.1.2 - Gráfico do PIB por Setor da Atividade Econômica Fonte: FMI/Bco Mundial 3.2 - Produto Interno Bruto a Preço de Mercado (PIBpm) O produto interno bruto a preço de mercado (PIBpm) é igual a renda interna bruta a custo de fatores (RIBcf) (mais) os impostos indiretos (menos) subsídios100. Renda interna bruta a “custo de fatores” significa dizer que as empresas estão pagando pela utilização dos fatores de produção101 . “Preço de mercado”, por sua vez, diz respeito ao preço pago no final, isto é, o preço de venda102. Nesse preço está contido, por exemplo, o custo dos recursos produtivos (fatores de produção ou recursos econômicos), impostos e lucratividade103 . Abaixo a fórmula para que se possa calcular o produto interno bruto a preço de mercado (PIBpm). 3.2.1 - Mensuração do Produto Interno Bruto (PIB) 3.2.1.1 - Mensuração do Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) Uma outra forma de mensuração do crescimento do produto é através de sua evolução anualizada, ou seja, através de uma contagem geral e anual (considerando trezentos e sessenta dias). Isto permite fazer a comparação do crescimento do produto interno bruto em períodos diferentes104 . Conforme já foi visto anteriormente, dada as condições da economia de um país o seu produto interno bruto (PIB) poderá ou não crescer. A taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) em termos reais, é calculada da seguinte forma, em dois anos por exemplo. 100 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 101 - Gremaud, A.P., Vasconcellos, M.A.S., R.T. Junior. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas, 2007 102 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 103 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008 104 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009 PIBpm = RIBcf + IMPOSTOS INDIRETOS - SUBSÍDIOS PIB BRASIL POR SETOR DA ATIVIDADE ECONÔMICA - 2007/2008 66,80%29,70% 3,50% Setor SERVIÇOS Setor INDUSTRIAL Setor AGRÍCOLA MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Curso: Ciências Atuariais Período: 2º C/H: h/aula Crédito: Nº 2012.II/02–Rev 02 – Data: 26/11/2012 Disciplina: Aspectos de Macroeconomia Cód. STC00154 Campus: Sala: Noite/ Horário: Francisco De Asevedo Pág.:27de71 Digamos os anos 2009 com relação a 2008. Resultado em (%) percentual105 . 3.3 - Produto Interno Bruto Per Capita (PIB per capita) Através do produto interno bruto per capita ou renda per capita ou produto interno bruto real por habitante, mensura-se também o crescimento econômico e é uma forma de “avaliar a quantidade média” de bens e serviços disponibilizados para cada cidadão de certo país106 . A renda per capita é equivale ao valor total do produto interno bruto (produto do país) dividido pelo número de habitantes desse país em dado momento. Para que ela cresça (a renda per capita), é necessário que o produto interno bruto (PIB) tenha variação superior à taxa de crescimento da população. Para se calcular a renda per capita ou produto interno bruto per capita, utiliza-se a fórmula abaixo. Resultados em valores monetários (dinheiro ($))107 . 3.4 - Produto Interno Bruto Nominal ou Monetário Representa os valores nominais a preços de um certo período. O que acontece é que quando se compara os valores do produto interno bruto (PIB), em períodos diferentes, é natural considerar o aumento da inflação entre os referidos períodos, tendo em vista que os preços mudam no decorrer do tempo108 . Quando se deseja transformar o produto interno bruto nominal ou monetário (PIB NOMINAL) em produto interno bruto real (PIB REAL), estar-se querendo na verdade, medir a produção e a renda nacional a preços do momento. Faz-se necessário, neste caso, desinflacionar os valores do PIB NOMINAL109 . Conforme já mencionado o PIB nominal está inflacionado, com a inflação de um certo período de tempo110. Para que o PIB real possa ser encontrado, utiliza-se, neste caso, a fórmula abaixo e o resultado desta operação deverá