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MARILIZA DOS SANTOS GOMES A RELACAO TRABALHISTA RURAL E AS LEIS VIGENTES: DIFERENÇAS ENTRE EMPREGADO RURAL E PRODUTOR FAMILIAR RURAL. Pelotas – RS 2015 2 3 MARILIZA DOS SANTOS GOMES A RELACAO TRABALHISTA RURAL E AS LEIS VIGENTES: DIFERENÇAS ENTRE EMPREGADO RURAL E PRODUTOR FAMILIAR RURAL. Monografia informativa, objetivando aprovação em uma das etapas do curso de bacharel em direito e apresentado à Faculdade Anhanguera de Pelotas, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado. Sob a orientação do Professor Jair Mayer. Pelotas – RS 2015 4 Dedico este trabalho a meu amado pai, que já partiu, mas sempre ensinou a buscar conhecimento, sua forca e amor me guiam dando me asas para voar e adquirir sabedoria. 5 RESUMO “Os princípios são como os faróis. Constituem leis naturais, que não podem ser rompidas” (Stephen R. Covey, 1989, p. 19) Com uma linguagem concisa este material visa a orientação sobre um importante segmento econômico, trabalhadores rurais. Visando uma análise de soluções mais adequadas no âmbito jurídico versando sobre diferenças, principalmente entre o empregado rural e o produtor familiar rural (segurado especial). O qual faz surgir vários impasses e divergências em matéria de direito previdenciário e trabalhista. Com o objetivo de informar a todos aqueles que possam necessitar de dados, quando houver disposição do empregado rural ou do produtor familiar em discutir, de forma jurídica um impasse ou divergência relacionada com a inscrição, anotação, cadastro correto na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), a inscrição perante entes governamentais e públicos, a correta inscrição no quadro da previdência social quando solicitar sua aposentadoria, entre outros. Utilizando-se da boa informação sobre seus direitos e deveres, a sociedade poderá assim alcançar um dos objetivos do Direito e da Justiça do Trabalho, atuando na evolução dos relacionamentos e em todas as instâncias profissionais, respeitando as hierarquias e o tratamento individualizado do trabalhador rural, a diferença em seu horário de trabalho e todos os aspectos que envolvam a comprovação de seu enquadramento correto, sem negligenciar as possíveis amizades que do ambiente de trabalho possam surgir. Promovendo um maior respeito a legislação constitucional que conduz a igualdade de tratamento entre todos os trabalhadores. Incentivados por uma explanação de informações relacionadas ao empregado e ao produtor familiar rural, e para o surgimento de um bom relacionamento em todas as situações, se faz necessário a informação e o uso da boa comunicação, isto é, sanar uma das maiores dificuldades que o produtor rural encontra por não conhecerem suas obrigações, que é seu enquadramento e classificação de segurado de área rural. Somente quando deparados com tais dificuldades se fazem necessárias tais 6 orientações, uma doutrina que perante ao trabalhador rural, doutrinador, estudante e desenvolvedores do direito devem ser desmistificada e indispensável para obter bom êxito nos relacionamentos de trabalho. De uma forma concisa procurou-se uma forma de informar alguns dos acontecimentos do meio rural da região, e de alguns fatos os quais motivam a explanação dessas informações, relacionadas ao tratamento do empregado rural e a diferença entre o produtor familiar, suas divergências em relação aos atributos legais e arbitrariedades trabalhistas que podem vir a acontecer e os motivos que levam e envolvem a contratação de um trabalhador na qualidade de empregado rural e a possibilidade do trabalhador optar pelo enquadramento como Produtor Familiar Rural (PFR). Palavras chaves: Trabalhador Rural, Empregado Rural, Produtor Familiar Rural, Agricultor Rural, Previdência Social. 7 METODOLOGIA Pesquisa organizada dialeticamente no intuito de realizar uma investigação, por meio de documentos, costumes, entrevista a juiz de direito do trabalho, revistas eletrônicas, legislação e monografias. Objetivando descrever e comparar os comportamentos, diferenças e outras características, tanto legislativa como do dia a dia da vida do trabalhador rural caracterizado como empregado rural ou produtor familiar rural. Dispondo as ideias de maneira que se tornem um instrumento eficaz de comunicação para promover uma maior interação entre o trabalhador rural e quem legisla por ele, formulando uma exposição, contendo: a) Os indivíduos atuantes dentro do campo rural, classificados como empregado e produtor familiar. b) O desenvolvimento do tema por partes onde foram demonstrados através da lei vigente, a diferenciação dos indivíduos atuantes dentro dos parâmetros criados. c) Uma síntese do que já foi alcançado em matéria do direito do trabalho à frente de novas perspectivas. (Boaventura, 1999). O interessante de aprofundar se em um assunto e que alguns apresentam se inesgotáveis, e este e um exemplo. Foram revisados normativas, editoriais, revistas eletrônicas, obras de vários autores, tanto no campo jurista de direito do trabalhador, como o previdenciário, e o assunto apresenta-se infinitamente inacabado. E um prazer reconhecer que seria necessário mais alguns anos ara um trabalho realmente efetivo e completo. Mas o intuito deste artigo e o da informação, a qual ainda não alcançou o seu patamar maior. A pesquisa foi realizada através de uma investigação, por meio de documentos, teve por objetivo descrever e comparar os comportamentos e adoção de medidas legais diante de alguns aspectos, principalmente em relação as diferenças características que fazem revés aos direitos do trabalhador rural como empregado e como produtor familiar rural. 8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CATs - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO. CLT - CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. CNA - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA. CTPS - CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDENCIA SOCIAL. FUNRURAL - FUNDO DE APOIO AO TRABALHADOR RURAL. MDA - MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO NIT - NUMERO DE IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHADOR. ODM - OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO do MILENIO. PRONAF - PROGRAMA NACIONAL FORTALECIMENTO AGRICULTURA FAMILIAR. 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................... 10 CAPÍTULO I 1. Os Indivíduos. .......................................................... 13 1.1. O Enquadramento Social. ........................ 14 1.2. Classificação do trabalhador Rural na Qualidade de Empregado. .............................................................. 16 1.3. Exigências para o empregado rural. ....... 18 1.4. Produtor Familiar e Empreendedor Familiar Rural. ........................................................................... 19 1.5. Empregador rural. ......................................... 20 1.6. Cadastro Do Produtor para Previdência Social. ... 23 CAPITULO II 2. Das Relações .......................................................... 26 2.1. Das garantias Legais. ......................................... 26 2.2. Relação Produção e Enquadramento. ....... 29 2.3. Dos Incentivos e Novas Possibilidades. ....... 31 2.4. A Observância Da Anotação Na CTPS. ....... 35CAPÍTULO III 3. Regularização Do Trabalhador Rural. ........................ 37 3.1. A Opinião de um Jurista da Região. ....... 37 3.2. Iniciativas Gerais da Região de Pelotas. ....... 37 CONSIDERAÇÕES FINAIS. .......................................................... 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ......................................... 43 APENDICE. ........................................................................... 48 10 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por escopo tratar das diferenças no enquadramento previdenciário e a frente do Direito do Trabalho, entre duas espécies de trabalhadores rurais – o empregado e o pequeno produtor que trabalha em regime de economia familiar. (MADEIRA, 2011). A iniciativa em tratar do tema advém do fato de ser comum no dia-a-dia daqueles que lidam com o Direito Trabalhista e o Direito Previdenciário, depararem- se com confusões e equívocos ao tratar dessas questões. Abordando as relações de empregado rural, empregador rural e o produtor familiar rural, justo por ser matéria de direito trabalhista e constitucional, com o objetivo de descrever de forma explicativa, a importância e o reconhecimento da relação legal e da diferença do empregado rural e do produtor rural familiar (MADEIRA, 2011), e suas reais consequências quando do enquadramento de um profissional diferente daquele ao qual corresponderiam as suas perspectivas sociais e suas reais consequências jurídicas. Em todas nossas ações existe o princípio das relações humanas, e por ser um dos motivos entre os oito objetivos mundiais a serem alcançados pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, onde até 2020 espera-se alcançar uma melhora significativa nas vidas de pelo menos, 100 milhões de habitantes de bairros e uma parcela da proporção da população urbana vivendo em assentamentos precários assim como todos aqueles que vivem no meio rural. Os oito objetivos são compostos por 18 metas e 48 indicadores que podem ser acompanhados por todos em cada país. É possível ainda comparar e avaliar os avanços em escala nacional, regional e global, e seus resultados que devem ser cobrados pela sociedade. (Brasil ODM, 2015) No âmbito das relações humanas, existem níveis de relacionamentos e formas diversas de comunicações e de maneiras ímpares, assim é no meio rural onde encontramos um dos maiores diferenciais apresentados na sociedade atualmente desta particularidade. 11 Por fim este trabalho tem por propósito, expor informações sobre as condições especiais que diferenciam um empregado rural de um produtor familiar rural. Principalmente pela comunicação e a informação serem os principais meios que facilitam os relacionamentos que ocorrem no meio rural. Todos os seres humanos, desenvolvem a habilidade de se relacionar com quase todas as espécies existentes no planeta, não é exclusiva a relação humana mas facilitamos essas etapas compartilhando informações. De fato, em muitos aspectos encontramos várias divergências, mas nem sempre os critérios para distinguir o igual do diferente são tão claros em se tratando de seres humanos (PLONER, p. 26). Se torna interessante o assunto partindo do princípio de igualdade que a constituição nos garante, abordando diferentes maneiras de informar se chegara a um denominador comum, com o advento das notícias através da internet, revistas e diários eletrônicos torna possível a divulgação de informações as quais prestem o papel a que se propõem , um deles e preencher as lacunas do direito como neste caso informando a qualidade de um importante trabalhador descriminado em nosso país por sua humildade, o que o torna suscetível ao não cumprimento de seus direitos de forma total. Com esta razão e explanada a diferença dos trabalhadores apresentados como empregado, produtor familiar e produtor familiar rural, pois nem todas as pessoas tem ciência e confundem estas classificações tornando mais difícil o trabalho dos juristas de direito que reservam seu tempo ao julgamento das lides neste âmbito. E de uma maneira concisa, a informação toma espaço e ajuda na compreensão da diferença dos direitos, deveres e qualificação desses trabalhadores. Requerendo um enquadramento correto, assim foi classificado o trabalhador em escopo para a melhor didática a ser usada a partir da Lei vigente para cada usuário perante ao Direito do Trabalho e a Previdência Social. Para que esse trabalhador muitas vezes marginalizado possa ter sua vez. 12 De forma concisa foram classificados e identificados cada uma das classes de trabalhadores citadas aqui, alguns direitos e deveres, e mais algumas informações regionais e atitudes que viabilizam a real aplicação do direito. Com o intuito que este aparato sirva de real chave para abrir as portas da sabedoria e esclarecimento, pois não há informação que seja invalida ou infundada, e que não traga uma reflexão aos atos de todos aqueles que a procuram. 13 CAPITULO I 1. Os Indivíduos. Em vários estudos e exames evolutivos mais apurados, feito por pesquisadores foram encontradas provas que o cérebro humano ainda é um mistério e que não foi totalmente desvendado implicando isso no comportamento do ser humano dentro e fora de seu ambiente de trabalho. (SANTOS, 2015) As relações de trabalhos rurais são polêmicas e extensas, motivo este que levou a produção deste estudo, o qual foca sob o tema Trabalhador Rural, buscando, de forma simples e concisa abordar os principais aspectos que regem esta modalidade de trabalhado, diferenciando empregado rural do produtor familiar rural. O trabalho rural, suas classificações, normas e considerações, encontram-se reguladas pelas normas da CLT e estão principalmente presentes na lei nº 5.889, de oito de junho de 1973, pois para que todos tomem conhecimento: Além de ser fundamental para o desenvolvimento do país, a agricultura brasileira é uma das mais eficientes do mundo. Somos grandes exportadores líquidos de produtos agropecuários. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em 2013, nossa balança comercial agrícola teve superávit de US$ 82,9 bilhões, enquanto o agregado de todos os setores ficou em apenas US$ 2,6 bilhões. Ou seja, o setor agropecuário é que sustenta o equilíbrio externo brasileiro. Somos os maiores produtores de proteína animal do mundo e líderes ou vice-líderes em diversos setores como soja, café, cana-de-açúcar e celulose de fibra curta. (Silva. 2015) Com o intuito de discorrer sobre o assunto vislumbrou a necessidade de ser feita uma correta diferenciação dos indivíduos citados neste trabalho, referindo-se a cada trabalhador de uma maneira clara proporcionando assim a aplicação adequada do direito. Abramovay diferencia a agricultura familiar no interior das sociedades capitalistas mais desenvolvidas como uma forma completamente diferente do campesinato clássico, “sociedades parciais com uma cultura parcial, integrados de modo incompleto a mercados imperfeitos”. Já a agricultura familiar, segundo o mesmo autor, [...] é altamente integrada ao mercado, capaz de incorporar os principais avanços técnicos e de responder as políticas governamentais [...]. Aquilo que era antes de tudo um modo de 14 vida converteu-se numa profissão, numa forma de trabalho (apud ABRAMOVAY, 1992, p.22-127). Sendo favorável esse ambiente e com apoio do Estado, a agricultura familiar preencherá uma série de requisitos, dentre os quais fornecer alimentos baratos e de boa qualidade para a sociedade e reproduzir-se como uma forma social engajada nos mecanismosde desenvolvimento rural. O pensamento de Abramovay fica claramente evidenciado quando expressa que “Se quisermos combater a pobreza, precisamos, em primeiro lugar, permitir a elevação da capacidade de investimento dos mais pobres. Além disso, é necessário melhorar sua inserção em mercados que sejam cada vez mais dinâmicos e competitivos” (OLALDE, 2011) Muitas conquistas na Constituição de 1988 destacam importantes avanços nos direitos previdenciários dos empregados e trabalhadores rurais. Os quais passaram a integrar o Regime Geral da Previdência social, com igualdade de direitos em relação aos trabalhadores urbanos. No entanto, garantir o acesso dos trabalhadores a estes benefícios é tarefa árdua, já que envolve uma legislação complexa e que, muitas vezes interpretações equivocadas acabam por excluir muitos trabalhadores. A informação é a base para o exercício pleno desse direito, principalmente quando se trata de direitos sociais e previdenciários. Finalmente, em 20/06/2008, foi sancionada pelo Presidente Lula a Lei 11.718/08 que estabelece as novas regras para o acesso à previdência, estipulando de forma definitiva como fica a situação dos trabalhadores/as rurais (segurados especiais e assalariados) na previdência após 25 de julho de 2006, bem como institui o contrato de trabalho por pequeno prazo na área rural. Assim, os trabalhadores rurais, tanto assalariados como os agricultores familiares, homens e mulheres, passaram a integrar definitivamente o Regime Geral de Previdência Social, com regras específicas de participação (na contribuição e nos benefícios), como veremos no decorrer desta cartilha. (Novais, 2009) 1.1. O Enquadramento Social. A comunicação no meio rural se apresenta atípica a linguagem comum usada nos grandes centros urbanos, e por adotar uma fala simples e característica do campo, por muitas vezes em decorrência a isso as Relações Humanas no ambiente de trabalho rural tornam-se tão informais que o desenvolvimento das relações ético e profissional, podem ser prejudicadas pela informalidade. (Alessandra, pág. 14. 2005). 15 Tabela I - DIEESE No caso da relação trabalhista do agricultor, se encontra notórias discrepâncias de aplicação do Direito de Trabalhado para o Empregado, e o Produtor Rural Familiar, na qualidade personificada de como se tornam empreendedores e adquirem seus respectivos lucros e benefícios. (...) uma vez que a Lei dos Empregados Rurais foi recepcionada pela nova Constituição, alguns dos direitos nela previstos, diferentes dos conferidos aos trabalhadores urbanos, continuam a vigorar, devido, principalmente, a diferença clara entre as atividades realizadas no campo daquelas realizadas no meio urbano. (ANDRADE, 2015) Além de encontrarmos uma grande diferença social entre os trabalhadores rurais e os trabalhadores de centros comerciais, no que tange a um tratamento equilibrado, não seria interessante discorrer sobre diferenças salariais por exemplo como muitos outros assuntos que por ventura possam trazer alguma lide a frente da justiça, inclusive se mencionarmos discussões que tratem de direitos trabalhistas, 16 em razão de ideias difundidas, como a insignificância da propriedade rural de produção familiar: - ...a pequena propriedade bem representada, seria uma atividade econômica complementar ao agronegócio de escala global, que pode ter produtividade elevada, aumentando e diversificando a oferta de alimentos de qualidade e alto valor agregado, melhorando não só a elevação no padrão do empregado rural como também a qualidade da dieta do brasileiro e a renda de uma parcela significativa da população. (Silva. 2015) Propondo ser um direito constitucional, a sociedade deve estar a par, para informar e auxiliar a todos que procurem assistência, tendo em vista que todos somos seres humanos e capazes quando aptos, a ser considerados trabalhadores especiais quando no caso de uma discussão judicial, todos possuem esse direito fazendo jus a um acompanhamento técnico e qualificado, para que, o objeto do Direito do Trabalho se concretize de fato como direito constitucional, do uso das teorias que tentam conceituar a matéria. (Moura, p. 16). 1.2. Classificação do Trabalhador Rural na Qualidade de Empregado. Subordinação (dependência) é o estado de sujeição em que se coloca o trabalhador em relação ao empregador aguardando ou executando ordens: econômica, técnica, moral, social, hierárquica, jurídica, direta, indireta. Sérgio Pinto Martins conceitua subordinação como “- ...a obrigação que o empregado tem de cumprir, as ordens determinadas pelo empregador em decorrência do contrato de trabalho. ” (Martins, p. 38) É toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rustico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salario... o empregado rural tem direito a CTPS. (Mallman, TRT 4ª região) para caracterizar a real relação de trabalho é necessário haver subordinação para a relação de trabalho, na teoria subjetiva, uma das correntes teóricas o Direito do Trabalho qualifica esta espécie de trabalhador, como empregado o trabalhador subordinado, o qual não tem autonomia em seu mister (em sua atividade), nesse 17 sentido, a teoria subjetiva enfatiza os sujeitos “pessoas” que se configuram as relações trabalhistas. PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. TRABALHO RURAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. RECONHECIMENTO. TEMPO DE SERVIÇO URBANO. CTPS. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO INTEGRAL. Concessão. Prescrição quinquenal. Ocorrência. IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO COM APOSENTADORIA POR IDADE. Artigo 124 da lei n. 8.213/91. (TRF-4 - AC: 72060420144049999 PR 0007206-04.2014.404.9999, Relator: TAÍS SCHILLING FERRAZ, Data de Julgamento: 28/07/2015, QUINTA TURMA, Data de Publicação: D.E. 12/08/2015). A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que concedeu a uma segurada do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o benefício aposentadoria por idade híbrida, nos moldes do artigo 48, parágrafos 3º e 4º, da Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei 11.718/08. A Lei 11.718 introduziu no sistema previdenciário brasileiro a aposentadoria por idade híbrida, que permite ao segurado mesclar o período urbano com o período rural para completar a carência mínima exigida. Após verificar que a segurada tinha a idade urbana mínima de 60 anos e que o período de carência legal previsto no artigo 142 da Lei 8.213, considerando os períodos de atividade rural e urbana, fora cumprido, o TRF4 concluiu que ela poderia se aposentar com base na regra prevista no artigo 48, parágrafo 3º, da Lei 8.213. (OLIVEIRA ,2014). Discorrendo sobre as leis trabalhista, uma que se destaca é a Lei 5889 de 8 de junho de 1973, que institui algumas normas reguladoras ao trabalho rural. As relações de trabalho rural serão reguladas com todas as suas peculiaridades, a condição de empregado rural é definida pelo artigo 2º do referido diploma legal como sendo: Artigo. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. (Lei 5889 de 8 de junho de 1973) Quando apresentar-se como empregado rural, aplicar-se-ão os requisitos demonstrados na CLT e na referida lei, nesta relação é necessária que existam as personalidades da pessoa física, da personalidade capaz, a não eventualidade, a subordinação e a onerosidade. 18 Figura I Esta classificaçãoestá prevista e regimentada no regulamentado pelo Decreto nº 73.626/74, e no artigo 7º da Constituição Federal/88. “Ao trabalhador rural é assegurado no mínimo o salário mínimo, devendo-se observar o piso salarial da categoria a que pertencer o empregado. ” (Dias, p. 175). E na atual legislação o legislador ordinário, não possui a liberdade efetiva para possibilitar a diferença, entre trabalhadores diante a lei descrita no artigo 7º, como se vê, a lei usa a expressão “trabalhadores” em sua acepção mais ampla e que empresta maior plasticidade à norma. (CF, 1988 p.83) 1.3. Exigências para o empregado rural. Para disponibilizar os meios e as possibilidades, que a lei apresenta em suas teorias adotadas positivamente e colocando as possíveis contribuições esperadas, a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) além de servir como identificação deve conter o registro da vida profissional do trabalhador, não só para provar sua vida profissional, mas também a continuidade da mesma para fins previdenciários. 19 E indispensável que a carteira contenha a data da admissão, o salário ajustado, todas as atualizações no discorrer do contrato, aumentos, início e termino de férias e a data da dispensa. O seguro obrigatório da Previdência, pode ser cadastrado quando a inscrição é formalizada, em via de regra, pelo contrato de trabalho registrado na Carteira do Trabalho e Previdência Social ou contrato especial como os safristas. (MADEIRA, 2011). E obrigação do empregado corresponder as exigências do empregador e a execução dos serviços revistos na contratação da mão de obra, correspondendo com empenho e dedicação. Podendo o empregador exigir no momento de sua contratação a apresentação da CTPS e atestado de boa conduta e saúde do emprego. 1.4. Produtor Familiar e Empreendedor Familiar Rural. Para definir o produtor familiar rural é relevante saber a finalidade da atividade explorada e que esta atividade exija uma duração equivalente ou superior a seis horas e se é de natureza agro econômica, ou seja, direcionada a agricultura ou a pecuária. (Garcia,1996 p. 108) Apoio à Agroindústria da Agricultura Familiar Podem participar agricultores familiares, pessoas físicas e jurídicas formadas por no mínimo 90% destes agricultores e com no mínimo 70% da matéria-prima própria. O Programa de Agroindústria apoia a inclusão dos agricultores familiares no processo de agro industrialização e comercialização da sua produção, de modo a agregar valor, gerar renda e oportunidades de trabalho no meio rural. O Programa está estruturado em 5(cinco) linhas de ação: Linha de Ação I: Crédito Rural Linha de Ação II: Adequação e Orientações nas Legislações Específicas Linha de Ação III: Capacitação de Multiplicadores, Elaboração de Manuais Técnicos e Documentos Orientadores Linha de Ação IV: Ciência e Tecnologia Linha de Ação V: Promoção e Divulgação dos Produtos Agroindustriais, Identificação de Mercados e Articulação com o Mercado Institucional. (Portal de Serviços, agroindústrias da Agricultura Familiar) 20 A Previdência Social classifica o Produtor familiar rural, quando: (...) Produtor rural pessoa física, proprietário ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; Segurado especial que vender os seus produtos no varejo, diretamente a consumidor, a outro produtor rural pessoa física ou adquirente no exterior; Empregador doméstico situado em área rural (para fins de recolhimento do FGTS – GFIP), desde que não possua outra matrícula com o mesmo código. (Previdência social, 2016) Através da lei nº 11428, pode-se caracterizar o produtor Familiar Rural: É aquele que, residindo na zona rural, detenha a posse de gleba rural não superior a 50 (cinquenta) hectares, explorando-a mediante o trabalho pessoal e de sua família, admitida a ajuda eventual de terceiros, bem como as posses coletivas de terra considerando-se a fração individual não superior a 50 (cinquenta) hectares, cuja renda bruta seja proveniente de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais ou do extrativismo rural em 80% (oitenta por cento) no mínimo (Lei Federal n° 11.428, 2006). Possuindo o Proprietário mais de um imóvel contíguos ou não, sua soma não poderá ultrapassar a 50 há, sob pena de perder a condição de Pequeno Produtor Rural ou produtor familiar, a qual a cada região corresponde a uma parcela de ha. Considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família (Lei Federal 11.326, 2006). 1.5. Empregador rural. A lei 5889 de 8 de junho de 1973 prevê como empregador rural; 21 Artigo. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. § 1º Inclui-se na atividade econômica, referida no "caput" deste artigo, a exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho. (Lei 5889 de 1973) É considerado contribuinte na categoria de produtor rural a pessoa física incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização de sua produção, vulgarmente chamado de “Novo Funrural”, previsto na Lei nº 8212/91: Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social (...) Redação dada pela Lei nº 10.256, de 2001 (LEI Nº 8.212, 1991.) A Constituição Federal de 1988 apresenta, em seu artigo 5º, incisos V e X, que: “- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, e à igualdade...” (CF 88, p. 06). Artigo. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem. (Lei nº 6.260, de 1975) Mas neste momento e importante salientar a diferença destes enquadramentos, devido as características exigidas para os ruralistas, diante a todos os institutos que perfazem os cadastros do ser rural como sindicatos, bancos, programas governamentais, previdências e todos as sociedades que podem criar documentos para a comprovação do labor rural. Artigo. 1o A Lei no 5.889, de 08 de junho de 1973, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo. 14-A: 22 “Artigo.14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. § 1o A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do períodode 01 (um) ano, superar 02 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável. § 2o A filiação e a inscrição do trabalhador de que trata este artigo na Previdência Social decorrem, automaticamente, da sua inclusão pelo empregador na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP, cabendo à Previdência Social instituir mecanismo que permita a sua identificação. (Lei nº 5.889, 1973) Na propriedade rural com 100 (cem) ou mais trabalhadores é necessário organizar o SEPATR (Serviço Especializado em Prevenção e Acidentes do Trabalho Rural). O empregador rural que mantenha a média de 20 ou mais trabalhadores tem a necessidade de apresentar e organizar a CIPATR (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural); Se rescindido o contrato elo empregador antes do final da safra, nos contratos temporários, terá direito a saldo de salário, 13º salário proporcional, férias acrescidas de 1/3 a ao saque de FGTS com acréscimo de 40%. O trabalhador rural com contrato por pequeno prazo tem os mesmos direitos dos demais trabalhadores rurais. (MALLMAN, 2012) Onde também a ausência deliberada do registro na CTPS e para o Sistema previdenciário é relativamente conhecida por informalidade, é sinônima de nulidade social do empregado, independentemente de ser enquadrado como produtor rural, que enfrenta as mesmas dificuldades de comprovação de vinculo no meio rural, negação não apenas de direitos básicos trabalhistas, mas também os previdenciários, mas da própria personalidade do trabalhador, traduzindo isso em relapso social. 23 1.6. Cadastro do Produtor para Previdência Social. É considerado segurado especial o pequeno produtor rural e o pescador artesanal que trabalhe individualmente ou em regime de economia familiar, desde que não apresente cadastro de empregados. PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE RURAL. EMPREGADO RURAL TEMPO ESPECIAL. CATEGORIA PROFISSIONAL. TRABALHADORES NA AGROPECUÁRIA. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO /CONTRIBUIÇÃO. REQUISITOS. Processo: AC 94007920114049999 RS 0009400-79.2011.404.9999. Relator (a): VÂNIA HACK DE ALMEIDA. Julgamento: 24/02/2016. Órgão Julgador: SEXTA TURMA. Publicação: D.E. 01/03/2016 1. Comprovado o exercício de atividade rural, na qualidade de empregado, mediante registro em CTPS, assim como pela prova testemunhal produzida nos autos. 2. A atividade de empregado rural como trabalhador na agropecuária exercida até 28-04-1995 deve ser reconhecida como especial em decorrência do enquadramento por categoria profissional. 3. No caso dos autos, a parte autora tem direito à aposentadoria por tempo de serviço/contribuição, porquanto implementados os requisitos para sua concessão. TRF-4 - APELAÇÃO CIVEL: AC 94007920114049999 RS 0009400- 79.2011.404.9999 Ajuda a classificar os trabalhadores rurais e suas diferenças a partir do enquadramento de suas contribuições a previdência, a emblemática no caso e cadastrar corretamente na sua classificação. DOS SEGURADOS E DA COMPROVAÇÃO DE ATIVIDADE Art. 2º São segurados obrigatórios todas as pessoas físicas filiadas ao RGPS nas categorias de empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico, contribuinte individual e segurado especial. Parágrafo único. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, observado o disposto no art. 55. (ELY JUNIOR, 2015.) 24 Aquele em que a atividade junto aos membros da família se faz indispensável à própria subsistência, podendo haver comercialização desses produtos produzidos, e em condições de mútua colaboração. Todos os membros da família maiores de 16 anos, desde que não exerçam outra atividade econômica, são enquadrados na categoria. Para relator, inovação legislativa permite o mínimo existencial De acordo com o ministro Mauro Campbell Marques, relator, a Lei 11.718 criou a possibilidade de concessão de aposentadoria por idade aos trabalhadores rurais que se enquadrem nas categorias de segurado empregado, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial, com observância da idade de 65 anos para o homem e 60 anos para a mulher. “A finalidade foi a de criar mecanismos facilitadores de formalização do contrato de trabalho envolvendo trabalhadores rurais assalariados, compatibilizando a realidade do êxodo rural e seus fatores econômicos, sociais e políticos”, afirmou. Para ele, a inovação jurídica permite o “mínimo existencial” àqueles que representam grande parte da população brasileira. (OLIVEIRA, 2014) No entanto define o segurado especial o artigo 11 da Lei n.º 8.213/91, por sua vez, após qualificá-lo como segurado obrigatório da Previdência Social, assim: VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008). O imposto de renda que incide sobre o salário e outras verbas remuneratórias decorrentes da relação de emprego, conforme legislação fiscal especifica qualquer registro pode ser possível para a comprovação do vínculo com o 25 agronegócio, o que é valido - são inúmeras as possibilidades de uma correta aplicação das regras gerais previstas na CLT e na CF. (Garcia 1996, p. 11) PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. 1. Comprovado o labor rural em regime de economia familiar, mediante a produção de início de prova material, corroborada por prova testemunhal idônea, o segurado faz jus ao cômputo do respectivo tempo de serviço. 2. Tem direito à aposentadoria por tempo de serviço/contribuição o segurado que, mediante a soma do tempo judicialmente reconhecido com o tempo computado na via administrativa, possuir tempo suficiente e implementar os demais requisitos para a concessão do benefício. (Jus Brasil, 2015) O Estado tratou de criar leis para facilitar a comprovação dos trabalhadores rurais, ou não provocarem a produção de falsas provas para a comprovação de seu estado como agricultor. Como os seguintes presentes, em sumulas e outras leis. SÚMULA 6 – STF / Comprovação de Condição Rurícola A certidão de casamento ou outro documento idôneo que evidencie a condição de trabalhador rural do cônjuge constitui início razoável de prova material da atividade rurícola. (...) Artigo. 6º não serão computados, como de efeito exercício, os intervalos entre uma e outra parte da execução da tarefa diária, desde que tal hipótese seja expressamente ressalvada na Carteira de Trabalho e Previdência Social. (LEI Nº 7.855, 1989) Até 11/1991, o recolhimento era feito através das Guias do Empregador Rural-GER, posteriormente, através das Guias da Previdência Social com atribuição de Número de Identificação do Trabalhador-NIT. E o sistema previdenciário tratou de alcançar o avanço na possibilidade de novas modernização do cadastramento e evolução de em seus atendimentos. Os trabalhadores não são inscritos automaticamente no INSS, mas já e possível fazer a inscrição por meio do telefone 135 ou pela Internet (www.previdencia.gov.br), ou em última instância, procurar umaAgência da Previdência Social. (Chaves, 2007) 26 CAPITULO II 2. Das Relações 2.1. Das garantias Legais. A Constituição de 1988 é um marco relevante para a afirmação dos direitos sociais no Brasil. Ainda que tal constitucionalização tenha sido tardia em relação aos demais países, a Constituição-cidadã afirma sério compromisso com a evolução dos direitos dos trabalhadores rurais. (Jus Brasil, 2015). (...) A agricultura familiar foi escolhida pela Organização das Nações Unidas como temática central para 2014. O Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (AIAF) é fruto da iniciativa de movimentos sociais do campo com apoio de vários governos, inclusive do Brasil, que iniciaram uma campanha em 2008 para que as Nações Unidas adotassem a proposta de um Ano Internacional da Agricultura Familiar. O objetivo do marco é reconhecer a importância da agricultura familiar na produção sustentável de alimentos; na segurança alimentar e na erradicação da pobreza. (Blog da residência, 2014) Em se tratando de lide ruralista os juízes encontram extensas dificuldades, principalmente se tratando de pequenas áreas e propriedades onde há discussão de enquadramento como empregado rural ou empregado doméstico, a discussão de horas extras pela dificuldade do trato no campo não ser próprio (Russomano, Dr. Frederico, 2015), muitos são as dificuldades e divergências que o legislador terá de superar para estender em igualdade os mesmos direitos ao trabalhador rural. (SOAD, p. 84) A CF/88 refere, em seu artigo 7º, inciso XXXI, a proibição de distinções salariais, no artigo 23, inciso II, atribuiu aos entes de direito público interno a atribuição de cuidar da proteção e garantia dos trabalhadores, repartindo, entre a União, Estados e Municípios, a competência concorrente em matéria de proteção e 27 integração social de todos os empregados, empregadores e trabalhadores no meio rural. É necessário integrar os assentados e os pequenos produtores na atividade econômica por meio do acesso à terra produtiva. Além disso, a localização do assentamento deve ser compatível com produção diversificada de alto valor agregado e de qualidade para abastecer os centros urbanos mais próximos. (Silva, Marina 2013). Conforme se pode observar, a Constituição Federal de 1988 no seu artigo 3º, assim estabelece: Artigo. 3º constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I- Construir uma sociedade livre, justa e solidária; II- Garantir o desenvolvimento nacional; III- Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e religiosas; IV- Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (CF, 1988) Segundo o artigo. 3º da Constituição Federal de 1988, é incontestável a obrigação, tanto da sociedade como do Estado, de promover a proteção do trabalhador rural, efetivando os direitos assegurados, pois estes representam os anseios de toda a sociedade brasileira. No entendimento de Lorentz (2006, p. 34) existem diversas visões de igualdade: [...] existem inúmeras bases de balizamento de critérios de justiça enquanto igualdade: justiça comutativa e distributiva, aquela como a que tem lugar na relação entre as partes do toda esta a que tem lugar entre o todo e suas partes ou vice e versa; justiça atributiva e retributiva, aquela como a que toma por base as regras de convivência e esta as relações de troca na sociedade; igualdade geometria e aritmética, aquela como a que tem em vista o que cada um deve receber da sociedade tendo em vista o que dá a mesma, de forma exploratória e qualificativa, que; usando adequadamente estes esclarecimentos e conhecimentos, por certo conduzirão o leitor a uma verdadeira reflexão analítica por exemplo, de acordo com seu mérito, e esta 28 como a que pressupõe a divisão do todo entre as pessoas da sociedade em parte rigorosamente iguais; justiça distributiva e corretiva (ou retificadora), aquela como a que tem em vista a igualdade geométrica, e a justiça corretiva (ou retificadora) como a que estabelece a igualdade aritmética entre bens ou comércio da sociedade, etc. (BOBBIO, p. 33 - 34. 2007) Cabe destacar ainda que importantes direitos trabalhistas façam parte dos direitos sociais, os quais figuram como direitos fundamentais. (Garcia 1996, p. 10). A maior preocupação deste trabalho e a de expor as condições positivas e negativas do trabalhador rural e suas perspectivas para um maior desenvolvimento. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. (Brasil, Lei 5452 de 1943). Já em seu artigo 203, inciso IV, a CF/88 garantiu assistência social a todos os que necessitam do estado, 227, inciso II, a criação de programas de prevenção e atendimento, facilitando, dessa forma, seu acesso aos bens e serviços coletivos. No artigo 208, inciso III da CF/88, expressamente consagrou o dever do Estado de dar atendimento educacional especializado ao trabalhador rural. Discorrendo sobre a constituição e sobre a abrangência de suas leis, procurando dirimir todas as desigualdades citadas, observando ainda no Artigo. 170, a melhoria e o crescimento da ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano. DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS. XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; (Constituição Federal. 1988) II – Mediante contrato escrito, em 02 (duas) vias, uma para cada parte, onde conste, no mínimo: a) expressa autorização em acordo coletivo ou convenção coletiva; 29 b) identificação do produtor rural e do imóvel rural onde o trabalho será realizado e indicação da respectiva matrícula; c) identificação do trabalhador, com indicação do respectivo Número de Inscrição do Trabalhador – NIT. § 4o A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo só poderá ser realizada por produtor rural pessoa física, proprietário ou não, que explore diretamente atividade agra econômica. (CLT, 2014) Cabe ressaltar que as relações humanas são repletas de complexidades. Uma mesma ação pode causar dezenas de outras reações em uma dezena de pessoas diferentes. Cada uma tem uma forma de reagir a uma certa situação, mas para isso foram legislados importantes direitos trabalhistas que fazem parte dos direitos sociais, os quais já foram configurados como direitos fundamentais. (Garcia 1996, p. 10) Constituição Federal de 1988 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem- estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Artigo. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, (...) (CF, pág. 59) 2.2. Relação Produção e Enquadramento. Principalmente na área rural há uma distinção entre produtor rural e produtor familiar, questionado o Dr. Juiz Russomano afirmaque: “... no âmbito da lide trabalhista a uma afirmação que os trabalhadores têm como preferência o enquadramento como produtor rural familiar, por justificadamente proporcionar uma lucratividade maior, do que ser reconhecido como empregador rural. (Russomano, 2015) 30 Atividade de Produtor Rural ou comercial de revenda do gado. 1. A legislação do Imposto de Renda Pessoa Física estabelece prazo de permanência no campo do gado adquirido de terceiros. O não cumprimento da regra pode ser o fator para desconsiderar a tributação como atividade rural de produtor. 2. Alertamos que muitas vezes é do desconhecimento de produtores rurais a normatização da Receita Federal do Brasil estabelecendo que a atividade comercial de produtos rurais, ou seja, a venda do gado adquirido de outros produtores rurais poderá ter o enquadramento de atividade comercial. (SRP, 2015) Parte dos benefícios do produtor familiar enquadrado na categoria rural, e preenchendo os requisitos pedidos pelos gestores é realizada pelo governo estadual e federal. Com ações destinadas ao fortalecimento desta agricultura. A agricultura familiar (AF) está presente em todos os países desenvolvidos, que têm como base de seu dinamismo econômico uma saudável distribuição da riqueza nacional. Mas, para que esta forma de agricultura seja desempenhada de forma eficiente e para que exista um fortalecimento da mesma, é preciso que haja uma interdependência entre diversos fatores sociais, como é o caso de movimentos sociais, diversos ministérios, governos estaduais e municipais, agentes financeiros, entre outros. (Lazia, Beatriz. 2015) MARK (1960, apud: DECCA,1991) pensador do sistema capitalista, observou o processo de trabalho no artesanato, na manufatura e na grande indústria. Notou que no artesanato e na manufatura “o trabalhador se servia de sua ferramenta, enquanto na fábrica ele passava a servir à máquina”. Como então diferenciar a situação do empregador urbano e do rural? A CLT soluciona este dilema em seus artigos, e a constituição federal nos mostra que, a lei atual vigente é bem clara no tocante que deverá constar um comprovante, mesmo para o trabalhador temporário, independente do caso, um vínculo na materialidade de um contrato, mesmo que civil para a proteção na relação trabalhista tanto do empregador como a do empregado. 31 A emblemática desta categoria como em todo âmbito rural, é a prova, de todos os requisitos necessários para o enquadramento correto, para o agricultor. Se houver dúvidas sobre o enquadramento da atividade, caberá a solução ao Ministério do Trabalho e Emprego e ao Ministério da Previdência Social (artigo. 68, § 1º, do RPS) (Santos,2013. p.128-173) O segurado especial somente se faz conhecido da Previdência Social nos momentos de requerimento de benefícios, quando então, é informado da necessidade de apresentar documentos que comprovem o exercício da atividade rural, geralmente não logrando êxito na sua pretensão. Gerando- se, assim, enorme insegurança na concessão do benefício previdenciário, com indeferimentos de benefícios a segurados que têm realmente direito, mas que na prática não conseguem comprovar, ou contrariamente, no deferimento de benefícios a quem, de fato, não exerceu atividade rural, mas que conseguiu cumprir os requisitos mediante apresentação de documentos indicativos de cumprimento da atividade rural. (Âmbito jurídico, 2015) Mas este deve observar a lei principalmente em relação aos prazos para a sua reclamatória, pois seria totalmente lesivo ao trabalhador em geral se este perdesse todos os seus direitos ela perda de prazo da apresentação dos documentos necessários para todas as suas ações perante a justiça ou a previdência. A prescrição é o instituto do direito que consiste na perda do direito de ação pelo decurso do tempo e inércia do autor, apesar de contratar e encerrar este contrato, mesmo continuando trabalhando com os mesmos empregadores não podemos neste caso caracterizar o trabalhador como temporário ou similar no meio rural, pois este prestava frequente trabalho e continuo caracterizando uma carga positiva de vínculo empregatício com os seus empregadores, como mostra os registros das decisões positivas abordadas, o trabalhador eventual na área rural é, citando Martinez (MARTINEZ 2003, p. 152). 2.3. Dos Incentivos e Novas Possibilidades. Uma das Ideias criada no meio ruralista e’ que para obtenção de uma maior remuneração a qual viria através de convênios firmados com o governo e cooperativas, outra já difundida, mesmo depois da década de 90 a opção de ser um empregado reconhecido como produtor individual ou com carteira assinada e possuir os direitos que a previdência oferece aos seus beneficiários “O que temos no caso, é 32 a presença de um trabalhador, que empenha toda a sua atividade produtiva em favor de determinada pratica trabalhista a qual dedica-se por amor”. (Dias, p. 175). AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - SUJEITO PASSIVO- PROPRIETÁRIO RURAL - ÁREA SUPERIOR A DOIS MÓDULOS RURAIS Dá-se provimento a agravo de instrumento quando configurada no recurso de revista a hipótese da alínea a do artigo 896 da CLT. Agravo provido. RECURSO DE REVISTA. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - SUJEITO PASSIVO - PROPRIETÁRIO RURAL - ÁREA SUPERIOR A DOIS MÓDULOS RURAIS. Da análise literal da alínea c do inciso II do artigo 1º do Decreto-lei 1.166/1971, infere-se que o proprietário de imóveis rurais, que, somados, superam a área de dois módulos rurais da respectiva região, enquadra-se como empresário ou empregador rural, para fins de sujeição à contribuição sindical rural . Ademais, esta Corte Superior já decidiu que a regra do artigo. 1º, II, c, do Decreto-Lei nº1.166/1971 não viola o artigo 8º, incisos II e IV da Constituição Federal de 1988. Recurso de revista conhecido e provido. AGRAVO DE INSTRUMENTO, Processo RS 79005406020065090892 Relator (a): Renato de Lacerda Paiva Julgamento 24/06/2015 Órgão Julgador 2ª Turma Publicação DEJT 01/07/2015 Um exemplo clássico destes argumentos são os benefícios do PRONAF, que tem por objetivos principais o fortalecimento das atividades de forma a integrá-lo à cadeia de agronegócios, proporcionando-lhe aumento de renda e agregando valor ao produto e à propriedade. Obtendo maiores vantagens como quando enquadrado como empregado rural em alguns casos, como benefícios para os produtores: Em 1999, foi criado o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A cada ano se apresentaram melhorias e avanços. Na safra 1999/2000, por exemplo, o valor financiado foi de R$ 6,6 bilhões, em mais de 930 mil contratos. (Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2016). 33 Figura II - Volume financiado na agricultura familiar na safra 2014/2015, (Pronaf) A partir de 2003, aumentou a força política e o conhecimento efetivo do programa, servindo de referência mundial. Obtenção de financiamento de custeio e investimento com encargos e condições adequadas a realidade da agricultura familiar, de forma ágil e sem custos adicionais: II. O aumento de renda mediante melhoria de produtividade, do uso racional da terra e da propriedade; III. Melhoria das condições de vida do produtor e de sua família; IV. Agilidade no atendimento; V. Para os produtores que honrarem seus compromissos, garantia de recursos para a safra seguinte, com a renovação do crédito até 5 anos, no caso de custeio das atividades. (Pronaf, 2015) Através do governo federal, por meio desses programas à agricultura familiar, disponibilizou R$ 24,1 bilhões em operações de custeio e investimento parao período de 2014/2015. Promovendo o maior volume de recursos da história do programa, onde foram financiados projetos individuais e ou coletivos que gerou renda a muitos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. (SILVA, 2014). 34 Figura III - último levantamento agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os benefícios serão, então, concedidos na forma da legislação em vigor na data em que todos os requisitos foram cumpridos. É uma garantia constitucional do direito adquirido, respeitada pela legislação previdenciária. (Santos,2013 p, 225) TRABALHADOR RURAL. PARCERIA AGRÍCOLA. O Artigo 4º do Decreto nº 59.566/66, Regulamento do Estatuto da Terra, define a Parceria Rural. Ainda, a norma legal, dessa forma, demonstrado que o percentual pago ao autor era tão-somente 2%, bem como a existência de anotação da CTPS e da ocorrência de depósitos na conta vinculada do FGTS, tem-se como caracterizado o vínculo de emprego. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. Lei nº 8.212/91, com as alterações introduzidas pela Lei nº 8.620/93, e, para os fiscais, as disposições contidas no artigo. 46 da Lei nº 8.541/92 e Instrução Normativa SRF nº 148, de 29/12/92. (...) Processo: RO 432931 RS 00432.931 Relator (a): JOSÉ CARLOS DE MIRANDA Julgamento: 02/12/1998 Órgão Julgador. Vara do Trabalho de Arroio Grande (d) (Decreto nº 59.566/66) 35 2.4. A Observância Da Anotação Na CTPS. No atual mercado agrícola a CTPS e fundamental ao empregado rural ara que este torne-se essencial e indispensável, pois sem ela o trabalhador sem registro sente-se marginalizado do mercado. Não contribui para a previdência e não é incluído no FGTS e demais programas governamentais. Somando maiores prejuízos na comprovação para a obtenção sua aposentadoria especial. Artigo 36 do Decreto Lei nº 5.452 de 01 de maio de 1943 Artigo. 36. Recusando-se o empregador ou empresa a fazer as devidas anotações a que se refere o artigo. 29 ou a devolver a carteira recebida, deverá o empregado, dentro de dez dias, comparecer pessoalmente, ou por intermédio do Sindicato respectivo, perante o Departamento Nacional do Trabalho, no Distrito Federal, ou Delegacias Regionais e repartições estaduais, em virtude de lei, nos Estados e no Território do Acre, para apresentar reclamação. (CF 1988, p. 127) Encontrando dificuldades em obter crédito, abrir ou manter conta bancária, obter referências etc. e por receber baixas ou poucas quantias ficam em situação de permanente insegurança e desrespeito social. Apenas o registro posterior, obtido pela via judicial não servira para reparar todo o tempo em que a relação foi pura ou simplesmente negada, em que o trabalhador se viu excluído do sistema beneficiário, existem muitas questões que versam sobre o reconhecimento de vinculo tanto no que se tange em acidente de trabalho como exercício remunerado e ou diferença salarial. Usando as palavras do Dr. Russomano: -“ Pelo menos em nossa região, o que se mais discute são horas extras, e algumas ações especificas, como gratificação de aguador que é um percentual da parcela de propriedade onde ele tem responsabilidade, ou por um percentual do arroz limpo e seco. Hoje em dia como a maior parte dos empregadores são grandes fazendeiros, o cumprimento das normas é bastante significativo. Os quais não criam 36 grande número de lides em relação a discussões salariais, no tocante de não acumularem indenizações numerosa em colheitas por exemplo. O Tribunal Superior do Trabalho acabou por unificar a previdência do trabalhador rural, para facilitar as decisões neste âmbito. (RUSSOMANO, 2015). 37 CAPITULO III 3. Regularização Do Trabalhador Rural. 3.1. A Opinião de um Jurista Da Região de Pelotas. Baseado nos dados adquiridos em razão de 22 anos (vinte dois anos) de práticas forense, e 8 anos na região pelotas, o Dr. Russomano em entrevista afirmou que: “ - Em maior parte, os casos resultantes em lide são aqueles que apresentam divergência quando existe desentendimento, em relação a correta remuneração combinada com os empregados, ou quando o acordo de parceria com a produção familiar não obtém o êxito esperado”. Isto é, quando existe a necessidade de discutir lucros, remunerações de alguma característica em especial, que não a mensalidade como abono safra, horas de aguador, ou quando o empregador promove um desvio de função ocasionando cobranças especulativas e promovendo a lide. 3.2. Iniciativas gerais e na Região de pelotas. Existem ações afirmativas governamentais, que possibilitam a inserção da pessoa do meio rural no mercado de trabalho, tendo por objetivo a qualificação destas pessoas, pois são voltadas para a concretização do direito de igualdade, ocasionando a diminuição do preconceito, e das diferenças. (LORENTZ, p. 355). Na região de Pelotas existem várias iniciativas para coibir a informalidade dos trabalhadores nesta categoria de trabalho da região. Em um evento promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPeL), acontecera o seminário sobre a saúde do trabalhador rural. 38 Iniciativa do núcleo regional do Programa Trabalho Seguro do TRT-RS e do Laboratório de Segurança e Ergonomia da UFPeL, o evento foi realizado no Hotel Curi Palace, no centro de Pelotas, onde se discutiu alguns pontos das ações cabíveis para a região. A iniciativa compreendeu em iniciativas ao combate à informalidade no meio rural e a análise das condições de saúde e segurança dos trabalhadores rurais. Com foco voltado para culturas que contemplam maiores números, de pessoas e de irregularidades crônicas, bem como as regiões com maior frequência na gravidade de acidentes. Segundo Fábio Binz Kalil, chefe da Divisão de Vigilância em Saúde do Trabalhador, da Secretaria Estadual da Saúde. A unidade administra os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CeReSTs). As ocorrências, são classificadas no CeReSTs como acidente de trabalho grave (as que levam ao óbito ou lesão séria, como mutilações) é efetuada fiscalização, a partir de notificações feitas por agentes comunitários, dirigentes sindicais, educadores, conselheiros de saúde e outros profissionais e informação (banco de dados estatísticos sobre a ocorrência de acidentes de trabalho e doenças laborais, que subsidiam ações, projetos e providências) entre 2010 e 2014, os Cerests atenderam 42 mil casos no meio rural, na área urbana, foram 213 mil. Apesar de quantitativamente representar 16% do número total de ocorrências, a atividade rural registrou, no mesmo período, 25% dos óbitos (1.550, de um total de 12.409) e 31% das internações (823, de 2.609). “Isso indica que as ocorrências no setor rural têm maior gravidade”, explicou o palestrante. Na opinião de Fábio Kalil, essa gravidade pode ser justificada pelo uso de máquinas e ferramentas precárias, pela informalidade característica das relações de trabalho no campo, dentre outras causas. “É preciso qualificar o processo produtivo”, defendeu. Fabio Kalil. O TRF da 4ª Região, analisando as provas, inclusive a perícia, verificou que os trabalhadores que exerciam atividades rurais tiveram sua contribuição recolhida à previdência rural e os de atividade urbana, à respectiva previdência.Neste mesmo 39 evento João Ricardo Dias Teixeira. O auditor elencou as situações de risco mais comuns verificadas nas fiscalizações, segundo o palestrante. O trabalho escravonão acabou no meio rural. O que começou na zona urbana foi uma atenção maior da fiscalização a diferentes cadeias produtivas criticas, um investimento e um olhar mais aguçado para identificar as condições degradante do trabalho. (PLASSAT, 2011). Um desses exemplos é a pequena propriedade com índice de exploração de mão de obra infantil e da mão de obra para exploração da agricultura. A exploração do trabalho infantil no meio rural, costumeira por tradição machista que por questões sociais se difundiu na vida dos trabalhadores do campo. Fortalecendo a ideia de que, - enquanto ela está aqui trabalhando ela não está roubando! A qual os pais adotam, de certa forma um tema questionável por não ter uma exata identificação ou resolução do problema se não houver a denúncia. A ocupação no meio rural Entre 1960 e 1985, o número de ocupados (com 10 anos ou mais de idade) no meio rural brasileiro passou de 15,6 milhões para 23,4 milhões de trabalhadores. A partir de 1985, no entanto, há contínua redução das ocupações rurais. Em 1995, a população rural ocupada era de 17,9 milhões de trabalhadores. Em 2013, essa população diminuiu para 15,2 milhões, o que representa redução de 2,7 milhões de ocupados em 18 anos - queda de 15,1%. Para 2050, projeta-se um contingente de apenas 8,2 milhões de ocupados rurais. (DIEESE, 2014) Na tentativa de corresponder às expectativas dos Objetivos Mundiais, os quais procuram a evolução e melhoria do trabalho rural, principalmente para quem trabalha nessa área. Já em relação a interrupção da jornada laboral, os casos mais frequentes de acidentes e doenças do trabalho são causados pela precariedade na utilização de tratores, máquinas, ferramentas, agrotóxicos e equipamentos de proteção individual, além de más condições de segurança em veículos que transportam trabalhadores e atividades em espaços confinados. (TEIXEIRA, UFPeL). Conforme estatísticas do Ministério da Previdência Social, o Rio Grande do Sul registrou, em 2013, 840 acidentes na atividade rural. De acordo com o auditor, o número real deve ser muito maior, porque a maior parte das ocorrências não é registrada por CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho). 40 Já é passível de recebimento o dano moral pela doutrina majoritária do STF, que compreende o acontecimento de algumas perdas materiais, do trabalhador em relação trabalhista, empregado e empregador a não anotação ou assinatura correta nas CTPS principalmente no setor rural, como em outras profissões comumente associadas à autonomia. De acordo com o Dr. Russomano Juiz da 3ª Vara do Tribunal de Trabalho de Pelotas, a perspectiva é um dos principais desafios para o futuro, e a deficiência do Estado em não fiscalizar, acaba por não interferir nas mudanças dos atuais índices que são apresentados, mas as perspectivas para o futuro são boas. 41 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em relação ao direito e um pedido principalmente dos trabalhadores no atual quadro nacional econômico, uma moldura com maior vigência a uma lei objetiva e que ofereça a esses milhões de trabalhadores, o mínimo de proteção que merecem. (OLIVEIRA, 2011. p. 85). O trabalhador rural fora diversas vezes diferenciado do trabalhador urbano, o direito brasileiro começou a dar mais espaços aos direitos do trabalhador rural. Nesse contexto, “o direito à vida é o mais fundamental de todos os direitos, pois reconhecido como assegurado, pode impor-se, já que preenche um pré-requisito à existência e exercício de todos os demais direitos” (MORAES, 2007, p. 76). Embora nenhuma lesão ou ameaça ao direito possa ser excluída da apreciação do Poder Judiciário (CF, artigo. 5º, XXXV), os conflitos trabalhistas poderão ser pacificados sem o uso da jurisdição (BASILE 2016, p. 20). Normalmente o trabalhador rural, que em maior parte das vezes não tem o conhecimento necessário para exigir seus direitos e guardar os documentos necessários, sendo prejudicados em vários âmbitos de sua vida. Existe uma grande necessidade de semear o conhecimento em torno das propriedades rurais, tanto no que tange a prefeituras como a comunidades sindicais, que lidam com esses trabalhadores diariamente para que esses possam fazer parte da população onde as leis e os direitos permitem a mudança para que suas vidas melhorem. Em todo e complicado não só ao jurista que legisla ao trabalhador como de uma maneira geral o direito, que sofreu várias modificações ao longo do tempo, para sanar uma diferença criada pelo poder Capitalista que em muitas vezes neste ensaio muda de lado. Muitos casos apresentam a modificação sofrida pelo direito para sanar brechas que a própria história nos resguarda. De uma maneira geral não se pode criticar as lendas que foram criadas ao longo do tempo e sim modificá-las através de ações que coíbam qualquer tipo de discriminação que a sociedade pode vir a criar. 42 Um paradigma a ser desconstruído é, o de que possa existir uma classe de trabalhadores mais uteis que os outros, ou empregados desnecessários e inúteis em alguns campos de nossa vida. A mão de obra em geral mesmo deve ser valorizada, mesmo com o advento da tecnologia, que tem que vir para somar e não discriminar qualquer trabalhador, o urbano ou o rural. Que se faça a justiça com uma classe de trabalho tão importante para o Brasil, que é o setor de agroindústria, e que sigam assim as novas doutrinas e tentativas de melhora para um público imenso, que são os homens, mulheres e famílias do campo. Incluindo assim não só uma, mas todas as classes de trabalhadores, tendo por finalidade assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados principalmente os princípios da redução dos desníveis regionais e sociais. Tornando livre o exercício de qualquer profissão, dignificando todos, inclusive os trabalhadores rurais. 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAMOVAY, R. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo: HUCITEC/UNICAMP, 1992, 275 p. ALESSANDRA, Cyntia. A Administração De Empresas E As Relações Humanas No Ambiente De Trabalho. Unisuam. Rio de Janeiro, 2005. ANDRADE, Jose da Silva. Trabalhadores rurais na legislação trabalhista brasileira, 2015. Disponível em: http://joseandradedasilva.jusbrasil.com.br/artigos/ 124317872 /trabalhadores-rurais-na-legislação-trabalhista-brasileira. Acessado em 30/03/2016 BASILE, César Reinaldo Offa. Direito do Trabalho - Col. Sinopses Jurídicas. Vol. 28. 7ª Ed Saraiva, 2016. 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