Buscar

DP PNMTX e EAP.pdf

Prévia do material em texto

04/04/2016 
1 
Doenças da pleura 
Profa. Séres Costa de Souza 
Fisioterapia Pneumofuncional 
05/04/16 
 Derrame pleural 
 
 
 Pneumotórax 
04/04/2016 
2 
O 
 O derrame pleural é o acúmulo anormal de líquido na cavidade 
pleural. 
 
04/04/2016 
3 
 Hemotórax: sangue na cavidade pleural 
 
 Empiema: pus na cavidade pleural 
 
 Quilotórax: líquido leitoso na cavidade pleural 
 
 Líquido com um nível alto de colesterol na cavidade pleural 
 As causas mais comuns dos derrames pleurais são a falta de 
algumas proteínas que ajudam a manter a água dentro dos vasos 
sanguíneos e a obstrução de canais responsáveis pelo escoamento 
do líquido pleural. 
 
 
 Tumores, infecções, sangramentos, doenças cardíacas, renais ou 
hepáticas são também possíveis causas da enfermidade. 
 
 
04/04/2016 
4 
 Transudato = O líquido pleural transudativo é claro e 
transparente, sem células, com baixa concentração de 
proteínas, indicando um acúmulo de um líquido semelhante ao 
líquido pleural normal. 
 
 Causas: 
 Insuficiência cardíaca; 
 Cirrose; 
 Síndrome nefrótica; 
 Insuficiência renal avançada; 
 Hipotireoidismo descompensado; 
 Diálise peritonial. 
 
 Exsudato = O líquido pleural exsudativo é rico em 
proteínas e células inflamatórias, tem aparência mais 
viscosa e opaca, por vezes, com sinais de sangue misturado, 
podendo no casos de infecções se apresentar tipicamente 
como uma coleção de pus. 
 
 Causas: 
 Pneumonia; 
 Cânceres com metástases para a pleura; 
 Linfoma; 
 Embolia pulmonar; 
 Lúpus; 
 Artrite reumatoide; 
 Outras doenças autoimunes. 
 
 
 
04/04/2016 
5 
 A dor e a falta de ar são basicamente os dois sintomas 
próprios do derrame. 
 
 
 Outros sintomas que normalmente acompanham o quadro 
costumam ocorrer devido à doença de base, como febre e 
tosse na pneumonia, tosse com raias de sangue no câncer de 
pulmão, ascite na cirrose, pernas inchadas na insuficiência 
cardíaca, e assim por diante. 
 
 exame físico ( ausculta) 
 Raio X 
 Tomografia computadorizada 
 ultrassonografia 
 
04/04/2016 
6 
 O derrame pleural não é uma doença em si, mas um sinal de 
uma doença. Portanto, a simples drenagem do líquido é apenas 
um procedimento paliativo, já que, se a causa não for tratada, 
a maior hipótese é de que o derrame se forme novamente. 
 
 O derrame pleural será resolvido assim que a doença que o 
está causando for controlada. Infecções são controladas com 
antibióticos, insuficiência renal com hemodiálise, doenças 
autoimunes com imunossupressores. 
 
 Esclerose da cavidade pleural: Injeta-se uma substância 
irritante dentro da pleura causando uma grande cicatrização 
da mesma e aderência dos folhetos parietal e visceral, 
eliminado assim, o espaço pleural. 
 
 
04/04/2016 
7 
04/04/2016 
8 
Objetivos: 
 Aliviar a dor; 
 aumentar a amplitude respiratória; 
 readquirir a coordenação respiratória diafragmo-toracica; 
 restabelecer uma postura correta; 
 reeducação ao esforço. 
 
Reeducação respiratória podem ser utilizadas técnicas como: 
 contrações repetidas; 
 estiramento inicial,; 
 respiração contra resistência (progressiva); 
 efetuar apneia em inspiração (realizar o EDIC – para o efeito pneumático atuar 
sobre possíveis aderências); 
 associar movimentos à respiração – todos visam (re) ensinar a dinâmica 
respiratória. 
 
Diversos exercícios 
Reeducação ao esforço 
 
 
 
 
04/04/2016 
9 
O pneumotórax é definido como a presença de ar livre na 
cavidade pleural. 
Pode ser classificado como: espontâneo, traumático ou iatrogênico. 
Pneumotórax espontâneo: 
 Primário - aquele onde não se identifica uma doença pulmonar 
concomitante 
 secundário – quando existe uma doença pulmonar associada, como 
o enfisema pulmonar. 
Pneumotórax traumático: resulta de um traumatismo na região do 
tórax – ferimentos por faca, punhal, tiro de arma de fogo, pancadas 
por atropelamentos ou outros. 
Pneumotórax iatrogênico: resultado de algum procedimento médico, 
que tinha o intuito de auxiliar no diagnóstico ou no tratamento do 
paciente. 
Pneumotórax iatrogênico: pode ocorrer após a tentativa de se 
acessar uma veia do tórax ou do pescoço. 
Pneumotórax aberto ou fechado. 
 
04/04/2016 
10 
04/04/2016 
11 
 Dor torácica – referida em 90% dos casos; 
 Tosse – ocorre em 10% dos pacientes; 
 Encurtamento da respiração (falta de ar) – ocorre em 80% 
dos indivíduos; 
 Agitação; 
 Cansaço fácil; 
 Aceleração dos batimentos cardíacos; 
 Cianose. 
 
 
 
 O pneumotórax espontâneo primário ocorre em pacientes 
sem doença pulmonar evidente. 
 O pneumotórax espontâneo secundário ocorre como 
complicação de doença pulmonar conhecida, como enfisema 
bolhoso, asma, ou rolha de secreção em paciente com 
doença pulmonar obstrutiva crônica. 
 
No pneumotórax espontâneo primário, são encontradas : 
 Bolhas ou lesões subpleurais, particularmente nos ápices, 
em 76% a 100% dos pacientes submetidos a cirurgia 
torácica vídeo-assistida, e virtualmente em todos os 
pacientes submetidos a toracotomia. 
 
Na tomografia computadorizada observa-se: 
 Bolhas ipsilaterais na maioria dos pacientes com 
pneumotórax espontâneo primário. 
 
04/04/2016 
12 
 Doenças pulmonares obstrutivas como a asma, enfisema 
pulmonar e bronquite crônica; 
 
 Traumas torácicos em acidente por arma de fogo (tiro) 
ou acidente por arma branca (facada), causando o 
pneumotórax traumático; 
 
 Aqueles que aparecem após procedimentos cirúrgicos ou 
outros procedimentos médicos; 
 
 Infecções graves como pneumonia ou tuberculose ; 
 
 Tumores. 
 Baseado no exame físico e na conversa com o paciente, mas a 
radiografia do tórax é que confirmará a situação. 
 
 Esta radiografia mostrará a coleção anormal de ar entre o pulmão e a 
parede do tórax. 
 
 Para obter mais dados, o médico poderá solicitar uma tomografia 
computadorizada do tórax. Pode ser muito útil nos casos de 
pneumotórax espontâneo. 
 
 
04/04/2016 
13 
A meta do tratamento é remover o ar do espaço pleural e prevenir 
sua recorrência. O médico poderá optar pela colocação de um dreno 
no tórax – um tubo de látex entre as costelas fica conectado a um 
frasco coletor que retira o ar do local anormal. Outra alternativa 
seria uma cirurgia para a correção ou, simplesmente, a conduta 
expectante (esperar). Nesta, o médico supervisiona o seu paciente, 
aguardando que o ar que se encontra no lugar anormal seja 
reabsorvido por si. 
 
 
04/04/2016 
14 
1. Tratamento conservador. 
2. Exercícios respiratórios para que o ar contido na cavidade pleural seja reabsorvido como 
padrões ventilatórios e a espirometria de incentivo. 
3. O paciente deve ser posicionado em situações que promovam a drenagem como fowler ou 
decúbitos laterais onde o pulmão acometido seja o dependente, ou seja, fique para baixo. 
4. Para verificar se o pneumotórax estar perpetuando, basta pedir ao paciente para inspirar 
forte e depois tossir. Se a fístula estiver presente, o dreno vai borbulhar no selo d'água 
contido e com o decorrer do tempo, a fístula tende a diminuir logo, o borbulhamento 
também. 
5. A pressão positiva na forma de CPAP ou BIPAP é contra indicado pois a mesma perpetua a 
fístula pleuro - brônquica. 
 
04/04/2016 
15 
As atelectasias pulmonares surgem como consequência do 
colapso dos alvéolos, por ausência ou deficiência ventilação 
destes. Podem atingir extensões variáveis, desde um segmento 
ou lobo pulmonar ate todo pulmão. 
 
 
04/04/2016 
16 
 Dispneia 
 Taquicardia Cianose 
 Tosse 
 Febre 
 produção de secreção 
 crepitações e sibilos 
04/04/2016 
17 
04/04/2016 
18 
 
A intervenção médica, podem coadjuvar no tratamento 
da atelectasia com broncodilatadores / mocoliticos, 
oxigenoterapia se hipoxemia, broncofibroscopia , para 
limpeza das vias aéreas obstruídas e ventilação 
mecânica, se ocorrer insuficiência respiratória. 
 
A fisioterapia respiratória é essencial no tratamento no quadro 
de atelectasia, utilizando-se técnicas e manobras eficazes de 
expansão pulmonar como: 
 compressão-descompressão, 
 vibro compressão, 
 expiração lenta prolongada, entre outras que podemos reverter 
o quadro de atelectasia. 
 CPAP, MRA, pressão positiva. 
O tratamento fisioterápico dependerá da avaliação do paciente, 
e principalmente da ausculta pulmonar. 
04/04/2016 
19 
O edema pulmonar agudo, também chamado de edema agudo 
do pulmão (EAP), é uma emergência médica causada pelo 
extravasamento de água dos vasos sanguíneos para o tecido 
pulmonar, tornando a respiração difícil. 
 O edema do pulmão possui o mesmo mecanismo 
fisiopatológico de qualquer edema em nosso corpo, 
ocorrendo sempre que há extravasamento de água dos vasos 
sanguíneos para algum tecido. 
 Ao contrário do que se possa imaginar, os nossos vasos 
sanguíneos não são tubos impermeáveis, eles apresentam 
poros que permitem a saída e entrada de células, bactérias, 
proteínas e água. 
 
04/04/2016 
20 
04/04/2016 
21 
 Aumento da pressão dentro dos vasos sanguíneos. 
 Aumento da permeabilidade dos vasos . 
As causas mais comuns: 
 insuficiência cardíaca; 
 Infarto agudo do miocárdio; 
 Crise hipertensiva; 
 Doença das válvulas do coração; 
 Altitudes elevadas. 
 
 Respiração curta com severa dificuldade respiratória; 
 Fome de ar; 
 Respiração estertorosa; pode-se escutar o borbulhar do ar 
no pulmão; 
 Ortopnéia-o doente sente necessidade de sentar, não tolera 
permanecer deitado; 
 Batimento das asas do nariz (eventual); 
 Expectoração sanguinolenta e espumosa (eventual); 
 Uma radiografia de tórax pode mostrar o acúmulo de 
líquidos no pulmão. 
 
04/04/2016 
22 
Nos pacientes que vão acumulando líquido no pulmão de forma 
lenta e progressiva, os sintomas do edema pulmonar começam 
com: 
 intolerância aos esforços, 
 cansaço (mesmo em repouso), 
 falta de ar quando se deita, havendo necessidade de usar 
pelo menos dois travesseiros para dormir, 
 edemas nos pés e tornozelos e chiado no peito. 
04/04/2016 
23 
Efficacy and safety of non-invasive ventilation in the 
treatment of acute cardiogenic pulmonary edema – 
a systematic review and meta-analysis 
 João C Winck1 , Luís F Azevedo2 ,3 , Altamiro Costa-Pereira2 ,3 , Massimo 
Antonelli4 and Jeremy C Wyatt5 
1Department of Pulmonology, Faculty of Medicine, University of Porto, Portugal 
2Department of Biostatistics and Medical Informatics, Faculty of Medicine, University 
of Porto, Portugal 
3Centre for Research in Health Technologies and Information Systems – CINTESIS 
(Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde), Faculty 
of Medicine, University of Porto, Portugal 
4Unita Operativa di Rianimazione e Terapia Intensiva, Instituto di Anestesia e 
Rianimazione, Policlinico Universitario A Gemelli, Universita Cattolica del Sacro 
Cuore, Rome, Italy 
5Health Informatics Centre, University of Dundee, Dundee, Scotland, UK 
 
Critical Care 2006, 10:R69 doi:10.1186/cc4905 
 
The electronic version of this article is the complete one and can be found online at: 
http://ccforum.com/content/10/2/R69 
 
 
Winck, J.C. et al. - Critical Care 2006, 10:R69, 28 A 
04/04/2016 
24 
 Metanálise de 790 estudos até maio de 2005 
 Selecionados 17 estudos randomizados com 
EAP cardiogênico, totalizando 938 pacientes 
 7 estudos – Tratamento clínico x CPAP 
 3 estudos – Tratamento clínico x NIPPV 
 4 estudos – CPAP x NPPV 
 4 estudos – Tto clínico x CPAP x NIPPV 
 
CPAP – Ventilação com pressão positiva contínua 
TC – Tratamento Clínico 
NIPPV – Ventilação com pressão positiva não invasiva 
 
 CPAP x TC – Intubação  22% (p=0,0004) 
 Mortalidade  13% (p=0,0003) 
 Risco de infarto  1% (NS) 
 
 NIPPV x TC – Intubação  18% (p=0,01) 
 Mortalidade  7% (NS) 
 Risco de infarto  1% (NS) 
 
 CPAP x NIPPV – Intubação  3% (NS) 
 Mortalidade  2% (NS) 
 Risco de infarto  5% (NS) 
 
 Não houve diferenças entre os subgrupos com e sem 
hipercapnia ou entre os com PSV < ou > 10 cmH2O. 
04/04/2016 
25 
 CPAP tem menor custo e é mais fácil de usar 
 CPAP reduz significativamente a mortalidade 
 CPAP e NIPPV reduzem necessidade de 
intubação orotraqueal 
 CPAP e NIPPV não aumentam o 
 risco de infarto do miocárdio 
 Em pacientes hipercápnicos não 
 há diferenças entre CPAP e NIPPV 
 
 Estudo prospectivo com 1069 pacientes 
randomizados, média etária de 78 anos 
 
 Tto padrão com O2 x CPAP x NIPPV 
 
 Sem diferenças significativas em 7 dias: 
a) Mortalidade 
b) Morte ou intubação 
c) Tempo de internação hospitalar 
d) Tto com O2 suspenso mais vezes pela piora 
gasométrica ou angústia respiratória 
 
Gray, A. et al. – NEJM 2008 Jul 10 ; 359:142.

Continue navegando