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1 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA CONCEITO (Vólia Bomfim Cassar) A prescrição retira a exigibilidade de um direito. O direito em si sobrevive e pode ser exercido extrajudicialmente, mas não mais cobrado, exigido. É a perda de direitos potestativos e invioláveis pelo decurso do prazo previsto em lei ou no contrato para o seu exercício PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA PRAZOS DECADENCIAIS •30 dias -Ajuizamento da ação de Inquérito Judicial para apuração de falta grave art.853, CLT e S. 403 do STF •120 dias- impetrar mandado de segurança •2 anos - Prazo para ação Rescisória art. 836 da CLT e 495 do CPC • Planos de desligamento voluntário: prazo estipulado em regulamento empresarial; SÚMULA 403 DO STF É DE DECADÊNCIA O PRAZO DE TRINTA DIAS PARA INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO JUDICIAL, A CONTAR DA SUSPENSÃO, POR FALTA GRAVE, DE EMPREGADO ESTÁVEL. Art.189 do Código Civil Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206 PRAZOS PRESCRICIONAIS Art. 7º, XXIX da CF/88: “ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.” TRABALHADORES RURAIS A EC n. 28/2000, alterou a redação do inciso XXIX do art. 7º da CRFB/88. unificando o prazo prescricional de trabalhadores urbanos e rurais. Profª Deisy Alves 8 5 ANOS – COMEÇA A CONTAR O PRAZO PRESCRICIONAL COM A VIOLAÇÃO DO DIREITO (ART. 189,CC/02) 2 ANOS - COMEÇA A CONTAR O PRAZO PRESCRICIONAL COM A EXTINÇÃO DO CONTRATO PRESCRIÇÃO (Art. 7º, XXIX, CRFB/88) PRESCRIÇÃO TOTAL PRESCRIÇÃO PARCIAL PRESCRIÇÃO 2 ANOS 5 ANOS S. 308, TST I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. SÚMULA 308 DO TST PRESCRIÇÃO QUINQUENAL Pedido RT: H.Ex. de toda a contratualidade Admissão 07/01/2002 Extinção CT 18/02/2015 Ajuiz. RT 25/02/2016 PRESCRITAS AS HORAS EXTRAS ANTERIORES A 25/02/2011 25/02/2011 Período imprescrito: 25/02/11 a 18/02/15 Profª Deisy Alves 12 OJ 83 da SDI-1 do TST AVISO PRÉVIO. INDENIZADO. PRESCRIÇÃO A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio. Art. 487, § 1º, CLT. SÚMULA 382 DO TST MUDANÇA DE REGIME CELETISTA PARA ESTATUTÁRIO. EXTINÇÃO DO CONTRATO. PRESCRIÇÃO BIENAL A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime. 14 INTERRUPÇÃO, SUSPENSÃO E IMPEDIMENTO O prazo sofre interrupção, suspensão e causas impeditivas em seu curso. Art. 197 a 204 CC O prazo não sofre interrupção,suspensão e causas impeditivas, salvo contra os incapazes. Art. 207 e 208 CC PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA inviabilizam, juridicamente, o início da contagem da prescrição o prazo prescricional sequer inicia seu curso sustam a contagem prescricional já iniciada cessa a contagem do prazo já transcorrido (que será reiniciado após o desaparecimento da causa de suspensão) CAUSAS IMPEDIDITIVAS CAUSAS SUSPENSIVAS A interrupção da prescrição, somente poderá ocorrer uma vez (art. 202 do CC) A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. SÚMULA 268 DO TST PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA CASO CONCRETO Semana 7 Manuela foi contratada pela empresa TDB Informática Ltda., em 13/10/2008 na função de analista de sistemas e foi dispensada sem justa causa em 15/06/2010, com aviso prévio indenizado. Ajuizou ação trabalhista em 10/07/2012 postulando o pagamento de horas extras de todo período trabalhado e seus reflexos sobre o repouso semanal remunerado, férias integrais e proporcionais + 1/3, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS + 40% e aviso prévio. No entanto, no dia da audiência realizada em 19/11/2012 Manuela não compareceu e a ação trabalhista foi arquivada, com a extinção do processo sem resolução do mérito. Ajuizou nova ação trabalhista em 17.06.2013 postulando além as horas extras o adicional noturno de todo período trabalhado e os respectivos reflexos nas verbas contratuais e rescisórias. Em sua contestação, a empresa TDB Informática arguiu a prescrição total, requerendo a extinção do processo com resolução do mérito. Considerando essa situação hipotética, esclareça, de forma fundamentada, se há prescrição total no presente caso. QUESTÃO OBJETIVA Semana 7 (OAB/FGV) De acordo com o entendimento consolidado da jurisprudência, a mudança de regime jurídico do empregado celetista para estatutário A) não gera alteração no contrato de trabalho, que permanece intacto. B) gera a suspensão do contrato de trabalho pelo período de três anos, prazo necessário para que o servidor público adquira estabilidade. C) gera extinção do contrato de trabalho, iniciando-se o prazo prescricional da alteração. D) não gera alteração no contrato de trabalho, mesmo porque o empregado não é obrigado a aceitar a alteração de regime jurídico. REGRAS ESPECIAIS ANOTAÇÃO DA CTPS: Natureza declaratória. IMPRESCRITÍVEL. (§1º do art. 11, da CLT) MENOR DE 18 ANOS: é causa impeditiva – (art. 440 da CLT) FGTS: prescrição TRINTENÁRIA – ( Súm. 362 do TST – art. 23, § 5º, da Lei nº 8.036/90) 26 Súmula nº 362. FGTS. PRESCRIÇÃO. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 09.06.2015) • I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; • II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF). Profª Deisy Alves PRESCRIÇÃO FÉRIAS - art 149 da CLT Se durante o contrato, conta- se do término do período concessivo - (5 anos) Se o contrato já foi extinto, conta-se do fim dele- (2 anos) CASO CONCRETO Semana 8 Maria Angélica foi contratada em 08/01/1990 pela empresa ABC Construtora Ltda. e imotivadamente dispensada em 28/04/2011, tendo recebido as verbas resilitórias, com a homologação da rescisão contratual pelo sindicato de sua categoria profissional. No entanto, ao sacar os valores de suaconta vinculada do FGTS percebeu que a importância depositada era muito inferior ao que considerava devido. Insatisfeita com a situação procurou escritório de advocacia e ingressou com ação trabalhista em 15/05/2013, objetivando o pagamento dos depósitos do FGTS que não foram realizados durante o contrato de trabalho. Responda fundamentadamente: operou-se a prescrição total ou parcial? Justifique QUESTÃO OBJETIVA Semana 8 Alexandre Matos, dispensado sem justa causa, ajuizou ação trabalhista em 20/03/2013 pleiteando somente o pagamento de férias com acréscimo de 1/3. Afirmou que nunca usufruiu férias durante todo o pacto laboral que perdurou de 12/05/2006 até 15/11/2012. A empresa arguiu a prescrição parcial da pretensão. Diante do caso apresentado assinale a opção correta. A) Não há prescrição de nenhum período de férias; B) Estão prescritas somente as férias do período 2006/2007; C) As férias do período 2008/2009 são devidas na forma simples e não prescreveu esta pretensão; D) As férias do período 2011/2012 são devidas na forma proporcional e não estão prescritas.
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