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PRÁTICA DE SENTENÇA CÍVEL BASEADO NO CPC ANTIGO

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AULA 01 - TEORIA GERAL DA SETENÇA CÍVEL - DICAS INICIAIS E ESTILO E REDAÇÃO I
DICAS INICIAIS
1. Vai ensinar a parte formal. A parte material é com o aluno.
2. Foco na parte dispositiva. Responsabilidade civil e o Poder Público em Juízo.
3. Bibliografia
Não indica livro. Procurar sentenças reais.
Alguns links
JUSTIÇA ESTADUAL:
http://www.tjmg.jus.br/portal/jurisprudencia/repositorio-de-sentencas/
http://esaj.tjsp.jus.br/cjpg/
http://portaltj.tjrj.jus.br/web/guest/consultas/banco-conhecimento/banco-sentencas
http://app.tjrj.jus.br/banco-sentenca/
JUSTIÇA FEDERAL 
http://espiia.jfpr.gov.br/espiia/bancoajufe
https://www.jfrn.gov.br/bancodesentencas/bancodesentencas.xhtml
4. Ler jurisprudência e casos concretos. Muitas provas são tiradas de julgados dos próprios examinadores.
5. Ter estilo de juiz
5.1. Uso da linguagem de forma decisória
1ª pessoa do singular – presente
Ex.: Eu decido, eu afasto, eu acolho, eu indefiro. É quase um imperativo.
5.2. Pode também utilizar o SE apassivador
Ex.: Afasta-se, Indefere-se, Decide-se.
5.3. NÃO PODE USAR O TEMPO NO CONDICIONAL
Ex.: O pedido deveria ser julgado procedente
5.4. NÃO USAR O PLURAL MAJESTÁTICO – 1ª pessoa do plural – Falsa modéstia
Ex.: Nós julgamos o pedido
6. Cuidado com o uso do vernáculo.
O examinador vai querer saber se você sabe português.
Não pode cometer erros básicos.
6.1. Erros mais comuns:
a) Utilizar “O MESMO” com finalidade pronominal. “O MESMO” não pode substituir ELE(S) / ELA(S). 
 Ex.: João esteve aqui e o mesmo disse que voltaria amanhã. (ERRADO)
João esteve aqui e ele disse que voltaria amanhã. (CERTO)
b) Uso da próclise, ênclise e mesóclise. O uso do SE.
Ex. A palavra Não sempre atrai o SE.
c) Uso da crase
d) Emprego do gerúndio exagerado. Gerundismo. (Telemarketing, Call Center).
Ex.: Vou estar fazendo / Vou estar transferindo
7. Fazer períodos curtos e claros.
Abuse do ponto final. (não seria ponto de continuação)
Usar mais ponto do que vírgula.
AULA 02 - TEORIA GERAL DA SETENÇA CÍVEL - ESTILO DE REDAÇÃO II E REQUISITOS DA SENTENÇA
8. Uso do tempo verbal. Em cada parte deve-se usar um só tempo verbal.
• Usar relatório no passado;
• Na fundamentação pode transitar sobre passado e presente;
• Dispositivo deve ser usado no presente.
9. Limpeza da Prova
• Fazer um roteiro do que irá escrever. Estrutura da sentença
Não dá tempo de fazer rascunho.
10. Usar palavras que mostrem o conhecimento do vernáculo.
Ex. Com efeito..., Joeirado..., De antanho..., Outrora.
11. Evite o uso de expressões lacônicas, desprovidas de significado.
Ex. Custas na forma da lei;
Custas Ex legis (diga o artigo)
Intime-se nos termos da lei (diga o que a lei manda fazer)
Expeça-se o necessário (diga o que é necessário) 
12. Utilize linguagem neutra
Não usar palavras elogiosas (axiônimo). Ex.: Lídimo, Douto, Magnífico, Brilhante.
Não fazer juízo depreciativo de correntes doutrinárias e jurisprudenciais. (Ex.: Pífio, Inaceitável)
13. Evitar o uso de latim. Usar apenas nos casos que a expressão traduzida pelo português não terá o mesmo significado (Ex. Coisa julgada erga omnes).
A sentença deve ser feita para a parte entender.
14. Cuidado com o tempo da prova. Rascunho de tópicos.
15. Não se identificar na prova.
16. Sempre seguir as especificações do enunciado da prova.
AULA 03 - TEORIA GERAL DA SENTENÇA CÍVEL - RELATÓRIO I
Dicas
1. Muitas provas já tem o relatório como sendo o enunciado da questão. Se o examinador falar que é o relatório, não será necessário faze-lo, mas se ele não falar nada, será necessário fazer.
2. Em alguns Estados a prova é feito com os autos em mãos.
3. O relatório tem que ser sintético. Narrar as principais ocorrências.
4. O tempo verbal preferencialmente é no passado.
5. No começo de o relatório escrever: número do processo, não inventar.
6. Após o número de o processo colocar: Vistos. Não usar os três pontos.
7. Existem dois estilos de relatório:
7.1. Começa com o nome da ação (Ex. Trata-se de ação de cobrança...);
7.2. Começa pelo nome do autor (Ex. Fulano ajuizou ação de cobrança...). 
8. Nome da ação - colocar o nome da ação que está sendo julgada. O nome da ação é o nome do pedido. Hábito romanista.
9. Uso adequado dos designativos das partes
Autor e réu;
Requerente e requerido;
Demandante e demandado;
Mandado de segurança: impetrante e impetrado;
Embargos: embargante e embargado;
Denunciação a lide: denunciante e denunciante;
Oposição: opoente e opostos;
Reconvenção: réu/reconvinte e autor/reconvindo. 
10. Ajuizar ação contra... 
Evitar usar “em face de...”. 
11. Padrão discursivo “que” (Fulano ajuizou ação contra sicrano alegando que...;..... que;....;)
AULA 04 - TEORIA GERAL DA SENTENÇA CÍVEL - RELATÓRIO II
12. Um parágrafo para cada evento principal do processo
a) Petição inicial;
b) Contestação;
c) Réplica;
d) Saneamento;
e) Provas colhidas;
f) Alegações finais do autor;
g) Alegações finais do réu
Deve-se seguir a ordem cronológica de como os eventos aconteceram:
Ex. Réu apresentou contestação / Reconvenção / Impugnação do valor da causa / Impugnação da justiça gratuita.
13. NÃO FAZER, POIS NÃO É COMUM:
Enumerar o relatório por letra e números
Obs.: Em caso de várias preliminares admite-se dividir por letras.
14. CUIDADO: Algumas provas exigem que se insiram no RELATÓRIO algumas DECISOES INTERLOCUTÓRIAS e as suas JUSTIFICATIVAS.
15. No juizado especial o relatório é dispensado.
MODELO 01 – PARTE INICIAL – ESTILO 1
Processo n.
Vistos.
Trata-se de ação (de cobrança) ajuizada por CREDOR contra DEVEDOR, em que pretende o recebimento da quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Alegou, em resumo, que no dia 01.01.2011, durante os festejos de fim de ano, emprestou ao requerido, seu então cunhado, a quantia citada, com a promessa de pagamento para 30 (trinta) dias, conforme documento que juntou. Informou, entretanto, que decorrido o prazo convencionado o requerido não cumpriu a obrigação, motivo pelo qual ajuizou a presente medida. Requereu a procedência da ação, com a condenação do requerido ao pagamento do valor reclamado, corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. Arrolou testemunhas. Juntou documentos.
MODELO 02 - PARTE INICIAL – ESTILO 2 – JULGAMENTO NO ESTADO
Processo n.
Vistos.
CREDOR ajuizou a presente ação de (cobrança) contra DEVEDOR, alegando, em síntese que é credor do devedor pela quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); que no dia 01.01.2011, durante os festejos de fim de ano, emprestou ao requerido, seu então cunhado, a quantia citada, com a promessa de pagamento para 30 (trinta) dias, conforme documento que juntou; e que, entretanto, que decorrido o prazo convencionado o requerido não cumpriu a obrigação, motivo pelo qual ajuizou a presente medida. Requereu a procedência da ação, com a condenação do requerido ao pagamento do valor reclamado, corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. Arrolou testemunhas. Juntou documentos.
Devidamente citado o requerido ofertou contestação. Preliminarmente alegou: a) inépcia da inicial, porque ela não se fez acompanhar dos documentos indispensáveis à propositura; b) ilegitimidade passiva, já que o empréstimo teria sido feito em favor de sua ex-esposa, que montaria uma loja e roupas; e c) que exatamente por isso deve sua ex-esposa, irmã do requerente, ser denunciada à lide, na forma do art. 70, III, do CPC. No mérito, alegou que não pediu o empréstimo ao requerido; que ele, espontaneamente, ofereceu a quantia para ajudar a sua ex-esposa, irmã do autor, que em virtude disto a dívida não é exigível, pois a quantia foi oferecida a título de doação; e que na forma do art. 401 do CPC, não se pode comprovar a existência do contrato em questão com base em prova meramente oral. Requereu a improcedência do pedido, com a condenação do autor ao pagamento dos consectários de praxe. Requereu, ainda, que caso fosse condenado, lhe fosse garantido direito de regresso contra a sua ex-esposa, ora denunciada.
Ofertou o requerido, também, impugnaçãoao valor da causa, que foi processada em apenso (com desacolhimento do pedido).
Réplica às fls., momento em que o autor se insurgiu contra as preliminares aventadas, foi contra a denunciação à lide da sua irmã (ex-esposa do requerido) e impugnou a defesa de mérito.
É o relatório.
Fundamento e decido.
MODELO 03 - PARTE INICIAL – ESTILO 2 – COM INTRUÇÃO
Processo n.
Vistos.
CREDOR ajuizou a presente ação de (cobrança) contra DEVEDOR, alegando, em síntese que é credor do devedor pela quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); que no dia 01.01.2011, durante os festejos de fim de ano, emprestou ao requerido, seu então cunhado, a quantia citada, com a promessa de pagamento para 30 (trinta) dias, conforme documento que juntou; e que, entretanto, que decorrido o prazo convencionado o requerido não cumpriu a obrigação, motivo pelo qual ajuizou a presente medida. Requereu a procedência da ação, com a condenação do requerido ao pagamento do valor reclamado, corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. Arrolou testemunhas. Juntou documentos.
Devidamente citado o requerido ofertou contestação. Preliminarmente alegou: a) inépcia da inicial, porque ela não se fez acompanhar dos documentos indispensáveis à propositura; b) ilegitimidade passiva, já que o empréstimo teria sido feito em favor de sua ex-esposa, que montaria uma loja e roupas; e c) que exatamente por isso deve sua ex-esposa, irmã do requerente, ser denunciada à lide, na forma do art. 70, III, do CPC. No mérito, alegou que não pediu o empréstimo ao requerido; que ele, espontaneamente, ofereceu a quantia para ajudar a sua ex-esposa, irmã do autor, que em virtude disto a dívida não é exigível, pois a quantia foi oferecida a título de doação; e que na forma do art. 401 do CPC, não se pode comprovar a existência do contrato em questão com base em prova meramente oral. Requereu a improcedência do pedido, com a condenação do autor ao pagamento dos consectários de praxe. Requereu, ainda, que caso fosse condenado, lhe fosse garantido direito de regresso contra a sua ex-esposa, ora denunciada.
Ofertou o requerido, também, impugnação ao valor da causa, que foi processada em apenso (com desacolhimento do pedido).
Réplica às fls., momento em que o autor se insurgiu contra as preliminares aventadas, foi contra a denunciação à lide da sua irmã (ex-esposa do requerido) e impugnou a defesa de mérito.
Designada audiência preliminar (art. 331do CPC), a conciliação não frutificou, motivo pelo qual foi saneado nos seguintes termos: a) afastou-se preliminar de inépcia, vez que ela veio acompanhada de todos os documentos necessários para a propositura, não sendo necessário que haja contrato escrito e formal de empréstimo para postulação; b) remeteu-se a análise da suposta preliminar de ilegitimidade passiva para o mérito, vez que seu acolhimento dependeria de provas e levaria à improcedência do pedido (não à extinção da ação sem mérito); e c) indeferiu-se o pleito de denunciação à lide da ex-exposa do requerido, vez que ausente qualquer das hipóteses do art. 70 do CPC, tratando-se de garantia imprópria.
Designada audiência de instrução, debates e julgamento, foi colhido o depoimento pessoal das partes e ouvidas 02 (duas) testemunhas arroladas por cada uma (no total de 04).
Declarada encerrada a instrução, as partes apresentaram alegações finais remissivas.
É o relatório.
Fundamento e decido.
Obs.. Alegações finais remissivas. Significa que a parte alega o que já foi dito na inicial ou na contestação.
AULA 05 - TEORIA GERAL DA SENTENÇA CÍVEL - FUNDAMENTAÇÃO I
DICAS
1. Não é o objeto do curso. O curso é sobre a forma. O aluno tem que estudar o direito material.
Tem que dizer o porquê de tudo. De preferência apontando o artigo de lei (dispositivo legal)
2. Alguns tipos de sentenças e alguns temas serão vistos.
3. Estudar o artigo 333 do CPC. É a regra do desempate se ninguém provar nada. Regra de desempate. O processo não pode terminar empatado.
4. Para os iniciantes é recomendável já começar anunciando o resultado. Depois das preliminares, logo no mérito.
5. Fazer o roteiro. Fazer o rascunho de cada parágrafo.
Usar 1 parágrafo por tese.
Usar 1 parágrafo por discussão jurídica
6. Não é comum dividir por tópicos (letras, números, subitens, etc.).
Não é o normal e na prova seja o mais normal possível. Não crie moda.
Só usar em sentenças enormes, gigantescas.
7. Nas provas a maior incidência é de sentenças de MÉRITO E PROCEDENTES.
8. Se o processo não depende de provas ou o réu é revel teremos o julgamento antecipado.
A regra geral é que se colham provas. A exceção é não produzir provas e fazer o julgamento antecipado, por isso não se esquecer de colocar a fundamentação do julgamento antecipado.
9. Preliminares de mérito: Se forem confirmadas levam a IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. (Ex.: Prescrição, decadência) 
ROTEIRO 1 - ROTEIRO DE FUNDAMENTAÇÃO
1. Principiar por DECIDO ou FUNDAMENTO E DECIDO.
2. Preliminares processuais (art. 301, CPC) (alguns preferem colocar depois da definição do julgamento antecipado). Há certa ordem lógica na apreciação destas preliminares, mas não precisa ser rigoroso. Evitar dizer que as preliminares confundem-se com o mérito.
2.1. Pressupostos processuais: a partir da incompetência, passando pelas demais nulidades.
2.2. Condições da ação (a partir da ilegitimidade).
2.3. Tempestividade da contestação.
3. Definição sobre a necessidade de julgamento antecipado (art. 330, CPC).
4. Preliminares de mérito (Ex.: Prescrição, decadência, etc.).
5. Mérito propriamente dito. Aqui podem surgir especificidades (intervenção de terceiros e afins).
AULA 06 - TEORIA GERAL DA SENTENÇA CÍVEL - FUNDAMENTAÇÃO II
MODELO 04 – FUNDAMENTAÇÃO 1 – COM PRELIMINARES E JULGAMENTO ANTECIPADO
Processo n.
Vistos.
CREDOR ajuizou a presente ação de (cobrança) contra DEVEDOR, alegando, em síntese que é credor do devedor pela quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); que no dia 01.01.2011, durante os festejos de fim de ano, emprestou ao requerido, seu então cunhado, a quantia citada, com a promessa de pagamento para 30 (trinta) dias, conforme documento que juntou; e que, entretanto, que decorrido o prazo convencionado o requerido não cumpriu a obrigação, motivo pelo qual ajuizou a presente medida. Requereu a procedência da ação, com a condenação do requerido ao pagamento do valor reclamado, corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. Arrolou testemunhas. Juntou documentos.
Devidamente citado o requerido ofertou contestação. Preliminarmente alegou: a) inépcia da inicial, porque ela não se fez acompanhar dos documentos indispensáveis à propositura; b) ilegitimidade passiva, já que o empréstimo teria sido feito em favor de sua ex-esposa, que montaria uma loja e roupas; e c) que exatamente por isso deve sua ex-esposa, irmã do requerente, ser denunciada à lide, na forma do art. 70, III, do CPC. No mérito, alegou que não pediu o empréstimo ao requerido; que ele, espontaneamente, ofereceu a quantia para ajudar a sua ex-esposa, irmã do autor, que em virtude disto a dívida não é exigível, pois a quantia foi oferecida a título de doação; e que na forma do art. 401 do CPC, não se pode comprovar a existência do contrato em questão com base em prova meramente oral. Requereu a improcedência do pedido, com a condenação do autor ao pagamento dos consectários de praxe. Requereu, ainda, que caso fosse condenado, lhe fosse garantido direito de regresso contra a sua ex-esposa, ora denunciada.
Ofertou o requerido, também, impugnação ao valor da causa, que foi processada em apenso (com desacolhimento do pedido).
Réplica às fls., momento em que o autor se insurgiu contra as preliminares aventadas, foi contra a denunciação à lide da sua irmã (ex-esposa do requerido) e impugnou a defesa de mérito.
É o relatório.
Fundamento e decido.
Afasto (ou afasta-se) a preliminar de inépcia da inicial, vez que ela veio acompanhada de todos os documentos necessários para a propositura, não sendo necessário que haja contrato escrito eformal de empréstimo para postulação;
Já a preliminar de ilegitimidade passiva, no sentido de que o empréstimo foi celebrado com a ex-esposa do requerido (e não com ele), caso acolhida acarretará a improcedência do pedido, e não a extinção da ação sem apreciação do mérito. Fica afastada.
Por fim, indefiro (ou indefere-se) o pleito de denunciação à lide da ex-esposa do requerido, vez que ausente qualquer das hipóteses do art. 70, III, do CPC. Afinal, não há disposição em lei ou em contrato que autorize o regresso pela via da denunciação. Que o autor demande autonomamente contra a ex-esposa caso reste vencido.
Já no mérito, julgo-o antecipadamente, nos termos do art. 330, I do Código de Processo Civil, pois o deslinde da causa independe da produção de provas em audiencia, havendo, ademais farta prova docuemntal a permitir o julgamentodo processo no estado em que se encontra.
Trata-se de ação em que o autor, em síntese, pretende receber a quantia de R$50.000,00 (cinquenta mil reais ) supostametne emprestada ao requerido, seu ex-cunhado.
Após análise das provas acostadas aos autos, entendo ( ou entende-se ) que o pedido é procedente.
Isto porque os documentos acostados à inicial, especialmente o recibo em que consta a assinatura do requerido, comprovam suficientemente a existencia do narrado empréstimo, bem como a promessa de pagamento para o dia 30.01.2011.
Ainda que o dinhiro emprestado tenha , oportunamente, sido destinado à entao esposa do requerido (irmã do autor), fato é que o empréstimo foi celebrado pelo demandado, que se obrigou perante o credor ao pagametn em 30 dias.
Por outro lado, não há um único elemento de prova no sentido de que o valor teria sido doado pelo requerente à família do requerido, fato descontitutivo do direito do autor e que, como tal, competiria ao requerido provar (art. 333,II, do CPC).
MODELO 05 – FUNDAMENTAÇÃO 2 – PRELIMINARES PROCESSUAIS JÁ APRECIADAS, PRELIMINARES DE MÉRITO NÃO APRECIADAS E SEM JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.
Processo n.
Vistos.
CREDOR ajuizou a presente ação de (cobrança) contra DEVEDOR, alegando, em síntese que é credor do devedor pela quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); que no dia 01.01.2011, durante os festejos de fim de ano, emprestou ao requerido, seu então cunhado, a quantia citada, com a promessa de pagamento para 30 (trinta) dias, conforme documento que juntou; e que, entretanto, que decorrido o prazo convencionado o requerido não cumpriu a obrigação, motivo pelo qual ajuizou a presente medida. Requereu a procedência da ação, com a condenação do requerido ao pagamento do valor reclamado, corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. Arrolou testemunhas. Juntou documentos.
Devidamente citado o requerido ofertou contestação. Preliminarmente alegou: a) inépcia da inicial, porque ela não se fez acompanhar dos documentos indispensáveis à propositura; b) ilegitimidade passiva, já que o empréstimo teria sido feito em favor de sua ex-esposa, que montaria uma loja e roupas; e c) que exatamente por isso deve sua ex-esposa, irmã do requerente, ser denunciada à lide, na forma do art. 70, III, do CPC. No mérito, alegou que não pediu o empréstimo ao requerido; que ele, espontaneamente, ofereceu a quantia para ajudar a sua ex-esposa, irmã do autor, que em virtude disto a dívida não é exigível, pois a quantia foi oferecida a título de doação; e que na forma do art. 401 do CPC, não se pode comprovar a existência do contrato em questão com base em prova meramente oral. Requereu a improcedência do pedido, com a condenação do autor ao pagamento dos consectários de praxe. Requereu, ainda, que caso fosse condenado, lhe fosse garantido direito de regresso contra a sua ex-esposa, ora denunciada.
Ofertou o requerido, também, impugnação ao valor da causa, que foi processada em apenso (com desacolhimento do pedido).
Réplica às fls., momento em que o autor se insurgiu contra as preliminares aventadas, foi contra a denunciação à lide da sua irmã (ex-esposa do requerido) e impugnou a defesa de mérito.
Designada audiência preliminar (art. 331do CPC), a conciliação não frutificou, motivo pelo qual foi saneado nos seguintes termos: a) afastou-se preliminar de inépcia, vez que ela veio acompanhada de todos os documentos necessários para a propositura, não sendo necessário que haja contrato escrito e formal de empréstimo para postulação; b) remeteu-se a análise da suposta preliminar de ilegitimidade passiva para o mérito, vez que seu acolhimento dependeria de provas e levaria à improcedência do pedido (não à extinção da ação sem mérito); e c) indeferiu-se o pleito de denunciação à lide da ex-exposa do requerido, vez que ausente qualquer das hipóteses do art. 70 do CPC, tratando-se de garantia imprópria.
Designada audiência de instrução, debates e julgamento, foi colhido o depoimento pessoal das partes e ouvidas 02 (duas) testemunhas arroladas por cada uma (no total de 04).
Declarada encerrada a instrução, as partes apresentaram alegações finais remissivas, apenas o requerido apresentando nova alegação, no sentido de que o credito estaria prescrito.
É o relatório.
Fundamento e decido.
As preliminares já foram afastadas na fase saneadora, não havendo, portanto, nada mais a prover.
Trata-se de ação em que o autor, em síntese, pretende receber a quantia de R$50.000,00 (cinquenta mil reais ) supostametne emprestada ao requerido, seu ex-cunhado.
Inicialmente afasto (ou afasta-se) a objeção a objeção ao mérito de prescrição, vez que ainda se aplicado ao caso o prazo de 05 (cinco) anos do art. 206, §5º, I, do CC, ele não teria decorrido entre o vencimento do suposto empréstimo e o ajuizamento da presente ação.
No mais, após análise das provas acostadas aos autos, entendo ( ou entende-se ) que o pedido procede.
Isto porque os documentos acostados à inicial, especialmente o recibo em que consta a assinatura do requerido, comprovam suficientemente a existencia do narrado empréstimo, bem como a promessa de pagamento para o dia 30.01.2011.
Ainda que o dinhiro emprestado tenha , oportunamente, sido destinado à entao esposa do requerido (irmã do autor) – como foi informado pelas testemunhas arroladas pelo requerido - fato é que o empréstimo foi celebrado pelo demandado, que se obrigou perante o credor ao pagametn em 30 dias.
Por outro lado, não há um único elemento de prova no sentido de que o valor teria sido doado pelo requerente à família do requerido, fato descontitutivo do direito do autor e que, como tal, competiria ao requerido provar (art. 333,II, do CPC). Nenhuma das testemunhas ouvidas sequer cogitaram isto.
AULA 07 - TEORIA GERAL DA SENTENÇA CÍVEL - DISPOSITIVO I.
CONSIDERAÇÕES GERAIS.
1. Evitar qualquer tipo de fundamentação. Não explicar os motivos. Só aplica. 
2. Nunca se esquecer dos artigos 2º, 128 e 460 do CPC. O juiz tem que se limitar ao pedido. Princípio da congruência. Cuidado com os pedidos escondidos
3. Usar Posto isso ou Ante o exposto. Nunca usar: Isso posto ou ante ao exposto.
4. Julgar procedente ou improcedente o pedido e nunca a ação.
Ex.: Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido...
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido...
O artigo 269, I do CPC utiliza a expressão “acolher ou rejeitar o pedido do autor”, por isso alguns juízes preferem utilizar ACOLHO E REJEITO.
5. Todo dispositivo tem um ou mais verbos, depende do número de pedido. Verbo do dispositivo é o comando, é a ação determinada pelo magistrado.
Ex.: Condenar, declarar, constituir, impedir, etc.
Use o mesmo verbo do pedido da inicial.
Não usar: acolho nos termos do pedido. Corre o risco de sofrer embargos de declaração. Repita o que a parte pediu.
6. Cuidado com pedidos cumulados. Deve responder todos os pedidos. Nesse caso pode fazer subitens. Usar dois pontos e letras.
Chamada de decisão articulada. Decisão com subitens, vários capítulos.
7. Advertência: Não pode deixar de lançar as extinções parciais no curso do processo.
Ex.:
8. Tem que dizer o fundamento que encerra o julgamento (com ou sem resolução do mérito) (art. 267ou art. 269 do CPC).
ROTEIRO 2 – ROTEIRO DO DISPOSITIVO
1. Art. 267 ou art. 269 (improcedente, procedente ou parcialmente).
2. Se procedente: Sentença declaratória (declaro), sentença constitutiva / desconstitutiva ( decreto , constituo , desconstituo) ou sentença condenatória (condeno ) VERBO DO DISPOSITIVO.
3. Se obrigação de pagar, correção monetária (desde o termo inicial respectivo) e juros de mora. (desde o termo inicial respectivo). Vide tabela com termos iniciais e critérios especiais de fixação para danos morais, matéria tributária, entre outras.
4. Se obrigação de fazer, obrigação de não fazer e obrigação de entrega – Fixação da multa.
5. Sucumbência (despesas processuais e honorários advocatícios) – Atenção para as particularidades da Fazenda Nacional, Mandado de Segurança, entre outras.
6. Gratuidade da justiça (Lei 1.060/50)
7. Providências a bem do eventual cumprimento da decisão
8. Reexame necessário (particularidades das ações coletivas)
9. Tutela antecipada (alguns preferem colocar na fundamentação)
10 P.R.I. (C.), local e data, Assinatura do juiz.
AULA 08 - TEORIA GERAL DA SENTENÇA CÍVEL - DISPOSITIVO II.
MODELO 06 – DISPOSITIVO 01 – EXTINÇÃO SEM MÉRITO
Posto isso [ou Ante o exposto], JULGO EXTINTO o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, VI, do Código de Processo Civil. Condeno o autor ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% do valor atualizado da causa,
P.R.I.
Local e data.
Juiz de Direito
Observações:
Despesas processuais já incluem as custas judiciais. Evitar usar : custas e despesas.
Se não houve condenação ou não tiver valor na sentença usar o valor atualizado da causa.
P.R.I. (C.) é o tradicional, mas a ordem correta é R.P.I. (C.)
R. = Registre-se
P. = Publique-se
I. = Intime-se
C. = Certifique-se
MODELO 07 – DISPOSITIVO 02 – IMPROCEDÊNCIA
Posto isso [ou Ante o exposto], JULGO IMPROCEDENTE [ou DESACOLHO] o pedido, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, IV, do Código de Processo Civil. Condeno o autor ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% do valor atualizado da causa,
P.R.I.
Local e data.
Juiz de Direito
MODELO 08 – DISPOSITIVO 03 – PROCEDÊNCIA (pagar)
Posto isso [ou Ante o exposto], JULGO PROCEDENTE [ou ACOLHO] o pedido, condenando o requerido a pagar ao autor a quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), a ser corrigida monetariamente pelos índices oficiais (tabela prática do TJ) desde o inadimplemento, e a acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a citação [art. 406, CC c/c art. 219, CPC]; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e os honorários advocatícios, que fixo em 10% do valor da condenação.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
MODELO 09 – DISPOSITIVO 04 – PROCEDÊNCIA PARCIAL (pagar)
Posto isso [ou Ante o exposto], JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE [ou ACOLHO PARCIALMENTE] o pedido, condenando o requerido a pagar ao autor a quantia de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), a ser corrigida monetariamente pelos índices oficiais (tabela prática do TJ) desde o inadimplemento, e a acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a citação [art. 406, CC c/c art. 219, CPC]; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Por sucumbentes em igual proporção, as despesas processuais serão partilhadas à metade, cada parte arcando com a honorária advocatícia de seu patrocinante [art.21 do CPC].
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
MODELO 10 – DISPOSITIVO 05 – PROCEDÊNCIA (pagar) COM REEXAME NECESSÁRIO
Posto isso [ou Ante o exposto], JULGO PROCEDENTE [ou ACOLHO] o pedido, condenando o requerido a pagar ao autor a quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), a ser corrigida monetariamente e acrescida de juros de mora na forma do art. 1º-F da lei 9.494/97; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e os honorários advocatícios, que fixo em R$ 1.000,00 (um mil reais) (Art. 20,§4º, do CPC)
Sentença sujeita a reexame necessário, na forma do art. 475, I do Código de Processo Civil.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
Observação: Ver Fazenda Pública – Lei 9.499/97 art. 1º-F (correção e juros)
MODELO 11 – DISPOSITIVO 06 – PROCEDÊNCIA (declarar)
Posto isso [ou Ante o exposto], JULGO PROCEDENTE [ou ACOLHO] o pedido, declarando [ou para declarar] quitada a obrigação entre as partes; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e os honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
MODELO 12 – DISPOSITIVO 07 – PROCEDÊNCIA (desconstituir )
Posto isso [ou Ante o exposto], JULGO PROCEDENTE [ou ACOLHO] o pedido, desconstituindo [ou para desconstituir] o contrato indicado na inicial; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e os honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
MODELO 13 – DISPOSITIVO 08 – PROCEDÊNCIA (dar) (condenatória)
Posto isso [ou Ante o exposto], JULGO PROCEDENTE [ou ACOLHO] o pedido, condenando o requerido a entregar ao autor, no prazo de 10 (dez) dias, o veículo descrito na inicial; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e os honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa.
Transitada em julgado, intime-se o requerido para a entrega do veículo no prazo de 10 dias. Sem êxito, expeça-se mandado de busca e apreensão do bem.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
Obs.: Juiz bom dá a ordem para o cartório.
Nem todos os autores adotam este procedimento.
MODELO 14 – DISPOSITIVO 09 – PROCEDÊNCIA (fazer) (tutela antecipada)(condenatória)
Posto isso [ou Ante o exposto], JULGO PROCEDENTE [ou ACOLHO] o pedido, condenando o requerido a reconstruir, no prazo no prazo de 10 (dez) dias, o muro que faz divisa com a propriedade do autor, sob pena de incidir, findo o prazo, multa diária de R$ 100,00 (cem reais) [art. 461, CPC]; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e os honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa.
Presentes os requisitos do art. 273, I, do Código de Processo Civil, CONCEDO ao autor tutela antecipada. Assim o faço porque o supra decidido bem revela a verossimilhança da alegação, bem como o dano irreparável à plantação do autor caso a medida seja cumprida ao final. Intime-se o requerido para cumprimento imediato desta sentença, na forma do dispositivo.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
MODELO 15 – DISPOSITIVO 10 – PROCEDÊNCIA COM PEDIDOS CUMULADOS
Posto isso [ou Ante o exposto], JULGO PROCEDENTE [ou ACOLHO] os pedidos, para: a) declarar quitada a obrigação existente entre as partes; b) condenar o requerido a não mais enviar cobranças para o domicílio do autor, sob pena de multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais); e c) condenar o requerido ao pagamento, a título de danos morais, da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a ser corrigida monetariamente desde a presente data pela tabela prática do TJ e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e os honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
AULA 09 - TEORIA GERAL DA SENTENÇA CÍVEL - EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO I
EXERCÍCIO 01.
Autor requereu a condenação do devedor a pagar R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Julgar procedente. Nenhuma das partes é beneficiária da Justiça gratuita.
RESPOSTA 01
Posto isso [ou ante o exposto], JULGO PROCEDENTE [ou ACOLHO] o pedido, condenando o requerido a pagar ao autor a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em valores corrigidos monetariamente pela tabela prática do TJ desde o inadimplemento, e a acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Condeno o requerido, ainda, a pagar as despesas processuais e os honorários da parte adversa, que fixo em 10% do valor da condenação.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
EXERCÍCIO 02.
Autor requereu a declaração de propriedade de um veículo. Julgar procedente. Partes beneficiárias da Justiça gratuita.
RESPOSTA 02.
Posto isso, ACOLHO o pedido, para declarar a propriedade do autor sobre o veículo XXXXXX (descrito na inicial); e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% do valor atualizado da causa, observado o que consta do art. 12 da Lei 1.060/50.
Transitada em julgado, oficie-se ao DETRAN para cumprimento dessa sentença.
P.R.I.
Local e data
Juiz Substituto
EXERCÍCIO 03.
Autor requereu indenização por danos morais contra o banco requerido. Extinguir por ilegitimidade passiva. Nenhuma das partes é beneficiária da Justiça gratuita.
RESPOSTA 03.
Posto isso, JULGO EXTINTO o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, VI, do Código de Processo Civil. Condeno o autor ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% do valor atualizado da causa.
P.R.I.
Local e data
Juiz Federal
EXERCÍCIO 04.
Autor requereu indenização por danos em acidente de trânsito contra o requerido. Acolher a alegação de prescrição. Partes beneficiárias da Justiça gratuita.
RESPOSTA 04
Posto isso, JULGO IMPROCEDENTE o pedido, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, IV, do Código de Processo Civil. Condeno o autor ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% do valor da causa, observado o que consta do art. 12 da Lei 1.060/50.
P.R.I.
Local e data.
Juiz de Direito
EXERCÍCIO 05.
Autor ajuizou ação de cobrança contra o Estado, cobrando a quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Julgar procedente.
RESPOSTA 05.
Ante o exposto, ACOLHO o pedido, condenando o Estado XXXXX a pagar a autor a quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), em valores corrigidos monetariamente e acrescidos de juros de mora pela SELIC, desde o evento narrado na inicial; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios da parte adversa, que fixo em R$ 2.000,00 (art. 20, § 4º, do CPC).
Sentença sujeita a reexame necessário, nos termos do art. 475, I, do CPC.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
EXERCÍCIO 06.
O requerente pretende obter o medicamento MAREVAN, 03 caixas por mês (R$ 250,00 a caixa), por tempo indeterminado, contra o Município. Julgar procedente. Conceder tutela antecipada na sentença.
RESPOSTA 06.
Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido, condenando o Município a fornecer ao autor 03 caixas do medicamento MAREVAN ao mês, sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos reais) por dia de atraso; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Condeno o Município, ainda, a pagar as despesas processuais e os honorários do advogado adverso, que fixo em R$ 1.000,00 (um mil reais), nos termos do art. 20, § 4º, do CPC.
Sentença não sujeita a reexame necessário, vez que o valor da condenação (ano) não supera 60 salários (art. 475, § 2º, do CPC).
Presentes os requisitos do art. 461, § 3º, do CPC, concedo tutela antecipada em prol do autor, diante do risco de dano à vida em caso de se esperar o julgamento do recurso pelo Tribunal. Intime-se para cumprimento da sentença, sob as penas supra, no prazo de 10 dias.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
EXERCÍCIO 07.
O requerente pretende rescindir o contrato de compra e venda do imóvel com o requerido, ser reintegrado na posse e receber indenização de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de perdas e danos. Julgar procedente o 1º e 2º pedido e improcedente o 3º. Nenhuma das partes é beneficiária da Justiça gratuita.
RESPOSTA 07.
Posto isso: a) JULGO PROCEDENTE o pedido de rescisão do contrato de compra e venda, decretando-a; b) JULGO PROCEDENTE o pedido de reintegração de posse, determinando a desocupação do imóvel em 10 dias, sob pena de desocupação forçada; e c) JULGO IMPROCEDENTE o pedido de perdas e danos; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Condeno o requerido ao pagamento de 66,6% das despesas processuais e honorários do advogado adverso, que fixo em 10% do valor da atualizado da causa. O restante da sucumbência fica carreada ao autor.
[Ou]
Posto isso, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE os pedidos para: a) rescindir o contrato celebrado entre as partes; e b) determinar a reintegração do autor na posse da imóvel, o que será feito em 10 (dez) dias; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Condeno o requerido ao pagamento de 66,6% das despesas processuais e honorários do advogado adverso, que fixo em 10% do valor da atualizado da causa. O restante da sucumbência fica carreada ao autor.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito
AULA 10 - RESPONSABILIDADE CIVIL ESPÉCIES E GENERALIDADE DE DIREITO MATERIAL
(classificações, espécies e particularidades de direito material)
(REGIME PARCIALMENTE DIVERSO QUANDO A FAZENDA PÚBLICA FOR PARTE)
1. Grande divisão entre responsabilidade civil contratual (regramento: contratos + CDC) X responsabilidade civil Aquiliana ou extracontratual (regramento: arts. 186 e 927 a 943 e 944 a 954 do CC)
2. Particularidades (lembretes)
a. Responsabilidade civil independentemente de culpa (art. 927, parágrafo único, do CC)
i) Especificado em lei. Ex.: Art. 33, §6º da CF; Art. 12 e ss do CDC.
ii) Atividades com riscos inerentes ; energia nuclear
b. Responsabilidade civil por fato de terceiro (art. 932 CC) (direito regresso 934 CC)
c. Responsabilidade civil do dono ou detentor do animal (art. 936 do CC)
d. Responsabilidade civil do dono do edifício ou do morador, respectivamente, pela ruína ou coisas lançadas (art. 937 e 938 CC)
e. Responsabilidade por cobrança de dívida já paga ou a maior (art. 940 CC e 42, parágrafo único, do CDC)
O STJ entende que a aplicação ( ) são aplicáveis independentemente de reconvenção ou pedido contraposto.
f. Responsabilidade solidária de todos os causadores do dano (art. 942 CC)
No dispositivo tem que condenar todos.
AULA 11 - RESPONSABILIDADE CIVIL QUANTIFICAÇÃO DO DANO MATERIAL I
QUANTIFICAÇÃO DO DANO MATERIAL
1. Prejuízo real e efetivo (perdas e danos) – necessariamente ter prova da ocorrência e do dano (que não pode ser estimado)
2. Lucros cessantes (além dos danos emergentes – o que se perdeu com o evento -, admite-se a indenizabilidade dos lucros não auferidos): admite-se que a valoração ou quantificação desses lucros seja feita oportunamente, através de liquidação de sentença (art. 946 do CC).
3. Dano material pela perda de uma chance 
a. Trata-se de dano material (e não moral)
b. STJ: AgRG no Resp. 1.220.911-RS, Resp. 1.079.185-MG, Resp. 1.190.180-RS, Resp. 821.004-MG e Resp. 1.254.141-PR
c. A jurisprudência tem admitido a fixação do dano material pela perda de uma chance, mas desde que observado o seguinte:
i) que a probabilidade de êxito da chance perdida fosse real;
ii) valor do dano indenizável será necessariamente menor do que se a chance não tivessesido perdida e tivesse sido concretizada.
AULA 12 - RESPONSABILIDADE CIVIL QUANTIFICAÇÃO DO DANO MATERIAL II
4. Pensão no caso de morte ou invalidez (art. 948 e 951 do CC) (STJ: Resp. 970.640-MG, Resp. 1.137.708-RJ, Resp. 1.101.213-RJ, Resp. 1.155.739-MG e Resp. 1.045.775-ES).
4.1. Base de cálculo: sempre com base no salário do falecido / inválido, ou, se não houver, salário mínimo:
i) se for invalidez: a vítima recebe salário integral;
ii) se for morte, os sucessores receberão 2/3 da remuneração do falecido.
ATENÇÃO 1: ambos os casos aplica-se a súmula 490 STF.
ATENÇÃO 2: o recebimento da pensão do causador do dano independe do recebimento de pensão previdenciária pela vítima / sucessores.
4.2. Termo inicial do pensionamento: data óbito ou invalidez
4.3. Termo final do pensionamento:
4.3.1. Invalidez: até o óbito do pensionado
4.3.2 Morte do genitor: filho/a recebe pensão (2/3 remuneração) até quando completarem 25 anos, salvo se deficientes (para sempre)
4.3.3. Morte do cônjuge / companheiro: cônjuge / companheiro sobrevivente recebe (2/3 remuneração) até os 65 anos da vítima ou expectativa de vida do IBGE
4.3.4. Morte do filho que custeava (ainda que parcialmente) as despesas do lar: genitores recebem 2/3 remuneração até quando a vítima completasse 25 anos; após reduzindo-se de 1/3 à metade até que vítima completasse 65 anos ou expectativa de vida do IBGE.
4.4. DIREITO DE ACRESCER (Art. 1941 a 1946 do CC por analogia) 
Direito dos pensionados sobejantes (restantes) acrescerem à sua pensão a parte do pensionado que deixa de recebê-la por conta de óbito ou completar 25 anos.
Vale a pena declarar esse direito na sentença.
4.5. Dever de o pensionante constituir capital para garantir o pensionamento (art. 475-Q do CPC)
Observação geral: A vinculação ao Salário-Mínimo é uma exceção a proibição da Constituição.
AULA 13 - RESPONSABILIDADE CIVIL QUANTIFICAÇÃO DO DANO MORAL I
Dano moral – Intimamente ligado a ofensa a direito da personalidade (honra, privacidade, dignidade)
QUANTIFICACAÇÃO DO DANO MORAL
Existem dois métodos.
1º Método: Critério bifásico (STJ)
1ª Fase 
Fixa-se um valor indenizatório fixado jurisprudencialmente em casos de mesma (tabela do STJ);
2ª Fase
Verificam-se as particularidades do caso concreto (intensidade do dano, a capacidade econômica das partes, o comportamento da vítima e do causador do dano, etc) para aumentar ou diminuir o valor da indenização.
	Tabela de indenização por danos morais com base na jurisprudência do STJ
	EVENTO
	2º GRAU
	STJ
	PROCESSO
	Recusa em cobrir tratamento médico-hospitalar (sem dano à saúde).
	R$ 5 mil
	R$ 20 mil
	Resp 986947
	Recusa em fornecer medicamento (sem dano à saúde) 
	R$ 100 mil
	10 S.M.
	Resp 801181
	Cancelamento injustificado e vôo.
	100 S.M. 
	R$ 8 mil
	Resp 740968
	Compra de veículo com defeito de fabricação; problema resolvido dentro da garantia.
	R$ 15 mil
	Não há dano
	Resp 750735
	Inscrição indevida em cadastro de inadimplente
	500 S.M.
	R$ 10 mil
	Resp 1105974
	Revista íntima abusiva
	Não há dano
	50 S.M.
	Resp 856360
	Omissão da esposa ao marido sobre a verdadeira paternidade biológica das filhas
	R$ 200 mil
	Mantida
	Resp 742137
	Morte após cirurgia de amígdalas
	R$ 400 mil
	R$ 200 mil
	Resp 1074251
	Paciente em estado vegetativo por erro médico
	R$ 360 mil
	Mantida
	Resp 853854
	Estupro em prédio público
	R$ 52 mil
	Mantida
	Resp 1060856
	Publicação de notícia inverídica
	R$ 90 mil
	R$ 22.500 
Variável
	Resp 401358
	Preso erroneamente
	Não há dano
	R$ 100 mil
	Resp 872630
	Morte de filho dentro de escola pública
	R$ 15 mil
	300 S.M.
	Resp 860708
	Morte de filho / irmão por policial militar
	R$ 100 mil por pai e R$ 50 mil por irmão
	Mantida
	Resp 932001
	Paraplegia causada por motim carcerário
	1300 S.M.
	600 S.M.
	Resp 604801
	Morte do filho no parto / berçário
	
	250 S.M.
	Ag 437968
	Filho com sequelas cerebrais por negligência no parto / berçário.
	
	600 S.M.
	Resp 1024693
AULA 14 - RESPONSABILIDADE CIVIL QUANTIFICAÇÃO DO DANO MORAL II
2º MÉTODO (Tradicional – Doutrinário) 
Melhor para casos em que ainda não houve pronunciamento jurisprudencial a respeito do valor indenizatório por danos morais.
Estabelece que o valor da indenização deva ser fixado atendendo a duas finalidades:
1ª – Reparar o dano para minimizar a dor da vítima (caráter indenizatório)
2ª – Punir o ofensor, para que o fato não (caráter pedagógico) (Eu fixaria em 3 vezes o rendimento mensal do ofensor)
ATENÇÃO: Cuidado para não gerar enriquecimento ilícito!
OBSERVAÇÕES FINAIS SOBRE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
1. Dano moral reflexo ou por ricochete (STJ, REsp. 1.101.213-RJ e REsp. 1.208.949-MG). Na fixação da indenização reflexa o valor deve ser, necessariamente, menor do que o da vítima direta.
2. Dano estético (Súmula 387, STJ admite a reparação autônoma do dano moral e do dano estético) (STJ, REsp. 705.457-SP).
O dano estético tem que estar claramente separado do dano moral.
3. Dano social (punitive damages) : É o tema da moda. Único objetivo do dano social é o punitivo (diferente do dano moral, que também tem caráter reparatório). Casos de conduta exemplarmente negativas, o juiz poderia fixa-lo, mesmo de ofício, destinando o valor para pessoa diversa da vítima / sucessores (Ex.: Hospital, Entidade Beneficente, etc.)
AULA 15 - CORREÇÃO MONETÁRIA NAS AÇÕES CONTRA PARTICULARES
CORREÇÃO MONETÁRIA NAS AÇÕES CONTRA PARTICULARES
1. Pode ser aplicada mesmo de ofício.
2. Existe uma lei que disciplina a Correção monetária. Lei 6.889/91.
3. A taxa SELIC já embute correção monetária e juros
4. Se for aplicar comissão de permanência (contratos bancários) também embute correção monetária e juros.
	TABELA DE CORREÇÃO MONETÁRIA
(responsabilidade civil contra particulares)
	MODALIDADE
	TERMO INICIAL
	FUNDAMENTO
	PERCENTUAL
	Dano material (ato ilícito)
	Data do efetivo prejuízo (data do evento)
	Súmula 43 do STJ
	Tabela pratica *
	Dano material (ato lícito) [ RARO]
	Data da configuração da mora (geralmente a citação)
	Art. 389 do CC.
	Tabela pratica *
	Dano moral
	Data do arbitramento do valor (Sentença ou Acórdão)
	Súmula 362 do STJ
	Tabela pratica *
Observações:
* Estas tabelas já incluem os índices de correção monetária reconhecidos como devidos pelo STJ, em virtude de plano econômicos (manual de cálculos da Justiça Federal).
** Em geral as partes já atualizam o dano material até o ajuizamento da ação.
*** Se aplicada a SELIC como índice de juros, não pode aplicar correção monetária, pois a SELIC já embute correção monetária e juros.
Súmula n. 35 do STJ 
Incide correção monetária sobre as prestaçoes pagas, quando de sua restituicão, em virtude da retirada ou exclusão do participante de plano de consórcio.
Súmula n. 43 do STJ
Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo prejuízo (dano material)
Súmula n. 362 do STJ
A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento.
AULA 16 - JUROS DE MORA NAS AÇÕES CONTRA PARTICULARES
Juro é o fruto civil do capital.
Existem 2 (duas ) classificações para o juros e as duas se misturam.
1ª – Quanto ao objeto
a) Juros moratórios: Servem para indenizar o atraso no pagamento
b) Juros remuneratórios ou compensatórios: Servem para remunerar a cessão do capital
2ª – Quanto à previsão
a) Juros legais: São os juros previstos e fixados por lei.
b) Juros contratuais ou convencionais: São os juros previstos e fixados no contrato.
1.0. JUROS MORATÓRIOS LEGAIS
	TABELA DE JUROS DE MORA LEGAIS
(responsabilidade civil contra particulares)
	MODALIDADE
	TERMO INICIAL
	FUNDAMENTO
	MONTANTE
	Responsabilidade contratual
	Se a obrigação for certa e líquida:
VENCIMENTO
	Art. 397, CC
	Antes do CC de 2002 – 0,5% ao mês.
	
	Se a obrigação for sem prazo assinalado ou ilíquida:
CITAÇÃO OU CONSTITUIÇÃO DO DEVEDOREM MORA POR OUTRA VIA
	Art. 397, parágrafo único e art. 405, ambos do CC.
	Depois do CC de 2002 – 1% ao mês (Art. 406, CC c/c art. 161, CTN)
Ou SELIC ***
	Responsabilidade contratual
(Dano material ou moral).
	DATA DO FATO
	Art. 398, CC e Súmula 54, STJ *.
	Antes do CC de 2002 – 0,5% ao mês.
	
	
	
	Depois do CC de 2002 – 1% ao mês (possibilidade de aplicação de juros compostos – Súmula 186, STJ)**.
Ou SELIC ***
* Há um precedente do STJ, por ora isolado, contrário à aplicação da Súmula 54 do STJ para fins de incidência dos juros de mora nas indenizações por danos morais, verbis: “(...) Por fim, entendeu que, em se tratando de dano moral, os juros moratórios devem fluir , assim como a correção monetária, a partir da data do julgamento em que foi arbitrado em definitivo o valor da indenização. A data da sentença de mérito (setembro de 2004) é, pois, o termo inicial dos juros de mora e, no tocante aos danos materiais, mesmos ilíquidos, devem os juros incidir a partir da citação. Diante dessa razoes, entre outras, a Turma conheceu parcialmente do recurso do hospital, mas, na parte conhecida, negou-lhe provimento e conheceu do recurso do autor, provendo-o parcialmente, vencido parcialmente o Min. Luis Felipe Salomão quanto ao termo inicial dos juros de mora, que considera ser a data do ato ilícito (REsp 903.258-RS, 4ª T, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 21/06/2011. Informativo 478).”.
** Nas relações entre particulares (fora do regime de precatórios) os juros são capitalizáveis anualmente, na forma da lei de Usura. Não se aplica a Lei e Usura ( e os limites de juros remuneratórios) às instituições financeiras (inclusive operadoras de cartão de crédito), que, inclusive podem capitalizá-lo mensalmente, desde que haja previsão contratual expressa (MP 2.170-26/2001, com vigência perenizada por força do art. 2º da Emenda Constitucional n. 32, de 12/09/2001).
*** A taxa de juros moratórios a que se refere o art. 406 do Código Civil de 2002, segundo precedente da Corte Especial (EREsp 727.842-SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Corte Especial, julgado em 08/09/2008), é a SELIC, não sendo possível cumulá-la com correção monetária, porquanto já embutida em sua formação. Mas esse tema ainda é controvertido no âmbito do próprio STJ, pendendo nova apreciação no âmbito da Corte Especial (REsp. 1.081.149-RS).
2.0. JUROS COMPENSATÓRIOS OU REMUNERATÓRIOS
2.1. JUROS COMPENSATÓRIOS OU REMUNERATÓRIOS LEGAIS
Baseados nos art. 677, CC; art. 869, CC e no art. 2º da Lei 8.088/90 (Lei da Poupança)
2.2. JUROS COMPENSATÓRIOS / REMUNERATÓRIOS CONTRATUAIS / CONVENCIOANIS
De acordo com a Lei de Usura (Decreto 22.626/33), só é permitido convencionar juros até o dobro da taxa legal de juros de mora (2% ao mês ou 2 X SELIC ).
ATENÇÃO:
1. Essa limitação não se aplica as instituições financeiras (Súmula 596, STF e Súmula 283, STJ).
2. Os juros remuneratórios, como regra, só podem ser capitalizados anualmente (Súmula 121, STF), salvo para as instituições financeiras, que podem capitalizá-los mensalmente, desde que isso seja expressamente pactuado (MP 2.170-26/2001).
AULA 17 - RESPONSABILIDADE CIVIL - CORREÇÃO E JUROS MODELOS DE DISPOSITIVOS
RESPONSABILIADDE CIVIL
MODELO 16 – DISPOSITIVO 11 - DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA COMBINADA COM DANO MORAL POR INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SPC.
(responsabilidade civil contratual)
Posto isso, JULGO PROCEDENTES os pedidos para: a) DECLARAR inexistente a dívida objeto do lançamento de fls., com ordem de exclusão imediata do nome do autor do rol de maus pagadores; e b) CONDENAR a requerida a pagar ao autor a quantia de R$ 8.000,00 (oito mil reais) a título de danos morais, corrigida monetariamente pela tabela prática do Tribunal de Justiça desde a presente data [Súmula 362, STJ], e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação [art. 406, CC c/c art. 219, CPC); e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 269, I do Código de Processo Civil. Condeno a requerida ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados em 15 % do valor da condenação.
Oficie-se ao SCPC que exclua o nome do autor do rol de maus pagadores pelo lançamento apontado no extrato de fls. 60.
R.P.I.
Local e data
Juiz Substituto
MODELO 17 – DISPOSITIVO 12 – INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRÂNSITO.
(responsabilidade civil extracontratual + ilícito)
Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido CONDENANDO o requerido ao pagamento de indenização por danos materiais ao autor no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a ser corrigido monetariamente e juros de mora pela SELIC desde a data do ilícito [Súmulas 43 e 54, STJ]; e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 269, I do Código de Processo Civil. Condeno o demandado ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios da parte adversa, que fixo em 10 % do valor da condenação.
R.P.I.
Local e data
Juiz Substituto
MODELO 18 – DISPOSITIVO 13 - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COMBINADA COM PENSÃO DECORRENTE DE EVENTO COM VÍTIMA FATAL.
(responsabilidade civil extracontratual + ilícito)
Posto isso, JULGO PROCEDENTES os pedidos CONDENANDO os requeridos a solidariamente [art. 942, CC]: a) pagar 200 (duzentos) salários-mínimos R$ 124.000,00 (cento e vinte e quatro mil reais) - 100 (cem) salários-mínimos para a viúva R$ 62.200,00 (sessenta e dois mil e duzentos reais) e 50 (cinquenta) salários-mínimos para cada um dos filhos R$ 31.100,00 (trinta e um mil e cem reais) - a título de dano moral, corrigida monetariamente pela tabela prática do Tribunal de Justiça desde a presente data [Súmula 362, STJ], e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a data do óbito [Súmula 54, STJ]; b) pagar aos autores pensão mensal – inclusive 13º salário, desde a data do óbito, no valor de R$ 418,66 (quatrocentos e dezoito reais e sessenta e seis centavos), correspondentes a 76,72% do salário-mínimo para fins de atualização das prestações vincendas [Súmula 490, STF], valor este, que será devido aos filhos autores até que eles completem 25 anos de idade, e à autora esposa, até a data em que o falecido completaria 70 anos de idade, preservado o direito de acrescer ao beneficiário supérsite; c) pagar os valores vencidos a título de pensão no curso desta ação, que deverão ser pagos de uma vez com correção monetária e juros de mora pela SELIC desde a data do óbito [Súmulas 43 e 54, STJ]; d) constituir capital cuja renda assegure o pagamento mensal do valor ora fixado, na forma do art. 475-Q do Código de Processo Civil; e e) pagar integralmente as despesas processuais e honorários advocatícios fixados em 10 % do valor da condenação a título da dano moral mais 12 prestações alimentares; e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 269, I do Código de Processo Civil. 
R.P.I.
Local e data
Juiz Substituto
AULA 18 - SUCUMBÊNCIA I
1.0. Regra geral: Princípio ou rega da CAUSALIDADE ( Súmula 303, STJ)
Aquele que deu causa ao ajuizamento da ação, ainda que vencedor, responde pela sucumbência.
2.0. Conteúdo (art. 20, CPC) 2 (dois) tipos de verbas:
a) Despesas processuais antecipadas (custas, preparo recursal, porte de remessa e retorno, viagem e diária de testemunhas, perícia, etc.) ou não (perícia pendente de pagamento); 
b) Honorários do advogado da parte vencedora, inclusive em causa própria.
ATENÇÃO: Destinatário dos honorários conforme art. 20, CPC é a parte, mas conforme EOAB é o advogado, esse último entendimento é o que prevalece. 
3.0. Honorários: Critérios e fixação e base de cálculo (art. 20, §§ 3º e 4º, CPC).
a) PROCEDENTE ou PARCIALMENTE PROCEDENTE nas sentenças condenatórias de PAGAR: de 10% a 20 % do valor da condenação cálculo (art. 20, § 3º, CPC).
b) PROCEDENTE ou PARCIALMENTE PROCEDENTE nas sentenças condenatórias de PAGAR contra a FAZENDA PÚBLICA ou VALOR IRRISÓRIO: a fixação é equitativa (art. 20, §4º, CPC) (fixação em reis, ou em percentual inferior a 10 % do valor da condenação, etc).
ATENÇÃO : ALTERADORADICALMENTE COM O NOVO CPC.
c) TODAS AS DEMAIS ( improcedente , procedente e parcialmente procedente) que vinculem pretensões declaratórias, constitutivas ou condenatórias de fazer, não fazer e dar : De 10% a 20% do valor atualizado da causa. Razão: Não tem condenação em dinheiro.
4.0. SUCUMBÊNCIA MÍNIMA (art. 21, parágrafo único, CPC) : É lícito ao juiz carear toda a sucumbencia à parte que foi vencida quase na totalidade.
AULA 19 - SUCUMBÊNCIA II
5.0. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA (art. 21, CPC)
A fixação da sucumbência se fará de modo proprocional ao decaimento do pedido.
Súmula nº 306, STJ: Os honorários advocatícios devem ser compensados quando houver sucumbência recíproca, assegurado o direito autônomo do advogado à execução do saldo sem excluir a legitimidade da própria parte.
ATENÇÃO: NÃO PODE MAIS DE ACORDO COM O NOVO CPC.
6.0. SUCUMBÊNCIA DANOS MORAIS- SÚMULA n. 326, STJ
Não há sucumbência em casos de fixação e indenização por danos morais abaixo da pretendida.
SÚMULA n. 326, STJ: Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca.
7.0. SUCUMBÊNCIA EM LITISCONSÓRCIOS – art. 23, CPC.
Não há condenação solidária, mas sim rateio proporcional.
8.0. DEFINIÇÃO DO VALOR DOS HONORÁRIOS EM CASOS DE PENSIONAMENTO
A partir da interpretação do art.260, CPC entende-se que os honorários incidem sobre o valor principal DEVIDO (dano material, dano moral e pensões vencidas) mais o somatório de um ano, 12 (doze) meses, das pensões vincendas.
9.0. JUSTIÇA GATUITA – ART. 12 DA LEI 1060/50
Exsitem duas posições:
1ª É a posição da justiça federal (TRF). Acredita que o art. 12 da lei 1.060/50 é incompatível com o CPC/73, que não admite condenação condicional, de modo que o vencido não é condenado na sucumbência. 
2ª É a posição da justiça estadual (TJ) e do STF (RE514.451-RN). Acredita que o art. 12 da lei 1.060/50 é compatível com o CPC/73, de modo que os beneficiários da justiça gratuita são condenados na sucumbência, com a resalva do o art. 12 da lei 1.060/50.
ATENÇÃO : VER O NOVO CPC.
MODELO 19 – DISPOSITIVO 14 - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS PARCIALMENTE ACOLHIDA.
 (Valor menor do que o pedido) (sem justiça gratuita)
(responsabilidade civil contratual)
Posto isso, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para condenar a requerida a pagar ao autor a quantia de R$ 6.220,00 ( seis mil e duzentos e vinte reais) a título de danos morais , corrigida monetariamente pela tabela prática do Tribunal de Justiça desde a presente data [Súmula 362,STJ], acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação [art. 406, CC c/c art. 219, CPC]; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I do Código de Processo Civil. Nos termos da Súmula 326 do STJ, condeno exclusivamente a requerida ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados em 15% do valor da condenação.
R.P.I.
Local e data
Juiz Substituto
MODELO 20 – DISPOSITIVO 15 - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS PARCIALMENTE ACOLHIDA.
(sucumbência recíproca) (com justiça gratuita)
Posto isso, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para condenar a requerida a pagar ao autor a quantia de R$ 5.100,0 (cinco mil e cem reais) a título de danos materiais, corrigida monetariamente pela tabela prática do Tribunal de Justiça desde a data do inadimplemento, e acrescida de juros de mora de 1 % ao mês desde a citação [art. 406, CC c/c art. 219, CPC]; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I do Código de Processo Civil. Por sucumbentes em igual proporção, cada parte arcará com a honorária de seu advogado, sendo as despesas partilhadas à metade, observado quanto ao autor o que consta do art. 12 da Lei 1.060/20.
R.P.I.
Local e data
Juiz Substituto
MODELO 21 – DISPOSITIVO 16 - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS PARCIALMENTE ACOLHIDA.
(sucumbência mínima) (sem justiça gratuita)
Posto isso, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para condenar a requerida a pagar ao autor a quantia de R$ 5.000,0 (cinco mil reais) a título de danos materiais, corrigida monetariamente pela tabela prática do Tribunal de Justiça desde a data do inadimplemento, e acrescida de juros de mora de 1 % ao mês desde a citação [art. 406, CC c/c art. 219, CPC]; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I do Código de Processo Civil. Por ser o autor sucumbente em parte mínima do pedido, condeno exclusivamente o demandado ao pagamento da totalidade das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.
R.P.I.
Local e data
Juiz Substituto
AULA 20 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
EXERCÍCIO 1.
Juiz condena o réu ao pagamento de R$ 100.000,00 a título de danos morais por ofensa a honra, oriunda de briga de trânsito. O polo ativo havia pedido R$ 500.000,00. O requerido é beneficiário da justiça gratuita 
(DANO MORAL – DATA DA FIXAÇÃO – SÚMULA 362 DO STJ) (RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL – JUROS DE MORA DESDE O EVENTO/ILÍCITO)
RESPOSTA 1.
Posto isso [ante o exposto], julgo parcialmente o pedido [acolho parcialmente o pedido], condenando o requerido a pagar ao autor a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a título de danos morais, em valor corrigido monetariamente pela tabela prática desde a presente data (súmula 362 do STJ) e com juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento (súmula 54 STJ), e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Condeno o requerido, exclusivamente [súmula 326 STJ], ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% do valor da condenação, observado o que consta do art. 12 da Lei 1.060/50.
P.R.I. Local e data
Juiz de Direito (Substituto)
EXERCÍCIO 2.
Juiz condena o réu ao pagamento de R$ 50.000,00 ao autor a título de danos materiais, em vista do inadimplemento de um contrato de franquia. O autor havia pedido R$ 100.000,00. Partes não beneficiárias da Justiça gratuita.
(DANO MATERIAL) (RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL – NÃO HAVENDO PRAZO DE VENCIMENTO DA OBRIGAÇAÕ ILÍQUIDA – JUROS MORA DESDE A CITAÇÃO) (CORREÇÃO MONETÁRIA É DESDE O INADIMPLEMENTO – ATO ILÍCITO)
RESPOSTA 2.
Posto isso [ante o exposto], julgo parcialmente procedente [acolho parcialmente] o pedido, condenando o requerido a pagar ao autor a título de danos materiais, a quantia de R$ 50.000,00, corrigidos monetariamente pela tabela prática desde o inadimplemento, e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Sucumbente em igual proporção, cada parte arcará com a honorária de seu advogado, sendo as despesas partilhadas a meio.
P.R.I. Local e data
Juiz de Direito (substituto) (Juiz Federal)
EXERCÍCIO 3.
Juiz condena os requeridos A e B, responsáveis pelo assassinato do esposo da autora, ao pagamento em favor da viúva de danos morais de R$ 50.000,00, danos materiais de R$ 30.000,00, lucros cessantes a ser apurado em liquidação por artigos, bem como ao pensionamento devido com base no salário mínimo (a vítima não tinha renda, era desempregada). A autora havia pedido R$ 100.000,00 a título de danos morais e R$ 100.000,00 a título de danos materiais. O requerido A é beneficiário da justiça gratuita.
(RESPONSBAILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL) (ATO ILÍCITO)
RESPOSTA 3.
Posto isso [ante o exposto], julgo parcialmente procedentes os pedidos para condenar os requeridos (A e B), solidariamente [art. 942 do CC]: a) a pagar a quantia de R$ 50.000,00 a título de danos morais, corrigidos monetariamente pela tabela prática desde a presente data [súmula 362 do STJ] e com juros de mora de 1% ao mês desde do óbito da vítima [súmula 54 do STJ]; b) a pagar a quantia de R$ 30.000,00 de danos materiais, corrigidos monetariamente e com juros de mora de 1% ao mês [ou pela SELIC] desde a data do óbito [súmulas 43 e 54 do STJ]; c) a pagar lucros cessantes à autora, a serem fixados em sede de liquidação desentença por artigos [art. 475-A e ss. do CPC]; d) a pagar pensão mensal – inclusive 13º salário - no valor de 2/3 do salário-mínimo [súmula 490 STF] desde a data do óbito e até a expectativa de vida da vítima pelo IBGE [75 anos]; e) a pagar as pensões vencidas no curso desta ação, os quais deverão ser pagos de uma só vez em valores corrigidos monetariamente desde o vencimento de cada prestação e juros de mora de 1% ao mês desde a data do óbito [súmula 54 do STJ]; f) a constituir capital cuja renda assegure o pagamento mensal do valor ora fixado a título de pensão [art. 475-Q do CPC]; e g) a pagar 80% das despesas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% do valor total da condenação mais 12 prestações alimentares, observado quanto ao requerido A, o que consta do art. 12 da Lei 1.060/50, sendo os outros 20% da sucumbência carreados à autora; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito.
AULA 21 - RECONVENÇÃO E PEDIDO CONTRAPOSTO
1.0. RECONVENÇÃO
É uma ação contraposta – autônoma (art. 317, CPC). São duas ações / relações jurídicas processuais em 01 um único processo.
A sentença terá 2 (dois) dispositivos com 2 (duas) sucumbências distintas (ação e reconvenção).
Regra geral: A reconvenção é a maneira do réu se defender do que esta sendo pedido e de pedir contra o autor nas ações que seguem o RITO ORDINÁRIO.
2.0. PEDIDO CONTRAPOSTO
Não é uma ação. É apenas um pedido contraposto sem autonomia. É feito na própria contestação e a extinção da ação acarreta a extinção do pedido contraposto.
Uma única ação / relação jurídica processual.
Uma sentença com apenas um único dispositivo e uma única sucumbência.
Só é cabível o pedido contraposto quando houver autorização legal expressa.
Existe no procedimento sumário (art. 278, §1º, CPC) e nos juizados especiais cíveis (art. 31 da Lei 9.099/95).
3.0. AÇÃO DÚPLICE
Nada mais é do que uma hipótese e m que, por conta do direito material em debate, a simples negativa do direito do autor implica no reconhecimento do direito do réu e que, portanto receberá a tutela – TÍTULO EXECUTIVO – independentemente do pedido. Exemplos: 
a) Consignação em pagamento – art. 898, §2º, CPC.
b) Prestação de contas – art. 918, CPC.
O dispositivo é semelhante ao do pedido contraposto.
4.0. A QUESTÃO DO PAGAMENTO DA DOBRA (ART. 940, CC E ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO, CDC)
O STJ pacificou o entendimento de que não precisa de reconvenção / pedido contraposto para o exercício deste direito, que pode ser requerido por qualquer via (contestação, embargos, petição separada, etc).
TEM QUE PEDIR, não imposta como, pois o juiz não pode conceder de ofício.
MODELO nn – DISPOSITIVO NN – RECONVENÇÃO – AÇÃO IMPROCEDENTE E RECONVENÇÃO PROCEDENTE
Posto isso [ante o exposto], quanto à ação, JULGO IMPROCEDENTE [REJEITO] o pedido do autor, e assim o faço com resolução de mérito com fundamento no artigo 269, I, do CPC. Condeno o autor ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% do valor atualizado da causa.
Já quanto à reconvenção, JULGO PROCEDENTE o pedido do réu / reconvinte e condeno o autor / reconvindo ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), em quantia a ser corrigida monetariamente pela tabela prática do Tribunal de Justiça desde o ajuizamento e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação, e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o autor / reconvindo ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10 % do valor da condenação.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito.
MODELO nn – DISPOSITIVO NN – RECONVENÇÃO – AÇÃO PROCEDENTE E RECONVENÇÃO PROCEDENTE
Posto isso [ante o exposto], quanto à ação, JULGO PROCEDENTE [ACOLHO] o pedido do autor, e condeno o réu / reconvinte ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), em quantia a ser corrigida monetariamente desde o ajuizamento e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação, e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o autor / reconvindo ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10 % do valor da condenação.
Já quanto à reconvenção, JULGO PROCEDENTE o pedido do réu / reconvinte e condeno o autor / reconvindo ao pagamento de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), em quantia a ser corrigida monetariamente desde o ajuizamento e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação, e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o autor / reconvindo ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10 % do valor da condenação.
Fica autorizada a compensação dos valores reciprocamente reconhecidos como devidos.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito.
MODELO nn – DISPOSITIVO NN – PEDIDO CONTRAPOSTO 
Posto isso [ante o exposto]: a) JULGO PROCEDENTE [ACOLHO] o pedido do autor, e condeno o requerido ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), em quantia a ser corrigida monetariamente desde o ajuizamento e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e b) JULGO IMPROCEDENTE [REJEITO] o pedido contraposto, e assim o faço com resolução de mérito com fundamento no artigo 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10 % do valor da condenação.
[ IGUAL A QUANDO HÁ PEDIDOS CUMULADOS]
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito.
AULA 22 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
EXERCÍCIO 1.
Juiz julga improcedente o pedido do autor que pede condenação ao réu ao pagamento de R$100.000,00. O demandado oferta contestação e reconvenção, em que pede a rescisão do contrato celebrado com o autor e a condenação dele em danos materiais no importe de R$50.000,00. Juiz julgou procedente a reconvenção e rescindiu o contrato entre ambos, rejeitando o pedido de danos materiais. (RESPONSABILIDADE CIVIL E RESCISÃO DE CONTRATO – CONTRATUAL) (DANO MATERIAL)
RESPOSTA 1.
Posto isso [ante o exposto], quanto à ação, JULGO IMPROCEDENTE o pedido, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Condeno o autor ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% do valor atualizado da causa.
Já quanto à reconvenção: a) JULGO PROCEDENTE o pedido de rescisão de contrato, decretando-a; e b) JULGO IMPROCEDENTE o pedido de indenização por danos materiais; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Sucumbentes em igual proporção, cada parte arcará com a honorária de seu advogado, sendo as despesas da reconvenção partilhadas a meio.
OU
Já quanto à reconvenção, julgo-a parcialmente procedente, decretando a rescisão do contrato celebrado entre as partes; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Sucumbentes em igual proporção, cada parte arcará com a honorária de seu advogado, sendo as despesas da reconvenção partilhadas a meio.
P.R.I.
Local e data
Juiz Substituto.
EXERCÍCIO 2.
Em ação de indenização por acidente de trânsito processada pelo rito sumário, o juiz entendeu que o culpado pelo acidente foi o autor, julgando improcedente o pedido da ação (R$ 17.000,00 a título de danos materiais), mas acolhendo o pedido contraposto formulado pelo requerido, que requereu a condenação do autor ao pagamento de R$ 5.000,00 por danos materiais. Partes não beneficiárias da justiça gratuita.
RESPOSTA 2.
Posto isso: a) desacolho [JULGO IMPROCEDENTE] o pedido do autor; e b) acolho [JULGO PROCEDENTE] o pedido contraposto do requerido, condenando o autor ao pagamento de R$ 5.000,00 a título de danos materiais, em valores que serão corrigidos monetariamente e acrescidos de juros de mora pela SELIC (1% o mês) desde a data do acidente [súmulas 43 e 54 do STJ]; e assim faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Condeno autor ao pagamentodas despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 20% do valor da condenação.
P.R.I.
Local e data.
Juiz de Direito
EXERCÍCIO 3.
Juiz julga procedente a ação, condenando o requerido a pagar ao autor a quantia de R$ 50.000,00 a título de danos materiais (prejuízos sofridos) e R$ 100.000,00 por danos morais, isso em vista do descumprimento, pelo polo passivo, de contrato de representação comercial. O autor havia pedido, respectivamente, R$ 100.000,00 (danos materiais) e R$ 200.000,00 (danos morais). Julgou, também, procedente a reconvenção, para condenar o autor/reconvindo a indenizar o requerido/reconvinte pela quantia de R$ 30.000,00 a título de danos morais (a parte havia pedido R$ 200.000,00), rejeitando o pedido de indenização por danos materiais. O requerido/reconvinte é beneficiário da justiça gratuita.
RESPOSTA 3.
Posto isso, quanto à ação, julgo parcialmente procedentes os pedidos para: a) condenar o requerido/reconvinte a pagar ao autor a quantia de R$ 50.000,00 a título de danos materiais, em valores corrigidos monetariamente desde o inadimplemento e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e b) condenar o requerido/reconvinte a pagar ao autor a quantia de R$ 100.000,00 a título de danos morais, em valores que serão corrigidos monetariamente desde a presente data e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Por sucumbente em maior parte, condeno o requerido/reconvinte ao pagamento de 75% das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% do valor da condenação, observado o que consta do art. 12 da Lei 1.060/50. Os outros 25% são carreados ao autor. 
Já quanto à reconvenção: a) julgo parcialmente procedente o pedido de indenização por danos morais, condenando o autor/reconvindo ao pagamento de R$ 30.000,00, em valores corrigidos monetariamente desde a presente data, e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e b) JULGO IMPROCEDENTE o pedido de indenização por danos materiais; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC. Sucumbentes em igual proporção, cada parte arcará com a honorária de seu advogado quanto a reconvenção, sendo as despesas dela partilhadas a meio, observado o que consta do art. 12 da Lei 1.060/50, no tocante ao requerido/reconvinte.
Fica autorizada a compensação dos valores supra estabelecidos.
P.R.I.
Local e data
Juiz de Direito.
AULA 23 - LITISCONSÓRCIO
1.0. CLASSIFICAÇÃO ???
2.0. SUCUMBÊNCIA ???
SITUAÇÕS ESPECIAIS
1.0. Art. 1698 do Código Civil - Ação e alimentos avoengos
Só é cabível quando estiver cabalmente comprovada a incapacidade de os genitores custearem o infante.
O STJ entende que há litisconsórcio necessário e simples entre todos os avós (paternos e maternos) , ou seja, seus próprios pais . (Parentes do mesmo grau)
2.0. LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO entre credor / exequente e devedor que indicou os bens à penhora, nos embargos de terceiros.
3.0. LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO entre os entes federados (União, Estados, DF e Municípios) nos casos de ação para obtenção de medicamentos.
É uma hipótese especial de solidariedade.
4.0. LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO nas hipóteses de responsabilidade civil há responsabilidade solidária de todos os causadores do dano (art. 942, CC), mas não de necessidade de litisconsórcio.
5.0. O estipulante do seguro (corretora) não é parte legítima e, por isso, não é litisconsorte da seguradora, nas ações em que se reclama cobertura securitária.
Obs. A corretora só é parte legítima se por culpa dela (negligência) perder a cobertura.
MODELO nn – DISPOSITIVO NN – LITISCONSÓRCIO PROCEDENTE OU IMPROCDENTE CONTRA TODOS 
(litisconsórcio simples ou unitário)
Posto isso [ante o exposto], JULGO PROCEDENTE [ACOLHO] o pedido, condenando os requeridos a [solidariamente] pagar ao polo ativo a quantia de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), corrigida monetariamente desde o inadimplemento e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Condeno os requeridos ao pagamento proporcional das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10 % do valor da condenação.
R.P.I.
Local e data
Juiz Substituto
MODELO nn – DISPOSITIVO NN – LITISCONSÓRCIO PROCEDENTE CONTRA UM DOS DEMANDANTES E IMPROCDENTE CONTRA O OUTRO
(Isto só ocorre se o litisconsórcio for simples) (nunca ocorre no litisconsórcio unitário)
Posto isso [ante o exposto]: a) JULGO PROCEDENTE [ACOLHO] o pedido para condenar o requerido “A” a pagar ao polo ativo a quantia de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), corrigida monetariamente pela prática do Tribunal de Justiça desde o inadimplemento e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação, além de honorários advocatícios da parte adversa, que fixo em 10 % do valor da condenação; e) JULGO IMPROCEDENTE [REJEITO] o pedido quanto ao requerido “B”, condenando o polo ativo ao pagamento dos honorários advocatícios da parte adversa, que fixo em 10 % do valor atualizado da causa; e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. Despesas processuais serão partilhadas à metade entre o autor e o requerido “A”.
R.P.I.
Local e data
Juiz Substituto
AULA 24 – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
EXERCÍCIO 1.
Juiz julga parcialmente procedente o pedido, condenando o réu “A” a pagar indenização, por danos materiais (ato ilícito), no valor de R$ 35.000,00 (o autor havia pedido R$ 35.000,00); condenando o réu “B” indenizá-lo por dano moral na quantia de R$ 50.000,00 pelo mesmo evento (o autor havia pedido R$ 100.000,00); e desacolhendo o pedido de danos materiais e morais no tocante ao réu C. A autora e o réu “B” são beneficiários da justiça gratuita.
RESPOSTA 1:
Posto isso: a) JULGO PROCEDENTE [ACOLHO] o pedido quanto ao requerido “A”, condenando-o a pagar à autora a quantia de R$ 35.000,00 a título de danos materiais – em valores corrigidos monetariamente e acrescidos de juros pela SELIC (ou 1% ao mês) desde a data do evento ilícito (acidente) -, além de honorários advocatícios fixados em 10% do valor da condenação; b) JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE [ACOLHO PARCIALMENTE] o pedido quanto ao requerido “B”, condenando-o a pagar à autora a quantia de R$ 50.000,00 a título de danos morais – em valores corrigidos monetariamente pela tabela prática do Tribunal de Justiça desde a presente data e com juros de mora de 1% ao mês, desde a data do evento ilícito [acidente], além de honorários advocatícios fixados em 10% do valor da condenação, observado o que consta do art. 12 da Lei n. 1060/50; e c) JULGO IMPROCEDENTE [REJEITO] os pedidos contra o requerido “C”, condenando a autora ao pagamento de honorários que fixo em 10% do valor atualizado do da causa, observado o que consta do art. 12 da Lei 1.060/50; e assim faço com resolução do mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. As despesas processuais serão partilhadas igualmente entre a autora e os requeridos “A” e “B”, observado quanto à autora e o requerido “B” o que consta do art. 12 da Lei 1.060/50.
P.R.I.
Local e data.
Juiz de Direito
EXERCÍCIO 2
Juiz condena o réu “A” a pagar R$ 20.000,00 a título de danos morais e rejeita o pedido quanto ao réu “B”. O autor havia pedido R$ 50.000,00. Juiz rejeitou a reconvenção do réu “A” e acolheu a do réu “B”, determinando que o autor pague R$ 5.000,00 ao réu reconvinte “B” (danos morais). Os requeridos são beneficiários da justiça gratuita.
RESPOSTA 2:
Posto isso, quanto à ação: a) julgo parcialmente procedente o pedido contra o requerido “A”, condenando-o a pagar ao autor R$ 20.000,00 a títulos de danos morais – em valores corrigidos monetariamente desde a presente data pela tabela prática, e acrescidos de juros de mora de 1% desde a data do evento danoso -, além de honorários que fixo em 10% do valor da condenação, observado o que consta do art. 12 da Lei

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