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Cistos de Naboth e Pólipos cervicais

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CISTOS DE NABOTH
Introdução
	A saúde do aparelho reprodutor feminino é muito importante para as mulheres que se encontram em idade fértil. O útero, em especial, é suscetível a várias alterações, muitas vezes assintomática, como os cistos de Naboth.
	Também conhecidos como quistos de Naboth, ou folículo de Naboth, consiste em uma desordem uterina, que se caracteriza pela presença de um ou mais nódulos na parede do útero ou do colo do útero que surgem quando o epitélio escamoso estratificado da exocérvice cresce sobre o epitélio colunar simples sobre a endocérvice, o que resulta no bloqueio do ducto ou passagem das chamadas glândulas de Naboth, que são glândulas mucosas. Isso leva ao acúmulo de secreção, dando origem a um nódulo arredondado sob a superfície do colo uterino.
	Embora não sejam considerados uma ameaça a saúde, são indicativos de infecção passada ou recente ou de uma simples irritação no colo do útero e devem ser investigados; Os cistos são mais comuns em mulheres em idade reprodutiva, especialmente as que já tiveram filhos.
Definição
	Os cistos de Naboth ocorrem quando as glândulas de Naboth ficam cheias de secreção devido ao bloqueio no ducto ou passagem da glândula; Conforme as secreções se acumulam um nódulo arredondado e liso se forma sob a superfície do colo do útero, cada cisto aparece como uma elevação pequena e branca, como uma pústula, que podem ocorrer isoladamente ou em grupos e seu tamanho é grande o suficiente para ser visto ou sentido durante o exame ginecológico.
	A obstrução das glândulas não acontece do nada, alguns fatos podem levar a essa obstrução. Embora o cisto não seja maligno pode trazer algumas consequências e é importante saber o porquê desse cisto de naboth ter aparecido. A grande maioria dos casos da aparição do cisto de naboth é por células idênticas ao do interior do útero que cobrem as glândulas. Mas também podem ser causadas por inflamação, infecção ou irritação do colo uterino.
	Existem vários fatores que podem levar a essas irritações ou infecções, podendo ser graves como no caso da clamídia ou sífilis mas também por doenças menos graves como a candidíase; O cisto em si não é um perigo ou causará danos, o que causou sim pode ser muito pior do que realmente o problema do crescimento ou obstrução destas glândulas de Naboth.
Epidemiologia
	Os cistos de naboth apresenta-se em 4% das mulheres em idade fértil, principalmente nas que já tiveram filhos.
Fisiopatologia
	A ectocérvice é revestida por epitélio plano estratificado não coneificado, esta vai do orifício cervical externo a região do istmo ou transição para a cavidade endometrial, também sendo recoberto por glândulas mucosas que se abrem no canal endocervical.
	O epitélio de revestimento da endocérvice que deveria ser cilíndrico mucoso como ao das glândulas pode sofre metaplasia para epitélio plano estratificado não corneificado semelhante ao da ectocérvice, poder ser por alterações hormonais, como elevação da progesterona, ou por respostas secundárias a inflamações, infecções ou irritações causadas na ectocérvice.
	Com o crescimento das células metaplásicas há a obstrução das glândulas endocervicais ou glândulas de naboth, que por sua vez são impedidas de secretar seu muco produzido, à medida que acumulam todo o muco dilatam-se formam os cistos de naboth; Cada cisto pode apresentar-se como uma protuberância branca e pequena, que pode surgir sozinha ou em grupos de forma assintomática.
Diagnóstico e tratamento
	Os cistos de Naboth por serem assintomáticos são diagnosticados durante exames ginecológicos de rotina, quando o examinador observa pequenas protuberâncias lisas e redondas de coloração branca na ectocérvice; Raramente é necessário realizar uma colposcopia para diferenciação de outras possíveis causas das protuberâncias.
	Na maioria das vezes não é necessário o tratamento, pois os cistos são benignos e não traz nenhum malefício a saúde, porém no caso em que existam múltiplos cistos pode ser necessário realizar uma drenagem do conteúdo do cisto.
PÓLIPOS CERVICAIS
Introdução
	Pólipos cervicais geralmente são endocervicais, quase sempre benignos e na maior parte das vezes assintomáticos. São encontrados em aproximadamente 4% das mulheres e ocorrem com maior frequência na perimenopausa e em multíparas entre 30 e 50 anos. A sua causa é desconhecida, mas podem ocorrer como consequência de alterações hormonais.
	Trata-se de neoformações resultantes de uma hiperplasia focal do endométrio por uma hiperestimulação hormonal, resultando em pólipos constituídos por células estromais, glandulares e vasos sanguíneos em proporções variadas que podem surgir em qualquer altura do útero, podendo ser classificados em pólipos endometriais, situados no corpo e fundo do útero; e pólipos cervicais, situados no canal cervical, subdividido em endocervicais(no canal da cérvice) e ectocervicais( quando se exterioriza).
	Os sintomas incluem metrorragia (sangramento fora do período menstrual), sinusorragia (sangramento pós-coito), hipermenorréia (menstruação anormalmente longa e intensa em intervalos regulares), sangramentos após a menopausa e leucorréia.
	O manejo dos pólipos podem incluir diferentes abordagens, desde a simples remoção em ambiente ambulatorial até a polipectomia histeroscópica.
	Mesmo em pacientes assintomáticos é recomendada a avaliação do ginecologista sobre sua etiologia pois entre 0,5% a 1% podem evoluir para hiperplasia maligna.
 
Definição
	Os pólipos cervicais são os tumores benignos mais comuns resultantes da proliferação anormal da camada epitelial glandular da mucosa; Geralmente estão localizados no canal cervical podendo se exteriorizar pela endocérvice.
	Podem ser divididos em cervicais e endometriais. Os pólipos cervicais são subdivididos em ectocervicais e endocervicais. Esses pólipos são considerados como as neoplasias benignas mais comuns do colo do útero. Farr e Nedoss verificaram a presença de pólipos cervicais em 4% das pacientes que frequentam um ambulatório de ginecologia. Os pólipos endocervicais são mais comuns em multíparas, com maior incidência na faixa etária dos 30 -50 anos. Habitualmente essas neoplasias são friáveis, lisas e regulares, sendo sua base fina e longa, sua proliferação é praticamente indolor, as dimensões podem variar, desde muito pequenos quase imperceptíveis a olho nú, como grandes exteriorizados pelo canal cervical.
	O pólipo ectocervical é menos freqüente que o endocervical, sendo mais comum após a menopausa. Normalmente apresenta base curta e larga.
Epidemiologia:
	Os pólipos endocervicais são mais comuns em multíparas, com maior incidência na faixa etária dos 40 -50 anos. Habitualmente essas neoplasias são friáveis, lisas e regulares, sendo sua base fina e longa. O pólipo ectocervical é menos freqüente que o endocervical, sendo mais comum após a menopausa. Normalmente apresenta base curta e larga. Farr e Nedoss verificaram a presença de pólipos cervicais em 4% das pacientes que freqüentam um ambulatório de ginecologia.
	A degeneração maligna dos pólipos cervicais parece ser rara (0,3%). Caroti e Siliotti em análise colpocitológica de 1477 pólipos endocervicais não encontraram nenhum caso comprovado de degeneração maligna.
	O estudo de Coeman et al. revelou que em pacientes com pólipo endocervical existe uma maior incidência de pólipo endometrial, principalmente nas pacientes pós-menopausa (41%).
	Novak e Woodruff analisando 1.100 casos de pólipos endometriais verificaram uma maior incidência entre 40 e 49 anos. A incidência de pólipos endometriais na população geral é desconhecida, porém, chega a 10 % em estudos de autópsia.
	 Tradicionalmente existe a associação de pólipos endometriais com hiperplasia endometrial e até mesmo o câncer de endométrio. Cerca de 2/3 dos pólipos são imaturos e não respondem à ciclicidade dos hormônios. Aproximadamente 25 % das mulheres com sangramento uterino anormal tem pólipo endometrial. A taxa de maliginização é incerta, mas é de aproximadamente 0,5 %. Estudo feito por Patterson revelouque pacientes portadoras de pólipos endometriais têm um risco duas vezes maior de terem câncer de endométrio. Pólipos endometriais podem ser encontrado em até 20 % dos úteros removidos por câncer de endométrio.
 Fisiopatologia:
	As causas do pólipo uterino, ou endometrial, ainda é desconhecida. Nas mulheres em idade fértil, há duas hipóteses para o seu desenvolvimento: seria o resultado da ação do estrógeno, que induziria algumas células do endométrio a proliferar mais, ou consequência do decréscimo nos receptores de estrógeno e progesterona no endométrio.
	Após a menopausa, não estão associados com altos níveis de estrógenos, porque o endométrio adjacente é atrófico. Os receptores de estrógenos e progesterona estão presentes em maior quantidade no epitélio glandular dos pólipos que no endométrio adjacente nesse período, sugerindo que esses receptores representam importante papel na fisiopatologia dos pólipos endometriais na pós-menopausa.
QUADRO CLÍNICO:
	Os sintomas incluem metrorragia (sangramento fora do período menstrual), sinusorragia (sangramento pós-coito), hipermenorréia (menstruação anormalmente longa e intensa em intervalos regulares), sangramentos após a menopausa e leucorréia que pode estar associada a outras infecções ou inflamações.
Tratamento e prevenção
	A retirada histeroscópica dos pólipos é recomendada na maioria das vezes e pode ser feita em nível ambulatorial ou de centro cirúrgico. A histeroscopia pode auxiliar na retirada sob visão direta utilizando-se uma pinça de apreensão pelo canal operatório; Pólipos pediculados com até 3 cm podem ser retirados ambulatorialmente utilizando-se uma camisa operatória de 5.5 mm com canal operatório de 2 mm. O procedimento pode ser feito com bloqueio paracervical com xilocaína e muitas vezes sem o uso de qualquer anestésico. A secção da base do pólipo deve ser feita com a tesoura e posteriormente o pólipo é retirado com a pinça de apreensão. Caso seja difícil sua extração, o mesmo pode ser deixado para ser eliminado junto com a menstruação.
	 A cirurgia deve ser realizada no centro cirúrgico quando o pólipo for volumoso, numerosos, pedículo séssil de difícil acesso, paciente pouco colaborativa e/ou com extrema sensibilidade à dor ou pela presença de lesões associadas, como o mioma uterino submucoso;O método mais utilizado é o fatiamento do pólipo com a alça do ressectoscópio.
	A paciente pode sentir dor leve e breve durante a remoção e cólica leve a moderada por algumas horas por isso costumam ser prescritos analgésicos para dores leves como paracetamol ou ibuprofeno. Pode ocorrer perda de sangue pela vagina por um ou dois dias após a remoção.
	A prevenção consiste em consultas ginecológicas anuais onde é feia a inspeção do colo, se houver sintomatologia podem ser feitos exames de imagem, que auxiliam no diagnóstico; Em mulheres que já tiveram pólipos cervicais ou endometriais é recomendado o uso de anticoncepcionais ou DIU como forma de prevenção no surgimento de novos pólipos.
Referências:
Lentz GM. History, physical examination, and preventive health care. In: Lentz GM, Lobo RA, Gershenson DM, Katz VL, eds. Comprehensive Gynecology. 6th ed. Philadelphia, PA: Mosby Elsevier; 2012:chap 7.
UNICAMP. CERVICITE CRÔNICA INESPECÍFICA METAPLASIA ESCAMOSA DO COLO UTERINO LAM. A.101. Disponível em:< http://anatpat.unicamp.br/lamgin1.html > . Acesso em: 15.Março.2016
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PICADO S. QUIRÓS ML. QUIRÓS JD. PATOLOGÍA NO NEOPLASICA DEL CÉRVIX. Disponível em: < http://slideplayer.es/slide/1829290/ > . Acesso em: 15.Março.2016.
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MISODOR. TUMORES BENIGNOS DO COLO UTERINO. Disponível em: < http://www.misodor.com/TUMBENCOL.html >. Acesso em:15.Março.2016.
SCARPANI MARCELO.QUAIS AS CAUSAS E SINTOMAS DOS PÓLIPOS UTERINOS?. Disponível em: <http://medicoresponde.com.br/tag/polipo/>.Acesso em:17.Março 2016.
NOGUEIRA AA.PÓLIPOS ENDOMETRIAIS. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005; 27(5): 289-92
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EQUIPE TELESAÚDE RS. QUAL A MELHOR CONDUTA FRENTE A UM PACIENTE COM PÓLIPO ENDOCERVICAL ASSINTOMÁTICO? . Disponível em: <http://aps.bvs.br/aps/qual-a-melhor-conduta-frente-uma-paciente-com-polipo-endocervical-assintomatico/>. Acesso em: 20.Março.2016
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