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Aula 2 obrigações

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Das Obrigações Alternativas 
(objeto único, com duas ou mais prestações mais confere ao devedor o direito de optar art. 1701, Art. 442)
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. 
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. 
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período. 
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. 
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. 
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Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra. 
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Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
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. Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos..
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Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguirse-á a obrigação
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Das Obrigações
 Divisíveis(prestação poderá ser parcialmente cumprida) e Indivisíveis (prestação tera que ser cumprida por inteiro)
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. 
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Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. 
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Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. 
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Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: I - a todos conjuntamente; II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores..
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Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. 
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Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
 Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão. 
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Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. § 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais. 
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos
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Das Obrigações Solidárias 
(aquela resultante da lei ou da vontade das partes em que havendo multiplicidade de credor e devedor cada credor tera direito a totalidade da prestação ex: tres credores e um devedor comum qualquer um dos credores podera exigir a totalidade
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
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Da Solidariedade Ativa 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não de
mandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
 Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. 
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. 
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros. 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve. 
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Da Solidariedade Passiva 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. 
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores. 
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. 
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Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes. 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. 
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida. 
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. 
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Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais. 
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores. 
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente. Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
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FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO E EXTINÇÃO DE OBRIGAÇÕES 
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Pagamento por consignação: 
 Interesse do devedor em extinguir a obrigação: 
      – a consignação(fornecedor disponibiliza para o vendedor uma determinada quantidade de produto) como uma forma de  pagamento,
extinguindo a obrigação  (art. 334);  
      – a decisão judicial da consignação vai  dizer se o pagamento feito desse  modo em juízo terá o condão de  extinguir a obrigação; 
      – meio de imputação da mora ao credor  e uma faculdade às mãos do devedor.      
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Objeto da consignação:
       – qualquer coisa objeto da obrigação  pode ser consignada (art. 341); 
      – obrigações ilíquidas não podem ser  objeto de consignação, enquanto  não se tornarem líquidas;
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– obrigações puramente de fazer ou não fazer, por sua natureza, não permitem a consignação; 
– imóvel edificado pode ser consignado com o depósito das chaves do mesmo simbolizando o depósito da coisa consignada.
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Hipóteses de consignação:  
      – a mora do credor com a recusa,  sem justa causa; a dívidaportable;  a dívida quérable (art. 335);
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Procedimento da consignação:
 
      – a consignação como modalidade  de pagamento com seus requisitos  efetuados por via do diploma  processual nos arts. 890 a 900 do  CPC; 
      – art. 890 do CPC admite a  consignação “nos casos previstos  em lei”.
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Imputação de pagamento: 
 Conceito: 
      – a aplicação de um pagamento a  determinada dívida (ou mais de  uma), entre outras que se têm com  o mesmo credor, desde que sejam  todas da mesma natureza, líquidas  e vencidas (art. 352);
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– a preferência do devedor na escolha da dívida a ser adimplida é do devedor
      (art. 352); 
– mantendo-se silente o devedor, o direito de escolha passa ao credor (art. 353); 
– se nenhuma das partes se manifestar oportunamente, a lei dá os parâmetros para fixar qual dos débitos foi pago
      (art. 355).
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Requisitos: 
      – a pluralidade de débitos  independentes entre si no art. 352;  
      – para a imputação devem concorrer  também as pessoas de um só credor  e um só devedor; 
      – as dívidas imputáveis devem ser  líquidas;  
      – o pagamento ofertado pelo devedor  deve ser suficiente para quitar ao  menos uma das dívidas; 
      – a dívida deve ser vencida.   
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Imputação de pagamento feita pelo devedor: 
      – deve o devedor declarar oportunamente  qual débito deseja quitar;   
      – não pode haver pagamento parcial de  uma das dívidas, salvo concordância do  credor;  
      – se houver capital e juros, o pagamento  imputar-se-á primeiro nos juros  vencidos (art. 354); 
      – o devedor escolhe a dívida que paga e  não pode o credor opor-se.  
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Imputação de pagamento feita pelo credor: 
      – aceitando tal quitação, não poderá  mais o devedor reclamar dessa  imputação feita pelo credor (art. 353); 
      –  sem menção ao erro, o art. 353 diz  que a imputação pelo credor só não  terá valor se cometida por violência  ou dolo, cabendo a prova ao devedor.
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Imputação de pagamento feita pela lei: 
      – se restarem inertes ambas as  partes da obrigação e surgir  posteriormente a problemática, a  lei diz como se fará a imputação  no art. 355; 
      – dívidas ilíquidas e não vencidas  não entram na imputação legal;
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– se todas as dívidas forem líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a lei diz que a imputação far-se-á na mais onerosa; 
– na existência de débitos rigorosamente iguais, mesmo valor, mesma data de nascimento e mesma data de vencimento, a imputação se deve fazer proporcionalmente.  
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Dação em pagamento 
Conceito:
      – se o credor consentir, a obrigação  pode ser resolvida substituindo-se  seu objeto (art. 313); 
      – trata-se de um acordo liberatório  que só pode ocorrer após o  nascimento da obrigação; 
      – pode consistir na substituição de  dinheiro por coisa ou a substituição de  uma coisa por uma obrigação de fazer.
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Requisitos e natureza jurídica: 
      – negócio jurídico bilateral, oneroso e  real;   
      – são requisitos para que ocorra a dação: 
      a) uma obrigação previamente criada; 
      b) um acordo posterior, em que o credor    concorda em aceitar coisa diversa e,    por fim; 
      c) a entrega da coisa diversa com a    finalidade de extinguir a obrigação
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– a dação pode ser parcial se ficar explícito o valor que permanece em aberto; 
– não existe dação no pagamento com títulos de crédito; 
– a aceitação da dação em pagamento depende de plena capacidade do credor.
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– não sendo o objeto da prestação pecuniário e houver substituição por outra coisa, a analogia será com a troca (art. 533);   
– o entendimento jurisprudencial da anulabilidade da dação em pagamento de todos os bens do devedor quando não houver consentimento de todos os descendentes.
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Novação: 
 Conceito e espécies
      – a novação como a operação  jurídica por meio da qual uma  obrigação nova substitui a  obrigação originária; 
      – credor e devedor, ou apenas o  credor, dão por extinta a obrigação  e criam outra; a existência dessa  nova obrigação é condição de  extinção da anterior;
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– novação objetiva: refere-se ao objeto da prestação, está descrita no art. 360, I do Código Civil; 
– novação objetiva: refere-se à substituição do devedor (exonerando-se o devedor primitivo) ou o credor (liberando-se o devedor em face do antigo credor), descrita nos incs. II e III do art. 360 do Código
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Requisitos: 
      – são requisitos da novação: uma  dívida anterior que se extingue e a  criação de uma obrigação nova  (obligatio novanda); 
      – o atual art. 367 não autoriza a  novação de obrigações nulas ou  extintas, então, a validade da  obrigação é requisito para a  novação
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Efeitos: 
      – o principal efeito da novação é  extinguir a dívida primitiva; 
      – com a criação da nova obrigação,  extinguem-se os acessórios e  garantias da dívida “sempre que  não houver estipulação em  contrário” (art. 364);       
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– nas obrigações solidárias, se a novação se opera entre o credor e um dos devedores solidários, os outros ficam exonerados (art. 365); 
– na solidariedade ativa, uma vez ocorrida a novação, extingue-se a dívida; 
– exceto no caso de má-fé, ficando o novo devedor insolvente, assumirá o credor os riscos desta insolvência (art. 363).    
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Compensação:
Conceito:
      – um acerto de débito e crédito entre  duas pessoas que têm, ao mesmo  tempo, a condição recíproca de  credor e devedor: “se duas pessoas  forem ao mesmo tempo credor e  devedor uma da outra, as duas  obrigações extinguem-se, até onde  se compensarem” (art. 368).         
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Natureza jurídica: 
      – o caráter de meio extintivo de  obrigações; 
      – o sistema da compensação legal  previsto no art. 368 do atual Código; 
      – a aplicação dos princípios  processuais na compensação
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Modalidades: 
      – compensação legal tratada no art. 368; 
      – a compensação voluntária, quando as  partes concordam, podendo até  compensar dívidas ilíquidas e não  vencidas; 
      – compensação judicial, decretada em  reconvenção, ou numa ação autônoma; 
      – compensação facultativa, em que  apenas uma das partes pode opor  compensação.  
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Compensação legal
 Requisitos: 
      – requisitos de ordem objetiva que  dizem respeito às obrigações  compensadas em si: a reciprocidade  de créditos; a homogeneidade das  prestações; a liquidez, certeza e  exigibilidade e a existência e  validade do crédito compensante.
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Reciprocidade de créditos:  
      – a compensação só pode  extinguir obrigações de uma das  partes ante a outra, não se  incluindo obrigações de terceiros  (art. 371); 
      – a compensação como uma  exceção substancial à mão do  fiador (art. 837);
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Homogeneidade das prestações: 
      – a existência de fungibilidade das  prestações (art. 369); 
      – os débitos se compensam até o  montante em que se encontrarem; 
      – obrigações de fazer não são  compensáveis; 
      – sendo o local de pagamento das  duas obrigações
diverso devem ser  deduzidas as despesas “necessárias  à operação” (art. 378).
V. II 
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Efeitos: 
      – a compensação legal não necessita  de sentença, opera de pleno direito;  a compensação judicial opera a partir  da sentença que a reconhece; 
      – compensação convencional gera  efeito a partir da avença plena e  acabada entre as partes; a  compensação facultativa opera-se  quando seu titular renuncia ao direito  de alegá-la; 
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Remissão: 
Conceito. Natureza jurídica. Afinidades: 
      – ocorre a remissão de uma dívida quando  o credor libera o devedor, no todo ou em  parte, sem receber pagamento; 
      – a aquiescência do devedor, ainda que  presumida ou tácita; 
      – a remissão será sempre um ato  sinalagmático; ato de disposição de  direitos, requerendo plena capacidade de  renúncia, de alienação, como também  legitimação para dispor de referido crédito; 
      – a remissão não admite condição.
V. II 
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Espécies: 
      – a remissão pode ser total ou parcial; 
      – a remissão expressa  de forma  contratual ou não, quando firmada  por escrito, público ou particular,  declarando o credor que não deseja  receber a dívida; 
      – situações de remissão tácita, em  que há uma presunção de perdão  da dívida nos arts. 386 e 387.     
 
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Remissão no Código Civil de 2002: 
      – o efeito principal da remissão  enunciado no atual art. 385; 
      – a remissão de dívida praticada pelo  devedor já insolvente, ou por ela  reduzido à insolvência, poderá ser  anulada como fraude contra  credores (art. 158); 
      – o atual art. 386 se refere à  “devolução voluntária do título da  obrigação”.
 
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