CURSO COMPLETO DE ESTRADAS AULA 09

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DISCIPLINA – PROJETO DE ESTRADAS
AULA 09
2016
ESFORÇOS SOLICITANTES
OS VEÍCULOS COMERCIAIS RODOVIÁRIOS, COMO CAMINHÕES E ÔNIBUS, SÃO AQUELES QUE INTERESSAM PARA AS SITUAÇÕES DE DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE DOS PAVIMENTOS, POIS OS VEÍCULOS LEVES CAUSAM DANOS INSIGNIFICANTES ÀS ESTRUTURAS.
O TRÁFEGO RODOVIÁRIO É COMPOSTO POR VEÍCULOS QUE APRESENTAM DIVERSAS CONFIGURAÇÕES DE EIXOS COM RELEVANTES DIFERENÇAS DE MAGNITUDE DE CARGAS.
EMBORA NOS AEROPORTOS AS AERONAVES SEJAM MUITO MAIS PESADAS QUE OS VEÍCULOS QUE TRANSITAM NAS RODOVIAS, A REPETIÇÃO DE CARGAS NO TEMPO É MUITO MENOR NAS RODOVIAS, INDICANDO QUE A DEGRADAÇÃO POR FADIGA É MAIS EXPRESSIVA EM PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS.
ESFORÇOS SOLICITANTES
AO SER AUMENTADA A CARGA SOLICITANTE, OS EFEITOS DE DEGRADAÇÃO NAS CAMADAS SERÃO INCREMENTADAS, RAZÃO PELA QUAL EXISTEM LIMITES LEGAIS PARA OS PESOS DE VEÍCULOS COMERCIAIS RODOVIÁRIOS.
NO BRASIL, A LEGISLAÇÃO VIGENTE A PARTIR DE 1988 ESTABELECE VALORES MÁXIMOS PERMISSÍVEIS DE CARGA DE ACORDO COM O TIPO DE EIXO.
CONSIDERANDO OS CRITÉRIOS IMPLÍCITOS NOS MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS NO BRASIL, OS EXCESSOS DE CARGA OBSERVADOS NAS RODOVIAS NÃO FISCALIZADAS SÃO BASTANTE NOCIVOS AO DESEMPENHO DOS PAVIMENTOS.
ESFORÇOS SOLICITANTES
ESRS
ESFORÇOS SOLICITANTES
ESRD
ESFORÇOS SOLICITANTES
ETD
ESFORÇOS SOLICITANTES
ETT
ESFORÇOS SOLICITANTES
CARGAS MÁXIMAS LEGAIS
ESFORÇOS SOLICITANTES
FATOR DE EQUIVALÊNCIA DE CARGA (FEC)
YODER E WITCZACK (1975) INDICAM QUE OS FATORES DE EQUIVALÊNCIA DE CARGAS DEFINEM O DANO CAUSADO PELA PASSAGEM DE UM VEÍCULO QUALQUER, PARA UM TIPO ESPECÍFICO DE PAVIMENTO, EM RELAÇÃO AO DANO CAUSADO PELA PASSAGEM DE UM VEÍCULO CONSIDERADO PADRÃO PARA O MESMO TIPO DE PAVIMENTO. NA AASHO ROAD TEST, FOI ESTABELECIDO COMO PADRÃO O ESRD COM 80 KN.
ESFORÇOS SOLICITANTES
FATOR DE EQUIVALÊNCIA DE CARGA (FEC)
ESFORÇOS SOLICITANTES
FATOR DE EQUIVALÊNCIA DE CARGA (FEC) – DNER 1981
OBS: Q (KN)
CONTAGEM VOLUMÉTRICA
AS CONTAGENS CLASSIFICATÓRIAS E VOLUMÉTRICAS SÃO GERALMENTE REALIZADAS EM PERÍODOS DE SETE DIAS, COBERTAS AS 24 HORAS POR DIA, EMPREGANDO-SE EQUIPAMENTOS AUTOMATIZADOS INSTALADOS EM PISTA OU A PARTIR DE LEVANTAMENTOS VISUAIS EM CAMPO.
AS CONTAGENS SÃO MUITO EMPREGADAS QUANDO SE PROJETAM DUPLICAÇÕES, MELHORAMENTOS, OU RESTAURAÇÃO DE PAVIMENTOS.
CÁLCULO DO VOLUME DIÁRIO MÉDIO ANUAL (VDM)
CONSIDERA-SE VOLUME DIÁRIO MÉDIO, O VOLUME TOTAL DE VEÍCULOS QUE PASSAM POR UMA SEÇÃO COMPLETA DA VIA, OU SEJA, NÃO DESCONTANDO OS VEÍCULOS LEVES, QUE SÃO DESPREZADOS PARA A ANÁLISE DE PAVIMENTOS. ALÉM DISSO O VDM, ENGLOBA TODOS OS VEÍCULOS EM AMBOS OS SENTIDOS DA VIA, O QUE EXIGIRÁ PARA A ANÁLISE DE PAVIMENTOS, ALGUMAS REDUÇÕES.
A CONTAGEM DOS VEÍCULOS E A UTILIZAÇÃO DOS FATORES DE EXPANSÃO PERMITEM A DEFINIÇÃO DO PERMITEM A DEFINIÇÃO DO PERFIL DO TRÁFEGO AO LONGO DE UM ANO INTEIRO.
O VDM ANUAL É CALCULADO APÓS A DETERMINAÇÃO DO SOMATÓRIO DE TODOS OS VEÍCULOS QUE TRAFEGAM A VIA EM UM ANO, DIVIDINDO-SE ESSE VALOR POR 365 DIAS.
PESAGEM DE EIXOS DE VEÍCULOS COMERCIAIS
A DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE EQUIVALÊNCIA ENTRE CARGAS, NECESSÁRIOS AO CÁLCULO DO NÚMERO DE REPETIÇÕES DO EIXO-PADRÃO NO HORIZONTE DE PROJETO, DEPENDE DO CONHECIMENTO DO PERFIL DAS CARGAS DOS EIXOS DE VEÍCULOS COMERCIAIS QUE CIRCULARÃO NA RODOVIA.
ENTRETANTO, NA GRANDE MAIORIA DAS ESTRADAS BRASILEIRAS, NÃO EXISTE CONTROLE DE PESAGEM DE CARGAS, O QUE RESULTA NA INDISPONIBILIDADE DE DADOS ESTATÍSTICOS PARA EMPREGO EM PROJETOS.
PESAGEM DE EIXOS DE VEÍCULOS COMERCIAIS
O CRITÉRIO MAIS COMUMENTE EMPREGADO NOS PROJETOS É A ADOÇÃO DAS CARGAS MÁXIMAS LEGAIS PREVISTAS EM LEI. ADOTA-SE TAMBÉM O EMPREGO DOS “FATORES DE SEGURANÇA” DE FORMA SUBJETIVA, PARA MAJORAR AS CARGAS MÁXIMAS, NA EXPECTATIVA DE ALGUM EXCESSO DE CARGA.
PARA PROJETOS DE RESTAURAÇÃO, A DETERMINAÇÃO DE CARGAS SOBRE EIXOS PODERÁ SER REALIZADA POR MEIO DE EQUIPAMENTOS MÓVEIS.
PESAGEM DE EIXOS DE VEÍCULOS COMERCIAIS
CÁLCULO DO NÚMERO DE REPETIÇÕES EQUIVALENTES DO EIXO-PADRÃO (N)
CÁLCULO DO NÚMERO DE REPETIÇÕES EQUIVALENTES DO EIXO-PADRÃO (N)
CONDIÇÕES PARA O CÁLCULO DO NÚMERO “N”:
Fs: O VDM CALCULADO É REPRESENTATIVO DE UMA SEÇÃO DE VIA, SENDO QUE O VOLUME ACUMULADO DE VEÍCULOS DEVERÁ SER CONSIDERADO EM APENAS UM SENTIDO. DESTA FORMA, CONSIDERA-SE Fs = 1,0 PARA VIAS COM UM SENTIDO E Fs = 0,5 PARA VIAS COM DOIS SENTIDOS DE TRÁFEGO.
Ff: O VDM É REPRESENTATIVO DA FROTA TOTAL DE VEÍCULOS. PARA FINS DE PROJETO, DEVEM SER CONSIDERADOS APENAS OS VEÍCULOS COMERCIAIS, (ÔNIBUS, CAMINHÕES MÉDIOS, CAMINHÕES PESADOS, REBOQUES E SEMI-REBOQUES. ISSO OCORRE ATRAVÉS DA INCLUSÃO DE UM FATOR DE FROTA COMERCIAL (Ff), QUE REPRESENTA A PORCENTAGEM DE VEÍCULOS COMERCIAIS EM RELAÇÃO AO UNIVERSO DA FROTA.
CÁLCULO DO NÚMERO DE REPETIÇÕES EQUIVALENTES DO EIXO-PADRÃO (N)
Fd: QUANDO A RODOVIA POSSUI MAIS DE UMA FAIXA DE TRÁFEGO POR SENTIDO, O VOLUME ACUMULADO DE VEÍCULOS DEVERÁ SER ESTIMADO APENAS PARA A FAIXA MAIS CARREGADA, OU FAIXA DE PROJETO, MEDIANTE A INCLUSÃO DE UM FATOR DE DISTRIBUIÇÃO DE FROTA POR FAIXA (Fd), QUE REPRESENTA A PORCENTAGEM DOS VEÍCULOS COMERCIAIS QUE SE UTILIZA DE TAL FAIXA, SENDO QUE VALORES DE Fd ENTRE 0,8 E 1,0 SÃO COMUMENTE ADOTADOS EM PROJETOS.
FV: FATOR DE VEÍCULO É PRODUTO ENTRE O FATOR DE EIXO (FE) E O FATOR DE CARGA (FC), SENDO QUE AO MULTIPLICAR-SE O NÚMERO DE VEÍCULOS COMERCIAIS POR FE, DETERMINA-SE O NÚMERO DE EIXOS TOTAL NO HORIZONTE DE PROJETO.
CÁLCULO DO NÚMERO DE REPETIÇÕES EQUIVALENTES DO EIXO-PADRÃO (N)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARNETT, J. – TRANSITION CURVES FOR HIGHWAYS. Public Road Administration, Washington, D.C., 1940;
BALBO, J.T. – PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: MATERIAIS, PROJETO E RESTAURAÇÃO. São Paulo, Oficina de Textos, 2012.
BORGES, A.C – TOPOGRAFIA. Editora Edgard Blücher Ltda, São Paulo, 1977;
PONTES FILHO, G. – ESTRADAS DE RODAGEM; PROJETO GEOMÉTRICO . São Carlos, 1998;
Y.SUZUKI, C. ; MARTINS,A.A.; ISSA,K.J.F. – DRENAGEM SUBSUPERFICIAL DE PAVIMENTOS, CONCEITOS E DIMENSIONAMENTO, Oficina de Textos, 2013.