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UFSC - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ECV5214 – MECÂNICA DE SÓLIDOS II 1 a Atividade de ensino à distância – Semestre 2015-2 1) ) Dimensionar a espessura h das paredes de um reservatório de GNV para suportar uma pressão interna de 22 MPa, de acordo com a Teoria de Falha de Von Mises. Considerar a tensão de escoamento do aço igual a 400 MPa e coeficiente de segurança igual a 2,0. Resposta: Considerações iniciais: a) despreza-se o peso próprio do reservatório; b) casca fina → espessura << raio; c) pressão na parede do reservatório pz = 22 MPa = 22 N/mm²; d) r1 = e) r0 = r2 200 mm Equações de cascas: t p rr z 21 hsenr R 02 Critério de falha de von Mises para o plano: 2222121 yf . Cálculo da tensão de membrana na direção do paralelo. t p rr z 21 h Nmm mm 222 200 h 4400 Cálculo da pressão meridional no cilindro hsenr R 02 ; prR 2 N mm N mmR 5,276460122200 2 2 12002 5,2764601 hmm N , h 2200 O critério de falha de von Mises ou da Máxima Energia de Distorção é dado por: 2222121 yf . Considerando que o coeficiente de segurança é igual a 2,0, tem-se: 2 2 221 2 1 0,2 yf 2 2 22 200 2200220044004400 mm N hhhh 22 363 mmh mmh 05,19 2) (2.5) Um estado plano de tensões ocorre em um ponto crítico de um componente estrutural feito em concreto. Uma série de ensaios mostrou, para o concreto empregado, que a tensão de ruptura à compressão é UC = 60 MPa e a tensão de ruptura à tração é UT = 10 MPa. Determinar, empregando o critério de Mohr, se a estrutura está segura. 25 MPa 5 MPa 40 MPa 25 MPa 5 MPa 40 MPa Pode-se resolver o problema de dois modos gráficos: o primeiro, determinando a envoltória de falha para o concreto a partir das suas resistências à compressão e à tração; e a segunda, determinando o espaço resistência no espaço das tensões principais. Primeiro modo de resolução. No espaço das tensões normais e de cisalhamento, traçam-se os círculos de Mohr para o ensaio à compressão (UC = 60 MPa), em vermelho, e o para o ensaio de tração (UT = 10 MPa), em azul escuro. Após, define-se a envoltória de falha para o concreto (reta tangente aos dois círculos). Finalmente, traça-se o círculo de Mohr para o estado de tensões do ponto, em azul claro: X = (5;-25) MPa, Y = (-40;25) MPa. Constata-se que o círculo de Mohr para o estado de tensões do ponto está fora da envoltória de falha, portanto a estrutura não está segura. Segundo modo de resolução gráfico Traça-se o círculo de Mohr para o estado de tensões dado. Determinam-se as tensões principais 1 e 2, as quais são desenhadas no espaço definido pelo critério de segurança. Cálculo das tensões principais: Rméd 1 Rméd 2 MPaméd 5,22 2 540 MPaR 51,30255,2240 22 MPa01,851,305,221 MPa01,5351,305,222 O ponto relativo às tensões principais 1 e 2 está fora do hexágono de segurança relativo ao critério de Mohr-Coulomb, conforme ilustra a figura abaixo. Portanto o ponto não está seguro. 3) Uma plataforma de observação em um parque de animais silvestres está apoiada por uma série de colunas de alumínio tendo comprimento L = 3,25 m e diâmetro externo d = 100 mm. As bases das colunas estão fixadas em pés de concreto e os topos das colunas estão apoiados lateralmente pela plataforma. As colunas estão sendo dimensionadas para sustentar carregamentos compressivos de P = 100 kN. Determine a mínima espessura necessária t das colunas para um coeficiente de segurança igual a 3, considerando à flambagem de Euler. (Para o alumínio, use E=72 GPa ). Considerando-se que na construção da coluna, ela pode ser considerada engastada na base e rotulada na extremidade superior→ Lef = 0,7L; Assim, a carga crítica será dada por 2 2 2 2 7,0 L EI L EI P ef cr e o momento de inércia por 44 64 IEIE ddIII , 44 21,01,0 64 tmmI . A coluna de resistir 3 vezes mais que a carga atuante de 100 kN (CS = 3), portanto a coluna deve ser dimensionada para resistir a 300 kN. Logo N m tmm m N Pcr 5 2 44 2 92 103 25,37,0 21,01,0 64 1072 4644 1051,4421,01,0 mtmm , 464 1049,5521,0 mtm , mtm 08631,021,0 , mt 006846,0 , portanto mmtmín 85,6 . É necessário verificar se a falha ocorrerá por flambagem ou por escoamento do alumínio. Para isso é preciso determinar o índice de esbeltez da coluna, dado por: r Lef . O raio de giração r é dado por A I r . Considerando a espessura da coluna, aquela que foi calculada mmt 85,6 . Tem-se: 4444 30,86100 6464 mmmmddI IE 4610186,2 mmI . A área da seção transversal é dada por 2222 30,86100 44 mmmmddA IE 22005mmA . Logo, mm mm mm r 0,33 2005 10186,2 2 46 , 9,68 33 32507,0 mm mm O índice de esbeltez limite pode ser obtido pela equação 2 2 E cr , quando a tensão crítica for igual à tensão de escoamento do alumínio MPaesc 422 22 2 422 mm NE cr 9,1683 422 72000 2 2 2 2 lim mm N mm N . 08,41lim . Com lim , indica que a coluna falhará por flambagem. A tensão crítica de flambagem, considerando o coeficiente de segurança igual a 3 é MPa mm kN A Pcr cr 150 2005 300 2 . 4) Explique o significado físico da indeterminação resultante da solução da equação diferencial que governa o comportamento de colunas. A equação que relaciona a curvatura da coluna birrotulada na configuração deformada devida à flambagem com o momento fletor interno é uma equação diferencial linear de 2ª ordem diferencial com coeficientes constantes, dada por: 0 2 2 y EI P dx yd (1) (a) (b) A equação (1) tem a mesma forma que a equação que representa a oscilação vertical de um sistema massa-mola (Eq. 2), exceto que neste último a variável independente é o tempo t. A solução da equação (2) é dada pela Eq. (3) 02 2 2 yk dt yd (2) ktCsenktCy cos21 (3) Se for chamado EI P k 2 , (4) Eq (1) toma forma de 02 2 2 yk dx yd , (5) cuja solução geral é dada por kxCsenkxCy cos21 . (6) Aplicando-se as condições de contorno de deslocamento transversal em x = 0, y = 0 (Fig. b), chega-se 00cos0 21 kCsenkCy , (7) .001 22 CC A equação que representa a deformada da coluna pós-flambagem é dada por senkxCy 1 , (8) sendo C1 a deformação máxima da coluna. Se forconsiderada a condição de contorno de x =L, y = 0, chega-se a 01 senkLCy . (9) Para a Eq.(9) ser nula, existem duas possibilidades: ou C1 é nulo ou senkL = 0. Se C1 for zero, a coluna estará na configuração reta, pois C1 representa o valor da amplitude da deformação transversal sofrida pela coluna (amplitude da oscilação do movimento harmônico). Não é esse o caso, pois a coluna sofreu flambagem e está encurvada. Logo senkL é que deve ser nulo. Para que senkL seja nulo, kL = n, ou seja, nL EI P . (10) Para que a condição da Eq. (9) seja atendida, 2 22 L EIn P . (11) O menor valor que atende a condição da Eq. (9) é para n = 1, ou seja, 2 2 L EI Pcr , (12) chamada de carga Crítica de Euler. 5) Uma casca tronco-cônica, com diâmetro superior de r, altura a e espessura t, está submetida a uma carga linear uniformemente distribuída q (N/m). A geratriz faz um ângulo com o eixo da casca. Sabendo que a reação de apoio é uniforme ao longo da circunferência da base e tem a direção da geratriz, deduzir as fórmulas para o cálculo das tensões meridional () e paralela () na casca. Considerações iniciais: a) pode-se desprezar o peso próprio do reservatório; b) casca fina → espessura << raio; c) r1 = Equações de cascas: t p rr z 21 hsenr R 02 Cálculo da tensão meridional Faz um corte transversal em y e efetua-se o equilíbrio estático na vertical do segmento superior. Levam-se em conta a resultante da carga distribuída q, do peso próprio p e das tensões internas . 0vF 0 RRR pq 0cos2 cos2 22 0 0 tr yrr prq cos222cos2 0 0 yrr prqtr cos2 cos2 22 0 0 tr yrr prq cos cos2 0 0 tr yrr prq cos cos2cos cos 0 0 tr yrr p rq 2 0 0 cos 2 cos tr y rr prq . (1) Porém da geometria da casca ilustrada no desenho, obtém-se: ytgrr 0 . (2) Substituindo-se, (2) em (1), obtém-se a expressão para a solução da tensão meridional do tronco de cone. Se o peso próprio muito pequeno em relação à carga q e for desprezado, tem-se: costytgr rq . (3) Cálculo da tensão tangencial h p r z 2 . 2r t pz (4) Considerando o peso próprio por área de superfície p, tem: senppz . (5) Da geometria, obtém-se: cos 0 2 r r . (6) Substituindo (5) e (6) em (4), cos 0r t senp tg t rp 0 (7) Substituindo (2) em (7) chega-se à equação para a tensão tangencial ytgrtg t p (8) Se o peso próprio for desprezado, 0
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