Aula 3 - Ato Moral

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ESTRUTURA DO ATO MORAL
Ética e engenharia
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MORAL
É um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade – de forma a manter e garantir uma determinada ordem social - , de tal maneira que, estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livre e conscientemente pelo sujeito.
A moral só surge quando o homem supera sua natureza puramente natural, instintiva e já possui uma natureza social, já é membro de uma coletividade, está em relação com os demais e que tem consciência desta relação.
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ATO MORAL
A moral se realiza no ato (moral fatual).
É sempre um ato sujeito à sanção dos demais, passível de aprovação ou desaprovação de acordo com as normas comumente aceitas.
Um ato cuja realização não pôde ser evitada ou cujas consequências não poderiam ser previstas, não pode ser qualificado do ponto de vista moral, portanto, não é um ato moral.
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CONTEÚDO DO ATO MORAL
Motivo do ato – aquilo impulsiona o sujeito a agir. Não é suficiente para atribuir um significado moral.
Consciência do fim visado + Decisão de realizá-lo = dão ao ato a qualidade de voluntário.
Consciência e emprego dos meios para realizar o fim.
Resultado – concretização do fim desejado, consumação do ato.
Consequências objetivas.
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CASUÍSTICA
O ato moral só pode ser qualificado com relação ao código moral que vigora na comunidade.
Casuística: toma como base o estudo de uma multidão de casos reais procurando ter em mãos a solução de todos os casos possíveis e saber com antecipação o que se deve fazer em casa caso. 
Ato Moral e Casuística = empobrecimento da vida moral.
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PROGRESSO MORAL
Está relacionado diretamente ao progresso histórico-social: passagem de uma sociedade para a outra, ascensão de uma formação econômico-social, que exauriu suas possibilidades de desenvolvimento para outra superior.
O progresso moral se mede:
Pela ampliação da esfera moral na vida social (relações entre os indivíduos reguladas moralmente ao invés de por normas externas)
Elevação do caráter consciente e livre do comportamento dos indivíduos ou dos grupos (crescimento da responsabilidade no comportamento moral)
Grau de articulação e de coordenação dos interesses coletivos e pessoais.
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RESPONSABILIDADE MORAL
Aumento da responsabilidade pessoal = indício de progresso moral.
Num ato moral a responsabilidade dos agentes recai sobre:
O que se propôs a realizar
As consequências de sua ação
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CONDIÇÕES PARA A RESPONSABILIDADE PELO ATO
Que o sujeito não ignore nem as circunstâncias, nem as consequências de sua ação, ou seja, que seu comportamento seja consciente;
Que a causa dos seus atos esteja nele próprio (causa interior) e não em outro agente (causa exterior), que o force a agir contrariando sua vontade (coação), ou seja, que a sua conduta seja livre.
 Resumindo = Conhecimento + liberdade!
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CONDIÇÕES PARA A RESPONSABILIDADE PELO ATO
A ignorância somente estará justificada quando o indivíduo não for responsável pela sua ignorância.
Não basta a ignorância das circunstâncias para ser eximido, deve mostrar que não podia e não tinha a obrigação de conhecê-las.
A coação apenas estará justificada se não sobra ao agente margem alguma de opção.
Esta condição não se pode colocar em termos absolutos sob pena de reduzir-se em muito a área da responsabilidade moral (ex: julgamento de Nuremberg).
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CONDIÇÕES PARA A RESPONSABILIDADE PELO ATO
COAÇÃO INTERNA
O indivíduo age por causas internas a que não pode resistir de maneira alguma (doença), estão fora de seu domínio ou controle.
Para eximi-lo da responsabilidade, esta coação interna não pode ser relativa, deve ser absoluta (anule completamente a vontade do agente e o impeça de uma opção).