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APOSTILA DE CA´LCULO II FRANKLIN ZILLMER Universidade Federal de Sergipe - UFS Campus de Sa˜o Cristo´va˜o Departamento de Matema´tica Sergipe - SE 2010 2 Essa apostila e´ destinada aos alunos da disciplina de Ca´lculo II. Nesse material se encontram a teoria e tambe´m exemplos, os quais sera˜o resolvidos em sala de aula para que haja fixac¸a˜o da teoria. A apostila foi feira com base no livro de Ca´lculo, volumes 1 e 2, de Thomas o qual se encontra na bibliografia. Cap´ıtulo 1 Integral Impro´pria Definic¸a˜o 1 Integrais com limites infinitos de integrac¸a˜o sa˜o integrais impro´prias do tipo I 1. Se f(x) e´ cont´ınua em [a,∞], enta˜o∫ ∞ a f(x)dx = lim b→∞ ∫ b a f(x)dx; 2. Se f(x) e´ cont´ınua em [−∞, b], enta˜o∫ b −∞ f(x)dx = lim a→−∞ ∫ b a f(x)dx; 3. Se f(x) e´ cont´ınua em (−∞,∞), enta˜o∫ ∞ −∞ f(x)dx = ∫ c −∞ f(x)dx+ ∫ ∞ c f(x)dx, onde c e´ qualquer nu´mero real. Em todos os casos, se o limite e´ finito, dizemos que a integral impro´pria converge e que o limite e´ o valor da integral impro´pria. Se o limite na˜o existe, dizemos que a integral impro´pria diverge. Se f ≥ 0, ou seja, os valores da func¸a˜o sa˜o sempre positivos no intervalo de integrac¸a˜o, enta˜o qualquer uma das integrais na definic¸a˜o dada pode ser interpretada como uma a´rea. 3 4 CAPI´TULO 1. INTEGRAL IMPRO´PRIA Exemplo 1 A a´rea sob a curva y = lnx x2 de x = 1 a x =∞ e´ finita? Se for, qual e´ a sua a´rea? Soluc¸a˜o: Exemplo 2 Calcule ∫∞ −∞ 1 1+x2 dx. Soluc¸a˜o: Exemplo 3 Para quais valores de p a integral ∫∞ 1 1 xp dx converge? Quando a integral converge, qual e´ o seu valor? Soluc¸a˜o: Definic¸a˜o 2 Integrais de func¸o˜es que se tornam infinitas em um ponto den- tro do intervalo de integrac¸a˜o sa˜o integrais impro´prias do tipo II 1. Se f(x) e´ cont´ınua em (a, b] e descont´ınua em a, enta˜o∫ b a f(x)dx = lim c→a+ ∫ b c f(x)dx; 2. Se f(x) e´ cont´ınua em [a, b) e descont´ınua em b, enta˜o∫ b a f(x)dx = lim c→b− ∫ c a f(x)dx; 3. Se f(x) e´ descont´ınua em c, onde a < c < b e cont´ınua em [a, c)∪(c, b], enta˜o ∫ b a f(x)dx = ∫ c a f(x)dx+ ∫ b c f(x)dx. Em todos os casos, se o limite e´ finito, dizemos que a integral impro´pria converge e que o limite e´ o valor da integral impro´pria. Se o limite na˜o existe, dizemos que a integral impro´pria diverge. Exemplo 4 Verifique a convergeˆncia de ∫ 1 0 1 1−xdx. 1.1. TESTES PARA CONVERGEˆNCIA E DIVERGEˆNCIA 5 Soluc¸a˜o: Exemplo 5 Calcule ∫ 3 0 1 (x−1) 23 dx. Soluc¸a˜o: Exemplo 6 Calcule a integral ∫∞ 2 x+3 (x−1)(x2+1)dx. Soluc¸a˜o: Exemplo 7 Calcule o volume do so´lido infinito. As sec¸o˜es transversais do so´lido, perpendiculares ao eixo x sa˜o discos circulares com diaˆmetros que va˜o do eixo x a curva y = ex, −∞ ≤ x ≤ ln 2. Soluc¸a˜o: Observac¸a˜o 1 Sempre que encontrar uma integral, voceˆ precisa examinar a func¸a˜o e decidir se a integral e´ impro´pria. Se f e´ cont´ınua no intervalo de integrac¸a˜o, a integral e´ comum ou pro´pria. Exemplo 8 Calcule ∫ 3 0 dx x−1 . Soluc¸a˜o: 1.1 Testes para convergeˆncia e divergeˆncia Teorema 1 Teste da comparac¸a˜o direta Sejam f e g func¸o˜es cont´ınuas em [a,∞), com 0 ≤ f(x) ≤ g(x) para qualquer x ≥ a. Enta˜o 1. ∫∞ a f(x)dx converge se ∫∞ a g(x)dx converge; 2. ∫∞ a g(x)dx diverge se ∫∞ a f(x)dx diverge. 6 CAPI´TULO 1. INTEGRAL IMPRO´PRIA Teorema 2 Teste de comparac¸a˜o no limite Se as func¸o˜e positivas f e g sa˜o cont´ınuas em [a,∞) e se limx→∞ f(x)g(x) = L, 0 < L <∞, enta˜o ∫ ∞ a f(x)dx e ∫ ∞ a g(x)dx sa˜o ambas convergentes ou ambas divergentes. Exemplo 9 Usando o teorema anterior temos que: • ∫∞ 1 sen2x x2 dx converge porque ... • ∫∞ 1 1√ x2−0,1 dx diverge porque ... Exemplo 10 Mostre que ∫∞ 1 dx 1+x2 converge por comparac¸a˜o com ∫∞ 1 1 x2 dx. Calcule e compare os valores das duas integrais. Soluc¸a˜o: Cap´ıtulo 2 Sequ¨eˆncias Definic¸a˜o 3 Uma sequ¨eˆncia infinita de nu´meros e´ uma func¸a˜o cujo domı´nio e´ o conjunto dos nu´meros inteiros positivos. Exemplo 11 2, 4, 6, 8, 10, 12, . . . , 2n, . . . e´ uma sequ¨eˆncia. A func¸a˜o associ- ada atribui 1 a a1 = 2, 2 a a2 = 4, 3 a a3 = 6, . . ., n a an = 2n que e´ o comportamento geral da func¸a˜o. As sequ¨eˆncias podem ser descritas por meio de regras, que especifiquem seus termos, tais como: an = √ n, bn = (−1)n+1 1n , cn = n−1n e dn = (−1)n+1, por meio da listagem de seus termos: {an} = { √ 1, √ 2, . . . , √ n, . . .}; {bn} = {1,−12 , 13 ,−14 , . . . , (−1)n+1 1n , . . .}{cn} = {0, 12 , 23 , 34 , . . . , n−1n , . . .}{dn} = {1,−1, 1,−1, . . . , (−1)n+1, . . .} ou tambe´m {an} = { √ n}∞n=1, {bn} = {(−1)n+1 1n}∞n=1, {cn} = {n−1n }∞n=1 e{dn} = {(−1)n+1}∞n=1. 2.1 Convergeˆncia e divergeˆncia Definic¸a˜o 4 A sequ¨eˆncia {an} converge para o nu´mero L se para todo nu´mero positivo ε existe um inteiro N tal que para todo n n > N ⇒ |an − L| < ε. 7 8 CAPI´TULO 2. SEQU¨EˆNCIAS Se esse nu´mero L na˜o existe, dizemos que {an} diverge. Se {an} converge para L, escrevemos limn→∞ an = L, ou an → L e chamamos L de limite da sequ¨eˆncia. Definic¸a˜o 5 A sequ¨eˆncia {an} diverge para o infinito (menos infinito) se para todo nu´mero M (m) existe um inteiro N tal que para todo n > N , an > M (an < m). Se essa condic¸a˜o for verdadeira limn→∞ an = ∞, ou an →∞ (limn→∞ an = −∞, ou an → −∞). 2.2 Calculando limites de sequ¨eˆncias Teorema 3 Sejam {an} e {bn} sequ¨eˆncias de nu´meros reais e sejam A e B nu´meros reais. As regras a seguir sa˜o verdadeiras se limn→∞ an = A e limn→∞ bn = B. 1. Regra da soma: limn→∞(an + bn) = A+B; 2. Regra da diferenc¸a: limn→∞(an − bn) = A−B; 3. Regra do produto: limn→∞(an · bn) = A ·B; 4. Regra da multiplicac¸a˜o por constante: limn→∞(kbn) = kB (para todo k); 5. Regra do quociente: limn→∞ anbn = A B se B 6= 0. Exemplo 12 Considerando o teorema anterior, temos: • limn→∞ −1n = −1 · limn→∞ 1n = −1 · 0 = 0; • limn→∞ n−1n = limn→∞ 1− 1n = limn→∞ 1− limn→∞ 1n = 1− 0 = 1; • limn→∞ 4−7n6n6+3 = limn→∞ 4 n6 −7 1+ 3 n6 = 0−7 1+0 = −7; 2.2. CALCULANDO LIMITES DE SEQU¨EˆNCIAS 9 Teorema 4 Teorema do confronto para sequ¨eˆncias Sejam {an}, {bn} e {cn} sequ¨eˆncias de nu´meros reais. Se an ≤ bn ≤ cn para todo n ale´m de algum ı´ndice N e se limn→∞ an = limn→∞ cn = L, enta˜o limn→∞ bn = L. Teorema 5 Teorema da func¸a˜o cont´ınua para sequ¨eˆncias Seja {an} uma sequ¨eˆncia de nu´meros reais. Se an → L e se f for uma func¸a˜o cont´ınua em L e definida para todo an, enta˜o f(an)→ f(L). Teorema 6 Suponha que f(x) seja definida para todo x ≥ n0 e que {an} seja uma sequ¨eˆncia de nu´meros reais tal que an = f(n) para n ≥ n0. Enta˜o lim x→∞ f(x) = L⇒ lim n→∞ (an) = L. Exemplo 13 Mostre que limn→∞ lnnn = 0. Soluc¸a˜o: Exemplo 14 Encontre limn→∞ 2 n 5n . Soluc¸a˜o: Exemplo 15 A sequ¨eˆncia cujo n-e´simo termo e´ an = ( n+1 n−1 )n converge? Em caso afirmativo, encontre limn→∞ an. Soluc¸a˜o: Teorema 7 As seis sequ¨eˆncias a seguir convergem para os limites listados: 1. limn→∞ lnnn = 0; 2. limn→∞ n √ n = 1; 3. limn→∞ x 1 n = 1 (x > 0); 10 CAPI´TULO 2. SEQU¨EˆNCIAS 4. limn→∞ xn = 0 (|x| < 1); 5. limn→∞ ( 1 + x n )n = ex (todo x); 6. limn→∞ x n n! = 0 (todo x). De 3− 6 o valor de x se mante´m fixo enquanto n→∞. Exemplo 16 Utilizando o teorema anterior • lnn2 n = 2 lnn n → 2 · 0 = 0; • n√n2 = n 2n = ( n 1 n )2 → 12 = 1; • n√3n = 3 1n · n 1n → 1 · 1 = 1; • (−1 2 )n → 0; • (n−2 n )n = ( 1− 2 n )n → e−2; • 100 n! → 0. Cap´ıtulo 3 Se´ries Definic¸a˜o 6 Dada uma sequ¨eˆncia de nu´meros {an}, uma expressa˜o daforma a1 + a2 + a3 + . . .+ an + . . . e´ uma se´rie infinita. O nu´mero an e´ o n-e´simo termo da se´rie. A sequ¨eˆncia {an} definida por s1 = a1 s2 = a1 + a2 ... sn = a1 + a2 + . . .+ an = ∑n k=1 ak e´ a sequ¨eˆncia de somas parciais da se´rie na qual o nu´mero sn e´ a n-e´sima soma parcial. Se a sequ¨eˆncia de somas parciais convergir para um limite L, dizemos que a se´rie converge e que sua soma e´ L. Nesse caso, tambe´m escrevemos a1 + a2 + . . .+ an + . . . = n∑ k=1 ak = L. Se a sequ¨eˆncia de somas parciais da se´rie na˜o converge, dizemos que a se´rie diverge. 3.1 Se´rie Geome´trica Se´ries geome´tricas sa˜o se´ries da forma a+ ar + ar2 + . . .+ arn−1 + . . . = ∞∑ n=1 arn−1 = ∞∑ n=0 arn 11 12 CAPI´TULO 3. SE´RIES onde a 6= 0 e a e r reais fixos. A raza˜o r pode ser positiva, como 1 + 1 2 + 1 4 + . . .+ ( 1 2 )n−1 + . . . ou negativa, como em 1− 1 3 + 1 9 − . . .+ ( −1 3 )n−1 + . . . Se |r| < 1, a se´rie geome´trica a+ ar + ar2 + . . .+ arn−1 + . . . converge para a 1−r . ∞∑ n=1 arn−1 = a 1− r , se |r| < 1. Se |r| ≥ 1, a se´rie diverge. Exemplo 17 A se´rie geome´trica 1 9 + 1 27 + 1 81 + . . . = ∑∞ n=1 1 9 ( 1 3 )n−1 = 1 9 1− 1 3 = 1 6 . Exemplo 18 A se´rie ∑∞ n=0 (−1)n5 4n e´ uma se´rie geome´trica com a = 5 e r = −1 4 . Ela converge para a 1−r = 5 1+ 1 4 = 4. Exemplo 19 (Se´rie Telesco´pica) Encontre a soma da se´rie ∑∞ n=1 1 n(n+1) . Soluc¸a˜o: Teorema 8 Se ∑∞ n=1 an converge, enta˜o an → 0. A partir do teorema, obtemos o seguinte teste. Teste do n-e´simo termo para divergeˆncia: ∑∞ n=1 an diverge, se limn→∞ an na˜o existe ou e´ diferente de zero. Exemplo 20 a ∑∞ n=1 n 2 diverge porque n2 →∞; 3.1. SE´RIE GEOME´TRICA 13 b ∑∞ n=1 n+1 n diverge porque n+1 n → 1; c ∑∞ n=1(−1)n+1 diverge porque limn→∞(−1)n+1 na˜o existe; d ∑∞ n=1 −n 2n+5 diverge porque limn→∞ −n2n+5 = −1 2 6= 0. Teorema 9 Se ∑∞ n=1 an = A e ∑∞ n=1 bn = B forem se´ries convergentes, enta˜o: 1. ∑∞ n=1(an + bn) = ∑∞ n=1 an + ∑∞ n=1 bn = A+B; 2. ∑∞ n=1(an − bn) = ∑∞ n=1 an − ∑∞ n=1 bn = A−B; 3. ∑∞ n=1 kan = k ∑∞ n=1 an = kA para todo k. Se ∑∞ n=1 an diverge e k 6= 0, enta˜o ∑∞ n=1 kan diverge. Se ∑∞ n=1 an converge e ∑∞ n=1 bn diverge, enta˜o ∑∞ n=1(an ± bn) diverge. Se ∑∞ n=1 an diverge e ∑∞ n=1 bn diverge, ∑∞ n=1(an ± bn) pode ser convergente, como por exemplo: ∑∞ n=1 an = 1 + 1 + 1 + . . . diverge, ∑∞ n=1 bn = (−1) + (−1) + (−1) + . . . diverge e ∑∞n=1(an + bn) = 0 + 0 + 0 + . . . converge e tem soma igual a zero. Exemplo 21 Calcule a soma das seguintes se´ries. a ∑∞ n=1 3n−1−1 6n−1 ; b ∑∞ n=0 4 2n . Teorema 10 Seja {an} uma sequ¨eˆncia de termos positivos. Suponha que an = f(n), onde f e´ uma func¸a˜o de x cont´ınua, positiva e decrescente para todo x ≥ N (N inteiro positivo). Enta˜o, tanto a se´rie ∑∞n=N an quanto a integral ∫∞ 1 f(x)dx convergem ou tanto uma quanto a outra divergem. 14 CAPI´TULO 3. SE´RIES Exemplo 22 (As p-se´ries) Mostre que a p-se´rie ∑∞ n=1 1 np = 1 1p + 1 2p + 1 3p + . . .+ 1 np + . . . converge se p > 1 e diverge se p ≤ 1 (p ∈ R). Soluc¸a˜o: Teorema 11 (Teste da Comparac¸a˜o) Seja ∑∞ n=1 an uma se´rie com termos na˜o-negativos. (a) ∑∞ n=1 an converge se existe uma se´rie convergente ∑∞ n=1 cn com an ≤ cn para todo n > N , para algum inteiro N . (b) ∑∞ n=1 an diverge se existe uma se´rie divergente de termos na˜o negativos∑∞ n=1 dn com an ≥ dn para todo n > N , para algum inteiro N . Exemplo 23 a A se´rie ∑∞ n=1 5 5n−1 diverge porque seu n-e´simo termo 5 5n−1 = 1 n− 1 5 > 1 n e´ maior que o n-e´simo termo da se´rie harmoˆnica que e´ diver- gente. b A se´rie ∑∞ n=0 1 n! converge porque seus termos sa˜o positivos e menores ou iguais aos termos correspondentes de 1+ ∑∞ n=0 1 2n = 1+ 1 1− 1 2 = 1+2 = 3 que e´ uma se´rie geome´trica convergente. Teorema 12 (Teste de comparac¸a˜o no limite) Suponha que an > 0 e bn > 0 para todo n ≥ N (N inteiro positivo). 1. Se limn→∞ anbn = c > 0, enta˜o ambos ∑∞ n=1 an e ∑∞ n=1 bn convergem ou divergem. 2. Se limn→∞ anbn = 0, e ∑∞ n=1 bn converge, enta˜o ∑∞ n=1 an converge. 3. Se Se limn→∞ anbn =∞, e ∑∞ n=1 bn diverge, enta˜o ∑∞ n=1 an diverge. Exemplo 24 Quais das se´ries a seguir convergem? E quais divergem? a ∑∞ n=1 2n+1 (n+1)2 ; 3.1. SE´RIE GEOME´TRICA 15 b ∑∞ n=1 1 2n−1 ; c ∑∞ n=2 1+n lnn n2+5 . Soluc¸a˜o: a b c Teorema 13 (Teste da Raza˜o) Seja ∑∞ n=1 an uma se´rie com termos positivos e suponha que limn→∞ an+1 an = p. Enta˜o: (a) a se´rie converge se p < 1; (b) a se´rie diverge se p > 1 ou p for infinito; (c) o teste e´ inconclusivo se p = 1. Exemplo 25 Investigue a convergeˆncia das se´ries a seguir: a ∑∞ n=1 2n+5 3n ; b ∑∞ n=1 (2n)! n!n! ; c ∑∞ n=1 4nn!n! (2n)! . Soluc¸a˜o: a b c 16 CAPI´TULO 3. SE´RIES Teorema 14 (Teste da Raiz) Seja ∑∞ n=1 an uma se´rie com an ≥ 0 para n ≥ N e suponha que limn→∞ n √ an = p. Enta˜o: (a) a se´rie converge se p < 1; (b) a se´rie diverge se p > 1 ou p for infinito; (c) o teste e´ inconclusivo se p = 1. Exemplo 26 Quais das se´ries a seguir convergem e quais divergem? a ∑∞ n=1 n2 2n ; b ∑∞ n=1 2n n2 ; c ∑∞ n=1 ( 1 1+n )n . Soluc¸a˜o: a b c Exemplo 27 Seja an = { n 2n n impar 1 2n n par , ∑∞ n=1 an converge? Soluc¸a˜o: 3.2. SE´RIES ALTERNADAS 17 3.2 Se´ries Alternadas Teorema 15 (Teste da Se´rie Alternada) A se´rie ∑∞ n=1(−1)n+1un = u1 − u2 + u3 − u4 + . . . convergira´ se as treˆs condic¸o˜es forem satisfeitas: 1. un positivos; 2. un ≥ un+1 para todo n ≥ N , para algum N inteiro; 3. un → 0. Exemplo 28 A se´rie harmoˆnica alternada ∑∞ n=1(−1)n+1 1n = 1− 12 + 13− 14 + . . . converge pelo teorema anterior. Definic¸a˜o 7 Uma se´rie ∑∞ n=1 an converge absolutamente (e´ absolutamente convergente) se ∑∞ n=1 |an| converge. Uma se´rie que converge, mas na˜o con- verge absolutamente, converge condicionalmente. Teorema 16 (Teste da Convergeˆncia Absoluta) Se ∑∞ n=1 |an| converge, enta˜o ∑∞ n=1 an converge. Exemplo 29 Para ∑∞ n=1 senn n2 a se´rie de valores absolutos correspondente e´∑∞ n=1 | sennn2 | que converge por comparac¸a˜o com ∑∞ n=1 1 n2 porque |senn| ≤ 1 para todo n. A se´rie original converge absolutamente portanto e´ convergente. 3.3 Se´ries de Poteˆncias Definic¸a˜o 8 Uma se´rie de poteˆncias centrada em x = 0 e´ uma se´rie da forma ∞∑ n=0 cnx n = c0 + c1x+ c2x 2 + . . .+ cnx n + . . . Uma se´rie de poteˆncias centrada em x = a e´ uma se´rie da forma ∞∑ n=0 cn(x− a)n = c0 + c1(x− a) + c2(x− a)2 + . . .+ cn(x− a)n + . . . na qual o centro a e os coeficientes c0, c1, c2, . . . , cn, . . . sa˜o constantes. 18 CAPI´TULO 3. SE´RIES Exemplo 30 A se´rie de poteˆncias ∑∞ n=0 x n e´ uma se´rie geome´trica com a1 = 1 e r = x. Ela converge para 1 1−x para |x| < 1, expressamos isso escrevendo 1 1− x = 1 + x+ x 2 + . . .+ xn + . . . ,−1 < x < 1. Exemplo 31 A se´rie de poteˆncias 1− 1 2 (x−2)+ 1 4 (x−2)2+ . . .+(−1 2 )n (x− 2)n + . . . e´ uma se´rie geome´trica com a1 = 1 e raza˜o r = −x−22 . A se´rie converge para ∣∣x−2 2 ∣∣ < 1⇒ −2 < x− 2 < 2⇒ 0 < x < 4. A soma e´ ... 3.4 Convergeˆncia de Se´ries de Poteˆncia A convergeˆncia de se´ries ∑∞ n=0 cn(x− a)n e´ descrita por uma das treˆs possi- bilidades a seguir: 1. Existe R > 0 tal quea se´rie diverge para x com |x − a| > R, mas converge absolutamente para x com |x− a| < R. A se´rie pode ou na˜o convergir em uma das extremidades x = a−R e x = a+R; 2. A se´rie converge absolutamente para todo x (R =∞); 3. A se´rie converge em x = a e diverge em todos os outros pontos (R = 0). (Chamamos R de raio de convergeˆncia da se´rie de poteˆncias). Exemplo 32 Para quais valores de x as se´ries de poteˆncias a seguir con- vergem? a ∑∞ n=1(−1)n−1 x n n ; b ∑∞ n=1(−1)n−1 x 2n−1 2n−1 ; c ∑∞ n=1 xn n! ; d ∑∞ n=1 n!x n. Soluc¸a˜o: a 3.5. DERIVAC¸A˜O TERMO A TERMO 19 b c d 3.5 Derivac¸a˜o Termo a Termo Se ∑∞ n=0 cn(x−a)n converge para a−R < x < a+R para algum R > 0, isso define uma func¸a˜o f : f(x) = ∞∑ n=0 cn(x− a)n, a−R < x < a+R. Tal func¸a˜o f tem derivadas de todas as ordens dentro do intervalo de con- vergeˆncia, sendo elas f ′(x) = ∑∞ n=1 ncn(x− a)n−1 f ′′(x) = ∑∞ n=2 n(n− 1)cn(x− a)n−2 e assim por diante. Cada uma dessas se´ries derivadas converge em todo ponto interior do intervalo de convergeˆncia da se´rie original. Exemplo 33 Encontre as se´ries para f ′(x) e f ′′(x) se f(x) = 1 1− x = 1 + x+ x 2 + x3 + x4 + . . .+ xn + . . . = ∞∑ n=0 xn,−1 < x < 1. Soluc¸a˜o: 20 CAPI´TULO 3. SE´RIES 3.6 Integrac¸a˜o Termo a Termo Suponha que f(x) = ∑∞ n=0 cn(x − a)n convirja para a − R < x < a + R (R > 0). Enta˜o ∑∞ n=0 cn (x−a)n+1 n+1 converge para a−R < x < a+R e∫ f(x)dx = ∞∑ n=0 cn (x− a)n+1 n+ 1 + C para a−R < x < a+R. Exemplo 34 Identifique a func¸a˜o f(x) = x− x3 3 + x 5 5 − . . . ,−1 ≤ x ≤ 1. Soluc¸a˜o: 3.7 Se´ries de Taylor Definic¸a˜o 9 Seja f uma func¸a˜o com derivadas de todas as ordens em algum intervalo contendo a como um ponto interior. Enta˜o, a se´rie de Teylor gerada por f em x = a e´ ∞∑ n=0 f (k)(a) k! (x−a)k = f(a)+f ′(a)(x−a)+f ′′(a)(x− a)2 2! +. . .+ f (n)(a) n! (x−a)n+. . . Se a = 0, ∞∑ n=0 f (k)(0) k! xk = f(0) + f ′(0)x+ f ′′(0)x2 2! + . . .+ f (n)(0) n! xn + . . . e´ a se´rie de Taylor de f , ou tambe´m chamamos se´rie de Maclaurin gerada por f . Exemplo 35 Encontre a se´rie de Taylor gerada por f(x) = 1 x em a = 2. Se a se´rie converge para 1 x , onde isso ocorre? Soluc¸a˜o: 3.7. SE´RIES DE TAYLOR 21 Definic¸a˜o 10 Seja f uma func¸a˜o com derivadas de ordem k, k = 1, 2, . . . , N em algum intervalo contendo a como um ponto interior. Enta˜o para qualquer inteiro n de 0 a N , o polinoˆmio de Taylor de ordem n gerado por f em x = a e´ o polinoˆmio Pn(x) = f(a)+f ′(a)(x−a)+f ′′(a)(x− a)2 2! +. . .+ f (k)(a) k! (x−a)k+. . . f (n)(a) n! (x−a)n. Exemplo 36 Encontre a se´rie de Taylor e os polinoˆmios de Taylor gerados por f(x) = ex em x = 0. Soluc¸a˜o: Exemplo 37 Encontre a se´rie e os polinoˆmios de Taylor gerados por f(x) = cosx em x = 0. Soluc¸a˜o: 22 CAPI´TULO 3. SE´RIES Cap´ıtulo 4 Func¸o˜es Vetoriais Sejam x = f(t), y = g(t) e z = h(t), t ∈ I. (1) Os pontos (x, y, z) = (f(t), g(t), h(t)), t ∈ I formam uma curva no espac¸o que e´ a trajeto´ria de uma part´ıcula. As equac¸o˜es e o intervalo em (1) parametrizam a curva. A curva no espac¸o tambe´m pode ser representada na forma vetorial. O vetor r(t) = −→ OP = f(t)~i + g(t)~j + h(t)~k a partir da origem ate´ a posic¸a˜o da part´ıcula P = (f(t), g(t), h(t)) no instante t e´ o ve- tor posic¸a˜o da part´ıcula. As func¸o˜es f , g e h sa˜o as func¸o˜es componentes do vetor posic¸a˜o e r define uma func¸a˜o vetorial da varia´vel real t no intervalo I. Exemplo 38 Represente graficamente a func¸a˜o vetorial r(t) = (cos t)~i + (sent)~j + t~k. Soluc¸a˜o: 4.1 Limites e Continuidade Definic¸a˜o 11 Sejam r(t) = f(t)~i + g(t)~j + h(t)~k uma func¸a˜o vetorial e L um vetor. Dizemos que r tem limite em L a` medida que t se aproxima de t0 e escrevemos lim t→t0 r(t) = L 23 24 CAPI´TULO 4. FUNC¸O˜ES VETORIAIS se para todo nu´mero ε > 0, existe um nu´mero correspondente δ > 0 tal que para todo t 0 < |t− t0| < δ ⇒ |r(t)− L| < ε. Exemplo 39 Se r(t) = (cos t)~i+ (sent)~j + t~k, enta˜o calcule o limite de r(t) quando t→ pi 4 . Definic¸a˜o 12 Uma func¸a˜o vetorial r(t) sera´ cont´ınua em um ponto t = t0 no seu domı´nio se limt→t0 r(t) = r(t0). A func¸a˜o sera´ cont´ınua se for cont´ınua em todos os pontos do seu domı´nio. Seja r(t) = f(t)~i + g(t)~j + h(t)~k o vetor posic¸a˜o de uma part´ıcula que se move ao longo de uma curva e f , g e h func¸o˜es deriva´veis em t. Enta˜o a diferenc¸a entre as posic¸o˜es da part´ıcula no instante t e no instante t+∆t e´ ∆r = r(t+∆t)− r(t). Definic¸a˜o 13 A func¸a˜o vetorial r(t) = f(t)~i+g(t)~j+h(t)~k tem uma derivada (e´ deriva´vel) em t se f , g e h teˆm derivadas em t. A derivada e´ a func¸a˜o vetorial r′(t) = dr dt = lim ∆t→0 r(t+∆t)− r(t) ∆t = df dt ~i+ dg dt ~j + dh dt ~k. Uma func¸a˜o vetorial r e´ deriva´vel se for deriva´vel em todos os pontos de seu domı´nio. A curva trac¸ada por r e´ lisa se dr dt for cont´ınua e nunca 0, isto e´, se f , g e h tiverem derivadas primeiras cont´ınuas que na˜o sejam simultaneamente 0. O vetor r′(t) quando diferente de 0, e´ um vetor tangente a` curva em P . Uma curva que e´ feita de um nu´mero finito de curvas lisas ligadas de maneira cont´ınua e´ lisa por partes. Definic¸a˜o 14 Se r e´ o vetor posic¸a˜o de uma part´ıcula que se move ao longo de uma curva lisa no plano, enta˜o v(t) = dr dt e´ o vetor velocidade da part´ıcula, tangente a` curva. Em qualquer instante t, a direc¸a˜o de v e´ a direc¸a˜o do movimento, a magnitude de v representa o mo´dulo da velocidade da part´ıcula, e a derivada a = dv dt , quando existe e´ o vetor acelerac¸a˜o da part´ıcula. Em resumo: 4.2. REGRAS DE DERIVAC¸A˜O 25 1. A velocidade e´ a derivada da posic¸a˜o: v = dr dt ; 2. O mo´dulo da velocidade e´ a magnitude da velocidade = |v|; 3. A acelerac¸a˜o e´ a derivada da velocidade: a = dv dt = d 2r dt2 ; 4. O vetor unita´rio v|v| e´ a direc¸a˜o do movimento no instante t. Exemplo 40 Uma pessoa em uma asa-delta esta´ espiralando para cima dev- ido ao ar ascendente em uma trajeto´ria com vetor projec¸a˜o r(t) = (3 cos t)~i+ (3sent)~j + t2~k. Encontre: a Os vetores velocidade e acelerac¸a˜o; b O mo´dulo da velocidade da asa-delta em qualquer instante t; c Os instantes, se houver algum, em que a acelerac¸a˜o da asa-delta e´ ortogonal a sua velocidade. Soluc¸a˜o: a b c 4.2 Regras de Derivac¸a˜o Sejam u e v func¸o˜es vetoriais deriva´veis de t, C um vetor constante, c qualquer escalar e f qualquer func¸a˜o escalar deriva´vel, enta˜o 1. d dt C = 0; 26 CAPI´TULO 4. FUNC¸O˜ES VETORIAIS 2. d dt [c · u(t)] = c · u′(t); d dt [f(t)u(t)] = f ′(t) · u(t) + f(t) · u′(t); 3. d dt [u(t) + v(t)] = u′(t) + v′(t); 4. d dt [u(t)− v(t)] = u′(t)− v′(t); 5. d dt [u(t) · v(t)] = u′(t) · v(t) + u(t) · v′(t); 6. d dt [u(t)× v(t)] = u′(t)× v(t) + u(t)× v′(t); 7. d dt [u(f(t))] = f ′(t) · u′(f(t)). Se r for uma func¸a˜o vetorial deriva´vel de t de comprimento constante, enta˜o r · dr dt = 0. Exemplo 41 Mostre que r(t) = (sent)~i + (cos t)~j + √ 3~k tem comprimento constante e e´ ortogonal a sua derivada. Soluc¸a˜o: 4.3 Integral de Func¸o˜es Vetoriais Definic¸a˜o 15 Se as componentes de r(t) = f(t)~i + g(t)~j + h(t)~k sa˜o in- tegra´veis sobre [a, b] enta˜o r tambe´m e´, e a integral definida de r de a ate´ b e´: ∫ b a r(t)dt = (∫ b a f(t)dt ) ~i+ (∫ b a g(t)dt ) ~j + (∫ b a h(t)dt ) ~k Exemplo 42 Calcule a integral ∫ pi 0 ((cos t)~i+~j − 2t~k)dt. Soluc¸a˜o: 4.4. COMPRIMENTO DE ARCO E VETOR TANGENTE UNITA´RIO27 4.4 Comprimento de Arco e Vetor TangenteUnita´rio Definic¸a˜o 16 O comprimento de uma curva lisa r(t) = f(t)~i+g(t)~j+h(t)~k, a < t < b, que e´ trac¸ado exatamente uma vez a` medida que t aumenta de t = a para t = b e´ L = ∫ b a √( dx dt )2 + ( dy dt )2 + ( dz dt )2 dt = ∫ b a |v|dt. Exemplo 43 Um planador esta´ voando para cima ao longo da he´lice r(t) = (cos t)~i+ (sent)~j + t~k. Qual a distaˆncia percorrida atingida pelo planador ao longo de sua trajeto´ria de t = 0 ate´ t = 2pi = 6, 28s? Soluc¸a˜o: 4.4.1 Paraˆmetro comprimento de arco com ponto base P (t0) s(t) = ∫ t t0 √ [x′(τ)]2 + [y′(τ)]2 + [z′(τ)]2dτ = ∫ t t0 |v(τ)|dτ s(t) e´ um paraˆmetro de comprimento de arco para uma curva lisa C de um ponto base P (t0) ao ponto P (t). Se t > t0, s(t) e´ a distaˆncia entreP (t0) e P (t). Se t < t0, s(t) e´ o oposto da distaˆncia. Exemplo 44 Mostre que se u = u1~i+u2~j+u3~k e´ um vetor unita´rio, enta˜o o paraˆmetro de comprimento da curva r(t) = (x0+tu1)~i+(y0+tu2)~j+(z0+tu3)~k do ponto P0 = (x0, y0, z0) onde t = 0 e´ o pro´prio t. Soluc¸a˜o: Observac¸a˜o 2 Como s(t) = ∫ t t0 |v(τ)|dτ , enta˜o ds dt = |v(t)|. 28 CAPI´TULO 4. FUNC¸O˜ES VETORIAIS Definic¸a˜o 17 O vetor tangente unita´rio de uma curva deriva´vel r(t) e´ T = dr ds = dr dt ds dt = v|v| . Exemplo 45 Encontre o vetor tangente unita´rio da curva r(t) = (3 cos t)~i+ (3sent)~j + t2~k. Soluc¸a˜o: Definic¸a˜o 18 Se T e´ o vetor unita´rio de uma curva lisa, a func¸a˜o curvatura da curva e´ κ = ∣∣dT ds ∣∣. Fo´rmula para calcular a curvatura: Se r(t) e´ uma curva lisa, enta˜o a curvatura e´ κ = 1|v| ∣∣dT dt ∣∣ onde T = v|v| e´ o vetor tangente unita´rio. Exemplo 46 Mostre que a curvatura de um c´ırculo de raio a e´ 1 a . Soluc¸a˜o: Definic¸a˜o 19 Em um ponto onde k 6= 0, o vetor normal unita´rio principal para uma curva no plano e´ N = 1 κ dT ds . Fo´rmula para calcularN : Se r(t) e´ uma curva lisa, enta˜o a normal unita´ria principal e´ N = dT dt | dTdt | onde T = v |v| e´ o vetor tangente unita´rio. Exemplo 47 Encontrar T e N para o movimento circular r(t) = (cos 2t)~i+ (sen2t)~j. Soluc¸a˜o: Observe que T ·N = 0, verificando-se que N e´ ortogonal a T . 4.4. COMPRIMENTO DE ARCO E VETOR TANGENTE UNITA´RIO29 Como os vetores tangente e normal sa˜o ortogonais, se calcularmos B = T ×N que e´ chamado de vetor binormal de uma curva no espac¸o, temos que B e´ unita´rio e ortogonal tanto a T quanto a N . Juntos T,N,B definem um referencial positivo que tem papel significativo no ca´lculo de trajeto´rias de part´ıculas movendo-se no espac¸o. Ele e´ chamado de triedro de Frenet. Definic¸a˜o 20 Sejam B = T × N . A func¸a˜o torc¸a˜o de uma curva lisa e´ τ = −dB ds ·N . Definic¸a˜o 21 Componentes tangencial e normal da acelerac¸a˜o a = aTT + aNN onde aT = d2s dt2 = d dt |v| e aN = κ ( ds dt )2 = κ|v|2 sa˜o as componentes escalares tangencial e normal da acelerac¸a˜o. Fo´rmula para calcular aN : aN = √|a|2 − a2T . Fo´rmula vetorial para curvatura: κ = |v×a||v|3 . Fo´rmula para calcular a torc¸a˜o: τ = ∣∣∣∣∣∣ x˙ y˙ z˙ x¨ y¨ z¨ ˙¨x y¨ z¨ ∣∣∣∣∣∣ |v × a|2 se v × a 6= 0. x˙ = dx dt , y˙ = dy dt , z˙ = dz dt x¨ = d 2x dt2 , y¨ = d 2y dt2 , z¨ = d 2z dt2 x˙ = d 3x dt3 , y˙ = d 3y dt3 , z˙ = d 3z dt3 onde r(t) = x~i+ y~j + z~k. Exemplo 48 Sem encontrar T e N , escreva a acelerac¸a˜o do movimento r(t) = (cos t+ tsent)~i+ (sent− t cos t)~j, t > 0 na forma a = aTT + aNN . Soluc¸a˜o: 30 CAPI´TULO 4. FUNC¸O˜ES VETORIAIS Exemplo 49 Encontre a curvatura e a torc¸a˜o da he´lice r(t) = (a cos t)~i + (asent)~j + bt~k, a, b > 0, a2 + b2 6= 0. Soluc¸a˜o: Cap´ıtulo 5 Derivadas Parciais 5.1 Func¸o˜es de Va´rias Varia´veis Definic¸a˜o 22 Suponha que D seja um conjunto de n-u´plos ordenados de nu´meros reais (x1, x2, . . . , xn). Uma func¸a˜o real f em D e´ uma regra que associa um u´nico nu´mero real w = f(x1, x2, . . . , xn) a cada elemento em D. O conjunto D e´ o domı´nio de f e o conjunto de valores de w assumidos por f e´ a sua imagem. O s´ımbolo w e a varia´vel dependente de f , que por sua vez, e´ considerada uma func¸a˜o de n varia´veis independentes x1 a xn. Tambe´m chamamos os xj de varia´veis de entrada da func¸a˜o e w a varia´vel de sa´ıda da func¸a˜o. Exemplo 50 O valor de f(x, y, z) = √ x2 + y2 + z2 no ponto (3, 0, 4) e´ f(3, 0, 4) = √ 32 + 02 + 42 = √ 25 = 5. Nesse exemplo, f e´ a func¸a˜o distaˆncia da origem ao ponto (x, y, z) nas coordenadas cartesianas espaciais. 5.1.1 Limite e continuidade em dimenso˜es maiores Definic¸a˜o 23 (Limite de uma func¸a˜o de duas varia´veis independentes) A func¸a˜o f(x, y) se aproxima do limite L a` medida que (x, y) se aproxima de (x0, y0), e escrevemos lim (x,y)→(x0,y0) f(x, y) = L 31 32 CAPI´TULO 5. DERIVADAS PARCIAIS se, para todo ε > 0, existe um nu´mero δ > 0 correspondente tal que, para todo (x, y) no domı´nio de f , |f(x, y)− L| < ε sempre que 0 < √ (x− x0)2 + (y − y0)2 < δ. Teorema 17 (Propriedades dos limites de func¸o˜es de duas varia´veis) As regras a seguir sa˜o verdadeiras se L, M e K sa˜o nu´meros reais e lim (x,y)→(x0,y0) f(x, y) = L e lim (x,y)→(x0,y0) g(x, y) = M. 1. Regra da soma: lim(x,y)→(x0,y0)(f(x, y) + g(x, y)) = L+M ; 2. Regra da diferenc¸a: lim(x,y)→(x0,y0)(f(x, y)− g(x, y)) = L−M ; 3. Regra do produto: lim(x,y)→(x0,y0)(f(x, y) · g(x, y)) = L ·M ; 4. Regra da multiplicac¸a˜o por constante: lim(x,y)→(x0,y0)Kf(x, y) = KL; 5. Regra do quociente: lim(x,y)→(x0,y0) f(x,y) g(x,y) = L M , (M 6= 0); 6. Regra da poteˆncia: Se r e s forem inteiros sem nenhum fator comum e s 6= 0, enta˜o lim(x,y)→(x0,y0)(f(x, y)) r s = L r s desde que L r s seja um nu´mero real (Se s e´ par, assumimos que L >)). Exemplo 51 Encontre lim(x,y)→(0,0) x2−xy√ x−√y . Soluc¸a˜o: 5.1.2 Continuidade Definic¸a˜o 24 (Func¸o˜es de duas varia´veis) Uma func¸a˜o f(x, y) e´ cont´ınua no ponto (x0, y0) se 1. f for definida em (x0, y0); 2. lim(x,y)→(x0,y0) f(x, y) existe; 3. lim(x,y)→(x0,y0) f(x, y) = f(x0, y0). 5.2. DERIVADAS PARCIAIS 33 Uma func¸a˜o e´ cont´ınua quando e´ cont´ınua em todos os pontos de seu domı´nio. Teste do dois caminhos para a na˜o existeˆncia de um limite. Se f(x) tem limites diferentes ao longo de dois caminhos diferentes quando (x, y) se aproxima de (x0, y0), enta˜o lim(x,y)→(x0,y0) f(x, y) na˜o existe. Exemplo 52 Mostre que a func¸a˜o f(x, y) = 2x2y x4 + y2 na˜o tem limite quando (x, y) se aproxima de (0, 0). Soluc¸a˜o: Se f e´ cont´ınua em (x0, y0) e g e´ uma func¸a˜o cont´ınua de uma u´nica varia´vel em f(x0, y0), enta˜o a func¸a˜o composta h = g ◦ f definida por h(x, y) = g(f(x, y)) e´ cont´ınua em (x0, y0). Para func¸o˜es de mais varia´veis as definic¸o˜es apresentadas se estendem para essas func¸o˜es. 5.2 Derivadas Parciais Definic¸a˜o 25 (Derivada parcial em relac¸a˜o a x) A derivada parcial de f(x, y) em relac¸a˜o a x no po´nto (x0, y0) e´ ∂f ∂x |(x0,y0) = lim h→0 f(x0 + h, y0)− f(x0, y0) h desde que o limite exista. Definic¸a˜o 26 (Derivada parcial em relac¸a˜o a y) A derivada parcial de f(x, y) em relac¸a˜o a y no po´nto (x0, y0) e´ ∂f ∂y |(x0,y0) = lim h→0 f(x0, y0 + h)− f(x0, y0) h desde que o limite exista. 34 CAPI´TULO 5. DERIVADAS PARCIAIS Notac¸a˜o 1 ∂f ∂y (x0, y0) = fy(x0, y0) = ∂f ∂y = fy. Exemplo 53 Encontre os valores de ∂f ∂x e ∂f ∂y no ponto (4,−5) se f(x, y) = x2 + 3xy + y − 1. Soluc¸a˜o: Exemplo 54 Encontre ∂f ∂y se f(x, y) = ysen(xy). Soluc¸a˜o: Exemplo 55 Encontre fx e fy se f(x, y) = 2y y+cosx . Soluc¸a˜o: Exemplo 56 (Diferenciac¸a˜o Parcial Impl´ıcita) Encontre ∂z ∂x se a equac¸a˜o yz − ln = x + y definirz como uma func¸a˜o de duas varia´veis independentes x e y e a derivada parcial se existir. Soluc¸a˜o: Exemplo 57 (Coeficiente angular - pa´gina 311 e 312)?? 5.2.1 Derivadas Parciais e Continuidade Uma func¸a˜o f(x, y) pode ter derivadas parciais em relac¸a˜o a x e y em um ponto sem ser cont´ınua nesse ponto. Isso difere de uma func¸a˜o de uma u´nica varia´vel, onde a existeˆncia da derivada implica continuidade. Exemplo 58 (Derivadas parciais existem, mas f e´ descont´ınua) Seja f(x, y) = { 0, xy 6= 0 1, xy = 0 . 5.2. DERIVADAS PARCIAIS 35 (a) Encontre o limite de f quando (x, y) se aproxima de (0, 0) ao longo da reta y = x; (b) Prove que f na˜o e´ cont´ınua na origem; (c) Mostre que ambas as derivadas parciais fx e fy existem na origem. Soluc¸a˜o: (a) (b) (c) 5.2.2 Derivadas Parciais de Segunda Ordem Quando derivamos uma func¸a˜o f(x, y) duas vezes, produzimos suas derivadas de segunda ordem. Essas derivadas sa˜o, em geral, denotadas por ∂2f ∂x2 , ∂2f ∂y2 , ∂2f ∂x∂y , ∂2f ∂y∂x . As equac¸o˜es de definic¸a˜o sa˜o: ∂2f ∂x2 = ∂ ∂x ( ∂f ∂x ) , ∂2f ∂x∂y = ∂ ∂x ( ∂f ∂y ) . Exemplo 59 Se f(x, y) = x cos y + yex, encontre ∂2f ∂x2 , ∂2f ∂y2 , ∂2f ∂x∂y , ∂2f ∂y∂x . Soluc¸a˜o: Teorema 18 (Teorema das Derivadas Mistas) Se f(x, y) e suas derivadas parciais fx, fy, fxy e fyx forem definidas em uma regia˜o aberta contendo um ponto (a, b) e todas forem cont´ınuas em (a, b) enta˜o fxy(a, b) = fyx(a, b). 36 CAPI´TULO 5. DERIVADAS PARCIAIS Exemplo 60 Encontre ∂ 2w ∂x∂y se w = xy + e y y2+1 . Soluc¸a˜o: Exemplo 61 Encontre fyxyz se f(x, y, z) = 1− 2xy2z + x2y. Soluc¸a˜o: 5.2.3 Diferenciabilidade Teorema 19 (Teorema do incremento para func¸o˜es de duas varia´veis) Suponha que as derivadas parciais de primeira ordem de f(x, y) sejam definidas em uma regia˜o aberta R que contenha o ponto (x0, y0) e que fx e fy sejam cont´ınuas em (x0, y0). Enta˜o a variac¸a˜o ∆z = f(x0 +∆x, y0 +∆y)− f(x0, y0) no valor de f que resulta do movimento de (x0, u0) para outro ponto (x0 + ∆x, y0 +∆y) em R satisfaz uma equac¸a˜o da forma ∆z = fx(x0, y0)∆x+ fy(x0, y0)∆y + ε1∆x+ ε2∆y na qual ε1, ε2 → 0 quando ∆x,∆y → 0. Definic¸a˜o 27 (Diferenciabilidade de uma func¸a˜o) A func¸a˜o z = f(x, y) e´ diferencia´vel em (x0, y0) se fx(x0, y0) e fy(x0, y0) existem e ∆z satisfaz uma equac¸a˜o da forma ∆z = fx(x0, y0)∆x+ fy(x0, y0)∆y + ε1∆x+ ε2∆y na qual ε1, ε2 → 0 quando ∆x,∆y → 0. Dizemos que f e´ diferencia´vel se ela e´ diferencia´vel em todos os pontos de seu domı´nio. Corola´rio 1 (Continuidade de derivadas parciais implica diferenciabilidade) Se as derivadas parciais fx e fy de uma func¸a˜o f(x, y) sa˜o cont´ınuas ao longo de uma regia˜o aberta R, enta˜o f e´ diferencia´vel em todos os pontos de R. Teorema 20 (Diferenciabilidade implica continuidade) Se uma func¸a˜o f(x, y) e´ diferencia´vel em (x0, y0), enta˜o ela e´ cont´ınua em (x0, y0). 5.2. DERIVADAS PARCIAIS 37 5.2.4 Regra da Cadeia Func¸o˜es de duas varia´veis Teorema 21 Se w = f(x, y) possuir derivadas parciais cont´ınuas fx e fy e se x = x(t) e y = y(t) forem func¸o˜es diferencia´veis de t, enta˜o a composta w = f(x(t), y(t)) sera´ uma func¸a˜o diferencia´vel de t e df dt = fx(x(t), y(t)) · x′(t) + fy(x(t), y(t)) · y′(t) ou dw dt = ∂f ∂x dx dt + ∂f ∂y dy dt . Exemplo 62 Use a regra da cadeia para encontrar a derivada de w = xy em relac¸a˜o a t ao longo do caminho x = cos t e y = sent, Qual e´ o valor da derivada em t = pi 2 ? Soluc¸a˜o: Func¸o˜es de treˆs varia´veis Teorema 22 Se w = f(x, y, z) for diferencia´vel e x, y e z forem func¸o˜es diferencia´veis de t, enta˜o w sera´ uma func¸a˜o diferencia´vel de t e dw dt = ∂f ∂x dx dt + ∂f ∂y dy dt + ∂f ∂z dz dt . Exemplo 63 Encontra dw dt se w = xy + z, x = cos t, y = sent e z = t. Qual e´ o valor da derivada em t = 0? Soluc¸a˜o: Teorema 23 Suponhamos que w = f(x, y, z), x = g(r, s), y = h(r, s) e z = k(r, s). Se todas as quatro func¸o˜es forem diferencia´veis, enta˜o w tera´ derivadas parciais em relac¸a˜o a r e s, dadas pelas fo´rmulas ∂w ∂r = ∂w ∂x ∂x ∂r + ∂w ∂y ∂y ∂r + ∂w ∂z ∂z ∂r 38 CAPI´TULO 5. DERIVADAS PARCIAIS ∂w ∂s = ∂w ∂x ∂x ∂s + ∂w ∂y ∂y ∂s + ∂w ∂z ∂z ∂s . Exemplo 64 Expresse ∂w ∂r e ∂w ∂s em termos de r e s se w = x + 2y + z2, x = r s , y = r2 + ln s e z = 2r. Soluc¸a˜o: Observac¸a˜o 3 Se w = f(x, y), x = g(r, s) e y = h(r, s), enta˜o ∂w ∂r = ∂w ∂x ∂x ∂r + ∂w ∂y ∂y ∂r ∂w ∂s = ∂w ∂x ∂x ∂s + ∂w ∂y ∂y ∂s . Exemplo 65 Expresse ∂w ∂r e ∂w ∂s em termos de r e s se w = x2+y2, x = r−s e y = r + s. Soluc¸a˜o: Observac¸a˜o 4 Se w = f(x) e x = g(r, s), enta˜o ∂w ∂r = ∂w ∂x ∂x ∂r e ∂w ∂s = ∂w ∂x ∂x ∂s . Teorema 24 (Uma fo´rmula de diferenciac¸a˜o impl´ıcita) Suponha que F (x, y) seja diferencia´vel e que a equac¸a˜o F (x, y) = 0 defina y como uma func¸a˜o diferencia´vel de x. Enta˜o, em qualquer ponto onde Fy 6= 0, dy dx = −Fx Fy . Exemplo 66 Use o teorema anterior para encontrar dy dx se y2−x2−sen(xy) = 0. Soluc¸a˜o: 5.2. DERIVADAS PARCIAIS 39 5.2.5 Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente Definic¸a˜o 28 (Derivada Direcional) A derivada de f em P0(x0, y0) na direc¸a˜o do versor u = u1i+u2j e´ o nu´mero( df ds ) u,P0 = lim s→0 f(x0 + su1, y0 + su2)− f(x0, y0) s desde que o limite exista. Exemplo 67 Encontre a derivada de f(x, y) = x2 + xy em P0(1, 2) na direc¸a˜o do vetor unita´rio u = ( 1√ 2 ) i+ ( 1√ 2 ) j. Soluc¸a˜o: Definic¸a˜o 29 (Vetor Gradiente) O vetor gradiente (gradiente) de f(x, y) no ponto P0(x0, y0) e´ o vetor ∇f = ∂f ∂x i+ ∂f ∂y j obtido por meio do ca´lculo das derivadas parciais de f em P0. Teorema 25 (A derivada direcional e´ um produto escalar) Se f(x, y) for diferencia´vel em uma regia˜o aberta contendo Po(x0, y0), enta˜o( df ds ) u,P0 = (∇f)P0 · u o produto escalar do gradiente de f em P0 e u. Exemplo 68 Encontre a derivada de f(x, y) = xey+cos(xy) no ponto (2, 0) na direc¸a˜o de v3i− 4j. Soluc¸a˜o: Propriedades da derivada direcional Duf = ∇f · u = |∇f | cos θ 40 CAPI´TULO 5. DERIVADAS PARCIAIS 1. A func¸a˜o f aumenta mais rapidamente quando cos θ = 1 ou quando u e´ a direc¸a˜o de ∇f . Isto e´, a cada ponto P no seu domı´nio, ∇f cresce mais rapidamente na direc¸a˜o do vetor gradiente ∇f em P . A derivada nessa direc¸a˜o e´ Duf = |∇f | cos(0) = |∇f |; 2. De maneira similar, f decresce mais rapidamente na direc¸a˜o de −∇f . A derivada nessa direc¸a˜o e´ Duf = |∇f | cos(pi) = −|∇f |; 3. Qualquer direc¸a˜o u ortogonal ao gradiente ∇f 6= 0 e´ uma direc¸a˜o de variac¸a˜o zero em f porque θ e´ enta˜o igual a pi 2 e Duf = |∇f | cos(pi 2 ) = |∇f | · 0 = 0. Exemplo 69 Encontre as direc¸o˜es nas quais f(x, y) = ( x2 2 ) + ( y2 2 ) (a) Cresce mais rapidamente no ponto (1, 1); (b) Decresce mais rapidamente em (1, 1); (c) Quais sa˜o as direc¸o˜es de variac¸a˜o zero de f em (1, 1)? Soluc¸a˜o: a b c 5.2. DERIVADAS PARCIAIS 41 Gradientes e reta tangente a curvas de n´ıvel Se uma func¸a˜o diferencia´vel f(x, y) tiver um valor constante c ao longo de uma curva lisa r = g(t)i+h(t)j (fazendo da curva uma curva de n´ıvel de f), enta˜o f(g(t), h(t)) = c. Derivar ambos os lados dessa equac¸a˜o em relac¸a˜o a t leva a`s equac¸o˜es d dt f(g(t), h(t)) = d dt (c) ∂f ∂x dg dt + ∂f ∂y dh dt = 0( ∂f ∂x i+ ∂f ∂y j ) · (dg dt i+ dh dt j ) = 0 ∇f · dr dt = 0. Portanto em todo ponto(x0, y0) no domı´nio de uma func¸a˜o difer- encia´vel f(x, y), o gradiente de f e´ normal a curva de n´ıvel por (x0, y0). 1 Integral Imprópria 1.1 Testes para convergência e divergência 2 Seqüências 2.1 Convergência e divergência 2.2 Calculando limites de seqüências 3 Séries 3.1 Série Geométrica 3.2 Séries Alternadas 3.3 Séries de Potências 3.4 Convergência de Séries de Potência 3.5 Derivação Termo a Termo 3.6 Integração Termo a Termo 3.7 Séries de Taylor 4 Funções Vetoriais 4.1 Limites e Continuidade 4.2 Regras de Derivação 4.3 Integral de Funções Vetoriais 4.4 Comprimento de Arco e Vetor Tangente Unitário 4.4.1 Parâmetro comprimento de arco com ponto base P(t0)
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