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TRANSPLANTE de orgãos Apresentação

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Tipos de TRANSPLANTE (Jacqueline e Renan – no slide tem mais coisa)
Existem três tipos de transplante, são eles: transplante autoplástico, transplante heteroplástico e  transplante heterólogo. O transplante autoplástico, também chamado de autólogo, é aquele que retira células ou tecidos de um indivíduo e os transplanta para outro local do organismo do mesmo indivíduo. Já o transplante heteroplástico é um tipo de transplante que transfere órgãos, tecidos ou células de um indivíduo para outro indivíduo diferente. No transplante heterólogo, órgãos e tecidos são transplantados de um organismo para outro de espécie diferente.
Aspectos Legais (Virgínia e Diego)
A primeira lei brasileira a regular o tema dos transplantes de órgãos foi a de n. 4 280/63, sendo revogada pela 2ª lei de n. 5.479/68. Esta lei, deixou em aberto as discussões, pois o seu art. 1° declara: “A disposição gratuita de uma ou várias partes do corpo, post-mortem, para fins terapêuticos, é permitida na forma desta lei”. Já o art. 10 dispõe: “É permitido à pessoa maior e capaz dispor de órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins humanitários e terapêuticos”. Não há, nesta lei, a palavra “gratuidade”, não havendo, portanto, imposição para que esta condição ocorra. A lei mais recente sobre transplantes é a de n. 8 489/92, regulamentada pelo decreto n. 879/93, que procurou corrigir as distorções dos artigos 1º e 10 da lei n. 4.280/63. O artigo 12 ficou assim explicitado: “É permitida à pessoa maior e capaz dispor gratuitamente de órgãos, tecidos ou partes do próprio corpo vivo para fins humanitários e terapêuticos.
Doador Falecido
No caso de doador de órgão falecido, a retirada dos órgãos e tecidos só ocorrerá após o diagnóstico de morte encefálica do paciente (veja explicação sobre isso mais abaixo). Segundo a Resolução n 1 346/91 do Conselho Federal de Medicina, que dispõe sobre critérios de morte encefálica, em seus princípios adotados, item 2 - “o período de observação desse estado clínico deverá ser de, no mínimo, 6 (seis) horas”
É importante destacar que o diagnóstico de morte encefálica deve ser afirmado por dois médicos NÃO participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos rigorosos. Só isso já torna muito difícil a existência de fraudes (imagine que, para alguém “comprar” um órgão, seria necessário corromper não apenas a equipe de transplantes inteira, como também esses dois médicos que não estão relacionados com a equipe).
Além disso, é legalmente admitida a presença de um médico de confiança da família do falecido no ato de declaração da morte encefálica. Veja o que diz a Lei 9.434/97 (lei que rege os transplantes de órgãos e tecidos no Brasil, com exceção do sangue, óvulo e esperma):
“Lei 9.434/97. Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.
Doação de órgãos após a morte encefálica
Lei 9.434/97, art. 4o. A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte.
Doação menores de idade
Lei 9.434/97, art. 5º. Caso de menores de idade e outras pessoas civilmente incapazes, retirada de órgãos e tecidos só será realizada mediante autorização expressa de ambos os pais ou responsáveis legais.
Carteira de identidade e CNH
Lei 10.211/2001, art. 2º  As manifestações de vontade relativas à retirada "post mortem" de tecidos, órgãos e partes, constantes da Carteira de Identidade Civil e da Carteira Nacional de Habilitação, perdem sua validade a partir de 22 de dezembro de 2000
Aspectos éticos (Yara)
Os aspectos éticos se fundamentam nos princípios da autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. E abordam os seguintes tópicos:
Riscos x Benefícios – A equipe médica deve informar ao paciente dos riscos causados pelo Transplante e os benefícios que o paciente poderá obter por meio do procedimento seja o paciente doador ou receptor
Consentimento Livre e esclarecido – Trata-se da manifestação da essência do principio da autonomia, o individuo deve ter a capacidade para entender e decidir sobre o que será feito.
Doação voluntária
Proibição de comercialização - A justiça Brasileira PROIBE a venda de órgãos. 
Descriminalização de doadores ou Receptores - Não discriminação de doadores e receptores quanto ao sexo, idade, raça, religião, nacionalidade. O artigo 47 do Código de Ética Médica - CFM/889 – é explícito quanto à proibição de discriminação do ser humano, de qualquer natureza ou sob qualquer pretexto. 
Capítulo VI do Conselho de Ética Médica DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS
É vedado ao médico: 
Art. 43. Participar do processo de diagnóstico da morte ou da decisão de suspender meios artificiais para prolongar a vida do possível doador, quando pertencente à equipe de transplante. 
Art. 44. Deixar de esclarecer o doador, o receptor ou seus representantes legais sobre os riscos decorrentes de exames, intervenções cirúrgicas e outros procedimentos nos casos de transplantes de órgãos. 
Art. 45. Retirar órgão de doador vivo quando este for juridicamente incapaz, mesmo se houver autorização de seu representante legal, exceto nos casos permitidos e regulamentados em lei. 
Art. 46. Participar direta ou indiretamente da comercialização de órgãos ou de tecidos humanos.
Aspectos gerenciais (Ana Cecília e Camila)
A Enfermagem, que incorpora o saber de várias ciências, dentre elas a Administração, se fez presente desde os primórdios da inserção do primeiro transplante no Brasil em 1965, o transplante renal.
O ato de administrar depende do processo de tomada de decisões, com objetivo de alcançar ações que utilizem recursos que satisfaçam aos objetivos do trabalho executado em uma instituição, em realizações que compreendem quatro processos interligados: planejamento, organização, execução e controle5. A Enfermagem, que possui meios que possibilitam exercer a função administrativa com competência porque tem o saber e o desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias a esse fazer como parte de sua formação, desempenhou papel relevante na implementação dos transplantes, principalmente no que se refere ao suporte administrativo para que esses ocorressem em condições seguras para todos os atores envolvidos no processo.
Administração em Enfermagem neste quase meio século de realização dessas práticas. Objetivo: Assim, o presente trabalho tem por objetivo identificar, no período de 1965 a 2003, como a Enfermagem se estruturou para gerenciar a assistência de enfermagem frente à realização dos primeiros transplantes.
A temática encontrada resultou construção de três grandes grupamentos distribuídos ao longo do tempo estudado: A Enfermagem e os Recursos Físicos, A Enfermagem e os Recursos Materiais, A Enfermagem e os Recursos Humanos. A década de 60 foi marcada pelo início dos transplantes no Brasil, figurando a participação da Enfermagem no período peri-operatório, tendo o recurso físico e o material como foco no preparo da sala de cirurgia, muito voltada a esterilização de materiais, a fim de combater qualquer meio de infecção, pois ainda não havia medicações imunossupressoras tão eficazes e a antibioticoterapia ainda era restrita.
 A preocupação com os recursos humanos se dava pela escassez de enfermeiros no mercado de trabalho, havendo a necessidade de contratar mais auxiliares de enfermagem para dar subsídios aos enfermeiros. A ênfase para o risco de infecção era primordial, fazendo com que todos profissionais selecionados para atuarjunto à equipe de enfermagem, fossem submetidos a exames laboratoriais, como pré-requisito admissional, sendo, os considerados “doentes”, excluídos da equipe. .Nos anos 70, a Enfermagem expande seu papel para o de gerenciador no peri-operatório, tanto do doador como do receptor, com a atenção mais voltada ao receptor.
Até este momento não havia a valorização da participação dos familiares e do próprio receptor no processo, enfocando-se apenas o procedimento. Desde então também se nota a importância da integração de outros setores, como a Farmácia interagindo com a Enfermagem, surgindo ainda a idéia dos grupos permanentes, das comissões, em que a padronização das condutas do serviço prestado cabe ao enfermeiro, reorientando a ação gerencial de enfermagem para a administração da assistência e não para os recursos isoladamente.
A década de 80 é marcada pela formação de alguns centros transplantadores, como o CEMO - Centro Nacional de Medula Óssea , como referencia nacional no Estado do Rio de Janeiro junto ao Inca-Instituto Nacional de Câncer, fundado em 1982, desafiando o Serviço de Enfermagem do Instituto que pouco conhecia sobre a técnica de transplante de medula óssea. A enfermagem conseguiu desvendar os mistérios, enfatizando o treinamento aos enfermeiros como base para melhora da qualidade da assistência. Assim, este período ficou marcado pela escassez de trabalhos de artigos científicos, cuja razão permanece desconhecida. Porém observou-se em uma dissertação de mestrado apresentada no período, que os enfermeiros assistenciais que contribuíram para a implantação de serviços de transplantes, não negligenciaram os aspectos gerenciais como a previsão e distribuição de recursos humanos e materiais no âmbito do pré, trans e pós-operatório, condizentes com as ações no planejamento, organização e implementação da assistência de enfermagem. Prova disso é que houve a preocupação com a definições de normas e procedimentos de enfermagem, adaptação de recursos físicos nas unidade de transplante, serviço ambulatorial e serviços complementares específicos. 
Outro destaque é o incremento do relacionamento enfermeira e família do receptor. Os anos 90 foram marcados pela expansão do papel gerencial da Enfermagem, não mais restrita ao ato operatório, indo do processo de admissão de pacientes nos programas de transplantes elaborados por enfermeiros, ao processo de captação de órgãos. Assim, a atuação da Enfermagem se estende a procedimento terapêutico, identificando, no enfermeiro, principalmente, a função de coordenador, já que sua presença é de extrema importância para o total sucesso do transplante no receptor. Nesta década começa o questionamento sobre a necessidade de preparo específico para o desempenho tanto da função assistencial quanto gerencial da enfermeira envolvida nos diversos tipos de transplante. A partir do ano 2000, com a multiplicação dos centros transplantadores, fica explícito o papel da enfermeira, realçando sua real importância em gerenciar estes institutos complexos, como elementos capazes de suprir as necessidades nos variados tipos de transplantes, passando a ser protagonista na atividade no centro cirúrgico, na captação, além da própria implantação dos tecidos, como no caso dos enxertos ósseos, como ocorre no Banco de Tecidos do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 
Conclusões: Concluiu-se que a Enfermagem transformou o seu papel gerencial nos decorrer dos quase 40 anos de história dos transplantes, utilizando os recursos humanos, materiais e físicos inicialmente focados no período peri-operatório, evoluindo depois para o exercício de sua função muito além dos limites cirúrgicos, constatando-se que a enfermeira é uma profissão autônoma e protagonista real de uma área da que já está a requerer uma formação no nível de especialização, considerando as similaridades e especificidades dos diferentes tipos de transplantes estudados.
Processo da DOAÇÃO de ÒRGÃOS
Fatos Curiosos
Um fazendeiro de 41 anos de idade de origem latina acordou às 6 horas da manhã e, depois de 15-20 minutos apresentou cefaleia, náusea e vômito, discreta confusão, fala arrastada, perda de força no lado esquerdo do corpo, e problemas de equilíbrio. Por volta das 9 horas da manhã, suas condições clínicas sofreram mais acentuada deterioração, e o paciente necessitou ser submetido à entubação endotraqueal, devido à insuficiência respiratória. Às 10 horas da manhã o paciente tornou-se irresponsivo aos estímulos verbais e dolorosos, e suas pupilas oculares mostraram-se irresponsivas aos estímulos luminosos. O paciente foi transferido para Oshu às 2 horas da tarde, quando o exame clínico demonstrava ainda ausência de resposta pupilar à luz, reflexos corneanos ausentes, ausência de resposta às provas calóricas de estimulação labiríntica (água fria), pobre resposta respiratória, sem retirar as extremidades ao estímulo doloroso. O paciente foi submetido a um exame de angiografia cerebral que demonstrou oclusão do ponto médio da artéria basilar. Subsequentemente o paciente foi submetido à trombólise intra-arterial com uroquinase, o que se mostrou eficiente em dissolver o coágulo por volta das 4 horas da tarde, aproximadamente 9 horas após o início dos primeiros sintomas e 6 horas após o início do coma. Ao longo das 24 horas seguintes, o paciente desenvolveu dramática recuperação, tornando-se consciente, capaz de obedecer a comandos verbais e de mover todas as suas (4) quatro extremidades. Estudos de imagem por ressonância magnética realizada para seguimento do caso demonstraram infartos da ponte, e das regiões occipital e temporal direita. “Três meses depois o paciente encontrava-se caminhando e vivendo independentemente em casa”.

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