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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * MICOBACTERIUM * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * GÊNERO Mycobacterium Complexo M. tuberculosis: agentes da tuberculose humana Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium bovis (BCG) Mycobacterium africanum Mycobacterium microti Mycobacterium canetti Micobactérias não-tuberculosas Mycobacterium leprae (não cultivável) * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CARACTERÍSTICAS Bacilos aeróbios estritos Não esporulados Não encapsulados Imóveis Ligeiramente curvos ou retos (1 - 10 μm) Álcool-ácido-resistentes * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * MORFOLOGIA www.jata.or.jp/rit/ rj/kiso.htm * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CARACTERÍSTICAS Crescimento lento (2 a 8 semanas) Pigmentação (síntese de β-carotenos) Temperatura de crescimento 35-37°C Intracelulares facultativos (macrófagos) Resposta imune celular DNA: 60 a 70% de G + C * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CARACTERÍSTICAS Resistentes à ação de agentes químicos Sensíveis à ação de agentes físicos Meio ambiente (solo, água, etc) Não produzem fatores de virulência que possam explicar as manifestações clínicas Resposta imune do hospedeiro à infecção e aos antígenos da bactéria * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CLASSIFICAÇÃO Runyon (1958) Micobactérias não-tuberculosas Grupo I: fotocromogênicas Grupo II: escotocromogênicas Grupo III: não cromogênicas Rápidos crescedores (menos de 7 dias) * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PAREDE CELULAR Lipídeos: ácidos micólicos (70 a 90 átomos de C) Aproximadamente 60% do peso em massa Ligados ao peptidoglicano através do arabinogalactano Ligações hidrofóbicas formando uma “barreira” ao redor da célula * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * ÁCIDOS MICÓLICOS R1 CH(OH) CH COOH R2 * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PAREDE CELULAR Encontram-se lipídeos também na forma de ésteres de trealose: fator corda e sulfatídeos Indução de citocinas, migração de leucócitos Resistência endógena a drogas conhecidas Beta-lactâmicos: inativos devido a beta-lactamases e impermeabilidade da membrana Maior resistência a agentes químicos (possibilita eliminar flora normal) * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PAREDE CELULAR Proteínas de membrana Altamente imunogênicas Porinas: canais hidrofílicos 100-1000 vezes menos permeável a moléculas hidrofílicas Etambutol: inibe a síntese de arabinogalactano Isoniazida: inibe síntese de ácidos micólicos * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PAREDE CELULAR * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Estrutura antigênica Lipídios São ricas em lipídios com ácidos micólicos, ceras e fosfatídios. Os lipídios estão ligados a proteínas e polissacarídios e são responsáveis pela álcool-ácido-resistência. Os ácidos micólicos podem promover a formação de granuloma. Os fosfolipídios induzem necrose caseosa. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Estrutura antigênica Proteínas Estimulam a reação tuberculínica. Induzem a formação de anticorpos. 2.3.Polissacarídeos Papel na patogenia incerto. Podem induzir hipersensibilidade do tipo imediata * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * DETERMINANTES DE VIRULÊNCIA ADENILATO CICLASE: INIBE A DESGRANULAÇÃO DOS MACRÓFAGOS LIPOARABINOMANANA: REPRIME ATIVIDADE DE CÉLULAS T, INIBE A APRESENTAÇÃO DE Ag, INDUZ LIBERAÇÃO DE TNF ÁCIDOS MICÓLICOS: CONFEREM A ÁCIDO-RESISTÊNCIA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * DETERMINANTES DE VIRULÊNCIA MICOSÍDEOS (FATOR CORDÃO): INIBE A MIGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS, ESTIMULA FORMAÇÃO DE GRANULOMAS, INIBEM A RESPOSTA CELULAR, INIBE A FUSÃO DE LISOSSOMAS E FAGOSSOMAS, INIBE LIBERAÇÃO DE IL-6 (MONÓCITOS) * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * DETERMINANTES DE VIRULÊNCIA SULFATIDAS: POTENCIALIZAM O EFEITO DO FATOR CORDÃO, BLOQUEIAM A DESGRANULAÇÃO DOS MACRÓFAGOS TUBERCULOPROTEÍNAS: INTERFEREM COM A RESPOSTA IMUNE, PROMOVEM INVASÃO CELULAR E HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO TARDIO * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Reação a agentes físicos e químicos São mais resistentes a agentes químicos de que outras bactérias. Os corantes e os agentes anti-bacterianos não inibem o crescimento dos bacilos da tuberculose. Os bacilos são resistentes ao ressecamento e sobrevivem por longos períodos em escarro seco. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PROPRIEDADES TINTORIAIS Gram: bacilos Gram-positivos delgados, pouco corados Às vezes, não captam o violeta cristal ou safranina e aparecem Gram-neutros ou Gram-fantasmas Colorações utilizadas: Ziehl-Neelsen Kinyoun Fluorocromo (auramina-rodamina, auramina-O) * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PROPRIEDADES TINTORIAIS Ziehl-Neelsen: Quando corados pela fucsina não se deixam descorar por uma mistura de álcool (3%) e ácido clorídrico (97%) Firme fixação a certos lipídeos da parede Azul de metileno * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * BACILOSCOPIA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * METABOLISMO Metabolismo clássico Metabolismo de carboidratos Produção de energia Biossíntese de metabólitos de baixo peso molecular Biossíntese de macromoléculas Micobactérias = maioria das bactérias * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * METABOLISMO Capaz de assimilar nutrientes (carbono, lipídeos, proteínas) do ambiente Lipases, proteases, etc Captação do ferro: sideróforo (Micobactina) Parede celular Ferro : micobactinas Exoquelinas: captam ferro a partir de ferritina * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Característica de crescimento São aeróbios obrigatórios. Obtêm energia a partir da oxidação de compostos de carbono. O aumento da tensão de CO2 intensifica o crescimento. O tempo de duplicação dos bacilos é cerca de 18 h. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * QUAL O DIAGNÓSTICO? BACILOSCOPIA = Coloração de Ziehl-Neelsen CULTURA = Meio de Löwenstein-Jensen PCR = Polimerase Reação em Cadeia * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Coloração de bacilos ácido-resistentes Devido ao alto conteúdo de lipídios, a parede celular das micobactérias possui a singular capacidade de fixar o corante fucsina de tal modo que não sofre descoloração pelo álcool-ácido. São necesários 104 BAAR/mL para que sejam detectados microscopicamente. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Técnica de Ziehl-Neelsen a propriedade de ácido-álcool resistência é devida à camada cérea que envolve as micobactérias; para que a carbolfucsina aquosa (corante) penetre através das ceras, a camada deve ser “amaciada” calor; o corante que penetra através da camada amaciada se fixa na parede celular. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Esfregaços - lâminas limpas para coloração de Ziehl-Neelsen ou fluorocrômica, ou ambas; - bastão esterilizado ou alça microbiológica (paltina) de 3mm de diâmetro - estender uma porção do sedimento por cerca de uma superfície de 1 x 2cm. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Técnica de Ziehl-Neelsen Procedimento: 1) cobrir o esfregaço, seco e fixado pelo calor com 5 a 7 gotas do corante carbolfuscina; 2) aquecer a lâmina até emissão do vapor, mas sem deixarsecar; 3) lavar a lâmina em água suavemente; * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Técnica de Ziehl-Neelsen Procedimento: 4) descorar com álcool-ácido até que não apareça mais o corante no lavado (2 min); 5) realizar coloração de contraste com azul-de-metileno (1 a 2 min); 6) enxaguar, escorrer e secar ao ar (1 a 2 min); 7) obs em objetiva 100x com imersão em óleo. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Técnica de Ziehl-Neelsen Resultados: BAAR = VERMELHAS BNAAR = AZUL * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * AMOSTRA Amostras: - trato respiratório (escarro, lavados brônquicos, broncoalveolares, biópsias brônquicas eoutras); - urina, fezes sangue, LCR, biópsias de tecidos e aspirados profundos; - sangue (hemocultivo). * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Amostras - descontaminação: - solução digestiva acetil-cisteína (potência de no máximo 6% para não haver danificação ou morte das micobactérias); - homogeneização e digestão (20 min.); - adição de tampão fosfato (ph 6,8); - centrifugação; - decantação e preparação dos esfregaços. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CULTURA Existem três formulações gerais para cultivo das micobactérias, tanto seletivos como não seletivos. Meios sólidos semi-sintéticos (Middlebrook 7H10 e 7H11) São meios de cultura que contêm sais, vitaminas, albumina, catalase, glicerol... * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Meios sólidos semi-sintéticos ( Middlebrook 7H10 e 7H11) Necessitam de grandes inóculos, por isso são meios menos sensíveis. São utilizados para observar a morfologia das colônias e para teste de sensibilidade. Meios com ovo ( Löwenstein-Jensen). Contêm sais definidos, glicerol e substâncias orgânicas complexas. Os pequenos inóculos crescem nesses meios de cultura em 3-6 semanas. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CULTURA Meio de Löwenstein-Jensen (LJ) inclinado ou placas de ágar Middlebrook 7H10 ou 7H11; - 0,2 a 0,4 do sedimento obtido através da centrifugação; - 37 a 42°C, 3 a 11% de CO2, vários dias ou semanas. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Meios líquidos ( Middlebrook 7H9 E 7H12): Crescem em agregados ou massas devido ao caráter hidrofóbico da superfície celular. Propiciam a proliferação de pequenos inóculos. BACTEC : o meio 7H12 + antibióticos + suplementos + ácido 14C-palmítico.Cultura positiva em média com 2 semanas. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Quando adicionados Tweens ( ésteres hidrossolúveis de ácidos graxos) a superfície das culturas umedecem, permitindo crescimento disperso em meios líquidos. Crescimento é mais rápido do que em meios de cultura complexos. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CRESCIMENTO Velocidade variável M. tuberculosis: tempo de geração de aproximadamente 18 a 48 horas Tradução do código genético: síntese de ácidos nucleicos (10 vezes menor que E. coli) Absorção mais demorada dos nutrientes Interesse diagnóstico Quadro clínico * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TEMPERATURA Variável T ótima 35 a 37°C T inferior a 37°C: infecção cutânea (lepra) T de 42 a 45°C: isoladas de aves (“complexo” M. avium/M. intracellulare) * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CULTURA Descontaminação prévia (Petrof, Lauril sulfato de sódio) Meios à base de ovo coagulado (Lowenstein-Jensen): várias formulações Meio à base de ágar (Middlebrook 7H10) Presença de inibidores (antibióticos) * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * MORFOLOGIA COLONIAL * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TESTES BIOQUÍMICOS Niacina Redução de nitrato Crescimento em PNB e TCH Hidrólise de Tween 80 Captação de ferro Produção de enzimas (catalase, arilsulfatase, pirazinamidase e urease) Outros * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TUBERCULOSE DOENÇA CONTAGIOSA Mycobacterium tuberculosis (BK) AERÓBIOS OBRIGATÓRIOS * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Micobacterium tuberculosis Nos tecidos apresentam-se na forma de bastonetes retos e finos. Em meios artificiais, são observados formas cocóides e filamentosas, com morfologia variada. São bactérias álcool-ácido-resistentes. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PATOGENIA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PATOLOGIA A produção e o desenvolvimento de lesões e a sua cicatrização ou progressão são determinados por: Número de micobactérias no inóculo e sua multiplicação X Resistência e hipersensibilidade do hospedeiro * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * A produção e o desenvolvimento de lesões e a sua cicatrização ou progressão são determinados por: Número de micobactérias no inóculo e sua multiplicação X Resistência e hipersensibilidade do hospedeiro * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PRINCIPAIS LESÕES TIPO EXSUDATIVO Reação inflamatória aguda com edema, leucócitos polimorfonucleares e, posteriormente, monócitos ao redor dos bacilos A lesão é observada principalmente no pulmão e se assemelha a pneumonia bacteriana. Pode cicatrizar por resolução, onde o exsudato é absorvido Pode resultar em necrose maciça do tecido. Pode evoluir para o tipo produtivo de lesão. O teste tuberculínico torna-se positivo nesta fase. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PRINCIPAIS LESÕES TIPO PRODUTIVO Consiste no granuloma crônico com três zonas. Uma área central de células gigantes multinucleadas contendo bacilos. Uma zona média de células epitelióides Zona periférica de fibroblastos, linfócitos e monócitos Formação do tubérculo ( desenvolvimento do tecido fibroso periférico com áreas central de necrose caseosa) O tubérculo pode sofrer ruptura num brônquio, esvaziar seu conteúdo e formar uma cavidade. Pode cicatrizar por fibrose ou calcificação. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Disseminação das bactérias Os bacilos da tuberculose propagam-se por extensão direta, através dos vasos linfáticos, da corrente sanguínea e através dos brônquios e trato gastrointestinal. Na primo-infecção os bacilos se propagam a partir dos linfáticos para os linfonodos regionais. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Local de crescimento intracelular Os bacilos residem principalmente no interior dos monócitos, células reticulo-endoteliais e células gigantes. A localização intracelular é uma característica que dificulta a quimioterapia e favorece a persistência dos micróbios . * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Infecção Doença Sintomas: - tosse - cansaço - emagrecimento - febre - suor noturno * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * FORMAS CLÍNICAS Tuberculose pulmonar: Primária Pós - primária Extra - pulmonar (inclusive a pleural), mas difícil de ocorrer , normalmente por disseminação hematogena. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TUBERCULOSE PRIMÁRIA 1a VEZ MODERADA E ASSINTOMÁTICA OCASIONALMENTE PROGRIDE PARA SISTÊMICA, RENAL, ÓSSEA... FOCOS EM LOCAIS COM O2 * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Infecção Primária Na infecção primária surge uma lesão exsudativa aguda que se propaga por vasos linfáticos e os linfonodos regionais. A lesão exsudativa quase sempre cicatriza O linfonodo sofre caseificaçãomaciça, que geralmente se calcifica. O teste tuberculínico torna-se positivo. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TUBERCULOSE PRIMÁRIA MACRÓFAGOS ALVEOLARES Tortora et al., 1997 * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * IMUNIDADE Na primo-infecção ocorre desenvolvimento de imunidade celular com a capacidade dos fagócitos mononucleares de limitar a multiplicação e até destrui-los. Durante a infecção primaria são produzidos vários anticorpos. O hospedeiro adquire hipersensibilidade aos bacilos com o aparecimento de uma reação positiva à tuberculina. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Imunidade adquirida: No alvéolo - macrófagos fagocitam os bacilos - bacilos desenvolvem mecanismos para sobreviverem no interior dos macrófagos porém não impedem que parte dos macrófagos sejam ativados - apresenta Ag - que é o inicio da ativação da resposta imune específica mediada por: anticorpos ou células * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * LESÃO INICIAL E A RESPOSTA IMUNITÁRIA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TB PRIMÁRIA citocinas LTCD4+ * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * MICOBACTÉRIAS CÉLS. GIGANTES MULTINUCLEADAS CÉLULAS T NECROSE CASEOSA GRANULOMAS * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Tuberculose primária (nódulo de Ghon em pulmão de adulto). O nódulo de Ghon é o primeiro granuloma tuberculoso. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TB PRIMÁRIA MANCHAS NO PULMÃO TESTE CUTÂNEO DA TUBERCULINA + * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CAMINHOS DA TB PRIMÁRIA INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS CURA ESPONTÂNEA LESÕES FIBRÓTICAS OU CALCIFICADAS RAIO X: NÓDULOS RADIOPACOS * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CAMINHOS DA TB PRIMÁRIA INDIVÍDUOS IMUNOCOMPROMETIDOS INVASÃO DA CORRENTE CIRCULATÓRIA TUBERCULOSE MILIAR - TUBÉRCULOS NO FÍGADO, BAÇO, RINS, CÉREBRO E MENINGES * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TUBERCULOSE PÓS-PRIMÁRIA REATIVAÇÃO (MESES OU ANOS) TUBERCULOSE (ÁPICES PULMONARES) - LIQUEFAÇÃO DAS LESÕES CASEOSAS - BRÔNQUIOS DANOS TECIDUAIS E MORTE * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * REATIVAÇÃO A reativação é produzida por bacilos que sobreviveram a infecção primária. É caracterizada por lesões teciduais crônicas , formação de tubérculos, caseificação e fibrose. Os linfonodos regionais são pouco afetados, e não ocorre caseificação. A reativação começa no ápice do pulmão devido a maior tensão de oxigênio. As diferenças entre a infecção primária e a reativação são atribuídas à resistência e hipersensibilidade induzida pela primo-infecção. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Tuberculose pós-primária - Caverna apical e disseminação broncogênica. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Teste tuberculínico A tuberculina é um infiltrado concentrado de caldo, em que os bacilos cresceram durante seis semanas, com a obtenção de um derivado protéico purificado (PPD) A dose recomendada é de 0,1ml por via subcutânea. Indivíduos sem contato prévio com micobactérias não apresentarão reação ao PPD . * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Teste Tuberculínico Indivíduos que já tiveram infecção primária desenvolvem endurecimento, edema e eritema em 24-48horas. Nas reações intensas, podem surgir necrose central. A reação é considerada positiva quando ocorre endurecimento de 10mm ou mais de diâmetro. O PPD torna-se positivo nas 4-6 semanas após a infecção ou a BCG. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Resultados 0 a 4 mm = não reator (NR) 5 a 9 mm = reator fraco (Rf) l0 mm ou mais = reator forte (RF) Prova Tuberculínica (PPD) Leitura 72 a 96 horas * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TESTE TUBERCULÍNICO Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Tese cutâneo da tuberculina Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Tese cutâneo da tuberculina Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Tese cutâneo da tuberculina * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * DETECÇÃO DA HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV TESTES CUTÂNEOS ( Ag SUSPEITO) 1) TESTE TUBERCULÍNICO (PPD) 24 -72h * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * EPIDEMIOLOGIA A fonte mais importante de infecção é o ser humano, principalmente vias aéreas. O desenvolvimento de doença clínica após contato pode estar associado a um componente genético. O risco é influenciado pela idade, desnutrição, estado imunológico, por doenças concomitantes e por outros fatores de resistência do hospedeiro. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * EPIDEMIOLOGIA O advento da infecção pelo HIV impulsionou o aumento na taxa de TUBERCULOSE à nível mundial. O tratamento imediato e eficaz dos pacientes com tuberculose ativa e o acompanhamento dos contactantes( busca de novos casos). Profilaxia para os indivíduos de grupos etários mais suscetíveis a complicações( crianças) e dos indivíduos tuberculino-positivos que usam agentes imunossupressores. Resistência do hospedeiro por inanição, gastrectomia, supressão da imunidade celular por fármacos ou infecção. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TUBERCULOSE – MUNDO 1/3 da população mundial está infectado com o bacilo da tuberculose; 45 milhões de brasileiros estão infectados; 5% a 10% dos infectados contraem a doença; 30 milhões de pessoas no mundo podem morrer da doença nos próximos dez anos; 6 mil brasileiros morrem de tuberculose por ano * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TUBERCULOSE - MARANHÃO Possui 22 municípios prioritários para o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) Há uma incidência, por 100 mil hab., de 47,6 casos de todas as formas e de 22,7 para casos bacilíferos. .A coorte de tratamento, considerando os municípios prioritários, mostrou uma cura de 61,8%, estando abaixo da meta nacional de 85%. Abandono de 8,7%, óbitos com tuberculose 4,1%, transferência de 11% e encerramento de casos de 82,9%. A co-infecção TB/HIV para o período foi de 3,2%. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Distribuição de casos confirmados de TB, Brasil, 1980 - 2004 * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TRATAMENTO RIFAMPICINA ISONIAZIDA (INH) PIRAZINAMIDA E ETAMBUTOL * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Esquema Terapêutico adotado no Brasil Tuberculose pulmonar e Extrapulmonar (exceto meningite) Fármaco Dose Diária Período (meses) Isoniazida 400mg 6 Rifampicina 600mg 6 Pirazinamida 2000mg 2 * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Benefícios: Fármacos utilizados são eficazes no tratamento para bacilos sensíveis. Associação de antituberculosos visa impedir seleção e multiplicaçãode bacilos resistentes. Tomada única por via oral Problemas: Prolongada duração do tratamento Adesão do paciente ao tratamento Alto custo Soma da toxicidades das medicações associadas. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Drogas de primeira linha Isoniazida: Age fortemente sobre rápida divisão extracelular do bacilo e fracamente sobre lenta multiplicação intracelular.Não ocorre resistência cruzada com outros antituberculostáticos. Rifampicina: Inibe a RNA polimerase das micobactérias. Age tanto para multiplicação rápida e lenta do bacilo, intracelular ou extracelular. Verifica-se rápido desenvolvimento de resistência na utilização desta droga sozinha. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Pirazinamida: Tuberculostático em pH ácido contra micobactérias intracelulas. Desconhece-se o mecanismo de ação deste. Verifiaca-se rápido desenvolvimento de resistência. Etambutol: Inibe crescimento de micobatérias através de um mecanismo desconhecido. Verifica-se aparecimento de resistência quando a droga é administrada isoladamente. Fracamente ativa contra bacilo intracelular e extracelular . * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Estreptomicina: Inibe a síntese de proteínas bacterianas. Ativo contra multiplicação do bacilo em meio extracelular neutro ou levemente alcalino. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Cavidade Multiplicação ativa SMP, INH, RMP Bacilos dormentes Poucos RMP Macrófagos Multiplicação lenta PZA, RMP,INH Lesões fechadas Multiplicação lenta RMP, INH * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Drogas de segunda linha Etionamida: Baixa atividade contra bacilos intracelular e extracelular. Inibe desenvolvimento de bacilos resistentes. Ciclosserina: Inibe o crescimento da micobactéria, inibindo a síntese da parede celular, por impedir a formação do peptidoglicano. Utilizada para tuberculose resistente a outras drogas. Ácido para-aminosalicílico: fraca ação sobre ação de bacilos extracelulares. Inibe desenvolvimento de bacilos resistentes. . Tiocetazol, Claritromicina, Morfazinamida * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Novas drogas para o tratamento da tuberculose 1.1. Originários de plantas Alicina: componente isolado da Allium sativum(alho comum) mostrou a muito tempo potente atividade antituberculose por Rao et al(1946), esta sendo reestudada in vitro(1993). Triptantrise: isolado de árvores de grande porte mostrou alta atividade in vitro contra M. tuberculosis. 1.2. Drogas sintéticas Fluorquinolonas: Ciprofloxacina, ofloxacina, levofloxacina e esparfloxacina com MIC de 0,5-1,0 g/mL. A esparfloxacina mostrou-se melhor em testes in vitro, sendo esta e a levofloxacina ativa contra bacilos intracelulares, incluindo os MDR. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Macrolídeos:azitromicina, Claritromicina associados a INH e RMP contra bacilos MDR dentro de macrofágos. Nitroimidazóis: metronidazol apresenta atividade in vitro e em bacilos com multiplicação lenta e dormentes. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Análogos da rifampicina: Rifapentine:. Apresenta meia vida maior que a rifampicina. Atividade inibitória similar a rifampicina (MIC 0,06 g/mL) porém acumula-se mais em macrófagos. Rifabutina: age sobre MDR e utiliza-se na profilaxia de micobacteriose em pacientes HIV. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Estreptolidigina: inibe a iniciação da síntese de RNA. ANÁLOGOS DA IZONIAZIDA: Nicotinamida: intermediário na síntese de NAD, sendo utilizada por alguns organismos para síntese de NAD, porém seus metabólitos são geralmente tóxicos. Ácido nicotínico * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Imunoterapia com citocinas Interleucina-2: ativa células natural killer para destruir os macrófagos infectados por bacilos. Interferon gama: pode ativar macrófagos, talvez pela indução da síntese de óxido nítrico, matando o bacilo. Interleucina-12: estimula Th1aumentando o efeito citotóxico . Vitamina D: metabólito desta apresenta atividade sobre monócitos do sangue periférico para matar M. tuberculosis. Clofazimina: concentra sua atividade dentro de macrofagos. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Controle da Tuberculose * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Controle da Tuberculose * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Micobacterium leprae São responsáveis pela Hanseníase. São álcool-ácido-resistentes. Não são cultivados em meios bacteriológicos artificiais. Se encontram isoladamente em feixes paralelos ou em massas globulares. São freqüentemente encontrados no interior das células endoteliais dos vasos sangüíneos e em células mononucleares. O tecido humano contém uma O-difenol-oxidase, enzima característica dos bacilos da lepra. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE DOENÇA HUMANA, TRANSMISSÍVEL, CURÁVEL Mycobacterium leprae PELE, NERVOS PERIFÉRICOS, MUCOSA NASAL, FÍGADO, TESTÍCULOS NÃO CULTIVÁVEL IN VITRO CRESCIMENTO EM TEMPERATURA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Manifestações clínicas O início é insidioso As lesões afetam os tecidos mais frios do corpo: pele, nervos superficiais, nariz, faringe, laringe, olhos e testículos. As lesões cutâneas podem ocorrer na forma de máculas hipocrômicas e anestésicas; nódulos infiltrados, eritematosos, difusos ou distintos ou infiltração difusa da pele. Os distúrbios neurológicos se caracterizam por anestesias, neurite, parestesias, úlceras tróficas, reabsorção óssea e encurtamento dos dedos devido a infiltração e espessamento dos nervos. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PATOGENIA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * VIAS DE TRANSMISSÃO: Cutânea (área erosada) Respiratória PERÍODO DE INCUBAÇÃO: De 2 a 5 anos (20 anos) SINTOMAS Manchas Formigamento (mãos e pés) Inchaço (pés, rosto, orelha) Ferimentos (dormência) * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TIPOS DE HANSENÍASE HANSENÍASE INDETERMINADA HANSENÍASE TUBERCULÓIDE HANSENÍASE DIMORFA HANSENÍASE VIRCHOWIANA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE INDETERMINADA Forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade. Mais comum em crianças. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE INDETERMINADA LESÕES (MANCHAS) PLANAS, ESBRANQUIÇADAS PERDA DA SENSIBILIDADE. NÃO HÁ CONTÁGIO * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE INDETERMINADA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE TUBERCULÓIDE Forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). Ocorrem alterações nos nervos próximos à lesão, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE TUBERCULÓIDE MANCHAS COM BORDOS ELEVADOS, VERMELHOS, BEM DELIMITADOS, COMMICROPÁPULAS. NÃO POSSUEM BACILOS FORMA NÃO É CONTAGIANTE. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE TUBERCULÓIDE * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE DIMORFA OU BODERLINE MISTURA ASPECTOS DA TUBERCULÓIDE E DA VIRCHOWIANA, PODENDO SE PARECER MAIS COM UMA OU OUTRA. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE DIMORFA OU BODERLINE Forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária. O número de lesões é maior, formando manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. O acometimento dos nervos é mais extenso. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE VIRCHOWIANA - Lepromatosa A imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * HANSENÍASE VIRCHOWIANA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * A forma Virchoviana é considerada a mais grave apresentando: Mal perfurante: úlcera de difícil cura; Reabsorção óssea e muscular quando a lesão neural é muita intensa; Mão em garra: sempre em contração pela ausência da musculatura extensora que foi destruida. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * DIAGNÓSTICO (PROVAS COMPLEMENTARES) PESQUISA DA SENSIBILIDADE (TÉRMICA, DOLOROSA, TÁTIL) PROVA DA HISTAMINA PROVA DE PILORCAPINA (ANIDROSE) TESTE DE MITSUDA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * DIAGNÓSTICO (EXAMES LABORATORIAIS) BACTERIOSCOPIA HISTOPATOLÓGICO * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * DIAGNÓSTICO 1. Amostras: Raspado da pele ou mucosa nasal, biópsias de pele e linfa do lóbulo da orelha. 2.Bacterioscopia: Coloração de Ziehl-Neelsen 3.Cultura: M. leprae não cultivável. 4.Sorologia: Sem importância. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TRATAMENTO DAPSONA RIFAMPICINA CLOFAZIMINA * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TRATAMENTO HANSENÍASE TEM CURA E DEVE SER TRATADA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE. Etapas do tratamento: Tratamento quimioterápico específico (PQT); Acompanhamento: tratamento das intercorrências e complicações; Prevenção e tratamento das incapacidades. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TRATAMENTO Tratamento poliquimioterápico – PQT Esquema paucibacilar – PQT-PB: Rifampicina: 600 mg/mes – supervisionada; Dapsona: 100 mg/dia – auto-administrata; Duração do tratamento: 6 doses supervisionadas; Critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Regimes da Poliquimioterapia (PQT) Cada blister contém tratamento para 4 semanas (1 mês). Tratamento PB Adulto: Supervisionado: (na unidade de saúde) Mensal, no dia da consulta: 2 Cápsulas de Rifampicina (300 mg x 2) 1 Comprimido de Dapsona (100 mg) Auto-administrado: (em casa) Diário: 1 Comprimido de Dapsona (100 mg) Ciclo completo de tratamento: 6 blisters * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TRATAMENTO Tratamento poliquimioterápico – PQT Esquema multibacilar – PQT-MB: Rifampicina: 600 mg/mes supervisionada; Clofazemina: 300 mg/mes supervisionada e 50 mg/dia auto-administrada; Dapsona: 100mg/dia auto-administrada; Duração do tratamento: 12 doses supervisionadas; Critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Tratamento MB adulto: Supervisionado: (na unidade de saúde) Mensal, no dia da consulta: 2 Cápsulas de Rifampicina (300 mg x 2) 3 Cápsulas de Clofazimina (100 mg x 3) 1 Comprimido de Dapsona (100 mg) Auto-administrado: (em casa) Diário: 1 Comprimido de Dapsona (100 mg) 1 Cápsula de Clofazimina (50 mg), diariamente ou 100mg em dias alternados. Ciclo completo de tratamento: 12 blisters Regimes da PQT * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TRATAMENTO Casos multibacilares com numerosas lesões e/ou extensas áreas de infiltração cutânea poderão apresentar uma regressão mais lenta das lesões. A maioria destes doentes continuará melhorando após a conclusão das 12 doses supervisionadas. É possível, no entanto, que alguns desses casos, necessitem doses adicionais de PQT-MB a critério médico. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * TRATAMENTO Situações especiais: Gestação e hanseníase: o tratamento pode ser realizado durante a gestação e a lactação; Tuberculose e hanseníase : é comum a associação e o tratamento deve usar as doses de rifampicina preconizadas para a tuberculose – 300 mg/dia; Aids e hanseníase: o tratamento PQT não interfere no tratamento da AIDS. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Como se define cura após o tratamento? São considerados curados os pacientes que completarem o tratamento com PQT supervisionada. Pacientes que incorreram em 4 faltas consecutivas deverão reiniciar o tratamento. Os pacientes que completaram o tratamento estão curados da hanseníase mesmo que tenham deformidades * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * EPIDEMIOLOGIA Provável transmissão em crianças expostas a períodos prolongados a quantidade maciças de bacilos. Transmissão através de secreção nasal. Período de incubação de 2 a 10 anos e sem profilaxia. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO BRASIL O Brasil registrou no final de 2005 um coeficiente de prevalência de hanseníase de 1,48 casos/10.000 habitantes (27.313 casos em curso de tratamento em dezembro de 2005) e um coeficiente de detecção de casos novos de 2,09/10.000 habitantes (38.410 casos novos em dezembro de 2005). * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * PREVALÊNCIA E DETECÇÃO DA HANSENÍASE 2005, POR REGIÃO Região Prevalência Parâmetro Detecção Parâmetro Norte 4,02 Médio 5,63 Hiperendêmico Nordeste 2,14 Médio 3,07 Muito alto Sudeste 0,60 Baixo 0,88 Médio Sul 0,53 Baixo 0,69 Médio Centro-Oeste 3,30 Médio 4,41 Hiperendêmico Brasil 1,48 Médio 2,09 Muito alto Fonte: SINAN/DATASUS/MS. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * CASOS NOVOS E COEFICIENTE DE DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE NA FAIXA ETÁRIA < 15 ANOS. SEGUNDO AS REGIÕES GEOGRÁFICAS. BRASIL: DEZEMBRO DE 2005. Unidade federativaCasos novos <15 anos Coeficiente de detecção casos novos <15 anos Brasil 3259 0,60 Norte 885 1,62 Nordeste 1509 0,90 Sudeste 411 0,20 Sul 56 0,80 Centro-Oeste 398 1,02 Fonte: SINAN 18/01/2006. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO MARANHÃO Observa-se uma tendência crescente a cada ano O Maranhão apresenta o coeficiente de prevalência alto: 5,1/10.000 hab A Região da Pré-Amazonia apresenta a maior concentração de casos * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO MARANHÃO A região do sertão maranhense apresenta a menor taxa de endemicidade Dos 217 municípios apenas 2 não têm notificado casos nos últimos 5 anos em 2004 foram registrados 4.947, desses 559 ocorreram em crianças menores de 15 anos. * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Fonte: www.saude.ma.gov.br Coeficiente de Prevalência e Incidência da hanseníase. Maranhão, 1994 –2005 * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Casos novos de hanseníase MA, 2004 0 1 a 20 21 a 100 101 a 300 301 a 700 Fonte: www.saude.ma.gov.br * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA * Municípios prioritários para tratamento da hanseníase. Maranhão, 2004 * Prof.Luis Carlos F. Carvalho Depto.Patologia - UFMA *
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