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Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 1 www.pontodosconcursos.com.br Olá pessoal! Espero que estejam todos bem, focados e estudando bastante! Hoje iremos estudar, dentre outros temas, o tema “Exceção no Processo do Trabalho”. Quero ressaltar que a FCC abordou o tema “Exceção” no concurso do TRT da 6ª Região. A questão limitou-se a abordar a literalidade da lei como vocês poderão observar no decorrer da aula. Conforme prometido, segue o conteúdo programático do curso. As últimas aulas abrangerão um simulado e um revisional com bizus e dicas. Vejamos o cronograma de aulas: Aula 01: 06/06 Aula 06: 26/06 Aula 02: 13/06 Aula 07: 01/07 Aula 03: 17/06 Aula 08: 08/07 Aula 04: 20/06 Aula 09: 11/07 Aula 05: 24/06 Aula 10: 15/07 Aula 01: Justiça do Trabalho: organização e competência. Varas do Trabalho, tribunais regionais do trabalho e Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. Serviços auxiliares da justiça do trabalho: secretarias das Varas do Trabalho; distribuidores; oficiais de justiça e oficiais de justiça avaliadores. Aula 02: Do Ministério Público do Trabalho: organização. Dos atos, termos e prazos processuais. Da distribuição. Das custas e emolumentos. Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado. Das nulidades. Das exceções. Aula 03: Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão. Das provas. Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 2 www.pontodosconcursos.com.br Aula 04: Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão. Das provas. Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar. Aula 05: Do procedimento ordinário e sumaríssimo. Dos procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave, ação rescisória e mandado de segurança. Aula 06: Da sentença e da coisa julgada; da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa. Aula 07: Da execução: execução provisória; execução por prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a massa falida. Da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei 8.009/90). Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos embargos de terceiros. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. Aula 08: Dos recursos no processo do trabalho. Aula 09: Simulado com questões objetivas e subjetivas (discursivas). Aula 10: Revisional com bizus. --------------------------------------------------------------------------------- Vamos dar início a nossa aula de hoje! Aula 02: Dos atos, termos e prazos processuais. Da distribuição. Das custas e emolumentos. Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado. Das nulidades. Das exceções. Do Ministério Público do Trabalho: organização. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 3 www.pontodosconcursos.com.br 2.1. Ministério Público do Trabalho: organização Conceito de Ministério Público do Trabalho (MPT): “É o ramo do Ministério Público da União que atua processualmente nas causas de competência da Justiça do Trabalho” (Carlos Henrique Bezerra Leite). O art. 128 da CF/88 divide o Ministério Público em dois segmentos: o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados. O Ministério Público da União (MPU) divide-se em 04 ramos: � Ministério Público Federal; � Ministério Público do Trabalho; � Ministério Público Militar; � Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Organização do MPT: São Órgãos do Ministério Público do Trabalho: Procurador-Geral do Trabalho Colégio de Procuradores do Trabalho Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho Corregedoria do Ministério Público do Trabalho Subprocuradores-Gerais do trabalho Os Procuradores Regionais do Trabalho Os Procuradores do Trabalho Vejamos a legislação (Lei complementar 75/93). Art. 85. São órgãos do Ministério Público do Trabalho: I - o Procurador-Geral do Trabalho; II - o Colégio de Procuradores do Trabalho; III - o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho; Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 4 www.pontodosconcursos.com.br IV - a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho; V - a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho; VI - os Subprocuradores-Gerais do Trabalho; VII - os Procuradores Regionais do Trabalho; VIII - os Procuradores do Trabalho. As bancas costumam cobrar a organização do Ministério Público do Trabalho e a constituição da carreira. Observem que o art. 86 estabelece que a carreira do MPT será constituída pelos seguintes cargos: a) Subprocurador – Geral do Trabalho; b) Procurador Regional do Trabalho; c) Procurador do Trabalho. Art. 86. A carreira do Ministério Público do Trabalho será constituída pelos cargos de Subprocurador-Geral do Trabalho, Procurador Regional do Trabalho e Procurador do Trabalho. Parágrafo único. O cargo inicial da carreira é o de Procurador do Trabalho e o do último nível o de Subprocurador-Geral do Trabalho. SEÇÃO II: Do Procurador-Geral do Trabalho Art. 87. O Procurador-Geral do Trabalho é o Chefe do Ministério Público do Trabalho. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 5 www.pontodosconcursos.com.br Art. 88. O Procurador-Geral do Trabalho será nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre integrantes da instituição, com mais de trinta e cinco anos de idade e de cinco anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores para um mandato de dois anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente de candidatos com mais de cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de dois anos na carreira. Parágrafo único. A exoneração do Procurador-Geral do Trabalho, antes do término do mandato, será proposta ao Procurador-Geral da República pelo Conselho Superior, mediante deliberação obtida com base em voto secreto de dois terços de seus integrantes. Art. 89. O Procurador-Geral do Trabalho designará, dentre os Subprocuradores-Gerais do Trabalho, o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, que o substituirá em seus impedimentos. Em caso de vacância, exercerá o cargo o Vice-Presidente do Conselho Superior, até o seu provimento definitivo. Art.90. Compete ao Procurador-Geral do Trabalho exercer as funções atribuídas ao Ministério Público do Trabalho junto ao Plenário do Tribunal Superior do Trabalho, propondo as ações cabíveis e manifestando-se nos processos de sua competência. Art. 91. São atribuições do Procurador-Geral do Trabalho: I - representar o Ministério Público do Trabalho; II - integrar, como membro nato, e presidir o Colégio de Procuradores do Trabalho, o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho e a Comissão de Concurso; III - nomear o Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho, segundo lista tríplice formada pelo Conselho Superior; IV - designar um dos membros e o Coordenador da Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho; Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 6 www.pontodosconcursos.com.br V - designar, observados os critérios da lei e os estabelecidos pelo Conselho Superior, os ofícios em que exercerão suas funções os membros do Ministério Público do Trabalho; VI - designar o Chefe da Procuradoria Regional do Trabalho dentre os Procuradores Regionais do Trabalho lotados na respectiva Procuradoria Regional; VII - decidir, em grau de recurso, os conflitos de atribuição entre os órgãos do Ministério Público do Trabalho; VIII - determinar a abertura de correição, sindicância ou inquérito administrativo; IX - determinar a instauração de inquérito ou processo administrativo contra servidores dos serviços auxiliares; X - decidir processo disciplinar contra membro da carreira ou servidor dos serviços auxiliares, aplicando as sanções que sejam de sua competência; XI - decidir, atendendo a necessidade do serviço, sobre: a) remoção a pedido ou por permuta; b) alteração parcial da lista bienal de designações; XII - autorizar o afastamento de membros do Ministério Público do Trabalho, ouvido o Conselho Superior, nos casos previstos em lei; XIII - dar posse aos membros do Ministério Público do Trabalho; XIV - designar membro do Ministério Público do Trabalho para: a) funcionar nos órgãos em que a participação da Instituição seja legalmente prevista, ouvido o Conselho Superior; b) integrar comissões técnicas ou científicas, relacionadas às funções da Instituição, ouvido o Conselho Superior; Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 7 www.pontodosconcursos.com.br c) assegurar a continuidade dos serviços, em caso de vacância, afastamento temporário, ausência, impedimento ou suspeição do titular, na inexistência ou falta do substituto designado; XV - homologar, ouvido o Conselho Superior, o resultado do concurso para ingresso na carreira; XVI - fazer publicar aviso de existência de vaga, na lotação e na relação bienal de designações; XVII - propor ao Procurador-Geral da República, ouvido o Conselho Superior, a criação e extinção de cargos da carreira e dos ofícios em que devam ser exercidas suas funções; XVIII - elaborar a proposta orçamentária do Ministério Público do Trabalho, submetendo-a, para aprovação, ao Conselho Superior; XIX - encaminhar ao Procurador-Geral da República a proposta orçamentária do Ministério Público do Trabalho, após sua aprovação pelo Conselho Superior; XX - organizar a prestação de contas do exercício anterior, encaminhando-a ao Procurador-Geral da República; XXI - praticar atos de gestão administrativa, financeira e de pessoal; XXII - elaborar o relatório de atividades do Ministério Público do Trabalho; XXIII - coordenar as atividades do Ministério Público do Trabalho; XXIV - exercer outras atribuições previstas em lei. Art. 92. As atribuições do Procurador-Geral do Trabalho, previstas no artigo anterior, poderão ser delegadas: I - ao Coordenador da Câmara de Coordenação e Revisão, as dos incisos XIV, alínea c, e XXIII; II - aos Chefes das Procuradorias Regionais do Trabalho nos Estados e no Distrito Federal, as dos incisos I, XIV, alínea c, XXI e XXIII. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 8 www.pontodosconcursos.com.br SEÇÃO III: Do Colégio de Procuradores do Trabalho Art. 93. O Colégio de Procuradores do Trabalho, presidido pelo Procurador-Geral do Trabalho, é integrado por todos os membros da carreira em atividade no Ministério Público do Trabalho. Art. 94. São atribuições do Colégio de Procuradores do Trabalho: I - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista tríplice para a escolha do Procurador-Geral do Trabalho; II - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista sêxtupla para a composição do Tribunal Superior do Trabalho, sendo elegíveis os membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos na carreira, tendo mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; III - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista sêxtupla para os Tribunais Regionais do Trabalho, dentre os Procuradores com mais de dez anos de carreira; IV - eleger, dentre os Subprocuradores-Gerais do Trabalho e mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, quatro membros do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho. § 1º Para os fins previstos nos incisos deste artigo, prescindir-se-á de reunião do Colégio de Procuradores, procedendo-se segundo dispuser o seu Regimento Interno, exigido o voto da maioria absoluta dos eleitores. § 2º Excepcionalmente, em caso de interesse relevante da Instituição, o Colégio de Procuradores reunir-se-á em local designado pelo Procurador-Geral do Trabalho, desde que convocado por ele ou pela maioria de seus membros. § 3º O Regimento Interno do Colégio de Procuradores do Trabalho disporá sobre seu funcionamento. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 9 www.pontodosconcursos.com.br SEÇÃO IV: Do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho Art. 95. O Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho, presidido pelo Procurador-Geral do Trabalho, tem a seguinte composição: I - o Procurador-Geral do Trabalho e o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, que o integram como membros natos; II - quatro Subprocuradores-Gerais do Trabalho, eleitos para um mandato de dois anos, pelo Colégio de Procuradores do Trabalho, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, permitida uma reeleição; III - quatro Subprocuradores-Gerais do Trabalho, eleitos para um mandato de dois anos, por seus pares, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, permitida uma reeleição. § 1º Serão suplentes dos membros de que tratam os incisos II e III os demais votados, em ordem decrescente, observados os critérios gerais de desempate. § 2º O Conselho Superior elegerá o seu Vice-Presidente, que substituirá o Presidente em seus impedimentos e em caso de vacância. Art. 96. O Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho reunir-se-á ordinariamente, uma vez por mês, em dia previamente fixado, e, extraordinariamente, quando convocado pelo Procurador- Geral do Trabalho ou por proposta da maioria absoluta de seus membros.Art. 97. Salvo disposição em contrário, as deliberações do Conselho Superior serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros. § 1º Em caso de empate, prevalecerá o voto do Presidente, exceto em matéria de sanções, caso em que prevalecerá a solução mais favorável ao acusado. § 2º As deliberações do Conselho Superior serão publicadas no Diário da Justiça, exceto quando o Regimento Interno determinar sigilo. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 10 www.pontodosconcursos.com.br Art. 98. Compete ao Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho: I - exercer o poder normativo no âmbito do Ministério Público do Trabalho, observados os princípios desta lei complementar, especialmente para elaborar e aprovar: a) o seu Regimento Interno, o do Colégio de Procuradores do Trabalho e o da Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho; b) as normas e as instruções para o concurso de ingresso na carreira; c) as normas sobre as designações para os diferentes ofícios do Ministério Público do Trabalho; d) os critérios para distribuição de procedimentos administrativos e quaisquer outros feitos, no Ministério Público do Trabalho; e) os critérios de promoção por merecimento na carreira; f) o procedimento para avaliar o cumprimento das condições do estágio probatório; II - indicar os integrantes da Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho; III - propor a exoneração do Procurador-Geral do Trabalho; IV - destituir, por iniciativa do Procurador-Geral do Trabalho e pelo voto de dois terços de seus membros, antes do término do mandato, o Corregedor-Geral; V - elaborar a lista tríplice destinada à promoção por merecimento; VI - elaborar a lista tríplice para Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho; VII - aprovar a lista de antigüidade do Ministério Público do Trabalho e decidir sobre as reclamações a ela concernentes; Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 11 www.pontodosconcursos.com.br VIII - indicar o membro do Ministério Público do Trabalho para promoção por antigüidade, observado o disposto no art. 93, II, alínea d, da Constituição Federal; IX - opinar sobre a designação de membro do Ministério Público do Trabalho para: a) funcionar nos órgãos em que a participação da Instituição seja legalmente prevista; b) integrar comissões técnicas ou científicas relacionadas às funções da Instituição; X - opinar sobre o afastamento temporário de membro do Ministério Público do Trabalho; XI - autorizar a designação, em caráter excepcional, de membros do Ministério Público do Trabalho, para exercício de atribuições processuais perante juízos, tribunais ou ofícios diferentes dos estabelecidos para cada categoria; XII - determinar a realização de correições e sindicâncias e apreciar os relatórios correspondentes; XIII - determinar a instauração de processos administrativos em que o acusado seja membro do Ministério Público do Trabalho, apreciar seus relatórios e propor as medidas cabíveis; XIV - determinar o afastamento do exercício de suas funções, de membro do Ministério Público do Trabalho, indiciado ou acusado em processo disciplinar, e o seu retorno; XV - designar a comissão de processo administrativo em que o acusado seja membro do Ministério Público do Trabalho; XVI - decidir sobre o cumprimento do estágio probatório por membro do Ministério Público do Trabalho, encaminhando cópia da decisão ao Procurador-Geral da República, quando for o caso, para ser efetivada sua exoneração; XVII - decidir sobre remoção e disponibilidade de membro do Ministério Público do Trabalho, por motivo de interesse público; Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 12 www.pontodosconcursos.com.br XVIII - autorizar, pela maioria absoluta de seus membros, que o Procurador-Geral da República ajuíze a ação de perda de cargo contra membro vitalício do Ministério Público do Trabalho, nos casos previstos em lei; XIX - opinar sobre os pedidos de reversão de membro da carreira; XX - aprovar a proposta de lei para o aumento do número de cargos da carreira e dos ofícios; XXI - deliberar sobre a realização de concurso para o ingresso na carreira, designar os membros da Comissão de Concurso e opinar sobre a homologação dos resultados; XXII - aprovar a proposta orçamentária que integrará o projeto de orçamento do Ministério Público da União; XXIII - exercer outras funções atribuídas em lei. § 1º Aplicam-se ao Procurador-Geral e aos demais membros do Conselho Superior as normas processuais em geral, pertinentes aos impedimentos e suspeição dos membros do Ministério Público. § 2º As deliberações relativas aos incisos I, alíneas a e e, XI, XIII, XIV, XV e XVII somente poderão ser tomadas com o voto favorável de dois terços dos membros do Conselho Superior. SEÇÃO V: Da Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho Art. 99. A Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho é um órgão de coordenação, de integração e de revisão do exercício funcional na Instituição. Art. 100. A Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho será organizada por ato normativo, e o Regimento Interno, que disporá sobre seu funcionamento, será elaborado pelo Conselho Superior. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 13 www.pontodosconcursos.com.br Art. 101. A Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho será composta por três membros do Ministério Público do Trabalho, sendo um indicado pelo Procurador-Geral do Trabalho e dois pelo Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho, juntamente com seus suplentes, para um mandato de dois anos, sempre que possível, dentre integrantes do último grau da carreira. Art. 102. Dentre os integrantes da Câmara de Coordenação e Revisão, um deles será designado pelo Procurador-Geral para a função executiva de Coordenador. Art. 103. Compete à Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho: I - promover a integração e a coordenação dos órgãos institucionais do Ministério Público do Trabalho, observado o princípio da independência funcional; II - manter intercâmbio com órgãos ou entidades que atuem em áreas afins; III - encaminhar informações técnico-jurídicas aos órgãos institucionais do Ministério Público do Trabalho; IV - resolver sobre a distribuição especial de feitos e procedimentos, quando a matéria, por sua natureza ou relevância, assim o exigir; V - resolver sobre a distribuição especial de feitos, que por sua contínua reiteração, devam receber tratamento uniforme; VI - decidir os conflitos de atribuição entre os órgãos do Ministério Público do Trabalho. Parágrafo único. A competência fixada nos incisos IV e V será exercida segundo critérios objetivos previamente estabelecidos pelo Conselho Superior. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoriae Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 14 www.pontodosconcursos.com.br SEÇÃO VI: Da Corregedoria do Ministério Público do Trabalho Art. 104. A Corregedoria do Ministério Público do Trabalho, dirigida pelo Corregedor-Geral, é o órgão fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos membros do Ministério Público. Art. 105. O Corregedor-Geral será nomeado pelo Procurador-Geral do Trabalho dentre os Subprocuradores-Gerais do Trabalho, integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior, para mandato de dois anos, renovável uma vez. § 1º Não poderão integrar a lista tríplice os membros do Conselho Superior. § 2º Serão suplentes do Corregedor-Geral os demais integrantes da lista tríplice, na ordem em que os designar o Procurador-Geral. § 3º O Corregedor-Geral poderá ser destituído, por iniciativa do Procurador-Geral, antes do término do mandato, pelo voto de dois terços dos membros do Conselho Superior. Art. 106. Incumbe ao Corregedor-Geral do Ministério Público: I - participar, sem direito a voto, das reuniões do Conselho Superior; II - realizar, de ofício ou por determinação do Procurador-Geral ou do Conselho Superior, correições e sindicâncias, apresentando os respectivos relatórios; III - instaurar inquérito contra integrante da carreira e propor ao Conselho Superior a instauração do processo administrativo conseqüente; IV - acompanhar o estágio probatório dos membros do Ministério Público do Trabalho; V - propor ao Conselho Superior a exoneração de membro do Ministério Público do Trabalho que não cumprir as condições do estágio probatório. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 15 www.pontodosconcursos.com.br SEÇÃO VII: Dos Subprocuradores-Gerais do Trabalho Art. 107. Os Subprocuradores-Gerais do Trabalho serão designados para oficiar junto ao Tribunal Superior do Trabalho e nos ofícios na Câmara de Coordenação e Revisão. Parágrafo único. A designação de Subprocurador-Geral do Trabalho para oficiar em órgãos jurisdicionais diferentes do previsto para a categoria dependerá de autorização do Conselho Superior. Art. 108. Cabe aos Subprocuradores-Gerais do Trabalho, privativamente, o exercício das funções de: I - Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho; II - Coordenador da Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho. Art. 109. Os Subprocuradores-Gerais do Trabalho serão lotados nos ofícios na Procuradoria-Geral do Trabalho. SEÇÃO VIII: Dos Procuradores Regionais do Trabalho Art. 110. Os Procuradores Regionais do Trabalho serão designados para oficiar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho. Parágrafo único. Em caso de vaga ou de afastamento de Subprocurador-Geral do Trabalho por prazo superior a trinta dias, poderá ser convocado pelo Procurador-Geral, mediante aprovação do Conselho Superior, Procurador Regional do Trabalho para substituição. Art. 111. Os Procuradores Regionais do Trabalho serão lotados nos ofícios nas Procuradorias Regionais do Trabalho nos Estados e no Distrito Federal. SEÇÃO IX: Dos Procuradores do Trabalho Art. 112. Os Procuradores do Trabalho serão designados para funcionar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho e, na forma das leis processuais, nos litígios trabalhistas que envolvam, especialmente, interesses de menores e incapazes. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 16 www.pontodosconcursos.com.br Parágrafo único. A designação de Procurador do Trabalho para oficiar em órgãos jurisdicionais diferentes dos previstos para a categoria dependerá de autorização do Conselho Superior. Art. 113. Os Procuradores do Trabalho serão lotados nos ofícios nas Procuradorias Regionais do Trabalho nos Estados e no Distrito Federal. SEÇÃO X: Das Unidades de Lotação e de Administração Art. 114. Os ofícios na Procuradoria-Geral do Trabalho e nas Procuradorias Regionais do Trabalho nos Estados e no Distrito Federal são unidades de lotação e de administração do Ministério Público do Trabalho. Art. 115. A estrutura básica das unidades de lotação e de administração será organizada por regulamento, nos termos da lei. 2.2. Atos, Termos e prazos Processuais: 2.2.1. Atos Processuais: A) Conceito: O processo é um complexo ordenado de atos processuais, destinado à obtenção de um provimento jurisdicional para a solução do conflito, ou seja, para a obtenção da sentença que é ato praticado exclusivamente pelo juiz que decidi ou não o mérito (pedido) da causa. Os atos processuais ocorrerão no curso do processo, podendo ser praticado pelas partes, pelo juiz ou pelos órgãos auxiliares da Justiça. Observem com atenção o conceito de atos processuais: “Atos processuais são os acontecimentos voluntários que ocorrem no processo, isto é, os que dependem de manifestações dos sujeitos no processo”. (Carlos Henrique Bezerra Leite). Atenção: É importante fazer uma distinção entre atos processuais e fatos processuais, o que muitas vezes confunde o candidato na hora da prova. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 17 www.pontodosconcursos.com.br Atos Processuais Fatos Processuais � Os Atos Processuais são os acontecimentos que ocorrem por vontade das partes no processo, dependendo assim de manifestações dos sujeitos dos processos. Exemplificando: A penhora (penhora é a constrição de bens do devedor para satisfazer o crédito do credor, estudaremos no processo de execução), a citação do réu, intimação das partes ou das testemunhas, etc. � Os Fatos Processuais são acontecimentos involuntários, ou seja, que independem da vontade humana. Exemplificando: Podemos citar como exemplo de fato processual a morte da parte ou de seu advogado, o que não dependerá da vontade das partes para ocorrer. Os atos processuais são públicos, salvo quando a intimidade ou o interesse social exigirem sigilo, conforme dispõem o artigo 5º, LX da CF/88. Trata-se do princípio da publicidade do ato processual, que somente poderá correr em segredo de justiça nas causas trabalhistas que tratem de questões sobre assédio sexual ou assédio moral, por exemplo. Art. 5º LX da CRFB/88 A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. Art. 770 CLT Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. Parágrafo único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente. DICA: O prazo para a prática de atos processuais é de 6 às 20 horas. Não confundam com o prazo para a realização da audiência que será entre 8 às 18 horas (art. 818 da CLT). Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 18 www.pontodosconcursos.com.br Observem a assertiva: “Um ato processual praticado em audiência poderá ser realizado até as 20 horas”. A assertiva está incorreta porque o art. 818 da CLT excepciona o prazo em relação às audiências. Observem a seguinte assertiva; “Nenhum ato processual poderá ser praticado em domingos eferiados.” A assertiva está incorreta porque mediante autorização do juiz a penhora poderá ser praticada em domingos ou feriados. DICA: É oportuno ressaltar que o art. 770, parágrafo único da CLT é muito abordado em provas. (FCC - Analista Judiciário – TRT 6ª Região – 2012) Em relação aos atos, termos e prazos processuais a Consolidação das Leis do trabalho prevê que a) os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse público, e realizar-se-ão nos dias úteis das 8 (oito) às 18 (dezoito) horas. b) os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse público, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. c) os prazos processuais contam-se com inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento. d) a penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, prescindindo de autorização judicial. e) os prazos que vencerem na sexta, sábado, domingo e feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. Comentários: Letra B. Art. 770 CLT Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.Parágrafo único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente. BIZU DE PROVA Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 19 www.pontodosconcursos.com.br B) Classificação de Atos Processuais: a) Atos da parte: declaração unilateral ou bilateral de vontade. Art. 158 do CPC Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais. b) Atos do juiz: Sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Sentença é o ato do juiz que extingue o processo com ou sem resolução do mérito. Estudaremos detalhadamente este tema em aula própria. Decisão interlocutória é aquele que no curso do processo o juiz resolve uma questão incidente. Por fim, despachos são todos os atos praticados no processo para os quais a lei não estabeleceu outra forma. (art. 162 e parágrafos do CPC) Art. 162 do CPC Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. c) Atos dos órgãos auxiliares da Justiça: Ao receber a petição inicial de qualquer processo o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito, o número de seu registro, os nomes das partes e as datas de seu início e procederá do mesmo modo quanto aos volumes de processo que se forem formando. Exemplificando: São atos processuais praticados pelos auxiliares da justiça: a citação, a intimação, a penhora, a autuação (é a ato de colocar a capa no processo), dentre outros. C) Comunicação dos Atos Processuais: A comunicação dos atos processuais refere-se ao procedimento de dar ciência à parte quando determinado ato processual deva ser praticado ou o aviso de que um ato processual foi praticado. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 20 www.pontodosconcursos.com.br As formas de comunicação dos atos processuais são: a citação e da intimação. Citação: É o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado para se defender (art. 213 do CPC). � A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa e ainda quando ordenada por juiz incompetente constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição (art. 219 do CPC). � O sistema moderno de citação pelo correio, providência instituída para imprimir maior celeridade ao processo, não é cabível no processo de execução, cuja citação deverá ser feita através de oficial de justiça. Intimação: É o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa (art. 234 do CPC). � As intimações no processo do trabalho são feitas em regra pelos correios, podendo ocorrer excepcionalmente por oficial de justiça, por publicação do edital no Diário oficial ou no órgão que publicar o expediente da justiça do trabalho ou por fixação do Edital na sede da Vara de trabalho. No processo do trabalho o art. 841 da CLT dispõe sobre a notificação citatória, que menciona que o servidor público ao receber a petição inicial remeta a segunda via em 48 horas para o réu, notificando-o para comparecer à primeira audiência desimpedida dentro de cinco dias. Atenção: É importante ressaltar que por força do art. 1º, II do Decreto- Lei 779/69, este prazo fixado no art. 841 da CLT será contado em quádruplo quando a parte for a União, o Estado, o Município, o Distrito Federal, bem como autarquias e fundações de direito público federais, ou municipais que não explorem atividade econômica. Art.841 da CLT Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 horas, remeterá a segunda via da petição ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de Julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de cinco dias. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 21 www.pontodosconcursos.com.br Súmula 427 do TST (nova súmula editada em 24 de Maio de 2011). Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo. A Lei 9.800/99 permite a transmissão de ato processual que dependa de petição escrita através de fac-símile (fax), devendo os originais ser entregues em até 5 dias contados da recepção dos dados enviados via fax. A Súmula 387 do TST (inserido inciso IV em 25 de Maio passado) dispõe sobre a possibilidade da interposição de recurso, que é um ato processual, por fac-símile (fax). Observem a nova redação: Em relação à prática de ato processual através de e-mail, Em relação à prática de ato processual através de e-mail, BIZU DE PROVA BIZU DE PROVA Súmula 387 do TST RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI 9.800/1999 I - A Lei 9.800/1999 é aplicável somente a recursos interpostos após o início de sua vigência. II - A contagem do qüinqüídio para apresentação dos originais de recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subseqüente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei 9.800/1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo. III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 184 do CPC quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou feriado. IV - A autorização para a utilização do fac-símile, constante do art. 1º da Lei 9.800 de 1999, somente alcança as hipóteses em que o documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 22 www.pontodosconcursos.com.br 2.2.2. Termos Processuais: Termo processual é a redução escrita de determinado ato processual. Carlos Henrique Bezerra Leiteafirma que termo é a reprodução gráfica do ato processual. Os termos poderão ser classificados em três tipos: termo de vista, termo de juntada e termo de conclusão. Termo de vista ocorre quando a parte deverá tomar ciência de algum ato realizado no processo. Neste caso, o servidor público atestará no processo que a parte tomou ciência do mesmo. Termo de Juntada é aquele que atesta a juntada de determinado documento aos autos do processo. Termo de Conclusão ocorre quando o processo é enviado para a manifestação do juiz. Assim, a expressão “autos conclusos” significa dizer que o juiz está com o processo para análise. Art. 771 CLT Os atos, termos e prazos processuais poderão ser escritos à tinta, datilografados ou a carimbo. Art. 772 CLT Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas por motivo justificado não possam fazê-lo, serão firmados a rogo na presença de duas testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído. Termos Processuais Termo de Juntada Termo de Vista Termo de Conclusão Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 23 www.pontodosconcursos.com.br Art. 773 CLT Os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples notas, datadas e rubricadas pelos secretários ou escrivães. O Processo Civil aplica-se subsidiariamente ao processo do trabalho naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais do mesmo. Assim, os artigos 168 e 169 do CPC aplicam- se ao processo do trabalho. Art.168 do CPC Os termos de juntada, vista, conclusão e outro semelhante constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão. Art.169 do CPC Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta escura e indelével, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas não puderem ou não quiserem firmá-lo. O escrivão certificará nos autos a ocorrência. § 1º É vedado usar abreviaturas. § 2º Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. § 3º No caso do § 2º deste artigo, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo. Atenção: A interposição de um recurso é um ato processual praticado pelas partes. O carimbo é um termo processual que atesta a juntada do recurso aos autos do processo. A OJ 285 da SDI-1 do TST estabelece que o carimbo colocado pelo servidor público atestando o recebimento da peça recursal deverá estar legível. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 24 www.pontodosconcursos.com.br 2.2.3. Prazos Processuais: Prazo é o lapso de tempo dentro do qual um ato processual deverá ser praticado. A contagem dos prazos é tema muito abordado em provas por diversas bancas, portanto prestem muita atenção às explicações abaixo, pois sempre cai o quadro de Súmulas que destaquei. � A contagem de prazo no processo do trabalho é feita com base no artigo 775 da CLT, auxiliado por algumas Súmulas do TST. O início da contagem do prazo é denominado dies a quo e o término do prazo é denominado dies ad quem. � A regra geral é que a contagem dos prazos excluirá o dia do começo e incluirá o dia do vencimento, conforme em destaque no art. 775 da CLT abaixo transcrito. Art. 775 da CLT - Os prazos estabelecidos neste Título contam- se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. Art. 776 da CLT - O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos escrivães ou chefes de secretaria. OJ 285 da SDI-1 do TST AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRASLADO. CARIMBO DO PROTOCOLO DO RECURSO ILEGÍVEL. INSERVÍVEL O carimbo do protocolo da petição recursal constitui elemento indispensável para aferição da tempestividade do apelo, razão pela qual deverá estar legível, pois um dado ilegível é o mesmo que a inexistência do dado. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 25 www.pontodosconcursos.com.br Analista Execução de Mandados – TRT 6ª Região – 2012 Questão 46. Conforme regra contida na Consolidação das Leis do Trabalho, contam-se os prazos processuais com a a) inclusão do dia do vencimento e são contínuos. b) exclusão do dia do vencimento e se interrompem nos feriados. c) exclusão do dia do começo e são absolutamente improrrogáveis. d) inclusão do dia do começo e são contínuos. e)inclusão do dia do vencimento, sendo que apenas os que vencerem em feriados terminarão no dia seguinte. Comentários: Letra A (art. 775 da CLT). Vamos ao quadro das Súmulas! Súmula 01 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação, com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso deste prazo constitui ônus de prova do destinatário. Súmula 30 TST Intimação da sentença. Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento ( art. 851 § 2º CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença. Súmula 262 TST I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem no subsequente. II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do TST suspendem os prazos recursais. Súmula 350 do TST O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 26 www.pontodosconcursos.com.br OJ-310 da SDI – 1 do TST Litisconsortes. Procuradores distintos. Prazo em dobro. Art. 191 do CPC. Inaplicável ao Processo do Trabalho. A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao Processo do Trabalho, em face da sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista. Os prazos processuais classificam-se: a) Quanto à origem: prazos legais (fixados pela lei), prazos judiciais (fixados pelo juiz) e prazos convencionais (convencionado pelas partes). b) Quanto à natureza: prazos dilatórios (são os prazos prorrogáveis) e prazos peremptórios (são os prazos fatais e improrrogáveis). O art. 182 do CPC excepciona em relação aos prazos peremptórios ao permitir que o juiz prorrogue um prazo peremptório nas comarcas onde for difícil o transporte, mas nunca por tempo superior a 60 dias. c) Quanto aos destinatários: prazos próprios (são os prazosdestinados às partes) e prazos impróprios (são os prazos destinados aos juízes e servidores da justiça do trabalho). Exemplificando: Para uma melhor compreensão do tema prazos processuais, acho importante exemplificar com a resolução de uma questão discursiva da CESPE, embora não seja a banca de nosso curso! (CESPE – OAB/RJ -/2007) O advogado Francisco Alburquerque, inconformado com o conteúdo da sentença que julgou improcedente o pedido de seu cliente, interpõe recurso ordinário. A sentença foi publicada no Diário Oficial de 10 de novembro de 2006, sexta-feira, e o recurso protocolado em 21 de novembro do mesmo ano, terça-feira, dia seguinte ao feriado estadual que celebra o "Dia Nacional da Consciência Negra" (Lei Estadual 4.007, de 11 de novembro de 2002). Não obstante haver o diligente advogado elaborado preliminar de tempestividade de seu recurso, ao receber o apelo no Tribunal Regional do Trabalho, o juiz relator entendeu por bem negar seguimento a seu trâmite, monocraticamente, por considerá-lo intempestivo. Segundo os argumentos do magistrado, ao alegar direito estadual para prorrogar o prazo recursal, caberia ao recorrente provar o seu teor e vigência, nos termos do art. 337, do CPC, o que não ocorrera. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 27 www.pontodosconcursos.com.br Levando-se em consideração os dados acima, indaga-se: Qual o recurso cabível da decisão monocrática que negou seguimento ao recurso ordinário citado? Indique o dispositivo legal que o prevê e fundamente sua resposta. Qual o prazo legal de interposição do referido recurso? Comentários: O Recurso cabível contra decisão monocrática que negar seguimento ao recurso ordinário é o Agravo Regimental, que deverá ser interposto no prazo previsto no regimento interno dos Tribunais. Caberá Agravo Regimental do despacho do relator que, baseando-se em Súmulas do TST, negar seguimento a recurso, conforme estabelece o art. 9ª, parágrafo único da Lei 5.574/70. Observem a contagem do prazo na interposição do Recurso Ordinário: O prazo para interposição de Recurso Ordinário é de 8 dias, contados da publicação da sentença. A sentença foi publicada em 10/11/06 (sexta-feira). A Súmula 01 do TST estabelece que neste caso a contagem do prazo será a partir de segunda-feira (13/11/06) e o término em 20/11/06. Acontece que o advogado alegou que neste dia é feriado local e por isso o prazo estaria prorrogado para 21/11/06, data na qual ele interpôs o recurso. Súmula 01 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação, com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. No caso em tela, o relator negou seguimento ao Recurso interposto baseando-se na Súmula 385 do TST, que dispõe que a parte deverá comprovar a existência de feriado local que justifique a prorrogação do prazo recursal. Súmula 385 do TST FERIADO LOCAL. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE FORENSE. PRAZO RECURSAL. PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE ATO ADMINISTRATIVO DO JUÍZO “A QUO” (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 28 www.pontodosconcursos.com.br I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal. II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos. III – Na hipótese do inciso II, admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, em Agravo Regimental, Agravo de Instrumento ou Embargos de Declaração Assim, o recurso cabível é o Agravo Regimental conforme dispõe a lei 5.574/70. O fundamento legal do Agravo Regimental é o Regimento Interno dos Tribunais. O Regimento Interno do TST estabelece o prazo de 8 dias para a interposição do Agravo regimental, alguns Tribunais Regionais estabelecem o prazo de 8 dias e outros o prazo de 5 dias. Principais Prazos no Processo do Trabalho: ⇒ Remessa de cópia da Inicial para o Reclamado (48horas); ⇒ Marcação de Audiência Inaugural (de acordo com o art. 841 da CLT combinado com o DL 779/69 será de 5 dias ou 20 dias se a parte for Fazenda pública); ⇒ Recursos e Contra-razões em geral (em geral 8 dias ou em dobro 16 dias se for ente público); ⇒ Recurso denominado embargos de declaração (5 dias); ⇒ Para as partes apresentarem razões finais (10 minutos); ⇒ Juntada da ata de audiência aos autos (48 horas); ⇒ Apresentar contestação (em audiência, se for oral deverá ser feita em 20 minutos); ⇒ Prazo para o oficial de justiça apresentar atos em geral (9 dias); ⇒ Prazo para oficial de justiça praticar atos de avaliação (10 dias); ⇒ Apresentar Exceção de incompetência (24 horas improrrogáveis); ⇒ Apresentar Exceção de suspeição (48 horas); ⇒ Prazo para ajuizamento de ação rescisória (2 anos contados do trânsito em julgado da decisão); ⇒ Prazo para redução a termo de reclamação verbal (5 dias); ⇒ Prazo para opor embargos à execução (5dias ou se for Fazenda pública 30 dias). BIZU DE PROVA Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 29 www.pontodosconcursos.com.br A seguir transcrevo outros artigos da CLT sobre atos, termos e prazos processuais que são muito abordados em provas de concursos, principalmente pela banca FCC: Art. 777 da CLT - Os requerimentos e documentos apresentados, os atos e termos processuais, as petições ou razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos feitos formarão os autos dos processos, os quais ficarão sob a responsabilidade dos escrivães ou chefes de secretaria. Art. 778 da CLT - Os autos dos processos da Justiça do Trabalho não poderão sair dos cartórios ou secretarias, salvo se solicitados por advogado regularmente constituído por qualquer das partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso ou requisição. Art. 779 da CLT - As partes, ou seus procuradores, poderão consultar, com ampla liberdade, os processos nos cartórios ou secretarias. Art. 780 da CLT - Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente depois de findo o processo, ficando traslado. Art. 781 da CLT - As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou arquivados, as quais serão lavradas pelos escrivães ou chefes de secretaria. Parágrafo único - As certidões dos processos que correrem em segredo de justiça dependerão de despacho do juiz ou presidente. Art. 782 da CLT - São isentos de selo as reclamações, representações, requerimentos, atos e processos relativos à Justiça do Trabalho. Notificações: Na petição inicial trabalhista não é necessário o pedido de citação do réu, uma vez que o art. 841 da CLT diz que a simples notificação para o comparecimento à audiência é ato automático realizado pelo servidor da Vara de Trabalho, independente de pedido do autor. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 30 www.pontodosconcursos.com.br Na reclamação trabalhista não há citação do reclamado, mas notificação via postal do mesmo pormeio de remessa automática do servidor de secretaria da vara, em 48 horas, do recebimento da ação, notificando o reclamado a comparecer para a primeira audiência desimpedida em: • 05 dias para os reclamados em geral • 20 dias para União, estado, DF, municípios, autarquias e fundações públicas federais, estaduais, municipais que não explorem atividades econômicas (Decreto-Lei 779/69 que diz que o prazo do art. 841da CLT será quádruplo). Art. 841 da CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. § 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo. § 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior. A notificação poderá ser: a) por registro postal em regra; b) por edital quando o réu não for encontrado ou criar embaraços ao recebimento da reclamação. O Edital será publicado em um jornal oficial ou em expediente forense e somente na falta destes será afixado na sede ou juízo. A Súmula 16 do TST, já estudada em prazos processuais, fala da notificação. Vamos relembrá-la! Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 31 www.pontodosconcursos.com.br Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso deste prazo constitui ônus de prova do destinatário. A notificação postal será feita com o aviso de recebimento para que se possa verificar se ocorreu ou não a citação. No processo do trabalho a citação somente será pessoal em sede de execução, sendo assim bastará a entrega da citação no endereço indicado. Caberá à parte comprovar que não a recebeu no prazo devido. Atenção: O tema nulidade dos atos processuais não consta expressamente no Edital, mas por cautela quero que vocês estudem, pelo menos, os artigos da CLT e a denominação dos princípios. 2.2. Nulidades e convalidação dos atos processuais: Nulidades e uma sanção imposta pela lei, que irá privar o ato processual de seus efeitos, quando a forma a ser praticada estabelecida na norma jurídica for descumprida. Um bom exemplo irá facilitar o entendimento deste conceito! A Lei Complementar 75/93, em seu art. 83, XIII, estabelece que o MPT (Ministério Público do trabalho) deverá intervir, obrigatoriamente, em todos os feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdição da Justiça do trabalho quando a parte for pessoa jurídica de direito público, Estado estrangeiro ou organismo internacional. Caso ele não tenha sido intimado, o processo será nulo, a partir do momento em ele deveria ter atuado. O art. 246 do CPC estabelece que será nulo o processo quando o Ministério Público não tiver sido intimado a acompanhar o feito em que deveria intervir. O parágrafo único preceitua que o juiz anulará o ato a partir do momento em que o MP deveria ter sido intimado. Assim, reafirmando o conceito de nulidade pode-se dizer que: a nulidade de um ato processual ocorrerá quando lhe faltar algum requisito que a lei considerar necessário para a sua validade. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 32 www.pontodosconcursos.com.br Os atos processuais não dependem de forma determinada para ser praticado, exceto quando a lei expressamente a exigir, assim os atos que embora realizados de outro modo, atingir a finalidade essencial serão considerados válidos. A CLT trata da teoria das nulidades em seus artigos 794 ao 798, abaixo transcritos e comentados com os destaques para os pontos mais abordados em provas. É importante frisar: As nulidades estudadas no direito do trabalho são distintas das nulidades estudadas no direito processual do trabalho. No direito do trabalho, o art. 9º da CLT que consagra o princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, estabelece que serão de nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar as leis trabalhistas. Ao passo que no Processo do Trabalho, os atos processuais podem ser nulos, anuláveis ou inexistentes. O art. 37, parágrafo único do CPC estabelece que os atos processuais praticados por advogados que atuam sem instrumento de mandato e que não sejam ratificados serão considerados inexistentes. Os atos nulos (nulidade absoluta) e os atos anuláveis (nulidade relativa), sendo os vícios processuais dos atos nulos insanáveis e os dos atos anuláveis sanáveis. Os atos jurídicos em geral e os atos processuais poderão estar com vícios ou irregularidades que podem ou não contaminar a sua validade. Como exemplo de vício que não contamina a nulidade de um ato, podemos citar a ausência de numeração e das folhas dos autos do processo, que não contaminam o ato. Caso o vício processual seja grave haverá uma consequência que se classifica em: nulidade absoluta e nulidade relativa. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 33 www.pontodosconcursos.com.br A nulidade absoluta será declarada toda vez que o ato processual viciado violar normas de interesse público, podendo ser declarada de ofício pelo juiz. Como exemplo, podemos citar a incompetência absoluta do juízo, uma vez que a Justiça do Trabalho é incompetente materialmente para processar e julgar as demandas pertinentes a direito de família. Assim, caso haja pedido referente a uma investigação de paternidade, por exemplo, o juiz do trabalho deverá de ofício, sem o requerimento das partes, declara-se absolutamente incompetente em razão da matéria. Se ele não o fizer ocorrerá a nulidade absoluta da sua sentença. Quanto à nulidade relativa ou anulabilidade, o vício do ato processual viola normas de interesse privado, dependendo sempre da provocação do interessado, não podendo ser declarada de ofício pelo juiz. Como exemplo de nulidade relativa, citamos a incompetência relativa do juízo que caso a parte ré não entre com a Exceção de incompetência relativa do juízo ocorrerá a prorrogação de competência e o juiz que anteriormente era incompetente para processar e julgar a causa passará a ser competente. Princípios Específicos das Nulidades Processuais: Dentro da teoria das nulidades podemos destacar os seguintes princípios: a) Princípio da Transcendência ou do Prejuízo: Previsto no art. 794 da CLT, determina que somente, haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. Art. 794 da CLT- Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. BIZU DE PROVA Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 34 www.pontodosconcursos.com.br b) Princípio da Instrumentalidade das formas: Previsto nos artigos 154 e 244 do CPC, determinando que se o ato for praticado de outra forma, mas atingir a sua finalidade ele será válido.c) Princípio da Convalidação ou da Preclusão: Previsto no art. 795 da CLT, determinando que as nulidades não serão declaradas senão pela provocação das partes, às quais deverão arguí-las, na primeira vez em que tiverem de falar nos autos. Porém, o princípio da convalidação somente será aplicado ás nulidades relativas. O art. 795 §1º da CLT ao determinar que deverá ser declarada de ofício a nulidade fundada em incompetência de foro na verdade quis dizer que a incompetência absoluta deverá ser declarada de ofício pelo juiz. Art. 795 da CLT – As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 1º – Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. 2º – O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão. c) Princípio da Proteção: Previsto no art. 796 da CLT, determina que somente será declarada a nulidade quando for impossível suprir-lhe a falta ou repetir-se o ato e quando não for arguida por quem lhe houver dado causa. d) Art. 796 da CLT – A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 35 www.pontodosconcursos.com.br e) Princípio da Utilidade: Está previsto no art. 798 da CLT determina que a nulidade do ato não prejudicará, senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência. Art. 798 da CLT- A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência. Analista Execução de Mandados - TRT 6ª Região – 2012 Questão 50. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, em relação à matéria de nulidades é correto afirmar que: a) As nulidades somente serão declaradas se forem argüidas em recurso de revista ao TST. b) A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência. c) O Juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade não precisa declarar os atos a que se estende. d) Ainda que seja possível repetir-se o ato, a nulidade será pronunciada. e) Ainda que dos atos inquinados não resulte manifesto prejuízo às partes, a nulidade deverá ser declarada de ofício pelo juiz. Comentários: Letra B (art. 798 da CLT). f) Princípio da economia processual: Ao declarar a nulidade o juiz deverá declarar os atos a que ela se estende com o objetivo de atender ao princípio da economia processual, o qual também está incluído no art. 796 da CLT. Art. 797 da CLT O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende. Art. 796 da CLT – A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 36 www.pontodosconcursos.com.br 2.3. Distribuição, Custas e Emolumentos: 2.3.1. Da Distribuição: A reclamação verbal (petição inicial – lembram-se do pedido de Adalgisa) será distribuída antes de sua redução a termo, tendo o reclamante cinco dias para apresentar-se no cartório para reduzi-la a termo, sob pena de perder por seis meses o direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho. � A reclamação escrita deverá ser fornecida em 2 vias, devendo estar acompanhada dos documentos que se fundar. � Feita a distribuição a reclamação será remetida pelo distribuidor ao juízo competente acompanhada do bilhete de distribuição. � Nas localidades onde houver mais de uma Vara do Trabalho ou mais de um juízo, a reclamação trabalhista será preliminarmente, submetida à distribuição, conforme dispõe o art. 838 da CLT. � Nas localidades em que houver apenas uma Vara do trabalho ou juízo, a reclamação será apresentada diretamente à Secretaria da Vara ou ao Cartório do juízo, conforme art. 837 da CLT. � A distribuição deve obedecer a ordem rigorosa de sua apresentação ao distribuidor, quando houver (art. 783 da CLT). Observem os dispositivos consolidados abaixo transcritos sobre distribuição: Art. 783 da CLT - A distribuição das reclamações será feita entre as Varas de trabalho, ou os Juízes de Direito do Cível, nos casos previstos no art. 669, § 1º, pela ordem rigorosa de sua apresentação ao distribuidor, quando o houver. Art. 784 da CLT - As reclamações serão registradas em livro próprio, rubricado em todas as folhas pela autoridade a que estiver subordinado o distribuidor. Art. 785 da CLT - O distribuidor fornecerá ao interessado um recibo do qual constarão, essencialmente, o nome do reclamante e do reclamado, a data da distribuição, o objeto da reclamação e a Junta ou o Juízo a que coube a distribuição. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 37 www.pontodosconcursos.com.br Art. 786 da CLT - A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo. Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731. Art. 787 da CLT - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar. Art. 788 da CLT - Feita a distribuição, a reclamação será remetida pelo distribuidor à Junta ou Juízo competente, acompanhada do bilhete de distribuição. 2.3.2. Das Custas e dos Emolumentos: Custas e emolumentos são as despesas processuais obrigatórias, que as partes deverão arcar para que o processo possa desenvolver-se. Ambos são pagos através de DARF (documento de arrecadação das receitas federais), tendo como destinatário a União, pois a Justiça do Trabalho é integrante do Poder Judiciário da União. “Custas são a parte de despesas judiciais relativas à formação, propulsão e terminação do processo, taxadas por lei.” (Pontes de Miranda). Exemplificando: Podemos citar as despesas com oficial de justiça, perito, dentre outras, como exemplo de custas. OJ-SDI1-158 do TST O denominado "DARF ELETRÔNICO" é válido para comprovar o recolhimento de custas por entidades da administração pública federal, emitido conforme a IN-SRF 162, de 04.11.88. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 38 www.pontodosconcursos.com.br Elas incidirão à base de 2% e serão calculadas na forma disposta no art. 789 da CLT, ou seja: � Quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; � Quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; � No caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; � Quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. E, no caso de interposição de recurso, elas serão pagas e o seu recolhimento será comprovado dentro do prazo recursal. Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valore fixará o montante das custas processuais. Quando houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes. Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal. No processo de execução, as custas serão de responsabilidade do executado e serão pagas ao final. DICA: Com EC 45 às relações de trabalho aplica-se o art. 21 do CPC, sendo recíproca e proporcionalmente distribuídas as custas, se cada litigante for em parte vencido e vencedor. Já às relações de emprego e ao trabalhador avulso aplica-se a CLT, logo no caso de sucumbência recíproca (ambos são ao mesmo tempo vencido e vencedor na demanda, porque há vários pedidos na ação) o empregador pagará as respectivas custas. Em caso de acordo, as custas serão pro rata, ou seja, rateadas em partes iguais,caso não seja convencionado outra coisa pelas partes, porém o juiz poderá dispensar o empregado do pagamento de custas. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 39 www.pontodosconcursos.com.br Atenção: Há isenção do pagamento de custas para determinados sujeitos da relação processual, vejamos o art. 790 - A da CLT. Art. 790-A da CLT - São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita: I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; II – o Ministério Público do Trabalho. Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. DICA: As sociedades de economia mista não estão isentas do pagamento de custas na Justiça do Trabalho, conforme dispõe a Súmula 170 do TST. As Sociedades de economia mista devem observar as regras trabalhistas e tributárias do art. 173, parágrafo 1º, II da CF/88. O Decreto 779/69 não faz referência à Sociedade de economia mista ao estabelecer privilégios e isenções. DICA: Quando a parte é vencedora na 1ª instância e é vencida na 2ª instância ela estará obrigada a pagar as custas fixadas na sentença da 1ª instância independentemente de ser intimada para isto, ficando a parte vencedora na 2ª instância isenta de tal pagamento (Súmula 25 do TST). Súmula 170 do TST SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. CUSTAS Os privilégios e isenções no foro da Justiça do Trabalho não abrangem as sociedades de economia mista, ainda que gozassem desses benefícios anteriormente ao Decreto-Lei nº 779, de 21.08.1969. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 40 www.pontodosconcursos.com.br “Os emolumentos são o ressarcimento das despesas efetuadas pelos órgãos da Justiça do trabalho, pelo fornecimento de traslados, certidões, cartas, às partes interessadas...” (Carlos Henrique Bezerra Leite). Os emolumentos são: a) autenticação de traslado de peças mediante cópia reprográfica apresentada pelas partes; b) fotocópia de peças; c) autenticação de peças; d) cartas de sentença, de adjudicação, de remição e de arrematação; e) certidões. O requerente, ou seja, aquele que pede o fornecimento de certidão de cópias, de autenticação, dentre outros, deverá pagar os emolumentos referentes a estes atos. Art. 790 da CLT - Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. § 1º Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. § 2º No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título. § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de Súmula 25 do TST A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas, fixadas na sentença originária, das quais ficara isenta a parte então vencida. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 41 www.pontodosconcursos.com.br pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. Atenção: Os honorários periciais são custas processuais. Há uma pegadinha de prova em relação ao art. 790-B da CLT e a Súmula 341 do TST. A Lei 5.584/70 faculta às partes a indicação de assistentes técnicos na perícia. Na Justiça do Trabalho os honorários do assistente técnico deverão ser pagos por quem o indicou. Embora pareça haver uma incompatibilidade entre a Súmula 341 do TST e o art. 790-B da CLT, eles são perfeitamente aplicáveis. Isto porque o artigo refere-se ao perito e a Súmula ao assistente técnico. Art. 790-B da CLT - A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita. Súmula 341 do TST HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. 2.4. Partes e Procuradores: Estudamos que jurisdição é o poder-dever do Estado-juiz de prestar a tutela jurisdicional, solucionando o conflito de interesses que lhe é submetido pelas partes, para que declare o direito ao caso concreto aplicando a lei. O conflito de interesses entre as partes é chamado de lide, e é qualificado por uma pretensão resistida. � As partes no Processo do Trabalho são chamadas de: Reclamante (autor) e Reclamado (réu). � Na execução trabalhista as partes são chamadas de exeqüente e de executado. Nos recursos são chamadas de: recorrente e recorrido, conforme veremos quando estudarmos execução e recursos no processo do trabalho. Todo ser humano terá capacidade para ser parte, independentemente, de sua idade ou condição psíquica ou mental, seja para propor ação seja para defender-se. Processo do Trabalho TRT 12 e 18 Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva 42 www.pontodosconcursos.com.br Já a capacidade processual ou a capacidade de estar em juízo somente será outorgada para as pessoas que possuem capacidade civil. Esta capacidade deve ser entendida como a faculdade que tem a pessoa de praticar todos os atos da vida civil e de administrar os seus bens. Há casos em que embora tenha capacidade para ser parte, o titular do direito material violado não tenha capacidade processual (capacidade de estar em juízo), devendo ser representada ou assistida. No processo do trabalho o maior de 18 anos terá capacidade processual plena para estar em juízo, não precisando mais ser representado e nem assistido por seus pais, tutores ou curadores. O trabalhador
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