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Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Queridos alunos, Não me esqueci dos resumos que prometi para vocês. Postarei em breve e irei voltar ao te4ma da aula 02, uma vez que há alunos com dúvidas em relação ao tema. Hoje, estudaremos em Processo do Trabalho o tema “execução” que é muito abordado nos concursos para os Tribunais Regionais do Trabalho. O Juiz ao proferir uma decisão (sentença) e solucionar o conflito de interesses entre as partes, poderá condenar uma parte a pagar à outra parte determinada quantia em dinheiro. Exemplificando: Maria das Dores foi condenada a pagar para a sua empregada doméstica as férias vencidas em dobro. A sentença do juiz é um título executivo judicial e caso Maria das Dores não pague os seus bens poderão ser executados. Creio que vocês já que são bacharéis em direito já entendem o que seja a execução no Processo do Trabalho. Vamos, agora, ao conceito clássico de vários doutrinadores! Aula 05: Da execução: execução provisória; execução por prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a massa falida. Da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei 8.009/90). Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos embargos de terceiros. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. Vamos dar início a nossa aula de hoje! Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2 5.1. Conceito de Execução: “É a atividade jurisdicional do Estado, coercitiva, com o objetivo de compelir o devedor ao cumprimento da obrigação contida na sentença condenatória transitada em julgado ou em acordo judicial inadimplido ou em título executivo extrajudicial previsto em lei.” (Manoel Antônio Teixeira Filho). “É o conjunto de atos de atuação das partes e do juiz que tem em mira a concretização daquilo que foi decidido no processo de conhecimento.” (Carlos Henrique Bezerra Leite). Para Mauro Schiavi: “a execução trabalhista consiste num conjunto doe atos praticados pela justiça do trabalho destinados à satisfação de uma obrigação consagrada num título executivo judicial ou extrajudicial, da competência da Justiça do Trabalho, não voluntariamente satisfeita pelo devedor, contra a vontade deste último”. Para José Augusto Rodrigues Pinto: “Executar é, no sentido comum, realizar, cumprir, levar a efeito. No sentido jurídico, a palavra assume significado mais apurado, embora conservando a idéia básica de que, uma vez nascida, por ajuste entre particulares ou por imposição sentencial do órgão próprio do Estado a obrigação, deve ser cumprida, atingindo-se no último caso, concretamente, o comando da sentença que a reconheceu ou, no primeiro caso o fim para o qual se criou”. O credor será denominado exeqüente e o devedor será denominado executado na fase de execução. A execução deverá ser processada pelo modo menos gravoso para o devedor/executado. As normas aplicáveis ao processo de execução são: � CLT (arts. 876/892); � Art. 13º da Lei 5.584/80(remição); � Lei 6.830/80 (art. 889 da CLT); � Código de Processo Civil; � Lei 8009/90. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 3 5.2. Princípios aplicados à execução trabalhista: Os princípios da execução trabalhista não diferem dos princípios da execução no Processo Civil, entretanto, em face da natureza do crédito trabalhista e da hipossuficiência do credor trabalhista, alguns princípios adquirem intensidade mais acentuada na execução trabalhista, máxime os da celeridade, simplicidade e efetividade do procedimento. A) PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CREDOR TRABALHISTA: A execução trabalhista se faz no interesse do credor. Desse modo, todos os atos executivos devem convergir para satisfação do crédito do exeqüente. Art. 612 do CPC - Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal (art. 751, III), realiza-se a execução no interesse do credor, que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados. Na execução trabalhista, o presente princípio se destaca em razão da natureza alimentar do crédito trabalhista e da necessidade premente de celeridade do procedimento executivo. Por isso, no conflito entre normas que disciplinam o procedimento executivo, deve-se preferir a interpretação que favoreça o exeqüente. B) PRINCÍPIO DO MEIO MENOS ONEROSO PARA O EXECUTADO: O presente princípio está consagrado no art. 620 do CPC, que assim dispõe: Art. 620, do CPC: “Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor”. O dispositivo representa característica da humanização da execução, tendo por escopo resguardar a dignidade da pessoa humana do executado. Omissa a CLT, a regra do art. Supra se mostra compatível com a execução trabalhista (arts. 769 e 889 da CLT). Somente quando a execução puder ser realizada por mais de uma modalidade, com a mesma efetividade para o credor, se preferirá o meio menos oneroso para o devedor. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 4 C) PRINCÍPIO DO TÍTULO: Segundo Carnellutti (citado por Mauro Schiavi): enquanto o processo de conhecimento se contenta com uma pretensão, entendida como vontade de submeter o interesse alheio ao próprio, bem mais exigente o processo executivo que reclamada, para sua instauração uma pretensão conforme o direito. Em outras palavras: O juiz no processo de execução, necessita de âncora explícita para ordenar atos executivos, e alterar a realidade em certos rumos, do mesmo modo que o construtor de edifícios sem o respectivo projeto não saberia como tocar o empreendimento. Como jamais se configurará a certeza absoluta em torno do crédito, a lei sufraga a relativa certeza decorrente de certo documento, que é o título. Faz o título prova legal ou integral do crédito. A execução é nula sem título (nulla executio sine titulo), seja ele judicial ou extrajudicial. Dispõe o art. 586 do CPC: A execução para cobrança de crédito fundar- se-á sempre em título executivo de obrigação certa, líquida e exigível. Os títulos trabalhistas que tem força executiva estão previstos no art. 876 da CLT: Art. 876: As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo. Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido. O título a embasar a execução deve ser líquido, certo e exigível. * A certeza está no fato de o título não estar sujeito à alteração por recurso (judicial); ou que a lei confere tal qualidade, por revestir o título das formalidades previstas em lei (extrajudicial). Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª RegiãoAnalista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 5 * Exigível é o titulo que não está sujeito à condição ou termo. Ou seja, a obrigação consignada no título não está sujeita a um evento futuro ou incerto (condição) ou a um evento futuro ou incerto (condição) ou a um evento futuro e certo (termo). * Líquido é o título que individualiza o objeto da execução (obrigação de entregar), ou da obrigação (fazer ou não fazer), bem como delimita o valor (obrigação de pagar). D) PRINCÍPIO DA REDUÇÃO DO CONTRADITÓRIO: O contraditório na execução é limitado (mitigado), pois a obrigação já está constituída no título e deve ser cumprida: ou de forma espontânea pelo devedor ou mediante a atuação coativa do Estado, que se materializa no processo. No procedimento executivo, a premissa é a existência de posições jurídicas diversas- poder e sujeição -, com que a finalidade é obter – com o menor sacrifício possível do patrimônio do executado – a satisfação do direito exeqüendo. Certamente, haverá participação e atuação do réu, que tem o direito de ser ouvido dentro da perspectiva relativa à atuação da norma jurídica concreta. E) PRINCÍPIO DA PATRIMONIALIDADE: A execução não incide sobre a pessoa do devedor, e sim sobre seus bens. Tanto os bens presentes como os futuros do devedor são passíveis de execução. Art. 591 do CPC: Inexistindo sindicato, os percentuais previstos na alínea c do inciso I e na alínea d do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação serão creditados à federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional. Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, os percentuais previstos nas alíneas a e b do inciso I e nas alíneas a e c do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação caberão à confederação. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 6 A Constituição Federal de 1988 prevê duas possibilidades de a execução incidir sobre a pessoa do devedor no art. 5º, LXVII: Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel. Portanto, somente poderá haver prisão civil por dívida em duas hipóteses quais, sejam: a) depositário infiel e, b) devedor de obrigação alimentícia. Quanto ao depositário infiel: Não mais existe, no modelo normativo brasileiro, a prisão civil por infidelidade depositária independentemente da modalidade de depósito. O entendimento já pacificado foi reafirmado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. O ministro, ao acolher Habeas Corpus de um depositário voluntário contra decisão do Superior Tribunal de Justiça, citou vários precedentes da corte. Dentre eles, o julgamento do HC 92.566/SP, de relatoria do ministro Marco Aurélio, que declarou expressamente revogada a Súmula 619 da corte. A súmula autorizava a decretação da prisão civil do depositário judicial no próprio processo em que se constituiu o encargo, independentemente do prévio ajuizamento da ação de depósito. Por ter havido adesão ao Pacto de São José da Costa Rica, que permite a prisão civil por dívida apenas na hipótese de descumprimento inescusável de prestação alimentícia, não é cabível a prisão civil do depositário, qualquer que seja a natureza do depósito. F) PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE: Segundo Chiovenda (citado por Mauro Schiavi): O processo precisa ser apto a dar a quem tem um direito na medida do que for praticamente possível tudo aquilo a que tem direito e precisamente aquilo a que tem direito. Há efetividade da execução trabalhista quando ela é capaz de materializar a obrigação consagrada no título que tem força executiva, entregando, no menor prazo possível, o bem da vida ao credor ou materializando a obrigação consagrada no título. Desse modo, a execução deve ter o máximo resultado com o menor despêndio de atos processuais. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 7 Conforme destaca Araken de Assis, é tão vem sucedida a execução quando entrega rigorosamente ao exequente o vem perseguido, objeto da prestação inadimplida, e seus consectários, ou obtém o direito reconhecido no titulo executivo. Este há de ser o objeto fundamental de toda e qualquer reforma a função jurisdicional executiva, favorecendo a realização do crédito. G) PRINCÍPIO DA UTILIDADE: Como corolário do princípio da efetividade, temos o princípio da utilidade da execução. Por este princípio nenhum ato inútil, a exemplo de penhora de bens de valor insignificante, (art. 659, §2º, do CPC), poderá ser consumado. Desse modo, deve o Juiz do Trabalho racionalizar os atos processuais na execução, evitando a prática de atos inúteis ou que atentem contra a celeridade e o bom andamento processual. H) PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE: O credor tem a disponibilidade de prosseguir ou não com o processo executivo. Nesse sentido, o artigo 569, “caput” do CPC diz que o credor tem a faculdade de desistir da execução sem anuência do devedor. De outro lado, no Processo do Trabalho, considerando-se os princípios da irrenunciabilidade de direitos trabalhista e a hipossuficiência do trabalhador, deve o Juiz do Trabalho ter cuidado redobrado ao homologar eventual desistência da execução por parte do credor trabalhista, devendo ser ouvir o reclamante, e se convencer de que a desistência do crédito espontânea. I) PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EXECUÇÃO TRABALHISTA: Em razão do caráter publicista do processo do trabalho e do relevante interesse social envolvido na satisfação do crédito trabalhista, a moderna doutrina tem defendido a existência do princípio da função social da execução trabalhista. Desse modo, deve o Juiz do Trabalho direcionar a execução no sentido de que o exeqüente, efetivamente, receba o bem da vida pretendido de forma célere e justa, e que as atividades executivas sejam razoáveis no sentido de que somente o patrimônio do próprio devedor seja atingido, preservando-se, sempre, a dignidade tanto da pessoa humana do exeqüente como do executado. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 8 J) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: O Processo do Trabalho permite que as regras do direito processual comum sejam aplicadas na execução trabalhista, no caso de lacuna da legislação processual trabalhista e compatibilidade com os princípios que regem a execução trabalhista. O artigo 769, da CLT disciplina os requisitos para aplicação subsidiária do Direito Processual Comum ao Processo do Trabalho, com a seguinte redação: Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Conforme a redação do referido dispositivo legal, são requisitos para a aplicação do Código de Processo Civil ao Processo do Trabalho: a) omissão da CLT, ou seja, quando a CLT, ou a legislação processual extravagante não disciplina a matéria; b) compatibilidade com os princípios que regem o processo do trabalho. Vale dizer: a norma do CPC além de ser compatível com as regras que regem o Processo do Trabalho, deve ser compatível com os princípios que norteiam o Direito Processual do Trabalho, máxime o acesso do trabalhador à Justiça. Na fase de execução trabalhista, em havendo omissão da CLT, aplica-se em primeiro plano a Lei de Execução Fiscal (6830/80)e, posteriormente, o Código de Processo Civil. Entretanto, o artigo 889, da CLT deve ser conjugado com o artigo 769 consolidado, pois somente quando houver compatibilidade com os princípios que regem a execução trabalhista, a Lei 6830/80 pode ser aplicada. Atualmente, na execução trabalhista, há um desprestígio da aplicação da Lei 6830/80 em razão da maior efetividade do Código de Processo Civil em muitos aspectos. De outro lado, a Lei dos Executivos Fiscais que disciplina a forma de execução por título executivo extrajudicial, não foi idealizada para o credor trabalhista o qual, na quase totalidade das vezes, executa um titulo executivo judicial e, por isso, a sua reduzida utilização na execução trabalhista. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 9 L) PRINCÍPIO DA AUSÊNCIA DE AUTONOMIA DA EXECUÇÃO TRABALHISTA: Ainda há na doutrina hodierna opiniões no sentido de eu a execução trabalhista é um processo autônomo e não uma fase do procedimento. Em prol deste entendimento, há o argumento no sentido de que a execução trabalhista começa pela citação do executado, conforme dispõe o art. 880 da CLT. Na verdade, para os títulos executivos judiciais, a execução trabalhista nunca foi na prática, considerada um processo autônomo, que se inicia por petição inicial e se finaliza com a sentença. Costumeiramente, embora a liquidação não seja propriamente um ato de execução, as Varas do Trabalho consideram o início do cumprimento da sentença mediante despacho para o autor apresentar os cálculos de liquidação e, a partir daí, a Vara do Trabalho promove de ofício (art. 878 da CLT), sem necessidade de o credor entabular petição inicial. A execução trabalhista prima pela simplicidade, celeridade e efetividade, princípios estes que somente podem ser efetivados entendendo-se a execução como fase do processo e não como um novo processo formal, que começa com a inicial e termina com uma sentença. No processo civil, por meio da Lei 11323/05, foi abolido o processo de execução, criando a fase do cumprimento da sentença. Desse modo, a execução passa a ser mais uma fase do processo, e não um processo autônomo que começa com a inicial e termina com a sentença. No nosso sentir diante dos novos rumos do processo civil ao abolir o processo de execução, e dos princípios constitucionais da duração razoável do processo e efetividade, consagrados pela EC 45/04, pensamos que não há mais motivos ou argumentos para sustentar a autonomia da execução no processo do trabalho. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 10 A execução trabalhista constitui fase do processo, pelos seguintes argumentos: a) Simplicidade e celeridade do procedimento; b) A execução pode se iniciar de ofício (art. 878 da CLT); c) não há petição inicial na execução trabalhista por título executivo judicial; d) princípios constitucionais da duração razoável do processo efetividade; e) acesso à justiça e efetividade da jurisdição trabalhista. M) PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL: Em razão do relevante aspecto social que envolve a satisfação do crédito trabalhista, a hipossuficiência do trabalhador e a existência do jus postulandi no processo do trabalho (art. 791 da CLT), a CLT disciplina, no art. 878, a possibilidade de o Juiz do Trabalho iniciar e promover os atos executivos de ofício. Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 11 5.3. Títulos Executivos: Os títulos executivos que podem ser executados na Justiça do Trabalho estão elencados no art. 876 da CLT. Art. 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela forma estabelecida neste Capítulo. Parágrafo único. Serão executadas ex officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido. As contribuições sociais, a que se refere o parágrafo único do art. 876 da CLT são as parcelas previdenciárias, que incidirão nas verbas de natureza salarial, deferidas na sentença ou transacionadas nos acordos celebrados e homologados em juízo. A doutrina faz uma distinção entre títulos executivos judiciais e títulos executivos extrajudiciais, que vocês poderão observar no quadro abaixo. • Títulos Executivos Judiciais � A sentença transitada em julgado; � A sentença sujeita a recurso desprovido de efeito suspensivo; � Acordos judiciais não cumpridos. • Títulos Executivos Extrajudiciais • � Termos de compromisso de ajustamento de conduta firmados pelo Ministério Público do Trabalho (TAC); • � Termo de Conciliação firmado pela Comissão de Conciliação Prévia. (TCCCP) • • Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 12 Os únicos títulos executivos extrajudiciais que podem ser executados na Justiça do trabalho são; o termo de ajustamento de conduta firmado perante o MPT e o termo de conciliação firmado nas Comissões de conciliação prévia. Ambos são firmados fora do Poder Judiciário, ou seja, fora de um processo de conhecimento que dará origem a uma sentença (título executivo judicial). Portanto, como não há um juiz anterior que julgou a matéria a competência para executá-lo será do juiz que seria competente para julgar a matéria caso houvesse um processo de conhecimento, ou seja, caso as partes não passassem pelo MPT e nem pela CCP. É importante lembrar que os cheques, as notas promissórias, as duplicatas, etc. não são títulos executivos extrajudiciais que possam ser executados na Justiça do Trabalho. (FCC/ Técnico Judiciário – TRT- 2ª Região/2008) Considere: I- Termo de compromisso de ajustamento de conduta com conteúdo obrigacional firmado perante o ministério público do trabalho. II- Acordo celebrado entre empregador e empregado não homologado e sem testemunhas instrumentárias. III- Cheque sem suficiente provisão de fundos emitido pelo empregador para pagamento de salário. IV- Termo de conciliação com conteúdo obrigacional celebrado perante a Comissão de Conciliação Prévia competente. São títulos exeqüíveis na justiça do Trabalho os indicados apenas em a) I e IV; b) II e IV; c) I, III e IV; d) II e III; e) I, II e III. Comentários: Letra A. As assertivas I e IV estão certas. Questão de prova Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 13 O erro da assertiva II é que o acordo celebrado entre as partes sem a homologaçãodo juízo não será título executivo no processo do trabalho. Já o erro da assertiva III é que o cheque não é título executivo extrajudicial que possa ser executado na Justiça do Trabalho. A doutrina faz uma distinção entre títulos executivos judiciais e títulos executivos extrajudiciais. Os únicos títulos executivos extrajudiciais que podem ser executados na Justiça do trabalho são; o termo de ajustamento de conduta firmado perante o MPT e o termo de conciliação firmado nas Comissões de conciliação prévia. Ambos são firmados fora do Poder Judiciário, ou seja, fora de um processo de conhecimento que dará origem a uma sentença (título executivo judicial). (FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Compete à Justiça do Trabalho a execução dos termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho, os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia e, ex officio, as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo judicial. CERTA Art. 877-A da CLT - É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria. (Título Executivo Extrajudicial) Art. 877 da CLT - É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio. (Título Executivo Judicial) Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 14 5.4. Execução Provisória: A execução do título executivo judicial pode ser provisória ou definitiva. A execução definitiva é aquela que tem por base uma sentença transitada em julgado ou um título executivo extrajudicial. Já a execução provisória é aquela que ocorrerá quando o título executivo judicial estiver sendo objeto de recurso recebido no efeito devolutivo (art. 899 da CLT). Assim, a execução provisória será possível quando uma sentença condenatória não houver transitado em julgado. O art. 769 da CLT permite a aplicação subsidiária do parágrafo 3º do art. 475- O, do CPC ao processo do trabalho, que estabelece a obrigação do exeqüente ao requerer a execução provisória de instruir o processo com os documentos necessários para a formação da carta de sentença. A Carta de sentença são os autos que se formam para o processamento da execução provisória. A Legitimidade Ativa para promover a execução está prevista no art. 878 da CLT que assim dispõe “qualquer interessado ou de ofício pelo juiz ou presidente do tribunal competente”. Art. 878 da CLT A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho. O art. 878 da CLT ao mencionar a expressão “qualquer interessado” deverá ser interpretado da seguinte forma: a execução poderá ser processada pelo credor, pelo devedor e pelos seguintes legitimados: a) espólio, herdeiros ou sucessores do credor; b) o cessionário quando o direito do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos; c) o sub-rogado nos casos de sub-rogação legal ou convencional. O Ministério Público do Trabalho terá legitimidade para promover a execução, dentre outras hipóteses, nos casos de existência de títulos executivos judiciais, em funções de ações promovidas originariamente pelo parquet laboral, como por exemplo, a Ação Civil pública e no caso de execução do título executivo extrajudicial denominado termo de compromisso de ajustamento de conduta. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 15 5.5. Execução por Prestações Sucessivas: Por prestações sucessivas devemos entender as obrigações contínuas que se sucedem no tempo ou as que sejam de trato sucessivo. Os doutrinadores citam como exemplo de prestações de trato sucessivo o pagamento de salário decorrente de um contrato de trabalho, pois a obrigação de pagar salário renova-se mês a mês até que ocorra a terminação contratual. Art. 890 da CLT - A execução para pagamento de prestações sucessivas far-se-á com observância das normas constantes desta Seção, sem prejuízo das demais estabelecidas neste Capítulo. A execução para o pagamento de uma prestação sucessiva poderá ser por tempo determinado (art. 891 da CLT) e por tempo indeterminado (art. 892 da CLT). Na execução para o pagamento de uma prestação sucessiva por tempo determinado, citamos como exemplo o acordo celebrado em dez parcelas, neste ocorrerá o vencimento antecipado de todas as parcelas pelo simples inadimplemento, independentemente do acordo prever tal cláusula. Art. 891 da CLT - Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não-pagamento de uma prestação compreenderá as que lhe sucederem. Ao passo que, na execução de uma prestação sucessiva por tempo indeterminado podemos citamos o exemplo dado por Carlos Henrique Bezerra Leite de um contrato de trabalho cujas prestações obrigacionais são de trato sucessivo e que este ainda se encontra em plena vigência, como por exemplo, quando a sentença exeqüenda determina a obrigação do devedor de pagar diferenças salariais que serão devidas até o momento em que a execução se inicia. Art. 892 da CLT - Tratando-se de prestações sucessivas por tempo indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as prestações devidas até a data do ingresso na execução. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 16 Art. 889-A da CLT - Os recolhimentos das importâncias devidas, referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas agências locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil S.A., por intermédio de documento de arrecadação da Previdência Social, dele se fazendo constar o número do processo. § 1o - Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do ajuste, ficando a execução da contribuição social correspondente suspensa até a quitação de todas as parcelas. § 2o - As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil informações sobre os recolhimentos efetivados nos autos, salvo se outro prazo for estabelecido em regulamento. 5.6. Execução contra a Fazenda Pública: A expressão “Fazenda Pública” abrange as pessoas jurídicas de direito público interno, como a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as Autarquias e as Fundações Públicas. Os bens destes entes são impenhoráveis e imprescritíveis. Assim, eles serão citados para embargar a execução em 30 dias e não para pagar ou nomear bens à penhora como as pessoas jurídicas de direito privado e as pessoas físicas ou naturais. 5.7. Execução contra a Massa Falida: A nova lei de falências (Lei 11.101/05) estabelece que a falência decretação da falência da empresa suspenderá as execuções em face do devedor falido. Há divergências doutrinárias em relação à competência da Justiça do Trabalho para processar a execução contra a massa falida. Há pelo menos três posicionamentos divergentes, os quais, eu não abordarei neste curso, uma vez que o nosso foco são as provas objetivas dos concursos dos Tribunais. Processo doTrabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 17 5.8 Do depósito da condenação e da nomeação de bens e do Mandado de citação e Penhora: Nos termos do art. 880 da CLT, quando a parte requerer a execução o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado para que este cumpra a decisão ou o acordo no prazo estabelecido, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. A citação será feita pelos oficiais de justiça, sendo feita pessoalmente ao executado. Somente poderá ser realizada através e Edital quando o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado. Neste caso o Edital será publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Vara de Trabalho ou Juízo, durante 5 (cinco) dias. O mandado de citação deverá conter a decisão exeqüenda ou o termo de acordo não cumprido. Quando a citação for realizada nos moldes do art. 880 da CLT o executado poderá pagar na forma do art. 881 da CLT, depositar em juízo o valor com o objetivo de garantir o juízo para a interposição de embargos à execução ou oferecer bens à penhora para a garantia do juízo e futura oposição, também de embargos à execução. Art. 881 da CLT - No caso de pagamento da importância reclamada, será este feito perante o escrivão ou chefe de secretaria, lavrando-se termo de quitação, em 2 (duas) vias, assinadas pelo exeqüente, pelo executado e pelo mesmo escrivão ou chefe de secretaria, entregando-se a segunda via ao executado e juntando-se a outra ao processo. Parágrafo único - Não estando presente o exeqüente, será depositada a importância, mediante guia, em estabelecimento oficial de crédito ou, em falta deste, em estabelecimento bancário idôneo. Art. 882 da CLT - O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do Código Processual Civil. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 18 O executado deverá observar a ordem de bens do art. 655 do CPC para a nomeação de bens à penhora, uma vez que o art. 882 da CLT assim estabelece. Art. 655 do CPC A penhora observará preferencialmente a seguinte ordem: I. dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; II. veículos de via terrestre; III. bens móveis em geral; IV. bens imóveis; V. navios e aeronaves; VI. ações e quotas de sociedades empresárias; VII. percentual de faturamento da empresa devedora; VIII. pedras e metais preciosos; IX. títulos da dívida pública da União, Estado, DF com cotação em mercado; X. títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; XI. outros direitos. (FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado, em execução definitiva, para garantir crédito exequendo, uma vez que obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC. CERTA Em provas de concursos costuma ser cobrada a Orientação Jurisprudencial 59 da SDI-II do TST que estabelece que carta de fiança bancária equivale a dinheiro. Assim, entre a carta de fiança bancária e um navio a ordem preferencial será para a carta de fiança bancária, uma vez que ela equivale a dinheiro que na ordem legal é o primeiro do rol do art. 655 do CPC. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 19 Art. 883 da CLT - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. OJ 93 SDI2 TST É admissível a penhora sobre a renda mensal ou faturamento de empresa, limitada a determinado percentual, desde que não comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades. Súmula 417 do TST I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado, em execução definitiva, para garantir crédito exeqüendo, uma vez que obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC. II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 666, I, do CPC. III - Em se tratando de execução provisória, fere direito líquido e certo do impetrante a determinação de penhora em dinheiro, quando nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito a que a execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa, nos termos do art. 620 do CPC. OJ 343 da SDI 1 PENHORA. SUCESSÃO. ART. 100 DA CF/1988. EXECUÇÃO. É válida a penhora em bens de pessoa jurídica de direito privado, realizada anteriormente à sucessão pela União ou por Estado- membro, não podendo a execução prosseguir mediante precatório. A decisão que a mantém não viola o art. 100 da CF/1988. OJ 153 da SDI 2 Ofende direito líquido e certo decisão que determina o bloqueio de numerário existente em conta salário, para satisfação de crédito trabalhista, ainda que seja limitado a determinado percentual dos valores recebidos ou a valor revertido para fundo de aplicação ou poupança, visto que o art. 649, IV, do CPC contém norma imperativa que não admite interpretação ampliativa, sendo a exceção prevista no art. 649, § 2º, do CPC espécie e não gênero de crédito de natureza alimentícia, não englobando o crédito trabalhista. OJ 226 da SDI 1 Diferentemente da cédula de crédito industrial garantida por alienação fiduciária, na cédula rural pignoratícia ou hipotecária o bem permanece sob o domínio do devedor (executado), não constituindo óbice à penhora na esfera trabalhista. (Decreto-Lei 167/67, art. 69; CLT, arts. 10 e 30 e Lei 6.830/80). Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 20 5.9. Dos bens penhoráveis e impenhoráveis: Os bens impenhoráveis são os dispostos no art. 649 do CPC, aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho, os bens de família da Lei 8009/90, como já falamos anteriormente, os bens públicos. Os bens do rol do artigo 649 do CPC são absolutamente impenhoráveis e são os seguintes: a) os bens inalienáveis e os declarados por ato voluntário não sujeito à execução; b) os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; c) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; d) os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo; e) os livros, as máquinas, as ferramentas,os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; f) o seguro de vida; g) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; h) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; i) os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; j) até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança. l) os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 21 5.10. Do bem de família (Lei 8009/90): A Lei 8009/90 assegura a impenhorabilidade do imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, estabelecendo que tal imóvel não responderá, por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam. Considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis. Não se beneficiará do benefício da Lei 8009/90 aquele que, sabendo-se insolvente, adquirir de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. A impenhorabilidade será oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: � em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; � pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; � pelo credor de pensão alimentícia; � para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; � para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; � por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. � por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 22 É importante frisar que a impenhorabilidade compreenderá o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos. Quando o imóvel for locado, a impenhorabilidade aplicar-se-á aos bens móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do locatário. Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-se-á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis, e, nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da Constituição, à área limitada como pequena propriedade rural. 5.11. Dos embargos à execução: Embargos à execução, ou embargos do executado ou, ainda embargos do devedor é uma ação na qual o executado será o autor e o exeqüente será o réu com o objetivo de anular ou reduzir a execução. Assim, o executado tem por objetivo ao embargar a execução, a desconstituição do título em que ela se funda, e por conseqüência a sua extinção, seja total ou parcialmente. O executado terá o prazo de 5 dias contados da data da intimação da penhora para opor embargos à execução, desde que garanta a execução ou os bens sejam penhorados. O prazo de 5 dias para o executado apresentar embargos e igual prazo para exeqüente, impugná-lo ou de 30 dias para a Fazenda Pública (art. 30 da lei 6.830/80). DICA: Parte da doutrina entende que o art. 741 do CPC aplica-se ao processo do trabalho, o que aumentaria as hipóteses de cabimento de embargos à execução. ⇒ Quando o executado for a fazenda pública o prazo para opor embargos à execução será de 30 dias. ⇒ Caso o devedor não esteja no local da penhora o oficial irá proceder ao arresto dos bens, sendo dada ciência ao devedor depois de ele ter sido efetivado. ⇒ Somente ocorrerá ordem de arrombamento se o devedor estiver ocultando-se para impedir que a penhora seja realizada. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 23 Art. 884 da CLT - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação § 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida. § 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. § 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo. § 4º - Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário. § 5º - Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. (FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 dias para apresentar embargos; sendo que a matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida, não cabendo instrução probatória por meio de testemunhas. ERRADA Art. 885 da CLT - Não tendo sido arroladas testemunhas na defesa, o juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua decisão, dentro de 5 (cinco) dias, julgando subsistente ou insubsistente a penhora. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 24 O prazo de 5 dias para o juiz julgar os embargos à execução quando não forem arroladas testemunhas, contar-se-á a partir da conclusão dos autos. Lembrando que a expressão “autos conclusos” significa que o processo está com o juiz para que ele profira a sua decisão. Quando tiverem sido arroladas testemunhas ou for necessária outra prova será aplicada a regra do art. 886 da CLT. Na sentença dos embargos à execução o juiz irá julgar se a penhora é subsistente ou insubsistente. Quando ele declarar a insubsistência da penhora, ele irá determinar uma nova penhora. Quando ele julgar subsistente a penhora ele irá determinar a avaliação dos bens penhorados. Quando ele considerar que os embargos à penhora não possuem fundamento, ele irá rejeitar os embargos interpostos e prosseguirá a execução. As partes serão notificadasdesta decisão pelo correio com aviso de recebimento conforme estabelece o art. 886, parágrafo primeiro da CLT. Caberá a interposição de agravo de petição contra esta decisão no prazo de oito dias, que é uma modalidade de recurso que nós iremos estudar nas próximas aulas. Art. 886 da CLT - Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a sua inquirição em audiência, o escrivão ou secretário fará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, conclusos os autos ao juiz ou presidente, que proferirá sua decisão, na forma prevista no artigo anterior. § 1º - Proferida a decisão, serão da mesma notificadas as partes interessadas, em registrado postal, com franquia. § 2º - Julgada subsistente a penhora, o juiz ou presidente mandará proceder logo à avaliação dos bens penhorados. O art. 887 da CLT está tacitamente revogado pela Lei 5.442/68 que deu nova redação ao art. 721 da CLT que determina que os bens penhorados sejam avaliados, pelo próprio oficial de justiça avaliador em no prazo de 10 dias O oficial de justiça poderá ser recusado como avaliador quando for suspeito ou impedido. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 25 Importante: O art. 884 da CLT afirma que nos embargos à execução as matérias de defesa são restritas às alegações de cumprimento da decisão ou de acordo, quitação ou prescrição da dívida. Parte da doutrina entende que o art. 741 do CPC aplica-se ao processo do trabalho, o que aumentaria as hipóteses de cabimento de embargos à execução. Art. 888 da CLT - Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação que será anunciada por edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de 20 (vinte) dias. § 1º - A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente preferência para a adjudicação. § 2º - O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. § 3º - Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. § 4º - Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à praça os bens executados. Art. 889-A da CLT - Os recolhimentos das importâncias devidas, referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas agências locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil S.A., por intermédio de documento de arrecadação da Previdência Social, dele se fazendo constar o número do processo. § 1o - Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do ajuste, ficando a execução da contribuição social correspondente suspensa até a quitação de todas as parcelas. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 26 § 2o - As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil informações sobre os recolhimentos efetivados nos autos, salvo se outro prazo for estabelecido em regulamento. 5.12. Dos embargos de terceiro: A CLT é omissa em relação aos embargos de terceiro, por isso o Código de Processo Civil é aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho, por força do art. 889 da CLT. Os embargos de terceiro objetivam proteger a posse ou a propriedade daquele, que não sendo parte, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens em decorrência de atos de apreensão judicial como, por exemplo, a penhora. Os artigos 1046\1054 do CPC tratam dos embargos de terceiro que se caracterizam por ser uma ação incidental conexa ao processo de execução ou de conhecimento. No processo de execução, esta ação poderá ser ajuizada até 5 dias após a arrematação, a adjudicação ou a remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta (art. 1048 do CPC). O parágrafo segundo ao art. 1046 do CPC estende o conceito de terceiro embargante para aquele que, não sendo parte no processo, defende bens de sua posse ou propriedade que estão sendo objeto de constrição judicial. São legitimados para a interposição de embargos de terceiro: a) o cônjuge, na defesa de seus próprios bens reservados ou atinentes à meação; b) o credor hipotecário, pignoratício ou anticrético que são detentores do direito real sobre os bens alheios; Os embargos de terceiro deverão ser distribuídos por dependência e serem processados nos mesmos autos do processo, já os embargos do devedor deverão ser processados em autos apartados. Um ponto muito cobrado nas provas de concursos é a questão de quem será competente para processar e julgar os embargos de terceiro quando a ação for processada por carta precatória. Será a competente o juízo deprecado (juízo que não processa a execução) ou o juízo deprecante (juízo que está processando a execução). Esta matéria está regulada pela Súmula 419 do TST. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 27 Súmula 419 do TST Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste último. (FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste último. CERTA 5.13. Da Praça e Leilão: Resolvidos os embargos seguir-se-á para a praça ou leilão. � Praça é realizada no fórum, destinada aos bens imóveis e leilão é realizado onde estiverem os bens móveis ou em outro lugar designado pelo juiz. Três situações Arrematação Remição Adjudicação Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 28 Após a penhora, a expropriação do bem poderá ocorrer pela remição, adjudicação ou arrematação. 1. Da Arrematação: Ocorrerá quando um terceiro adquire o bem. A arrematação ocorrerá pelo maior lance, tendo o exeqüente a preferência para a adjudicação. O arrematante deverá garantir com um sinal de 20% sobre o valor da arrematação e em 24 horas deverá completar o restante, sob pena de perder o sinal dado para a execução. No processo do trabalho haverá uma só praça, assim defere-se a arrematação na primeira praça a quem der o maior lance, ainda que este não atinja o valor da avaliação. Será assinado o auto de arrematação que somente poderá ser desfeita nos casos do art. 694 do CPC. 2. Da Remição: Ocorrerá quando o devedor mantém a propriedade do bem pagando o valor devido, ele sempre terá preferência. A remição prefere a adjudicação e à arrematação. Poderá ser feita a qualquer tempo pelo executado, porém antes da arrematação ou da adjudicação. Não se deve confundirremição da execução com remição de bens, pois esta permitia ao cônjuge, ascendente ou descendente do executado remir quaisquer bens penhorados depositando o preço pelo qual forem penhorados ou adjudicados, conforme art. 787 do CPC, que foi revogado em 2006. A remição de bens não se aplicava ao processo do trabalho. É importante lembrar que o termo “remissão” significa perdão é diferente do termo remição que é deferida ao executado nos moldes do art. 13 da Lei 5.584/70, abaixo transcrito. Art. 13 da Lei 5.584/70 “Em qualquer hipótese a remição só será deferível ao executado se este oferecer preço igual ao valor da condenação.” 3. Da Adjudicação: Ocorrerá quando o credor fica com o bem para si, pagando o valor do maior lance e não o do preço da avaliação. Ele deverá pagar a diferença caso a avaliação seja maior que o quantum devido. Somente será permitida a adjudicação se for feita antes da assinatura do auto de arrematação. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 29 5.14. Das Custas na Execução: O STF entendeu que o TST não tem competência para estabelecer custas na execução, uma vez que, as custas têm natureza de tributo e por isso, somente poderão ser fixadas por lei. Somente à União compete legislar sobre custas nos serviços forenses. Assim, o executado não deverá pagar as custas para recorrer na execução, uma vez que o art. 789-A da CLT é expresso no sentido de que elas deverão ser pagas ao final. 5.15. Artigos da CLT: Art. 876. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela forma estabelecida neste Capítulo. Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido. Art. 877. É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio. Art. 877 A. É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria. Art. 878. A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. Parágrafo único. Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 30 Art. 878-A. Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que entender devida à Previdência Social, sem prejuízo da cobrança de eventuais diferenças encontradas na execução ex officio. Art. 879. Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. § 1º Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda, nem discutir matéria pertinente à causa principal. § 1º-A A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias devidas. § 1º-B As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. § 2º Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. § 3º Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. § 4º A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os critérios estabelecidos na legislação previdenciária. § 5º O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato fundamentado, dispensar a manifestação da União quando o valor total das verbas que integram o salário-de-contribuição, na forma do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, ocasionar perda de escala decorrente da atuação do órgão jurídico. § 6º Tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz poderá nomear perito para a elaboração e fixará, depois da conclusão do trabalho, o valor dos respectivos honorários com observância, entre outros, dos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 31 Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. § 1º O mandado de citação devera conter a decisão exeqüenda ou o termo de acordo não cumprido. § 2º A citação será feita pelos oficiais de Justiça. § 3º Se o executado procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias. Art. 881. No caso de pagamento da importância reclamada, será este feito perante o escrivão ou chefe de secretaria, lavrando-se termo de quitação, em 2 (duas) vias, assinadas pelo exeqüente, pelo executando e pelo mesmo escrivão ou chefe de secretaria, entregando-se a segunda via ao executado e juntando-se a outra ao processo. Parágrafo único. Não estando presente o exeqüente, será depositada a importância, mediante guia, em estabelecimento oficial de crédito ou, em falta deste, em estabelecimento bancário idôneo. Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no Art. 655 do Código Processo Civil. Art. 883. Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 32 Art. 884. Garantida a execução ou penhora os bens, terá o executado cinco dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação. § 1º A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida. § 2º Se na defesa tiverem sido arrolada testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso, julgue necessário seus depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. § 3º Somente nos embargos à penhorapoderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo. § 4º Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e a impugnação à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário. § 5º Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. Art. 885. Não tendo sido arroladas testemunhas na defesa, o juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua decisão, dentro de 5 (cinco) dias, julgando subsistente ou insubsistente a penhora. Art. 886. Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a sua inquirição em audiência, o escrivão ou secretário fará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, conclusos os autos ao juiz ou presidente, que proferirá sua decisão, na forma prevista no artigo anterior. § 1º Proferida a decisão, serão da mesma notificadas as partes interessadas, em registrado postal, com franquia. § 2º Julgada subsistente a penhora, o juiz ou presidente mandará proceder logo à avaliação dos bens penhorados. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 33 Art. 888. Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação que será anunciada por edital afixada na sede do Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de 20 (vinte) dias. § 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente preferência para a adjudicação. § 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. § 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. § 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à praça os bens executados. Art. 889. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. Art. 889-A. Os recolhimentos das importâncias devidas, referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas agências locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil S.A., por intermédio de documento de arrecadação da Previdência Social, dele se fazendo constar o número do processo. § 1º Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do ajuste, ficando a execução da contribuição social correspondente suspensa até a quitação de todas as parcelas. § 2º As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil informações sobre os recolhimentos efetivados nos autos, salvo se outro prazo for estabelecido em regulamento. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 34 Art. 890. A execução para pagamento de prestações sucessivas far-se-á com observância das normas constantes desta Seção, sem prejuízo das demais estabelecidas neste Capítulo. Art. 891. Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não-pagamento de uma prestação compreenderá as que lhe sucederem. Art. 892. Tratando-se de prestações sucessivas por tempo indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as prestações devidas até a data do ingresso na execução. É importante mencionar a alteração que a Lei 12.440/2011, fez na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inserindo o artigo 642-A. Art. 642-A. É instituída a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), expedida gratuita e eletronicamente, para comprovar a inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho. § 1º - O interessado não obterá a certidão quando em seu nome constar: I - o inadimplemento de obrigações estabelecidas em sentença condenatória transitada em julgado proferida pela Justiça do Trabalho ou em acordos judiciais trabalhistas, inclusive no concernente aos recolhimentos previdenciários, a honorários, a custas, a emolumentos ou a recolhimentos determinados em lei; ou II - o inadimplemento de obrigações decorrentes de execução de acordos firmados perante o Ministério Público do Trabalho ou Comissão de Conciliação Prévia. § 2º - verificada a existência de débitos garantidos por penhora suficiente ou com exigibilidade suspensa, será expedida Certidão Positiva de Débitos Trabalhistas em nome do interessado com os mesmos efeitos da CNDT. § 3º - A CNDT certificará a empresa em relação a todos os seus estabelecimentos, agências e filiais. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 35 5.16. Questões FCC e CESPE comentadas: Quero ressaltar que irei apresentar questões da CESPE para aumentar o nosso rol de questões. 1. (CESPE – TRT 10ª Região - ANALISTA JUDICIÁRIO - 2013) Julgue os itens a seguir, relativos à execução trabalhista. 89 No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado, pagas ao final. 90 No caso de execução de prestações sucessivas por tempo indeterminado, a execução pelo não pagamento de uma prestação compreenderá as que lhe sucederem. Comentários: 89. Certa (art.789-A da CLT). 90. Errada. Na execução de prestações sucessivas por tempo indeterminado a execução irá compreender as prestações devidas até a data de ingresso na execução. Art. 891. Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não-pagamento de uma prestação compreenderá as que lhe sucederem. Art. 892. Tratando-se de prestações sucessivas por tempo indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as prestações devidas até a data do ingresso na execução. 2. (CESPE – Analista Judic. - Executor de Mandados - TRT-6ª Região- 2005) Em cada um dos itens é apresentada uma situação hipotética a respeito de execução trabalhista, seguida de uma assertiva a ser julgada. 90. Depois de transitada em julgado a sentença, o juiz do trabalho determinou o envio dos autos à contadoria, homologando, em seguida, os cálculos apresentados e ordenando a citação do devedor. Inconformado, o devedor opôs embargos, sustentando a ofensa ao princípio dispositivo, pois o julgador agirá até então sem qualquer provocação do credor interessado. Nessa situação, os embargos serão julgados improcedentes, pois é aplicável na Justiça do trabalho o princípio do impulso oficial nas execuções. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 36 Comentários: Correta a assertiva, uma vez que o art. 879, parágrafo segundo da CLT menciona que o juiz poderá abrir vista às partes, sendo uma faculdade do juiz tal ato. Assim, o magistrado não feriu o princípio do dispositivo devendo os embargos ser julgados improcedentes. Art. 879 da CLT - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou porartigos. § 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. § 1o-A - A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias devidas. § 1o-B - As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. § 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão § 3o - Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. § 4o - A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os critérios estabelecidos na legislação previdenciária. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 37 3. (CESPE – TRT 17.ª Região - Analista Judiciário – Área: Administrativa/2009) Considerando a execução, a citação, o depósito da condenação, a nomeação de bens e o mandado de penhora, julgue os itens subsequentes. 93 Não há previsão legal no processo trabalhista de execução de título extrajudicial. 94 As contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos juízes e tribunais do trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, somente serão executadas após provocação da União. 95 É admissível a penhora sobre a renda mensal ou faturamento da empresa, limitada a determinado percentual, desde que não comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades. Comentários: 93. Incorreta, uma vez que o art. 876 da CLT prevê dois títulos executivos extrajudiciais: o Termo de ajustamento de conduta firmado perante o MPT e o termo de conciliação prévia celebrado nas Comissões de Conciliação Prévia. Art. 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela forma estabelecida neste Capítulo. Parágrafo único. Serão executadas ex officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido. 94. Incorreta, uma vez que elas serão executadas de ofício conforme estabelece o art. 876 da CLT em seu parágrafo único. 95. Correta é o teor da Orientação Jurisprudencial 93 da SDI-II do TST. OJ 93 da SDI- II do TST É admissível a penhora sobre a renda mensal ou o faturamento da empresa, limitada a determinado percentual, desde que não comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 38 4. (Juiz do Trabalho – TRT- 8ª Região/2007) Considerando a execução trabalhista conforme as disposições da Consolidação das Leis do Trabalho, marque a resposta correta: a) Dar-se-á no prazo de dois dias o ato de constrição caso não haja o pagamento do respectivo valor da condenação ou não indicando bens para a penhora. b) Concluída a avaliação dos bens penhorados dentro de vinte dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação. c) Em nenhuma hipótese a remissão será deferível ao executado, mesmo que este ofereça preço igual ao do valor da condenação. d) Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á a penhora dos bens, e o cálculo dos juros de mora terá como referência a data da sentença do processo de cognição. Comentários: Letra C. a) O erro da letra “a” é que o prazo será de 48 horas para pagar ou nomear bens à penhora. b) Está errada porque o prazo correto é de 10 dias e não 20 dias. c) Correta. A remição será deferível ao executado conforme o art. 13 da Lei 5.584/70. Art. 888 da CLT - Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação que será anunciada por edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de 20 (vinte) dias. Art. 13 da Lei 5.584/70 “Em qualquer hipótese a remição só será deferível ao executado se este oferecer preço igual ao valor da condenação.” d) Errada. Porque os juros incidirão sobre a data da execução. 5. (Juiz do Trabalho – TRT- 8ª Região/2007) Marque a alternativa correta: a) No processo trabalhista, o caso de a sentença exeqüenda ser proferida de forma ilíquida, ordenada a liquidação por cálculos e homologados por sentença os cálculos apresentados pelo servidor competente, o juiz deverá obrigatoriamente, atendendo o princípio da ampla defesa, abrir prazo sucessivo às partes, de dez dias para impugnação fundamentada, com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 39 b) Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação e interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. c) A adjudicação, que é o ato processual através do qual o credor recebe o bem objeto de constrição judicial para pagamento de seu crédito ou de parte dele, não prefere à arrematação, pela prevalência do princípio de que a execução se processa de maneira menos gravosa para o devedor. d) A remição, uma das formas de extinção da execução no processo trabalhista, é o instituto que permite ao devedor liberar o bem constrito, depositando nos autos o valor de sua avaliação, desde que o faça antes do pedido de adjudicação que prefere àquela. e) O termo de acordo homologado pelo juízo trabalhista valerá como decisão irrecorrível, inclusive quanto às contribuições devidas à Previdência Social. Comentários: Letra B Art. 884 da CLT - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação § 5º - Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. a) O erro desta assertiva é que o juiz não deverá e sim poderá abrir vista às partes, conforme o art. 879 da CLT. c) A letra “C” é a assertiva incorreta porque a adjudicação prefere a arrematação. d) A letra “d” está incorreta porque o executado para remir a execução deverá depositar o valor da condenação. e) O erro da letra “e” é quanto às parcelas da previdência social o termo de acordo poderá ser objeto de interposição de recurso. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 40 6. (CESPE – TRT 5.a Região/ Juiz do Trabalho/2006) Reginaldo teve sua pretensão julgada procedente em sentença judicial transitada em julgado, na qual foi condenada sua antiga empregadora ao pagamento de R$ 27.000,00, a título de verbas rescisórias,
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