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Infectologia Medicina 5º Semestre Ampla distribuição na natureza Ar, solo, água, superfície inanimadas alimentos e animais Humanos: colonizam pele, mucosas e trato respiratório Fungos Leveduras Cryptococcus neoformans Trichosporon sp. Malassezia sp. Rhodotorula rubra Saccharomyces sp. Hansenula anomala Pichia sp. Prototheca wickerhamii Sporobolomyces sp. Blastoscizomyces sp. Candida sp. Candida albicans C. parapsilosis C. tropicalis C.glabrata C. kruzei C. guilliermoundii C. lusitaneae C. rugosa C. famata C. kerfyr Hazen, Clin. Microbiol. Rev. 1995 Candidíases • São causadas principalmente por C. albicans, embora outras espécies de Candida estejam se tornando cada vez mais importantes como agentes etiológicos. • A C. albicans existe como colonizante no trato gastrointestinal, na região vulvovaginal, na pele e fezes. • Em casos de comprometimento imunológico e conseqüente queda da resistência causados por AIDS, neoplasias, lúpus eritematoso, tuberculose ou terapias com esteróides ou agentes citotóxicos, as leveduras podem proliferar e causar auto-infecções. • As candidíases atingem principalmente as mucosas, exemplo candidíase oral, broncopulmonar, vulvovaginal, candidíase mucocutânea crônica, cutânea, ungueal, etc. INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASES • Agente leveduras gênero Candida • C. albicans é a + comum • Comensal boca / GI / vaginal • Infecção oportunista INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASE Factores predisponentes • Pregas úmidas e pouco arejadas • Diabetes • Gravidez • Imunossupressão • Má higiene • Utilização de ATB (vaginal++) INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASE Quadros clínicos • Genital • Intertrigo • Cutânea disseminada • Oral • Paroníquia • Sistêmica INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASES Intertrigo • Interdigital mãos – imersão prolongada em água – Aspecto úmido/ macerado INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASE Cutânea Disseminada • Rara • Imunossupressão • Envolvimento mucoso frequente INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASE Paroníquia • Inflamação crônica das pregas ungueais mãos • Imersão prolongada em água • Alterações ungueais INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASE Tratamento • Medidas gerais (arejamento de pregas, higiene melhorada…) • Antifúngicos tópicos – derivados do imidazol (creme / loção / pó / óvulos) • Antifúngicos orais – itraconazol / fluconazol Inf. Candida: fisiopatogenia C. krusei C. glabrata C. tropicalis C. parapsilosis C. albicans 1. Introdução 2. Etiologia - C. albicans: 85% - 90% - Grau de patogenicidade C. albicans > C. stellatoidea > C. tropicalis > C. parapsilosis > C. kefyr > C. guilliermondii > C. krusei CANDIDÍASE 3. Patogênese Saprófita – coloniza orofaringe em 50% indivíduos; comensal da mucosa vaginal em 20%-25%; raro na pele, solo, vegetação e ar Patogenicidade inata da levedura: - Virulência, aderência às células epiteliais, enzimas queratolíticas - Produção de substância similar a endotoxina ativação da via do complemento quimiotaxia de neutrófilos CANDIDÍASE 3.1 Fatores predisponentes Fatores mecânicos Fatores nutricionais Alterações fisiológicas Doença sistêmica Causas iatrogênicas CANDIDÍASE 3.2 Mecanismos de defesa Fatores não – imunes - Flora microbiana - Integridade funcional do estrato córneo - Processo de descamação - Outros fatores séricos Fatores imunes - Imunidade celular e humoral CANDIDÍASE Candidemia – Custos de hospitalização US$ Procedimentos diagnósticos 1,048 Terapêutica antifúngica 2,406 Hospitalização 30,274 Eventos adversos da medicação 6 Outras medicações 389 Total 34,123 Rentz et al; CID 27:781-8,1998 Portas de entrada para candidemia Translocação no tubo gastrointestinal Cateter intravascular Outras Nucci M & Anaissie E Clin Infect Dis, 2002 Translocação de microorganismos no TGI: Colonização microbiana abundante vs. lesões da mucosa Fatores facilitadores de translocação de microorganismos do TGI Alexander et al.; Ann. Surg. 212(4): 496-512, 1990 Hipotensão Terapia com antibióticos Obstrução intestinal Medicações citotóxicas Hiperpirexia Alimentação parenteral Fatores de Risco para candidíase invasiva em neonatos • Idade gestacional < 32 sem, PN < 1500g (35%) • Uso prolongado de antibióticos • Nutrição parenteral (90 %) • Cateter vascular (60%) • Intubação traqueal por mais de 7 dias • Patologia ou cirurgia digestiva, choque, CIVD • Colonização fúngica prévia (vertical ou horizontal) (Dados da UCINE 2004) Saiman 2000 Candidíase Nosocomial Risco de candidemia em pacientes críticos 1,7 vezes – para cada antibiótico recebido 7,2 vezes – cateter de Hickman-Broviak 10,4 vezes – isolamento de Candida em outro sítio além da hemocultura 18 vezes - Hemodiálise Candidíase nosocomial • Epidemiologia atual da candidemia – 5 a 10 casos em 10.000 pacientes críticos • Esses dados representam – 8 a 10% das infecções sangüíneas – 35% morrem de candidemia e mais – 30% morrem da doença de base CONECTORES HUB PELE PERI-INSERÇÃO Locais com potencial de colonização relacionados a CVC “Slime” ou biofilme: formação de matriz extracelular em superfície de biomaterial contendo microorganismos agregados Donlan & Costerton Clin Microb Rev 15:167-193, 2002 Candidíase Disseminada Crônica Candidíase disseminada (rim) Esofagite por Candida (metenamina de Prata) Diagnóstico de Candidemia • Quadro clínico e exame físico • Culturas – SANGUE – Tecidos, líquidos estéries, mucosas • Diagnóstico por imagem • Histopatologia • Detecção de antígenos circulantes – 1-3-b-D Glucan – PCR Candidíase profunda Outras manifestações clínicas – Esofagite – Gastrointestinal – ITU – SNC – Endocardite, miocardite, pericardite – Pulmonar – Endoftalmite – Peritonite, osteomielite, artrite, miosite 4.1 Candidíase Oral Candidíase pseudomembranosa aguda CANDIDÍASE 4. Quadro clínico 4.1 Candidíase Oral Candidíase atrófica aguda (ATB / HIV) CANDIDÍASE 4.1 Candidíase Oral Candidíase atrófica crônica - prótese dentária - mulheres - eritema crônico CANDIDÍASE CANDIDÍASE 4.2 Queilite angular (Perlèche) Ângulo da boca - eritema, fissuras, maceração -saliva, dentição precária, prótese mal adaptada, deficiência de riboflavina INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASE Oral • Comum • RN ou adultos imunodeprimidos • “sapinhos” • Contaminação durante parto INFECÇÕES FÚNGICAS Recém-nascido Adulto Candidiase oral 4.3 Candidíase oral X AIDS Infecção fúngica mais comum HIV + (50%) e AIDS (90%) Pseudomembranosa, eritematosa, queilite angular, lesão hiperplásica papilar palatal Imunidade celular comprometida Marcador de maior taxa de progressão para AIDS HIV + com candidíase oral têm menor sobrevida CANDIDÍASE4.4 Candidíase vulvovaginal 75% das mulheres Fatores predisponentes - Umidade - Diabetes mellitus - Corticoesteróides - Antibioticoterapia - DIU Corrimento esbraquiçado, queimor, disúria Placas esbraquiçadas, base eritematosa, edema CANDIDÍASE INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASE Intertrigo • Pregas inframamárias • Pregas perineais • Associado a uso de fraldas 4.5 Balanite ou balanopostite Cândidas: 30% – 35% Pápulas ou papulopústulas Fatores predisponentes - Umidade - Diabetes mellitus - Relação sexual - Não circuncisado CANDIDÍASE INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASE Genital • Balanite / balanopostite – diabetes – contágio sexual INFECÇÕES FÚNGICAS Aspecto úmido e quase erosivo 4.6 Candidíase Cutânea Locais úmidos e macerados Intertrigo, forma mais comum Área genitocrural, subaxilar, glútea, interdigital, submamária e pregas da parede abdominal Fatores predisponentes - Umidade - Oclusão - Diabetes mellitus - Obesidade - Roupas justas CANDIDÍASE INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASE Genital • Vulvovaginite na mulher • Balanite / balanopostite no homem INFECÇÕES FÚNGICAS CANDIDÍASES Genital • Vulvovaginite – Muito comum por oscilação pH durante ciclo menstrual – ACO – Diabetes / ATB oral / gravidez… – Contágio sexual pouco importante CANDIDÍASE 4.7 Intertrigo Área eritematosa, pruriginosa, macerada, lesões satélites (vesículo-pústulas) CANDIDÍASE 4.8 Dermatite das fraldas Região perianal, períneo, prega inguinal 4.9 Paroníquia Contato com água, sabão e detergentes Contaminação bacteriana Eritema, dor, edema, secreção purulenta Distrofia periungueal - onicólise - discromias das bordas laterais - estrias transversais CANDIDÍASE 4.10 Síndrome da candidíase congênita Fatores predisponentes para disseminação fatal - pré- termo - baixo peso Primeiras 24h de vida Erupção rósea máculo-papular, vesículas e pústulas com descamação (½ superior do tórax, palmas e solas) Distúrbio respiratório, clínica de sepsis (20%) CANDIDÍASE 4.11 Candidíase disseminada Doença hematológica maligna, imunossuprimidos, transplantados C. albicans, C. tropicalis, C. Kefyr, C. krusei, C. parapsilosis. Pulmão, baço, rins, fígado, coração, cérebro (por via hematogênica) Lesão de pele ou trato gastrointestinal Papulo-nódulos eritematosos de 0,5-1,0cm (tronco e extremidades) CANDIDÍASE 4.12 Candidíase Mucocutânea Crônica (CMC) Grupo heterogêneo de síndromes clínicas Alteração imunológica em 70% · complemento anormal · alterações macrófagos · linfócitos T supressores · deficiência seletiva IgA · alterações monócitos (fagocitose/quimiotaxia) · produção deficiente de linfócitos T helper Infecção superficial da pele, unhas e orofaringe e resistência crônica ao tratamento CANDIDÍASE 4.12 Candidíase Mucocutânea Crônica (CMC ) CMC localizada - hiperceratose, tipo corno cutâneo, lesões granulomatosas (face, pálpebra, couro cabeludo, lábios, área acral) CMC difusa - borda eritematosa, serpiginosa ou áreas de descamação acastanhadas com base eritematosa CANDIDÍASE 5. Exames laboratoriais 5.1 Pesquisa micológica CANDIDÍASE Exame direto (KOH) (hifas e pseudohifas) Cultura micológica Candidíase profunda Diagnóstico – Microscopia e cultura [SAN], URI, LCR, LPL, LPE. – Biópsia – US abdome: disseminada crônica (“olho de boi”) – CT e RM: disseminada crônica (fígado e baço) • abscesso cerebral – PCR experimental – Sorologia: imunocompetentes – Antigenemia REX et al. Clin Infect Dis 2000 Calcofluor Histopathologic studies Hemoculturas para fungos Baixo rendimento hemocultivos pelo método tradicional Utilizar sistemas automatizados ou lise-centrifugação Repetir coletas em pacientes de risco sem diagnóstico definitivo Na presença de fatores de risco, alto poder preditivo de doença, independente do número de culturas positivas Sensibilidade em neutropênicos é cerca de 50% R. A Calderone - Candida and Candidiasis, 1st Edition, ASM Press, 2001 Diagnóstico no RN • alto índice de suspeita clínica piora clínica inexplicável, na vigência de fatores de risco • início insidioso Diagnóstico em média aos 22 dv, no ICr: 25 dv • pobreza de sinais e sintomas • Febre 52% • Hepatomegalia 26% • Esplenomegalia 26% • Sangramento digestivo 26% • Distensão abdominal 18% • Piora radiológica pulmonar 18% • Bradicardia 15% – RN pré-termo “que não está evoluindo bem” • Frequente comprometimento multisistêmico: complementar investigação com LCR, Urocultura (PSP), Ecocardiograma, Fundo de olho, USG renal Saiman 2000, UCINE1999 Dificuldades diagnósticas da candidemia ANTICORPO técnicas não padronizadas tardio no curso da doença limitado no imunossuprimido ANTÍGENOS Manana sensibilidade ~70% meia vida curta técnica complexa Glico-protéico CAND-TEC simples e comercializado sensibilidade e especificidade ~60% β-D-GLUCAN reação cruzada com outros fungos ENOLASE baixa sensibilidade e especificidade PCR iniciadores disponíveis porém complexa Antigenemia no diagnóstico de candidemia Antígeno Sensibilidade Especificidade Manana 19 – 100% 43 – 100% Enolase 70 – 72% 96 – 100% Cand-Tec® 22 – 100% 36 – 100% Richard Calderone In: Candida and Candidiasis, ASM-Press, 1st. Edition, 2001 Candida sp. Microscopia Blastoconídeos 400X Pseudo-hifas 400 X 5.2 Histopatológico Candidíase superficial - pústulas subcórneas, estrato córneo (PAS +) Granuloma - papilomatose, hiperceratose, infiltrado dérmico denso (linfócitos, granulócitos, plasmócitos, células gigantes multinucleadas) Forma sistêmica com lesões de pele - áreas focais na derme ou vasos sangüíneos com leveduras (PAS ou metanamina de prata). Infiltrado mononuclear, vasculite leucocitoclástica ou formação de microabscesso CANDIDÍASE 6. Diagnóstico Diferencial Intertrigo - tinea, eczema, dermatite seborréica, psoríase intertriginosa Paroníquia - bacteriana, hipoparatireoidismo, doença celíaca Oral - mucosite por quimioterapia, infecção herpética, eritema polimorfo, pênfigo, leucoplasia, sífilis secundária Queilite angular - sífilis secundária, avitaminose, deficiência de ferro CMC - tinea (couro cabeludo), pioderma bacteriano CANDIDÍASE 7. Tratamento 7.1 Candidíase oral - Tópico: nistatina miconazol - Sistêmico: cetoconazol 400mg/d (5 dias) fluconazol 150mg (dose única) itraconazol 200mg 12/12h (1 dia) CANDIDÍASE (adolescentes) 7.2 Vulvovaginites - Tópico: tioconazol miconazol clotrimazol - Sistêmico: cetoconazol 400mg/d (5 dias) fluconazol 150mg (dose única) itraconazol 200mg 12/12h (1 dia) Vulvovaginite recorrente - Tratamento profilático: fluconazol 150mg (mês)clotrimazol creme (sem) CANDIDÍASE 7.3 Intertrigo Antifúngicos tópicos Adição de esteróides 7.4 Paroníquias Resistentes à terapia Imidazólicos tópicos em solução Casos resistentes: cetoconazol oral marsupialização cirúrgica CANDIDÍASE 7.5 Candidíase cutânea congênita - Prevenir disseminação (tópica/oral) - Nistatina 7.6 Candidíase disseminada - Anfotericina B - 5-flucitosina 7.7 CMC - Combinação de drogas antifúngicas - Correção de imunodeficiências - transplante de timo - linfócitos T CANDIDÍASE Cuidados e Prevenção de Infecção por Candida • Todos os pacientes com candidemia devem ser tratados? – A ausência de tratamento pode resultar em óbito. – Drogas menos tóxicas que Anfotericina B. – Risco de seqüela posterior é significante . Edwards et al; CID 25:43-59,1997 Micoses subcutâneas • Os agentes de micoses subcutâneas, tem habitat no solo. • Podem ocorrer micoses subcutâneas quando há traumatismo por espinhos ou outro tipo de vegetação ou materiais contaminados por fungos. • Os organismos alojam-se na pele e passam a produzir infecção localizada na pele e no tecido subcutâneo e às vezes nos linfonodos da região. Raramente a infecção se dissemina. • As lesões subcutâneas caracterizam-se pela presença de áreas endurecidas, nodulares, crostosas e ulceradas. Que não cicatrizam e periodicamente produzem exsudação. • Os membros inferiores, sobretudo os pés, são muitas vezes comprometidos, visto que seu contato com espinhos e outros vegetais é mais freqüente. Infecções Fúngicas Invasivas 1. Micetoma: Infecção localizada, crônica e lentamente progressiva da pele, tecidos subcutâneos, fáscia, ossos e músculos, na maioria acomete mão ou pé e se caracteriza por edema, tumefação, fístulas com drenagem e grânulos, exsudato contém grãos, que podem ser amarelos, brancos, vermelhos, marrons, pretos, dependendo do agente Micetomas • O micetoma geralmente se restringe aos pés, mas pode ser visto em outras regiões como mãos e nádegas. • Os nódulos, que periodicamente exsudam um líquido oleoso contem grãos que podem ser brancos, amarelos, vermelhos ou pretos. Aos poucos as lesões comprometem toda a perna. • A infecção causada pelos fungos superiores (micetoma eumicótico) produz lesões fistulosas, com pouca dor ou destruição óssea, enquanto a causada por bactérias fungiformes (micetoma actinomicótico) apresenta lesões tumorosas crônicas semelhantes às erupções de acne, com grande exsudação e comprometimento ósseo e com dor. Micetomas • Principais agentes de micetoma eumicótico: Scedosporium apiospermum, Acremonium falciforme, Acremonium recifei, Exophiala jeanselmei, Madurella mycetomatis, Madurella grisea. • Principais agentes de micetoma actinomicótico: Nocardia asteroides, Nocardia brasiliensis, Nocardia otitidiscavarium, Actinomadura madurae, Actinomadura pelletierii, Streptomyces somaliensis, Actinomyces israelii e Actinomyces bovis. Micetoma Micetoma 2. Cromomicose: Infecção fúngica crônica, invasiva e localizada na pele e tecidos subcutâneos, que se caracteriza por placas verrucosas na perna ou pé, causadas por fungos dermatiáceos (de cor escura). Cromoblastomicose • As lesões produzidas evoluem com grande lentidão, vão-se formando muitas protuberâncias sobrepostas, o que cria a aparência de couve-flor. Geralmente a erupção é seca, mas pode ulcerar-se. Nas suas camadas mais profundas, encontram-se corpos escleróticos. • Os principais agentes envolvidos: F. pedrosoi, F. compacta, P. verrucosa, C. carrionii, Rhinocadiella aquaspersa. Cromoblastomicose Cromoblastomicose 3. Esporotricose: Geralmente ocorre após a inoculação acidental na pele e se caracteriza pela formação de um nódulo ulcerado no local inoculado, linfangite nodular crônica e linfadenite regional Esporotricose • Esta infecção decorre de ferimentos cutâneos provocados por materiais contaminados, como espinhos de flores, gravetos, madeira, etc. • Produz lesões ulcerativas subcutâneas, nos membros, que podem avançar ao longo dos vasos linfáticos. • A esporotricose pulmonar está sendo observada com mais freqüência, deve ser distinguida da tuberculose, coccidioidomicose, histoplasmose e sarcoidose. • O agente etiológico é Sporothrix schenckii, fungo dimórfico. Esporotricose Rinosporidiose • Doença que se caracteriza pela formação de granuloma vegetante, poliposo, com sede predominantemente nasal ou ocular. (conjuntiva palpebral, conjuntiva bulbar e saco lacrimal). Já foram verificados casos de localização vaginal, retal e peniana, assim como no conduto auditivo externo. • Agente etiológico Rhinosporidium seeberi que não tem sido cultivado. Rinosporidiose Entomoftoromicose ou zigomicose subcutânea • Granuloma eosinofilico causados por zigomicetos que invadem primariamente a gordura do tecido celular subcutâneo. É comum em crianças, traduzindo-se pelo aparecimento de um nódulo subcutâneo que aumenta em volume, provocando intumescimento extensivo, progressivo e lento. Geralmente o paciente não apresenta imunodepressão • Agentes envolvidos pertencentes aos gêneros Conidiobolus e Basidiobolus. Basidiobolomicose e Conidiobolomicose Doença de Jorge Lobo • Dermatose que provoca lesões tipo quelóides com ausência de comprometimento visceral, ausência de adenopatia satélite, longa evolução do processo. Nem sempre as lesões cutâneas assumem aspecto puramente queloidiano ao lado e lesões papulosas, nodulares, verrucosas, e tuberosas podem ocorrer. • Agente etiológico, Lacazia loboi (Loboa loboi) ainda não cultivado. Doença de Jorge Lobo Doença de Jorge Lobo
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