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GLICÓLISE/ VIA GLICOLÍTICA GLICOSE Nos organismos anaeróbios (e mesmo nos aeróbios, em certas circunstâncias), pelo contrário, a glicólise é prosseguida por um outro processo designado por fermentação. GLICÓLISE/ VIA GLICOLÍTICA Nos organismos aeróbios constitui o segmento inicial da degradação da glicose, sendo essencialmente prosseguida pelo processo a que, globalmente se atribui a designação de respiração celular. Glicose - proveniente da dieta ou produção endógena é degradada pelo organismo com o principal propósito de liberar energia. Glicólise aeróbica: é a degradação da glicose na presença de O2, produto final o piruvato que é transportado para dentro da mitocôndria para completar sua oxidação até CO2 e H2, ativando o ciclo de krebs e a cadeia respiratória. Glicólise anaeróbica: degradação da glicose sem a necessidade de O2, produto final ácido lático. Utilizada quando exercícios rigorosos são realizados. Quando esse processo não envolve consumo de oxigênio molecular e por isso é chamado de fermentação anaeróbica. A fermentação é um processo de transformação de uma substância em outra, produzida a partir de microorganismos, tais como fungos, bactérias, ou até o próprio corpo, chamados nestes casos de fermentos. Exemplo de fermentação: - açúcares das plantas em álcool, - processo de fabricação da cerveja (álcool etílico e CO2) produzidos a partir do consumo de açúcares presentes no malte - obtido através da cevada germinada. Processo usado no preparo da massa do pão/ bolo: fermentos das leveduras/ fungos - consomem o açúcar (amido) da massa do pão, liberando CO2 , que aumenta o volume da massa. Exemplos: 1. Iogurte (fermentação láctica): lactobacilos, produzem ácido lático; 2. Pão e cerveja (fermentação alcoólica): fungos (anaeróbicos facultativos), que produzem no final álcool; 3. Vinagre (fermentação acética): consiste numa reação química, onde ocorre a oxidação parcial do álcool etílico, obtendo o ácido acético. Outro exemplo: nos músculos, a quando da atividade fisica intensa e na ausência de oxigênio, com a formação de lactato (ácido láctico). • Nas células as reações metabólicas raramente ocorrem de forma isolada; em geral, são organizadas em sequências de múltiplos passos, denominadas vias, tais com o glicólise; • As vias, em sua maior parte, podem ser classificadas como: Visão Geral Ω Catabólicas: de degradação Ω Anabólicas: de síntese Nutrientes contendo energia: Carboidratos Gorduras Proteínas Moléculas precursoras: Aminoácidos Oses Ácidos graxos Bases nitrogenadas Moléculas complexas: Proteínas Polissacarídeos Lipídeos Ácidos nucléicos Produtos finais pobres em energia: CO2 H2O NH3 Energia química ATP NADH C A T A B O L I S M O A N A B O L I S M O EXERGÔNICAS ENDERGÔNICAS É a seqüência metabólica de várias reações enzimáticas, na qual a glicose é oxidada produzindo: 2 moléculas de Ácido Pirúvico 2 moléculas de ATP 2 equivalentes reduzidos de NAD+, que serão introduzidos na cadeia respiratória ou na fermentação. GLICÓLISE glicose + 2 NAD+ + 2 ADP + 2 Pi 2 NADH + 2 ácido pirúvico + 2 ATP + 2 H2O Funções da Via Glicolítica - Transformar glicose em piruvato. - Sintetizar ATP com ou sem oxigênio. - Preparar a glicose para ser degradada totalmente em CO2 e H2O. - Permitir a degradação parcial da glicose em anaerobiose. - Alguns intermediários são utilizados em diversos processos biossintéticos. Seqüência da Glicólise Fase 1: preparação, regulação e gasto de energia: A célula gasta 2 moléculas de ATP e Mg2+ Processa-se em cinco reações bioquímicas. Nenhuma energia é armazenada, pelo contrário, duas moléculas de ATP são investidas nas reações de fosforilação. Fosforilação é a adição de um grupo fosfato (PO4) a uma proteína/ molécula. A fosforilação é um dos principais participantes nos mecanismos de regulação das proteínas. É importante nos mecanismos de reações da qual participa o ATP. A energia obtida na respiração ou na fotossíntese é utilizada para adicionar o grupo fosfato ao ADP ATP. Esta molécula armazena essa energia, que fica a disposição da célula. Seqüência da Glicólise Glicose Reação 1: a glicose que entra nos tecidos é fosforilada com o gasto energético de uma molécula de ATP, dando origem a glicose-6-fosfato e ADP. Enzima: Hexoquinase. Reação irreversível e um dos três passos que regulam a glicólise. A fosforilação da glicose na primeira reação impede que esta saia da célula novamente. Ao adicionar um grupo fosfato à glicose, ela torna-se um molécula carregada negativamente e é impossível atravessar passivamente a membrana celular. Ao manter a glicose aprisionada dentro da célula a glicólise é garantida. Hexoquinase é a enzima que catalisa a conversão de ATP e uma D-hexose a ADP e uma D-hexose-6-fosfato. A hexoquinase é uma enzima reguladora. A hexoquinase muscular é inibida alostericamente pelo seu produto, a glicose-6-fosfato. Sempre que a concentração de glicose-6-fosfato no interior da célula aumenta acima do seu nível normal, a hexoquinase é inibida de forma temporária e reversível, colocando a velocidade de formação da glicose-6-fosfato em equilíbrio com a sua velocidade de utilização e restabelecendo o estado de equilíbrio estacionário. Hexoquinase Glicose 6P Reação 2: - catálise: enzima fosfoglucose isomerase/ fosfohexose isomerase. Glicose-6-fosfato é convertida num processo de isomerização em frutose-6-fosfato, para que, assim, se possua um sítio de entrada para a frutose da dieta na glicólise. Esta reação irá também preparar o Carbono 3 (C3) para a clivagem catalizada pela enzima Aldolase na reação 4. Isomerase Reação 3: a célula investe outra molécula de ATP para fosforilar a frutose-6-fosfato e convertê-la em frutose-1,6- bisfosfato. É também uma reação irreversível e de controle desta via metabólica, catalisada pela enzima fosfofrutoquinase. Esta etapa ocorre para deixar a molécula simétrica para a reação de clivagem na etapa seguinte. fosfofrutoquinase Frutose 1,6 bisfosfato Reação 4: a frutose -1,6 - bisfosfato é clivada em duas trioses: gliceraldeído-3-fosfato e dihidroxiacetona fosfato. Enzima: aldolase. Linha de fratura Linha de fratura Frutose 1-6-difosfato Dihidroxiacetona-fosfato Gliceraldeído-3-fosfato 4% 96% Aldolase Isomerase 89% 11% Dihidroxicetona fosfato Reação 5: O gliceraldeído-3-fosfato e a dihidroxiacetona fosfato são isômeros (enzima triosefosfato isomerase). Ocorre então a conversão da dihidroxicetona P em gliceraldeído 3P, a única triose que pode continuar sendo oxidada. Única oxidação durante a glicólise. Gliceraldeido-3-fosfato Ácido 1,3 difosfoglicérico Desidrogenase Portanto, por cada uma das molécula de glicose que “entra” no processo de glicólise, ocorrerá a oxidação de duas moléculas de fosfogliceraldeído em ácido difosfoglicérido. Nesta etapa, a energia libertada pela hidrólise é transferida para a síntese de ATP a partir de ADP e de fosfato inorgânico. Ácido 1,3 difosfoglicérico Ácido 3 fosfoglicéricoNessa etapa, ocorre adição de NAD e Pi (fosfato inorgânico). A partir dessa etapa teremos 2 gliceraldeídos 3P. Gliceraldeído 3P Reação 6: cada gliceraldeído-3-fosfato é oxidado pelo NAD+ (NAD+ NADH) e fosforilado por um fosfato inorgânico, dando origem a 1,3-Bifosfoglicerato (1,3 BPG). Esta reação é catalisada pela enzima gliceraldeido-3- fosfato desidrogenase. Fase 2: Produção de ATP e oxidação 1,3 bifosfoglicerato Reação 7: catalisada pela enzima 1,3 BiP glicerato cinase. A 1,3 BPG transfere um grupo fosfato para uma molécula de ADP dando origem a uma molécula de ATP e a 3- fosfoglicerato. Primeira etapa que sintetiza ATP diretamente na via. 3 fosfoglicerato Reação 8: a enzima fosfoglicerato mutase muda a posição do grupo fostato, dando origem a 2-fosfoglicerato (grupo fosfato ligado ao carbono 2). Mutase 2-Fosfoglicerato Reação 9: é uma reação de desidratação catalizada pela enzima enolase. O 2-fosfoglicerato é desidratado formando fosfoenolpiruvato (PEP), um composto altamente energético. Mutase Enolase Enolae Ác. 3-fosfoglicérico Ác. 2-fosfoglicérico Ác. fosfoenolpirúvico Fosfoenolpiruvato Reação 10: enzima piruvato cinase transfere do grupo fosfato do fosfoenolpiruvato para uma molécula de ADP, formando- se então uma molécula de ATP e piruvato. Por cada molécula de gliceraldeído-3-fosfato produz-se duas moléculas de ATP, na glicólise são produzidos ao todo: 4 ATPs e gastos 2. O saldo energético é de 2 moléculas de ATP e 2 NADH por molécula de glicose. Mutase Enolase Quinase Ác. 3-fosfoglicérico Ác. 2-fosfoglicérico Ác. fosfoenolpirúvico Ác. pirúvico PIRUVATO ( 2 MOLÉCULAS) Carboxilação do piruvato a oxalacetato (gliconeogênese) Metabolismo Aeróbico Ocorre na mitocôndria Metabolismo Anaeróbico: cristalino, córnea do olho, medula renal, testículos, leucócitos, hemácias. Acetil-CoA CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO matriz mitocondrial ATP CO2 Piruvato ↓↑ Lactato Piruvato ↓ Etanol, CO2 *Hemácias *Músculos em exercício ↓pH, cãibras Excedente de lactato→ fígado para produzir glicose. *Tecidos anóxicos IAM/embolia pulmonar/hemorragia *Fungos *Algumas bactérias (flora intestinal)
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