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Lei em rel a pessoa, teoria do crime, etc

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Lei em relação a pessoa - “A lei a todos se aplica”
Imunidades Diplomáticas: Normas por tratado ou convenção. Torna-se imune o representante do estado acreditado, ou seja, são sujeitos as leis dos seus países e não do estado acreditante. Tem o intuito de permitir o trabalho livre e correto do diplomata.
Ex: Diplomata espanhol no Brasil que matou sua mulher, mesmo sendo o crime cometido no território Brasileiro é possível que ele não responda no brasil.
Porém, pode o pais acreditado abrir mão dessa imunidade?
Sim, exemplo de um Diplomata da Geórgia que eventualmente cometa uma crime no Brasil, o Brasil concede a imunidade ao diplomata por meio de acordos e tratados já estabelecidos, porem a Geórgia, outorgada dessa privilegio pode abrir mão da imunidade.
A lei brasileira aplica-se a todos os fatos ocorridos no nosso território, porem existem exceções como a Imunidade Diplomática.
Imunidade Judicial: Art. 142. “Ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa pela parte ou seu procurador...” Exclui a natureza criminosa da injuria ou difamação, ou ofensa. Contudo não protege contra ofensas aos juízes, somente entre advogados, promotores, defensores, procuradores, réu, etc.
Imunidade Parlamentar: Art. 53 CF. “Imunidade material” Exclui a natureza criminosa de injuria e difamação. Assegurando que os parlamentares possam exercer os deveres livremente e mais tranquilamente. O parlamentar se torna inviolável por suas palavras, votos e opinião.
Tem garantia processual: Qualquer crime que não seja de injuria e difamação é julgado somente perante o STF. Só podem ser presos em flagrante por crime inafiançável e os autos devem ser encaminhados para a respectiva casa (senado ou câmara) e ai sim o processo começa a tramitar. 
Imunidade Formal: oferece-se a denúncia e o processo tem início, e se quiserem suspender o processo, deverá ser aberto pedido publicamente por outro parlamentar. Se o parlamento entende que o crime foi forjado, pode ser suspenso o processo através de requerimento formulado e votado. Sendo o processo suspenso, o prazo prescricional também é.
Art. 12 do Código Penal
Princípio da especialidade: As normas do código penal incidem sobre todos os crimes mesmo que em lei especial, a não ser que a lei especial disponha de outra forma. Ex: ECA, Lei 11343, etc (leis de caráter penal)
Teoria do Crime
O código Penal descreve com precisão a conduta e prevê a sansão a qual estará sujeito que cometer tal conduta.
Conduta – Preceito Primário
Sansão – Preceito secundário
O crime é a realização pelo agente, da conduta prevista em lei, e que é punida por uma sansão associada a esta conduta.
Condutas criminosas: Condutas que mais sejam graves e ofensivas à sociedade. Uma conduta gravemente antissocial varia no tempo e espaço. De tal sorte que o direito é o mínimo ético, representa o mínimo dos princípios morais necessários para viver em sociedade, regula somente aquela parte mínima (mais importante, grave). E dentro do direito está o direito penal que pune somente os fatos mais graves e ofensivos aos bens juridicamente tutelados.
CRIME: Ação ou omissão voluntária humana que cause lesão ou risco de lesão a bem juridicamente tutelado e que a lei defina como criminosa.
Crime sentido Material: Concepção da sociedade de conduta gravemente antissocial a qual a lei associa uma sansão 
Crime sentido Formal: concepção dos Direito acerca do delito. É a conduta prevista em lei e que é associada a uma pena 
Crime sentido Analítico: É o crime um fato típico, ilícito.
Sistema Bipartido (Infrações Penais)
Crime (delito) X Contravenção Penal
Segundo a Lei de Introdução ao Código Penal Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. Alternativa ou cumulativamente.
Então, crime: pena de reclusão ou detenção, pouco importa se sozinhos ou acompanhados por multa. 
Ex: Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Contravenção: quando pena de prisão simples ou multa, seja isoladamente ou juntas.
Ex:  Art. 18. Da lei das contravenções penais:
 Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou vender, sem permissão da autoridade, arma ou munição:
 Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de um a cinco contos de réis, ou ambas cumulativamente, se o fato não constitui crime contra a ordem política ou social.
Não é considerada crime a conduta humana involuntária como por exemplo Sonambulismo, movimentos na fase REM do sono, etc. Ato reflexo, coação física irresistível e estado de inconciencia.
Teoria de equivalencia das condiçoes: para que o resultado se produza é nescessario que haja causa, condição e ocasião.
Classificação dos Crimes
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Crime Omissivo puro ou próprio: É o não agir, é crime em alguns casos. Ordinariamente não é crime, mas a lei o eleva a crime. Eleva algo a qualidade de causa. 
Ex: Art. 135 Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública. 
Ex: Art 269 Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória
O direito penal cobra que a pessoa não deixe de fazer uma conduta, ou seja. Demanda que faça. O simples fato de não agir já é crime. O agente não responde pelo resultado, somente por não ter agido, nas proporções determinadas pela lei que determina a não ação.
Entende-se: na omissão de socorro com resultado morte, o omitente não responde pela morte, mas pela omissão de socorro.
Comissivos por omissão ou omissivos impróprios: Quando a pessoa pode e deve agir. Embora a omissão não seja ordinariamente causa, a lei a torna causa sem certo casos. Tem o dever de agir, portanto responde pelo resultado, por exemplo uma morte. é cometido por determinadas pessoas especificadas pela lei.
O dever de agir incumbe a quem tem por lei, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, incumbe a quem de outra forma assumiu a responsabilidade de impedir o resultado, e incumbe também a quem com comportamento anterior criou risco da ocorrência do resultado. 
Art. 13 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
        a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância
        b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
        c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.  
Crime Comissivo: é a violação de um comando que diz que não se deve fazer algo. É o agir, realizar movimento corpóreo.
Resultado Naturalístico: Quando ocorre a modificação na realidade, quando há um fenômeno (morte de alguém por exemplo). Há crimes que não produzem resultado naturalístico, nestes casos são apenas a violação da norma, sem necessidade de resultado.
Por exemplo:
Crimes Materiais: há necessidade de uma resultado, tem conduta, resultado e nexo de causalidade entre eles.
Ex: Art 129, 148, 155, 171. PRODUZEM RESULTADO NATURALISTICO
Crimes Formais: há referência a um fim visado pelo agente, mas não se espera a ocorrência para ter o crime como consumado. Antecipa-se a consumação. Basta somente que o agente persiga o resultado. 
Ex: Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria - só de abandonar ou expor a criança já e crime, mesmo que não tenha ocultado desonra própria. NÃO NESCESSARIAMENTEPRODUZEM RESULTADO NATURALISTICO
Crimes de mera conduta: Art 269 Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória – só de ocorrer a conduta, já é crime. Não exige causação de resultado. NÃO TEM RESULTADO NATURALISTICO. 
Nexo de Causalidade: O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
É a linha que liga a conduta do agente ao resultado obtido. Se o resultado for consequência da atitude tomada, tem uma relação de causalidade. Para incriminar alguém, precisa provar que o resultado foi feito através da conduta do agente. Isto é uma relação de causalidade. Art. 13 C.P
Crimes Comuns: condutas criminosas que podem ser praticadas por qualquer pessoa. Não é necessário nenhuma especificidade ou condição. Ex: Matar alguém – Subtrair para si ou para outrem coisa alheia...
Crimes próprios: A sua pratica exige que a pessoa exiba uma “qualidade” ou “condição”. Ex: Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após – ou seja, somente uma mãe, tem a condição. Art. 269 – somente o médico tem a condição.
Crimes de mão própria: só o agente os pratica pessoalmente. O crime de mão própria é o crime cuja qualidade exigida do sujeito é tão específica que não se admite coautoria. 
Ex: Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral
Crime de ação única: quando só há uma conduta especificada, somente um verbo no preceito primário.
 Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. – O agente só responde se Apropriar-se 
Crime de ação múltipla ou variada: são várias maneiras de cometer o crime, duas ou mais condutas possíveis. 2 ou mais verbos
Ex: Art. 319 Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal – o agente pode retardar ou deixar de praticar.
Crime de forma livre: Quando há várias formas de se realizar a conduta descrita.
Ex: Matar alguém. Tem várias maneiras para realizar o ato de matar.
Crimes de forma vinculada: quando a infração é especificada claramente no modo descrito.
Ex: Art. 130 e 149
 Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado – a infração é expor alguém, por meio... ou qualquer ato libidinoso. Ou seja, somente por essas formas, de outras não. É especifico
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.
Crimes Uni subsistentes: a conduta é determinada. Ou acontece ou não
Ex: Ofensa oral
Crime plurisubsistentes: encadeamento de movimentos corpóreos múltiplos que podem ser impedidos.
Ex: Golpes de faca
Crime consumado: a conduta é integralmente realizada, consumada pelo agente. O agente a realiza buscando um resultado. Só se consuma em dado instante.
Crime tentado: o agente inicia a conduta, mas não consegue produzir o resultado em virtude de circunstância alheia a sua vontade. Ex: Homicídio em que a vítima pôde fugir sem ser fatalmente ferida, ou um roubo em que a pessoa consegue recuperar seu bem. Em caso de crime tentado, pune-se com a pena do crime como consumado, diminuindo a pena de 1 a 2 terços de acordo com a proximidade da conclusão da conduta. Quanto mais próximo o agente chegou de realizar a conduta, menos vai reduzir a pena. E quando mais longe de realizar a conduta, mais vai ser reduzida a pena. Art. 14 Paragrafo Unico
 Art. 14 - Diz-se o crime: 
        Crime consumado 
        I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; 
        Tentativa 
        II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
        Pena de tentativa 
        Parágrafo único - Salvo disposição2 em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
FASES DO CRIME
Cogitação: Tange ao elemento volitivo, está relacionado a vontade. Não é campo do direito penal ordinariamente. Não é suscetível de punição, somente em caso de conflito aparente de normas1  Apenas a pretensão, onde inicia a ideia de cometer o crime, mas ainda não planejando.
Preparação: É quando o sujeito deixa a fase de cogitação e já começa a se preparar para o crime. Não é campo de ação do direito penal ordinariamente pois não é uma violação a bem juridicamente tutelado. Só é campo do direito penal quando a forma de preparação seja um ato criminoso como comprar uma arma de fogo ilegalmente por exemplo.
Execução: É o efetivo ataque ao bem juridicamente tutelado, quando se inicia a execução do delito. Quando tenha o ataque pelo menos se iniciado. Nesta fase a atitude já pode ser punível, pois o agente já começou a execução do crime. Ex: Quando o verbo da lei diz '' subtrair '' o agente deve começar a ação para se enquadrar nessa conduta, sendo assim somente no momento em que ele estiver praticando algum ato de subtração de objeto alheio é que começa a execução.
Consumação: É a causação do resultado. O crime é consumado quando ele se realiza de forma plena o seu objetivo inicial. Exemplo, no homicídio ele é consumado quando consegue matar outrem.
Desistência Voluntária: Quando o agente não consuma o fato, não causa resultado. O agente inicia o ataque, mas não o consuma por vontade própria. O agente pode mas não quer. 
obs. Na tentativa, o agente quer, mas não pode. Por algum motivo que o atrapalhou, alheio a sua vontade. Na desistência voluntaria ele pode terminar de consumar o crime, mas não o quer fazer.
Em caso de desistência voluntaria, responde o agente pelos atos que já cometeu até o momento em que cessou. E não pelo crime que ele iria cometer a princípio. Ex: Durante uma tentativa de homicídio o agente acerta um golpe de faca e pode continuar matando a pessoa, mas desiste. Ele somente respondera por lesão corporal, não respondera por tentativa pois desistiu de cometer o crime.
Exaurimento: É quando o crime alcança seu proposito último. O agente tira proveito do crime, é um ato alheio ao crime propriamente dito. Por exemplo, quando um sujeito rouba algo, ele tinha o objetivo de vender para comprar drogas. Não é considerada uma fase do crime.
1 Conflito aparente de normas: são poucos causos em que ocorre.
É quando há 1 conduta, 1 resultado único mas há dúvida sobre qual crime se cometeu. Neste caso o direito penal examina a fase da cogitação do crime para entender qual o crime era pretendido pelo autor.
Ex: Um golpe de faca que não matou. Tentativa de homicídio ou lesão corporal? O agente queria matar, ou somente ferir a pessoa? Examina-se então o elemento volitivo (vontade) para se tirar uma conclusão correta.
Crimes que não admitem tentativa
2 Crimes de atentado ao empreendimento: Como diz o parágrafo único do artigo 14, Pune-se a tentativa com pena correspondente ao crime consumado, salvo disposição em contrário. Ex: Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa. Não existe tentativa em casos de crime de atentado ao empreendimento pois a norma já especifica que a tentava é crime. O simples fato de “tentar evadir-se” já corresponde a crime.
Tentativa de contravenção penal: não se pune a tentativa de contravenção penal – Art. 4 da Lei de Introdução ao CP
Crimes Uni subsistentesCrimes Omissivos próprios
Os crimes de punibilidade condicionada ao fato: Ex: Induzir ou instigar ao suicídio, só é crime se a pessoa instigada tentar e sofrer lesão ou morte. Se ela nada fizer, não tem crime.
Os crimes de definição ampla: crime que ao dar o primeiro passo na iniciação, já é considerado consumado, portanto não admite tentativa. Ex: Parcelamento irregular do solo urbano. Já é crime só de se dar inicio.
Crime culposos e preterdolosos
Sendo previsível o resultado (lesivo a um bem juridicamente tutelado) da conduta, tem-se a culpa. Porem nem tudo que é previsível é previsto e existe a culpa inconsciente. EX. indivíduo que atinge involuntariamente a pessoa que passava pela rua, porque atirou um objeto pela janela por acreditar que ninguém passaria naquele horário.
Não querer o resultado, mas acreditando poder evita-lo, acabar por comete-lo (culpa consciente) Ex. Caçador que, avistando um companheiro próximo do animal que deseja abater, confia em sua condição de perito atirador para não atingi-lo quando disparar, causando, ao final, lesões ou morte da vítima ao desfechar o tiro.
Não querer o resultado, mas queria muito outra coisa e acabou considerando {aceitando} o resultado por ser irrelevante perante ao que ele queria (dolo eventual) EX. dirigir a 200km/h na Avenida Paulista. O motorista não está tentando matar ninguém, mas qualquer pessoa minimamente sana sabe que dirigir a 200km/h na Avenida Paulista provavelmente causará a morte de alguém. Assumiu e aceitou o risco de matar alguém, que poderia eventualmente estar cruzando a rua.
Querer o resultado e cometer o ato (dolo direto)
Os preterdolosos: Diz-se o crime preterdoloso quando o “resultado total é mais grave do que o pretendido pelo agente”.
 São parcialmente culposos, são dois crimes o antecedente + o consequente e geralmente o 1º e doloso com intenção do agente e o 2º é culposo pois o agente não queria, mas ocorreu por consequência.
“No crime preterdoloso há um concurso entre dolo e culpa: dolo no antecedente (minus delictum) e culpa no subsequente (majus delictum). Trata-se de um crime complexo, in partibus doloso e in partibus culposo. A diferença que existe entre crime preterdoloso e o crime culposo está apenas em que no culposo o ato não desejado, resulta de um fato penalmente indiferente ou, quando muito, contravencional, enquanto nós preterdolosos o resultado involuntário deriva de um crime doloso que foi cometido antes”. 
Ex: Esfaquear alguém, e a pessoa cair e sofrer um traumatismo craniano. Crime doloso de lesão corporal e culposo para o traumatismo craniano.
Quanto à duração do crime, classificam-se em Crimes instantâneos, permanentes e instantâneos de efeitos permanentes. Crimes instantâneos são aqueles que, quando consumado, encerra-se. A consumação ocorre em determinado momento e não mais se prolonga no tempo (ex: homicídio). Os crimes permanentes ocorrem quando a consumação se prolonga no tempo, dependente da ação ou omissão do agente. (ex: cárcere privado). Crimes instantâneos de efeitos permanentes são aqueles em que a permanência do efeito não depende do prolongamento da ação do agente, ou seja, ocorre quando, consumada a infração em dado momento, os efeitos permanecem, independentemente da vontade do sujeito.
Teoria de equivalencia das condiçoes: para que o resultado se produza é nescessario que haja causa, condição e ocasião.
 Desistência voluntária e arrependimento eficaz  
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
        Arrependimento posterior 
        Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
        Crime impossível  
        Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
        Art. 18 - Diz-se o crime: 
        Crime doloso
        I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
        Crime culposo 
        II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.  
        Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

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