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DIREITO CIVIL III

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DIREITO CIVIL III
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
Art.421 e seguintes
1)INTRODUÇÃO:
CC/1916
Ordenação(filipinas, manuelina,afonssina).
 BGB, CODE CIVIL FRANCES
PRINCIPIOS CLASSICOS QUE FORAM EXTRAIDOS PARA O NOSSO CODIGO CIVIL
1º) Principio da autonomia privada (da vontade): liberdade pra contratar quem quiser e abrir o negocio que quiser.
2º) Principio da intangibilidade do contrato:(pacta sunt servanda) significa que o contrato não pode ser alterado ou modificado por uma das partes, ou seja, após assinado o contato só pode ser modificado por ambas as partes juntas.
3º) Principio da relatividade dos feitos contratuais: os efeitos do contrato em regra só dizem respeito as partes.
Alguns Problemas do CC 1916
- Década de 20/30: surgiram os problemas trabalhistas, com jornadas de trabalhos de mais de 16 horas, formação de cartéis, monopólios, etc.
- Estado voltou a intervir na relação de contratos para regular a situação criando leis.(ex:CLT criada por Getulio Vargas).
- A constituição de 88 traz novos parâmetros, e faz uma mudança drástica nas normas vigentes no pais.
Código civil de 2002
Princípios clássicos+princípios contemporâneos 
Princípios contemporâneos
1º) Princípios da boa fé objetiva.
2º) Principio do equilíbrio econômico(ou igualdade substancial).
3º) Principio da função social dos contratos.
2)PRINCIPIOS CLASSICOS(CC/1916):
2.1)Principio da autonomia privada(da vontade): 
Este principio proporciona as partes liberdade para contratar quando, como, o que e com quem deseja. Esta liberdade é garantida a toda e qualquer pessoa que queira negociar. Mas a faculdade negocial encontra restrições, a saber:O código de defesa do consumidor obriga o fornecedor a atender todo e qualquer consumidor; Os sujeitos de direito são obrigados a contratar alguns serviços públicos monopolizados pelo estado; Não é possível estabelecer um negocio jurídico que fira a ordem publica e os bons costumes.
2.2)Principio da intangibilidade do conteúdo contratual ou força vinculante(obrigatória) dos contratos:”pacta sunt servanda”(o pacto faz lei entre as partes).
 As partes são livres para assinar o contrato, mas , Quando se faz um contrato você esta vinculado a cumprir o que esta no contrato.Uma vez firmado o contrato ele não pode mais ser alterado ele se torna intangível, ou seja uma só das partes não pode modificar o contrato.
O contrato só pode ser modificado se houver consenso entre as duas partes.
Exceção: principio do equilíbrio ou igualdade substancial e econômico.
2.3)Principio da relatividade dos efeitos contratuais às partes:
 A regra é que Se uma pessoa assina um contrato este contrato a principio só surtira efeitos entre as partes, ou seja o contrato só produz efeitos entre as partes que o contrataram . Mas em algumas situações é possível estabelecer um contrato onde na pratica o contrato será cumprido por terceiro que as vezes nem sabia do contrato(ex de exceções: estipulação em favor de terceiro; convenção coletiva;contrato com pessoa a declarar, promessa de fato de 3º;função social dos contratos.).
3)PRINCÍPIOS CONTEMPORÂNEOS (CC/2002):
3.1) Principio da boa fé objetiva:
É um padrão de conduta, ou seja, de um comportamento leal, honesto, probo para com o próximo. O legislador fala que o individuo tem que ter este comportamento em todas as fazes do contrato. o que ocorre é que muitas vezes as pessoas não agem com boa fé objetiva.
1ª fase:oferta(proposta).
2ª fase:formação contratual.
3ª fase: cumprimento do contrato.
Obs: subjetiva(vontade interior); objetiva( declarado, exteriorizado).
Tríplice função da boa fé objetiva: 
1ª função:interpretativa dos contratos com cláusulas obscuras, ambíguas ou omissas (art.113,CC): é a interpretação das clausulas que não forão bem formuladas ou passaram despercebidas por uma das partes.
2ª função: integrativa(criadora) dos deveres anexos(deveres colaterais, subjetivos ou implícitos),(art.422,CC): são obrigações que não estão explicitas no contrato mas que devem ser cumpridas pelas partes são exemplos de deveres anexos( informação, solidariedade,sigilo etc).
3ª função: limitativa ou impeditiva de direitos subjetivos abusivos(art.187,CC):os direitos subjetivos são direitos que o individuo tem e são direitos que o individuo usa se quiser, e que não são inerentes a mais ninguém, as pessoas tem muitos direitos subjetivos ex: direito de dispor do seu corpo fazendo uma tatuagem como exemplo, a pessoa tem liberdade para abrir uma empresa etc. e a partir do momento em que o individuo exerce seus direitos subjetivos de maneira abusiva o principio da boa fé objetiva vai limitar/impedir que os seus direitos sejam exercidos e se mesmo assim o individuo o fizer estará cometendo um ato ilícito e será punido por isso,ex: fazer vendas casadas. Não se pode usar os direitos subjetivos para prejudicar outrem.
3.2) Principio do equilíbrio econômico, ou igualdade substancial ou equivalência material:
Art.5º, CR(igualdade formal)= todos são iguais perante a lei.
A igualdade substancial é que vai conferir de fato(realmente) uma igualdade de direitos a pessoa. E com base nesta igualdade é que o CC garante a possibilidade da revisão contratual, ou seja, o individuo que se sentir prejudicado com o contrato pode ajuizar uma ação para pedir a revisão das cláusulas.este principio vai trazer para as partes o beneficio de poder reclamar as clausulas do contrato quando não se pode mais cumprir com elas trazendo assim uma igualdade econômica.
O juiz só ira rever o contrato se for realmente necessário.
“rebus sic stantibus”= De acordo com essa clausula não há revisão contratual enquanto as partes permanecerem com a mesma capacidade financeira anterior ao contrato.Só se pode ajuizar a ação de revisão se preencher os requisitos da teoria da imprevisão.
Teoria da imprevisão : requisitos para a revisão contratual: (art.478 c/c art.479(preservação ou conservação dos contratos) do CC)
*Comprovar que houve um fato superveniente (após a celebração do contrato);
*Fato esse imprevisível, inesperado;
*Fato que tornou o contrato excessivamente oneroso p/uma das partes.
3.3) principio da função social dos contratos:
Este principio leva em consideração a função social que deve ser cumprida em todos os ramos, ou seja deve sempre ser levado em conta o interesse da coletividade, ou seja apesar do bem ser seu você ao utiliza-lo não pode trazer prejuízos para outrem. Dessa forma ao se fazer um contrato deve se levar em conta a função social dos contratos que quer dizer que o seu contrato não pode ferir os interesses da coletividade.EX: comprar uma grande quantidade de determinado produto e estocar para quando este produto acabar no mercado vender por um preço muito acima do valor de mercado.
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
1) QUANTO AS OBRIGAÇÕES DAS PARTES:
a) Unilaterais: são contratos feitos por duas ou mais partes mas que surtem efeitos só para uma das partes.
b) Bilaterais: são contratos que surtem efeitos para ambas as partes.
2) Quanto a onerosidade do contrato:
a) oneroso: significa que as partes vão ter ganhos e perdas recíprocas, Ex: contrato de prestação de serviços.
b) Gratuito: é aquele contrato onde uma parte tem somente perdas e outra parte tem somente ganhos.ex: comodato.
3) Classificação quanto ao risco do objeto:
a) comutativo: este contrato é a regra, é aquele onde as duas partes estão de comum acordo, ou seja é aquele onde as duas partes conhecem exatamente a extensão das suas obrigações, ex: compra e venda,contrato de prestação de serviços.
b) aleatório:também conhecido como contrato de risco) é quando uma das partes não tem certeza da dimensão dos seus benefícios contratuais, ou seja, não sabe se realmente vai ter benefícios.Ex: contrato de seguro, plano de saúde, todos os contratos de jogos.
Obs: se pode ter um contrato comutativo que pode ser também contrato aleatório.ex: contrato de compra e venda com pagamento antecipado de fruto pendentes.
4) Quanto a forma:
a) Formais(solenes): para alguns contratos essa solenidade é essencial , se alei prescreveu alguma forma essa forma obrigatoriamente tem que ser cumprida para que o negocio tenha validade.Ex: contrato de compra e venda de bens imóveis. O contrato formal é a exceção.
b) não formais ( livres ou consensuais): esta é a regra, a maioria dos contratos são livres, verbais, informais , as partes podem escolher o meio e a forma a qual contratar( por escrito, verbal, no cartório), como bem quiser.
5) Quanto a acessoriedade do contrato:
a) Principal(independente ou autônomo): é aquele qeu tem existência própria, ele precisa de nenhum outro contrato para existir.
b) acessório(secundário, subsidiário):são aqueles contratos que necessitam de outro contrato para existir,ex: contrato de fiança que será sempre um contrato acessório porque esta ligado ao contrato de financiamento.(o acessório segue a mesma sorte do principal, ou seja se o contrato principal for quitado o contrato acessório também será quitado, da mesma forma se houver nulidade no contrato principal o contrato acessório também será nulo).
6) quanto a pessoa que desempenha o contrato:
a) pessoal(personalíssimo): estes contratos são a regra, é aquele contrato que só pode ser executado por uma pessoa especifica, porque é uma pessoa que possui uma qualidade , uma habilidade que os diferencia dos demais.ex: medico que tenha um amplo conhecimento em determinada área. Ou seja, se faz um contrato em confiança a habilidades de uma pessoa especifica.Ex: contrato de trabalho, shows, etc. 
b) impessoal:são aqueles contratos que podem ser desempenhados por qualquer pessoa. Ex: empresa terceirizada de limpeza de eventos, o que importa é o serviço ser feito não importa quem vai fazer.
7) quanto a tipicidade do contrato:
a) típicos (nominativos): são aqueles que tem previsão legislativa, ou seja, estão identificados na lei, ex: contrato de compra e venda, locação, prestação de serviço.
b) atípicos (inominados): são aqueles que não estão regulamentados em lei, mas que ainda assim existem. Se pode criar contratos que não tenha previsão na lei, mas não se pode esquecer da teoria geral dos contratos ele tem que preencher algumas normas como as do art.104 CC para ter validade.
8) Quanto a manifestação de vontade das partes:
a) Paritários: são aqueles contratos por um par ,ou seja ,ambas as partes estabelecem todas as clausulas contratuais juntas. Os contratos feito entre civis são contratos paritários.
b) de adesão: é aquele que foi feito por uma só pessoa,e possuem clausulas feitas pelo fornecedor( características das clausulas(uniformes, unilaterais, rígidas). São contratos padronizados de massa feito para servir para varias pessoas e o consumidor não pode modificar as clausulas a única coisa que ele pode fazer é aderir ou não ao contrato.ex:contrato de telefonia, TV a cabo etc. Se estes contratos não fossem rígidos não haveria razão de existir.
9) Quanto ao cumprimento das obrigações contratuais:trata sobre por quanto tempo as obrigações contratuais vão existir.
a) Contrato de execução imediata (instantânea): é quando as duas partes cumprem em um só ato/momento as suas obrigações, ex: compra e venda de sapatos pagos a vista.
b) Contrato de execução diferida( futura ou retardada):é quando uma das partes vai ficar com a obrigação pendente, ex: contrato de compra e venda a prazo.
c) Contrato de execução sucessiva( execução continuada): as duas partes vão cumprindo sucessivamente mês a mês com a sua obrigação, e se uma parte deixa de cumprir sua obrigação a outra parte também deixa,ex: contrato de plano de saúde , energia elétrica, água, telefone etc.
10) Quanto a definitividade do contrato:
a) Contrato definitivo: é aquele que possui de forma pontual todos os elementos e objetivos que as partes almejam.ex: contrato de compra e venda. A maior parte dos contratos estabelecidos são contratos definitivos.muito usado por civis.
b) contrato preliminar: visa assegurar que o contrato definitivo vai ser criado num momento futuro.Ex: Contrato de experiência no trabalho. Muito usado por empresas.
1ª fase:
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
1)TEORIA DOS NEGÓCIOS JURIDICOS APLICADOS AOS CONTATOS: 
Escada /escala Ponteana (art.104, CC).
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
	art.104
	Plano de existência 
	Plano de validade
	Plano de eficácia 
	inc.I
	agentes(P.F;P.J)
(sujeitos de direito)
	capaz
	se cumprir o contrato com todos os elementos essenciais o n.j passa a produzir efeitos automaticamente, salvo se tiver um dos elementos acidentais do NJ: elementos: condição(futuro e incerto), termo(futuro e certo) e encargo(ônus, que só vai existir em NJ gratuitos, ex: doação e herança).
	inc.II
	objeto
	licito possível,determinado e /ou determinável
	
	inc.III
	forma
	livre(não defesa em lei;prescrita(solenidade)
	
	
	vontade
	manifestada de forma livre, consciente e desembaraçada
	
Estes são os quatro primeiros elementos essenciais para que o contrato exista e tenha validade.
2) OFERTA(Ou proposta ou policitação): 
Art.427: principio da vinculação da oferta ou força vinculante.
Este principio fala que a pessoa esta obrigada a cumprir com a proposta que fez, se tem a obrigação de cumprir com a palavra dada, uma vez que escolheu de livre vontade fazer a proposta.
Os feitos dessa quebra/descumprimento da palavra varia do código civil para o código de defesa do consumidor.
	OBRIGAÇÃO
	Descumprimento da oferta nas relações civis(PN X PN)
	Descumprimento da oferta nas relações de consumo: (PJ X PN/PJ)
	Art.427, CC
	art.35, CDC
	em caso de descumprimento nas obrigações civis, quem perdeu a oferta(comprador) não tem direito de pedir nada, salvo se comprovar dano ai poderia pedir perdas e danos.
	o ofertante é obrigado a cumprir sua oferta.
Art. 427 do CC. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Art. 35 do CDC. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
Os herdeiros também estão vinculados a cumprir com a oferta feita pelo seu parente falecido(ofertante).
A oferta pode ser dirigida para uma pessoa, um grupo, pessoas indeterminadas(ex: relações comerciais/consumo).
O fornecedor(PJ) nas relações de consumo não pode fazer uma proposta para uma pessoa especifica, ou um grupo, as suas ofertas devem ser abertas para todos que tiverem dinheiro para comprar.O fornecedor é o único que esta em estado permanente de oferta, Ex: supermercado.
Requisitos da oferta: séria,precisa(quanto ao objeto),conter as linhas estruturais do negocio (contrato) em vista(forma de pagamento, quais obrigações a parte esta disponibilizando..
3) Aceitação(aceitante,aderente, oblato): nada mais é que a aceitação da proposta feita pelo ofertante, a forma de manifestar a aceitação pode ser expressa ou a forma tácita: 
Expressa:em que manifesta a vontade(sim ou não), declara que esta aceitando o convite feito.
Tácita: art.432 do CC,se conclui a aceitação com base em um comportamento, decorre da sua conduta, existem situações em que a lei presumi a aceitação das partes, EX: contrato de aluguel que após vencido , as partes não se manifestam e continuam mantendo suas obrigações, e entendido que elas quiseram renovar o contrato mesmo sem ter manifestado de forma expressa. Ex 2: condicional de roupas.
3.1) requisitos legais:
Formulada dentro do prazo, art.431.EX: oferta valida até o dia 10 de agosto, depois do dia 10 o ofertante não esta mais vinculado aquela oferta.
-Adesão integral ao convite.
Obs: quando se faz uma contra proposta quem fez a contraproposta se torna o policitante e o ofertante inicial se torna o oblado.
4) Duração e eficácia da proposta e da aceitação/concordância:
a) art.428,CC__
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: 
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; 
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; 
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; 
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Inc.I:Sem prazo,Pessoa presente é a pessoa que pode manifestar de forma imediata a sua concordância.
Inc.II:Sem prazo, pessoa ausente é aquela que não tem condições de manifestar de forma imediata a sua concordância. E esse “tempo suficiente”, é muito relativo, e por isso não há uma fixação de prazo para ocorrer a manifestação de vontade.
Inc.III: Com prazo, se a pessoa estava ausente e responde fora do prazo , perde a oferta.
Inc.IV: retratação do oponente, quando o oponente volta a traz e fala que não tem como cumprir com a oferta, em seguida a ter feito a oferta , ou até mesmo antes da pessoa receber a oferta. O mais comum é que a retratação aconteça de forma conjunta.
b) art.427,CC__
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
O proponente pode colocar uma ressalva na sua proposta, em algumas situações, ex: não vale como oferta escrito no encarte.
c) art.433,CC_ retratação:
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Ex: aceita por email e 10 minutos depois liga para a pessoa se retratando.
d) art.434 :
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: 
I - no caso do artigo antecedente; 
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; 
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
inc.I_retratação: repetição do art.433.
inc.II_ proponente ira esperar o oblato decidir se aceita ou não a proposta (prazo indeterminado): 
 inc.III_ fora do prazo:quando se marca um prazo e a pessoa responde depois daquele prazo.
Teoria da expedição: quando você faz um contrato com um ausente, esse contrato torna-se perfeito/formado quando o aceitante /envia sua aceitação.
ex: caso da professora comprando as passagens aéreas.
e) art.429:
Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. 
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
Requisitos: objeto, preço, forma de pagamento:
Ex: CDC art.51.
5) Nova proposta: art.431.
É uma contra proposta essa nova proposta.
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
6) Lugar da celebração do contrato: art.435.
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. 
Para a lei o contrato considera-se celebrado no lugar em que foi feita a proposta.Mas na realidade tem que ter uma clausula de foro de eleição no contrato e é essa clausula que tem valor.
Ex: contrato feito em castelo mas com foro em vitoria.
Nas relações de consumo(entre civis e fornecedores) o foro é o lugar onde o consumidor tem domicilio. Mesmo se tiver uma clausula de foro de eleição essa clausula não terá validade se esse foro prejudicar o consumidor.
7)Proibição de contratar (negociar) herança de pessoa viva: art.,426,CC.
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
É terminantemente proibido negociar algo que não te pertence, e se a pessoa esta viva o patrimônio pertence a ele.Na pratica os herdeiros só receberão herança se o falecido tiver deixado herança positiva( quando o patrimônio é maior que as dividas),porque se o patrimônio for menor que as dividas os herdeiros não receberão nada, mas também não ficaram responsáveis pelas dividas que restarem.
INTERPRETAÇÃO CONTRATUAL
Cada parte interpreta as clausulas a seu favor, o que gera problemas com o contrato, e acaba tendo que o juiz interpretar as clausulas processuais de acordo com a boa fé objetiva principalmente.
Art.112 CC: Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção(voluntarista da manifestação da vontade(elemento subjetivo BGB) nelas consubstanciada ( teoria da declaração (elemento sunjetivo “code Civil”))do que ao sentido literal da linguagem.
Para o BGB o juiz devera consultar as partes, já pra o “code Civil”, o juiz deve analisar o que esta escrito no contrato, ao invés de ouvir as partes porque cada parte ira defender o seu lado.
Dessa forma o art.112 é mix de ideias e por isso este art. Não é muito aplicado na pratica, porque o juiz não tem como analisar a vontade e a intenção de alguém com base no que esta escrito, já que o que esta escrito é justamente o que esta causando a duvida.
O art.113 é o mais usado pelo juiz para a interpretação das clausulas contratuais.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
OUTROS ELEMENTOS INTERVENIENTES AS RELAÇÕES CONTRATUAIS
1) CONTRATO PRELIMINAR E NEGOCIO PRELIMINAR: arts.462 e SS
 O contrato preliminar tem a finalidade de assegurar o contrato futuro , e por ser um contrato ele tem que cumprir com todos os requisitos do contrato( elementos, art.104+ oferta+ aceitação). E o descumprimento do contrato preliminar ira acarretar os mesmos efeitos do contrato definitivo.
Ex: um comerciante que esta abrindo uma loja faz um pré contrato para comprar determinado produto para ver se o mesmo vai ter aceitação dos clientes para só então firmar o contrato definitivo.
O negocio preliminar, é a negociação entre as partes e o contrato ainda não existe e por isso essa negociação não vincula nenhuma das partes e por isso o descumprimento da palavra, da oferta não acarretara nos prejuízos da quebra de contrato, mas em qualquer situação cabe perdas e danos.
Ex: em uma negociação o vendedor deixa o cliente fazer um teste drive e o cliente(oblato) bater com o carro, e mesmo não querendo comprar o carro o cliente devera pagar pelo prejuízo.
Art.462: não é necessário cumprir com a formalidade prevista em lei no contrato preliminar porque se essa formalidade for cumprida não será um contrato preliminar e sim um contrato definitivo.
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
Art.463: em caso onde foi celebrado o contrato preliminar e na hora de celebrar o definitivo uma das partes desiste a outra parte poderá exigir via judicialmente o cumprimento forçado da obrigação e exigir que o contrato preliminar se torne definitivo.
Obs: o compromisso de compra e venda sem ser registrado no cartório de notas não tem valor legal para se exigir que se torne definitivo.
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive. 
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente.
Art.464:
Art. 464. Esgotado o prazo, poderá o juiz, a pedido do interessado, suprir a vontade da parte inadimplente, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar, salvo se a isto se opuser a natureza da obrigação.
Art.465:
Art. 465. Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo desfeito, e pedir perdas e danos. 
Art.466:promessa unilateral é uma oferta de contrato, em casos onde o contrato existe, com a estipulação unilateral de uma só das partes. 
Se por acaso foi feito um contrato preliminar de forma unilateral de forma ampla, o contrato não é perfeito porque não existe aceitação, mas a partir do momento em que há a aceitação o contrato se torna perfeito, e o devedor poderá exigir o cumprimento do contrato.
Ex: promessa de recompensa de cachorro perdido.
Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverá manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo devedor.
2)CONTRATOS QUE ALCANÇAM TERCEIROS:
2.1) Estipulação em favor de terceiro:
Conceito:Art.436 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. 
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
Ex: seguro de vida, é feito pelo assegurado e a asseguradora em favor de um beneficiário que muitas vezes pode nem saber do seguro, e apesar do beneficiário não ter assinado o contrato ele tem os mesmos benefícios do assegurado.
Art.437: o terceiro também pode exigir o cumprimento do contrato. Uma vez dado ao beneficiário o direito de reclamar o beneficio não se pode depois tirar dessa pessoa o direito de execução do beneficio. 
O estipulante ao firmar um contrato que beneficia um terceiro esta também conferindo a este terceiro a possibilidade de exigir o cumprimento forçado da obrigação principal, não podendo o estipulante exonerar ou liberar o devedor de cumprir com o acordo, salvo se retirar o beneficio ao terceiro,situação em que de acordo com o art.438, o estipulante poderá substituir o terceiro.
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor. 
Art.438: substituição de terceiro.
Ex: marido que faz o contrato de seguro em favor de sua esposa e depois se divorcia ele pode substituir o terceiro e trocar a esposa pelos pais.
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. 
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.
2.2)Promessa de fato de terceiro: exceção
Art.439: responsabilidade daquele que compromete ação/fato de 3º.
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. 
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Se for o cônjuge o terceiro contratado, ele não terá a responsabilidade de indenização porque divide o mesmo patrimônio que o contratante e por isso o contratante será o responsavél.
Art.440: responsabilidade é do 3º, e não daquele que prometeu a ação /fato do 3º.
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
2.3) Contrato com pessoa a declarar: é um contrato onde as negociações são feitas por uma 3º pessoa e na hora de assinar o contrato definitivo o comprador real assina o contrato e assumi os benefícios e direitos do 3º que a representava.
Ex: contrato de compra e venda onde uma celebridade é o comprador e pede para que um terceiro negocie o contrato no lugar dele.
Conceito:Art.467
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
Prazo:Art. 468:
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado. 
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.
Art.469: substituição do estipulante com o terceiro que ele declarar como parte legitima.
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.
Art.470 e 471: situações que o contrato será eficaz entre os dois contratantes e não alcançara o 3º declarado. Situações onde o contratante pode se recusar celebrar o contrato definitivo.
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários: 
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; 
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação. 
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários. 
2ª fase
EFEITOS DO CONTRATO
1) EFEITOS NATURAIS DOS CONTRATOS:
Objetivos diversos: cada contrato possui objetivos diversos e de acordo com esses objetivos, os efeitos naturais irão variar. O normal é que as partes cumpram com os seus deveres que estão no contrato, porque se não cumprirem com suas obrigações terão problemas.
Pode acorrer de um fato interferir diretamente no objeto do contrato, e isso vai acabar prejudicando os efeitos contratuais. São estes:
a) Vicio Redibitório:
b) Evicção:
2) Vicio Redibitório:
É um vicio oculto, que esta diretamente ligado a um objeto que tinha um defeito que não era aparente. O vicio redibitório só pode se alegado se conseguir provar alguns requisitos.
a) Vicio oculto: que não da para ver de inicio, é um defeito que se manifesta com o passar dos dias e com a utilização do produto o vicio se manifesta.
Ex: relógio que não marca a hora certa.
b)Vicio desconhecido do adquirente: o adquirente não pode ter consciência do vicio quando o comprou.
Ex: objeto de mostruário com arranhões.
c) Vicio tem que existir na época da venda: o produto tem que vim com defeito da loja. Qualquer defeito que surja depois da compra não é vicio redibitório.
Ex: mãe que deixa criança brincar com o celular novo e ele quebra, neste caso não se pode reclamar com o vendedor.
d) o vicio tem que prejudicar o funcionamento da coisa ou reduzir expressão econômica: se o vicio for pequeno e insignificante não pode ser alegado para desfazer contrato.
e) só se pode alegar vicio redibitório nos contratos comutativos e onerosos, ou seja em contrato gratuitos como uma doação não se pode alegar o vicio, porque quando se ganha alguma coisa não se pode alegar o vicio redibitório.
Contratos comutativos são aqueles onde as obrigações contratuais são previamente estabelecidas e as partes conhecem suas obrigações.
Nos contratos aleatórios, as obrigações não são estabelecidas com exatidão e por isso não se pode alegar também o vicio redibitório porque o contrato aleatório é um contrato de risco.
2.2) Efeitos do Vicio Redibitório: os vícios podem recair sobre bens moveis e imóveis.
O prazo para alegar o vicio em coisas móveis é de 30 dias após a entrega.
a) art.441: o adquirente pode enjeitar a coisa.
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
b) art.442: enjeitar a coisa ou pedir abatimento no preço(desconto em caso de vícios). Neste caso o adquirente pode negociar com o alienante(vendedor) o valor do bem e descontar o valor do prejuízo que terá em decorrência do vicio. Mas se o alienante não conhecia o vicio ele só terá que devolver o valor pago pelo bem e as despesas que o adquirente teve com o contrato não entra perdas e danos.
Art.442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo(desfazendo) o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
c) art.443: se o alienante conhecia o vicio restituirá o valor do bem + perdas e danos. Se o alienante não conhecia o vicio restituirá o valor do bem + despesas do contrato. Ou seja se o alienante omite o vicio de má fé para realizar o contrato ele terá que ressarcir o adquirente por todos os seus gastos em função do prejuízo causado.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
2.3) Prazos decadenciais para reclamar o vicio redibitório:
a) coisa imóvel: 1 ano a partir da tradição.
b) coisa móvel: 30 dias a partir da tradição (art.445, CC)
2ª parte do art.445, CC __ prazo reduzido a metade.: se o adquirente já estiver em posse do imóvel antes da compra ser feita.
Ex: Joana mora de aluguel na casa de Paula a 8 meses e decide comprar a casa, neste caso terá somente 6 meses depois da compra/alienação para reclamar o vicio redibitório.
§ 1º__ vicio só poderá ser reconhecido “mais tarde”, o prazo passa a correr nesse momento até (180 dias bens moveis, 1 ano bens imóveis). Ou seja o prazo começa a correr a partir do momento em que o vicio foi percebido. Não se pode aplicar esse parágrafo depois de longos prazos a partir da entrega só vale para prazos curtos(meses) em todo caso cabe a analise do caso concreto. ex: 3 anos após a entrega /tradição não se pode mais alegar o vicio redibitório.
§2º__ ser moventes:vai ser aplicado o prazo de forma subsidiaria o prazo de 180 dias do §1º em caso de não haver um prazo estabelecido em lei ou convencionado em costumes locais.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. 
§ 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. 
§ 2º Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
	PRAZOS PRECRICIONAIS 
art.205(subsidiário) e 206, CC.
	PRAZOS DECADENCIAIS 
arts. Diversos todos os prazos que não são prescricionais descritos no art.206 e 205 são prazos decadenciais.
	 são aqueles em que o objetivo principal envolve receber dinheiro $ e por isso corre prazos prescricionais.
	 são aqueles onde o objetivo principal é anular, cancelar, desfazer, um negocio jurídico.
	EX: ( Receber dinheiro, indenização, perdas e danos, danos Moraes)
	Ex:(anular o casamento ; anular alteração de um estatuto(PJ) art.66 CC; desfazer contrato de compra e venda art.445;cancelar o contrato de doação art.178 e 179.)
Obs:Pode ser que ao mesmo tempo corra contra o adquirente prazos decadenciais e prescricionais. Deve o adquirente dar atenção aos prazos decadenciais, visto que são eles fixados em dias ao passo que os prescricionais são fixados e anos. O vicio redibitório, que apresenta prazos decadenciais de 30 dias para moveis e 1 ano para imóveis, devem ser reclamados na justiça sob pena do direito caducar/decair, ou seja, o adquirente precisa constatar o vicio, procurar o vendedor, aguardar a recusa do vendedor, contratar advogado e ajuizar a ação anulatória antes de esgotados os referidos prazos.
Caso o adquirente perca os prazos decadenciais devera se valer dos prazos prescricionais(art.205 e 206 do CC).
Evicto (adquirente)
Evictor 
( 
terceira pessoa que comprova direito anterior sobre a coisa)
Alienante (proprietário)3) Evicção:
3.1)Conceito: dar-se a evicção quando o adquirente de coisa móvel ou imóvel, em contrato oneroso, perde o direito de propriedade, posse ou uso do bem, por sentença judicial que reconhece algum fato anterior ou contemporâneo ao contrato de compra e venda proporcionava o domínio da coisa ao evictor.
É um vicio do direito de propriedade sobre a coisa.
 3.2) Elementos necessários para configuração da evicção:
a) contrato oneroso: só se tem evicção em contratos onerosos porque só existe se o adquirente tiver tido algum prejuízo pela perda do bem. Em contratos gratuitos não existe evicção.
b) perda do direito de propriedade: o adquirente vai perder o domínio do objeto, para uma pessoa que tenha um direito anterior sobre o bem.
c) sentença judicial: a maioria doutrinaria diz que a evicção tem que ser declara via sentença judicial, mas tem algumas jurisprudências que dizem coisa diversa e fala que não necessita de sentença judicial para haver a evicção e que em razão de apreensão do bem por força policial por exemplo pode haver a evicção.
Ex: compra de carro roubado, quando o adquirente entrega o carro para a policia.
d) anterioridade do vicio do direito:
Quando o alienante vende o bem para adquirente, na verdade aquele bem não mais lhe pertencia. O objeto poderia por exemplo ter sido alvo de garantia em um contrato anterior.
3.3) Regras básicas e gerais sobre evicção:
a) art.448 ,CC:
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
Ex: adquirente coloca no contrato uma clausula que fala que se ele vier a sofres evicção daquele bem , o proprietário terá que lhe devolver o valor pago em dobro.
Ex: o proprietário ao vender o bem coloca uma clausula que o exonera de qualquer responsabilidade em caso do adquirente sofrer evicção.
Quando violar o principio da boa fé objetiva se aplica o art.449, CC.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
b) direitos do evicto:
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: 
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; 
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. 
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. 
 O evicto pode cobrar, o valor do objeto, os frutos que foram restituídos,as Despesas do contrato(impostos, emolumentos do cartório),honorários advocatícios, custas processuais, a valorarização do bem(plusvalia).
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. 
Mesmo que o bem esteja deteriorado no momento da evicção, ainda continua existindo o direito de reclamar a evicção e pedir a evicção do valor do bem.
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.
Se o adquirente tiver deteriorado alguma coisa no bem e com isso obteve vantagem, essa vantagem que ele obteve será descontada da quantia que o alienante deve lhe dar.
Ex: João compra fazenda de Carlos e demoli a casa sede da fazenda que era uma casa antiga e vende as madeiras, telhas, etc, e teve com isso uma vantagem de 10 mil reais, quando ele sofrer evicção ele terá direito a indenização mas o valor que ele obteve com a vantagem da venda (10 mil) será descontado.
c) evicção parcial :art.455 e §u. do art. 450.
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisãodo contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
Art. 450: Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. 
É quando a evicção ocorre em parte do objeto(ex: 50% da propriedade e desapropriada pela prefeitura). E o evicto pode optar pela restituição do contrato(com o antigo proprietário_ alienante) ou a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido.
d) notificação do alienante:art.456.
Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo. 
Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos.
e) conflito entre os art.457 X 449,CC:
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Na verdade não Existe um conflito entre os arts.457 e 449 porque o art.457 fala que o adquirente não tem direito de pedir evicção se quando comprou o bem sabia que a coisa era alheia(não pertencia mas ao alienante) ou litigiosa. E se aplica quando o adquirente esta de má fé e nesse caso ele não terá direito a indenização pela evicção.
E o art.449 se aplica ao adquirente de boa fé fala que se pode receber a indenização no valor pago em caso de evicção.
3ª fase
EXTINÇÃO DO CONTRATO
Extinção normal/típica _cumprimento de todas obrigações contratuais
Extinção anormal /atípica dos contratos:
a)Por fatores anteriores a formação do contrato.
*Clausula resolutiva expressa; art.474
*Invalidade contratual:
_ nulidade absoluta
_ nulidade relativa
*Clausula de arrependimento;
*Vicio redibitório;
*Evicção;
b)Por fatores posteriores a formação do contrato (rescisão contratual):
*Resilição:
_ Unilateral:art.473
_ bilateral(distrato): art;472
*Resolução: 
Deve ser reclamado em regra, via judicial art.474/475(clausula resolutiva tácita)
_ resolução por inexecução voluntaria;_Resolução por inexecução involuntária:_ resolução por onerosidade excessiva:art.478/480_ resolução por inadimplemento antecipado: art.477
1) extinção normal/típica cumprimento de todas obrigações contratuais:
O contrato será extinto em função/razão do cumprimento de todas as obrigações contratuais.esta é a regra. 
Dependendo do tipo de contrato ele pode ser criado e extinto no mesmo dia(ex; compra de um produto a vista).
2) extinção anormal /atípica dos contratos: 
É quando o contrato não é extinto da forma como as partes haviam planejado, quando as partes não conseguem cumprir a sua finalidade.
3) por fatores anteriores a formação do contrato (1ª fase)
a) clausula resolutiva expressa:(art.474) é uma clausula que garante aos contratantes o direito de por fim ao contrato se houver o descumprimento de uma das clausulas contratuais. Essa extinção é feita basicamente através de uma notificação extra judicial de forma simples. 
A clausula resolutiva expressa garante ao contratante a prerrogativa de reclamar a extinção contratual sem a necessidade de ajuizar uma ação bastando que a parte prejudicada notifique o contratante inadimplente de tal extinção. A clausula resolutiva expressa é aquela que consta no contrato”aquele que for prejudicado pelo descumprimento da outra parte contratante poderá reclamar a extinção contratual sem a necessidade de interpelação judicial, bastando uma notificação nesse sentido.
- Invalidade contratual: (Nulidade absoluta e Nulidade Relativa)
Também pode o contrato ser invalidado em razão de alguma nulidade contratual. Em alguns casos antes mesmo do contrato ser firmado (1ª fase) pode existir algum tipo de defeito do negocio jurídico (desrespeito a manifestação de vontade) ou de nulidade (desrespeito aos incisos I, II e III do art. 104 do CC), nas duas hipóteses a sentença que decretar a nulidade contratual irá extinguir aquela avença em razão de um fator anterior a própria assinatura do negocio jurídico. 
- Clausula de arrependimento: 
Constitui forma de extinção por fato anterior à celebração a previsão no negócio de direito de arrependimento, inserido no próprio contrato, hipótese em que os contraentes estipulam que o negócio será extinto, mediante declaração unilateral de vontade, se qualquer um deles se arrepender (cláusula de arrependimento). 
O direito de arrependimento deve ser exercido no prazo convencionado ( de 7 dias) ou antes da execução do contrato, se nada foi assegurado a esse respeito, pois o adimplemento desse importará renuncia tácita àquele direito. 
-Vício Redibitório: 
Esse vício decorre de um problema/fato anterior ao contrato, no qual só pode ser alegado quando a pessoa conseguir comprovar alguns requisitos da sua existência, pois de primeira visualização o adquirente não consegue observar esse vício, porém com a sua utilização (do objeto) o contratante identifica que esse está com problemas, por exemplo. Bens móveis (30 dias) e imóveis (1 ano).
- Evicção:
 Dá-se a evicção quando o adquirente de coisa móvel ou imóvel, em contrato oneroso, perde o direito de propriedade, posse ou uso do bem, por sentença judicial que reconhece algum fato anterior ao contrato ou contemporâneo ao contrato de compra e venda proporcionava o domínio da coisa ao evictor. 
* Por fatores posteriores à formação contratual: 
A partir dos entendimentos doutrinários, pode-se afirmar que a rescisão. (que é o gênero) possui as seguintes espécies: 
1. Resolução (extinção do contrato por descumprimento) 
2. Resilição (dissolução por vontade bilateral ou unilateral, quando admissivel por lei, de forma expressa ou implícita, pelo reconhecimento de um direito potestativo/facultativo)
2.1 Bilateral:
Prevista no art. 472 do CC, a resilição bilateral ou distrato é efetivada mediante a celebração de um novo negócio em que ambas as partes resolvem, de comum acordo, pôr fim ao anterior que firmaram. O distrato submete-se à mesma forma exigida para o contrato conforme previsão taxativa desse artigo.
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
2.2 Unilateral
Existem contratos que admitem dissolução pela simples declaração de vontade de uma das partes, situações em que se tem a denominada resilição unilateral, desde que a lei, de forma explícita ou implícita, admita essa forma de extinção. Na resilição unilateral há o exercício de um direito protestativo, aquele que se contrapõe a um estado de Sujeição.
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.
A resilição unilateral, pelo que consta do art. 473 do Código Civil, só é prevista em hipóteses excepcionais, como, por exemplo, na locação, na prestação de serviços, no mandato, no comodato, no depósito, na doação, na fiança, operando-se mediante denúncia notificada à outra parte. Só nos casos de contratos por tempo indeterminado.
1ª) Cláusula resolutiva expressa : Notificação extrajudicial (denúncia notificado, ex: aviso prévio).
2ª) Cláusula resolutiva tácita: Ação: notificar o fim do contrato.
Inexecução voluntária:
Ocorre quando alguém por uma ação/conduta descumpre um acordo ou com o que foi negociado. 
A resolução por inexecução voluntária está relacionadacom a impossibilidade da prestação por culpa ou dolo do devedor, podendo ocorrer tanto na obrigação de dar como nas obrigações de fazer e de não fazer. Conforme as regras que constam dos arts. 389 e 390 do CC, a inexecução culposa Sujeitará a parte inadimplente ao ressarcimento pelas perdas e danos sofridos - danos emergentes, lucros cessantes, danos morais, estéticos e outros danos imateriais, de acordo com aquilo que pode ser interpretado à luz dos arts. 402 a 404 da Codificação emergente, da Constituição Federal e da atual jurisprudência.
Inexecução Involuntária:
O descumprimento contratual poderá ocorrer por fato alheio à vontade dos contratantes, situação em que estará caracterizada a resolução por inexecução involuntária, ou seja, as hipóteses em que ocorrer a impossibilidade de cumprimento da obrigação em decorrência de caso fortuito (evento totalmente imprevisível) ou de força maior (evento previsível, mas inevitável). Como consequência, a outra parte contratual não poderá pleitear perdas e danos senão tudo o que foi pago devolvido e retomando a obrigação à Situação primitiva. (resolução sem perdas e danos).
Inadimplemento Antecipado
Ex: Quando o Guilherme faz um contrato com a Sara de compra e venda, porém depois de concluído o contrato a Sara soube que o Guilherme não há patrimônio/dinheiro suficiente para pagar a dívida, a Sara pode pedir que o Guilherme lhe dê uma garantia para o contrato seja cumprido ou pede a extinção do mesmo. 
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Onerosidade Excessiva:
Teoria da Imprevisão: Revisar as cláusulas contratuais se ocorrer – Art. 478/480 CC
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.
É aquela em que a parte passa a não ter mas condição de cumprir com o contrato e em decorrência disso resolve pedir a resolução do contrato. Entretanto para alcançar a resolução do contrato. Entretanto para alcançar a resolução, é necessário que 1º se procure a outra parte para negociar novamente, caso não for resolvida de forma amigável, aquele que inadimpliu por conta de um fato imprevisível, superveniente e houve uma redução financeira da mesma, contendo uma clausula “rebus sic stantibus”, pode este pedir em juízo a revisão contratual para tentar manter o contrato, porém se isso não for possível o juiz poderá dar a resolução/extinção do contrato. Isto só poderá ocorrer nos contratos de execução ou continuada deferida (Art. 478;479 CC). Já nos casos de relação do consumidor, a resolução é mais facilidade, já que, o CDC, não adota a teoria da imprevisão e sem a teoria da onerosidade excessiva (Art. 6º, inciso V c/c Art. 51, § 1º e incisos, CDC). 
Aula do dia 23-09-12
CONTRATO DE COMPRA E VENDA
1)Conceito:
É o contrato que uma pessoa(vendedor) se obriga a transferir a outra pessoa(comprador) o domínio de uma coisa corpórea ou incorpórea, mediante o pagamento de certo preço em dinheiro ou valor fiduciário(fiança) correspondente. (Caio Mario)
É uma das modalidades mais antigas que existe, só perdendo para o contrato de troca(permuta,escambo) que era muito usado na antiguidade.
Para se ter um contrato de compra e venda é necessário que exista pelo menos 2 pessoas.
Só há de se falar em compra em venda quando a parte que compra paga com dinheiro, porque se o pagamento se der por um objeto se fala em contrato de troca (permuta).
2) Classificação:
a) bilateral: porque é estabelecido pelas duas partes;
b) oneroso: porque vai haver perdas e ganhos recíprocos para as partes;
c)pode ser um contrato solene(formal onde a lei exige uma solenidade/formalidade) ou um contrato livre(informal).
d) pode ser paritário( ex:entre civis) ou de adesão(ex:PJ X PF).
e) via de regra é um contrato comutativo(onde as partes conhecem todas as suas obrigações e benefícios), mas pode ser tornar um contrato aleatório se as partes assim quiserem(ex: compra com pagamento antecipado de frutos pendentes) .
f) é um contrato típico que tem previsão legislativa;
g)pode ser de execução imediata, diferida, e sucessiva;
3)Elementos/requisitos que compõe o contrato de compra e venda:
a) Elementos essenciais do NJ(art.104,cc), # e pode existir elementos acidentais(condição ,termo e encargo).
b) Elementos naturais do contrato: são aqueles elementos que decorrem do tipo contratual e são essenciais para ele,ou seja se faltar um desses elementos essenciais o contrato será descaracterizado e poderá ser caracterizado outro contrato(ex: comprador e vendedor, pagamento em dinheiro, etc).
b.1) Objeto/coisa: art.482 e 483 do CC. O que é o objeto(escolha do objeto) e quanto vale o objeto(R$), estes requisitos devem ser preenchidos para que o contrato seja formado. Pode ocorrer a compra e venda e objeto atual e futuro( se o objeto não vier a existir o contrato ficara sem valor) a menos que a intenção das partes era de concluir contrato aleatório(nos contratos aleatórios é necessário que esteja expresso que é um contrato aleatório. O que prevalece no contrato de compra e venda é a amostra(mostruário).
Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço. 
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório.
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem. 
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
b.2) Preço:art.485/489,cc: só pode ser objeto de compra e venda aquilo que tenha apreciação econômica correspondente( sem o preço se configura outro tipo de contrato).o valor afetivo não interfere no contrato de compra e venda.ex: vender um copo de plástico usado por 100 reais.
O valor vai variar de objeto para objeto e também vai variar o comprador em função do valor que ela tem disponibilidade para pagar.
O preço pode ser fixado por um terceiro se assim as partes designarem.
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa.
Art.486: o valor pode ser fixado levando em consideração a taxa cambial;
Art.487: valor pode ser fixado levando em consideração os índices e fatores governamentais ou não governamentais .
Art.488: o valor pode ser estabelecido pelo preço usado nas vendas habituais do vendedor.
b.3)Consentimento (concordância/aceitação das partes):
 via de regra a partir do momento em que as partes estiverem concordancia qaunto ao objeto e ao preço do objeto o contrato estará formado, mas pode ocorrer exceções: pode ser que as partes estejam de comum acordo quanto ao objeto ao preço, etc, mas a concordância das partes não basta porque a capacidade de formar um contrato não é suficiente e precise pedir autorização a outras pessoas,ex: art.496 do CC.
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. 
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória. 
Não podem ser compradores(art.497)
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública: 
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração; 
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta; 
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados. 
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.
Condomínio: bem que tem mais de um proprietário que tem o domínio conjunto, pode ser carro prédio, casa, etc.
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência. 
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço.
Aula do dia 21-10-2013
4: Venda com reserva de domínio:
É uma contrato com venda com garantia, Para venda de bens moveis, onde o próprio bem que esta sendo adquirido é entregue como garantia do pagamento, dessa forma se o comprador não paga pelo bem o valor combinado, o vendedor pode pegar o bem de volta, e o contrato deve ser escrito e deve ter clausula de reserva de domínio expresso para ter valor legal. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros. Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa insuscetível de caracterização perfeita(modelo, marca, cor , tamanho, preço, etc), para estremá-la de outras congêneres. Na dúvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de boa-fé.
a)Art.521: garantia;
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja integralmente pago.
b)Art.524: transferência da personalidade;
Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no momento em que o preço esteja integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi entregue.
c)Art.525: constituir em mora o devedor;
é necessário que antes de entrar com ação de reserva de domínio, devera notificar o vendedor extrajudicialmente , avisando que se ele não pagar dentro de determinado prazo ele poderá perder o bem.
Art. 525. O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de domínio após constituir o comprador em mora, mediante protesto do título ou interpelação judicial.
d)Art.526: prerrogativas do vendedor:
1º ajuizar ação de busca e apreensão ou;
 Art. 526. Verificada a mora do comprador, poderá o vendedor mover contra ele a competente ação de cobrança das prestações vencidas e vincendas e o mais que lhe for devido; ou poderá recuperar a posse da coisa vendida.
O vencimento das parcelas que ainda não vedação seda de forma antecipada e o vendedor pode cobrar as parcelas vencidas e as que ainda não vencerão.
2º ajuizar ação de cobrança(art.527);
Art. 527. Na segunda hipótese do artigo antecedente, é facultado ao vendedor reter as prestações pagas até o necessário para cobrir a depreciação da coisa, as despesas feitas e o mais que de direito lhe for devido. O excedente será devolvido ao comprador; e o que faltar lhe será cobrado, tudo na forma da lei processual.
5) Alienação fiduciária(decreto lei 9.11/69)
É um contrato de venda com garantia , para relações entre um civil e uma pessoa jurídica, (financeira, banco, ou qualquer instituição bancaria, e Pessoa jurídica). Basicamente as mesmas normas do contrato dom reserva de domínio, só que para PJ.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Teoria geral da responsabilidade civil
1) Conceito: responsabilidade civil é o dever jurídico secundário decorrente do descumprimento de um dever jurídico originário , por violar uma obrigação legal ou uma obrigação contratual.
2) Origem: existem obrigações primarias que decorrem de lei, outras decorrem de contratos, e quando descumpre tais obrigações surge as obrigações/deveres secundarias(responsabilidade civil), essa responsabilidade civil significa que você vai ter que reparar/indenizar o prejuízo que se causou a alguém, se descumpre a lei(R.C legal ou extracontratual (ex: perdas e danos)), se descumpre o contrato(R.C contratual(ex: multa, juros, correção monetária, clausula penal, arras/sinal)).
Elementos:
a) Responsabilidade civil legal:
a.1) R.C objetiva:
elementos:
Conduta do agente; 
Dano(moral ou material);
Nexo causal;
a.2) R.C subjetiva:
Conduta do agente;
Dano(moral, ou material);
Nexo causal;
Culpa:(dolo, ou culpa propriamente dita(negligencia, imprudência, imperícia).
b) responsabilidade civil contratual:
b.1) R.C objetiva:
elementos:
Conduta do agente; 
Dano(moral ou material);
Nexo causal;
b.2) R.C subjetiva:
Conduta do agente;
Dano(moral, ou material);
Nexo causal;
Culpa:(dolo, ou culpa propriamente dita(negligencia, imprudência, imperícia).
3) Responsabilidade civil legal ou extracontratual
A responsabilidade civil surgiu no direito romano , onde surgiu as obrigações pecuniárias que surgem do descumprimento de uma lei. Que se pode ser resumida como a obrigação do dever de cuidado(essa obrigação , é genérica, ampla que pode atingir qualquer pessoa ).
Quando se descumpre esse dever de cuidado sempre se comete um ato ilícito.e o ato ilícito vai ter 4 efeitos:
1º : indenizante: reparar o dano com valor pecuniário.
2º: Caducificante:perda ou restrição de direitos.
3º:invalidante;
4º:autorizante;
3.1: RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA: 
(art.186/188, art.927/954, CC)
I)Elementos: 
a) conduta do agente ofensor: pode ser que a conduta que causa dano seja comissiva(ação) ou uma conduta omissiva(negativa).
Por vezes a conduta não vai ser nem do próprio agente, mas o agente teve uma conduta omissiva(ex; não cuidou dos animais e eles causaram dano a outro).
A lei vai dizer que a conduta seja voluntaria(decorrer de uma ação ou omissão, não necessariamente se refere a algo que seja desejado).
II) Dano (prejuizo): a vitima precisa a comprovar que houve um dano decorrente da conduta seja o dano moral ou material.
a) dano Material(patrimonial);é o dano real, no seu patrimônio, o prejuízo financeiro que a vitima teve.
Dano emergente:é o dano real, o dano efetivo.
Lucro cessante:é todo valor pecuniário que a vitima deixou de ganhar em razão do dano material.
Se pode cobrar o dano emergente e o dano cessante junto na mesma ação de dano material(dano emergente + lucro cessante).
A sumula 37 do STJ fala que se pode cobrar o dano material e o dano moral na mesma ação.
b.) dano Moral: hoje o dano moral esta presente em quase todos os processos.
O dano moral é uma violação aos direitos da personalidade.
Fixação do dano moral:
A Brasil adota o sistema por arbitramento ou sistema livre vai ficar a critério do juiz determinar a fixação do valor do dano moral.
Nos EUA é adotado o sistema do tarifamento que vai tabelar o valor da indenização, e independente que quem seja a vitima ela vai receber um valor que já é previamente fixado para aquele dano.
O juiz na hora de fixar ovalor levara em consideração três funções:
1º__ função punitiva: condição financeira do ofensor , grau de culpa do ofensor.
Se o réu é reincidente, se ele agiu de forma dolosa, a condição financeira do autor. O juiz deve ser razoável ao ponderar as condições do autor, para agir com justiça.
2º__ função compensatória: extensão do dano(gravidade); condições pessoais da vitima (antes e depois);
Reparar o prejuízo que a vitima sofreu e para isso é necessário verificar a extensão do dano e as condições pessoais da vitima antes e depois do dano.
3º __ Função pedagógica(teoria do desistimulo “T.punitive damage”): visa dissuadir nova pratica do agente ofensor.
 Teoria adotada nos EUA ,esta começando a ser aplicada no Brasil. Essa teoria pretende ensinar ao ofensor para que ele não cometa aquele ato novamente.
c) dano estético:
existe uma divergência doutrinaria, o que deve ser levado em conta é como a pessoa vive se ela vive da sua imagem que se adote a 2ª corrente, e nos casos onde a pessoa não vive da estética se aplica a 1ª corrente.
1ª corrente: entende que é um dano moral (direitos da personalidade).
2ª corrente: entende que é dano material por perda do (lucro cessante).
3ª corrente: Dano autônomo.
Art.944,CC: Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. 
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.
É um artigo paulatinamente criticado por conta do §u que mede a ação que levou ao dano para calcular a indenização.
d) Dano indireto:o dano indireto é um dano que decorre do dano direto e pode causar outros danos futuros.
e) Dano reflexo(ou em ricochete): é aquele que atinge, alem da vitima direta, uma vitima indireta, a exemplo do filho que sofre o dano pela perda do pai. Porque vai refletir não só na vitima mas vai rescender em outras vitimas. Esse dano tem 2 (ou +)vitimas.
Ex: grazi vende 3 cabeças de gado para Juliano e dias depois as 3 vacas morrem porque estavam doentes(dano direto), e dias depois outras 20 vacas do Juliano também faleceram(dano indireto).
f) Dano “in re ipsa”(presumido): é um dano presumido, onde a vitima esta dispensada de comprovar o dano/prejuízo sofrido,só ocorre em regra quando um consumidor tem seu nome negativado indevidamente pelo fornecedor no SPC.
Em caso de processo judicial criminal não pode alegar dano presumido e nenhum tipo de dano moral.
g) Dano bumerangue: é aquele que traduz uma situação em que o próprio infrator sofre um prejuízo causado pela vitima que revida agindo de forma violenta contra o ofensor que lhe causou algum dano.e neste caso poderá haver a compensação das culpas e o pagamento da diferença do valor que sobrar.
Pra alegar o dano deve se comprar a conduta e o dano/prejuízo e o nexo causal.
III) NEXO CAUSAL: elo entre a conduta (comissiva ou omissiva) e o resultado(dano)
a) teoria da equivalência das condições (conditio sine qua non): minoritária.
Todo e qualquer fator que tenha contribuído para ocorrência do dano é causa /motivo para ajuizar uma ação contra o ofensor ou ofensores.
b) Teoria da causalidade adequada: majoritária
considera –se causa o antecedente abstrato que tenha contribuído de forma adequada para a consumação do resultado danoso.
c) Teoria da causalidade direta ou imediata:majoritária.
Esta é a teoria mais objetiva, isso porque considera causa apenas e tão somente a conduta que de fato tenha dado causa direta e imediata ao resultado danoso.
4) CULPA( “latu sensu”):
a) Dolo: se o agente teve a vontade o desejo de provocar o dano, dificilmente ocorre no direito civil.
b) Culpa “strcito sensu”:
Quando a pessoa não quis provocar o dano, não teve intenção de causar dano , mas causou a partir de um descuido(negligencia, imprudência, imperícia).
Negligencia:omissão , quando alguém não faz algo que deveria fazer.
Imprudência:ação, quando alguém faz algo de forma imprudente(de qualquer jeito, sem cuidado, afoito) e com isso causa dano a outrem.
Imperícia:falta de pericia, pode ser quando alguém que não tem a pericia/habilidade, ousam fazer algo que não estão habilitados para isso, ou quando alguém habilitado não emprega as técnicas não usa as suas habilidades como deveria e o resultado é danoso.
3.2: RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL OBJETIVA: 
não precisa se comprovar a culpa do agente.
I)Responsabilidade extracontratual objetiva:
I)Modalidades:
a) “venere contra factum proprium” (proibição do comportamento contraditório ou teoria dos atos próprios): STJ
Ocorre quando existe o comportamento/ação contraditório de alguém que gera uma expectativa de direito para outra pessoa e depois frustrar esta expectativa de direito. Esta teoria não tem previsão no ordenamento jurídico(em artigos específicos) e a jurisprudência tenta encaixa-lo no art.187 cc teoria do abuso.
Pode ser entendida como a deslealdade no exercício de um direito em razão de alguém a partir de uma ação fazer surgir uma expectativa de direito a um terceiro , mas depois não efetiva tal expectativa , esta frustração configura um comportamento contraditório, o que é considerado abusivo para a doutrina.
Art.187,CC__ teoria do abuso.
Ex: uma empresa(CICA) doa sementes de tomate para uma cooperativa com interesse de compra-los mais tarde, mas em um determinado ano essa empresa doa o dobro de sementes e quando a cooperativa colhe os tomates a empresa não quer compra-los mais e os cooperados tem um prejuízo. E neste caso se aplica a teoria do abuso.
b) “Supresio e sirrectio”.
Decorre que um comportamento contraditório, porem vai ocorrer a partir de uma omissão onde alguém gera uma expectativa de um direito que futuramente vai ser frustrada por uma ação/conduta de outrem. Um perde em razão de uma omissão e a outra parte ganha com uma acão esse direito. Este instituto já tem aceitação no ordenamento jurídico.
São institutos que demonstram a expectativa de direito gerada a um terceiro em razão da omissão do seu titular que tolera e permite que um terceiro exerça direitos que só competem a ele o titular. A Supresio é a perda de um direito pela inércia do seu titular que acaba beneficiando um terceiro que ganha tal prerrogativa(surrectio).
c) Litigância de ma fé:
quando uma pessoa entra com uma ação indevida de forma maldosa querendo causar um prejuízo a outrem.
d) Principio do menor prejuízo para o devedor.
São situações onde o credor imputa ao devedor ônus extraordinários que tornam a divida impagáveis, e nessa situação pode o juiz reduzir os juros significativamente se ficar comprovado que a instituição já teve benefícios.
II)responsabilidade contratual subjetiva.
a) inadimplemento:falta de pagamento.
absoluto:reclamar indenização a titulo de perdas e danos.
relativo:cobrar, multa, juros, correção monetária, perdas das arras, tem que pagar a clausula penal.
III)Responsabilidade contratual objetiva:
 Teorias jurisprudências e doutrinarias não tem previsão legal.
a) “tu quaque”: é uma deslealdade uma surpresa dentro de uma relação contratual.sempre vai acontecer nas relações contratuais. Teoria do abuso do art.187,CC. É um tipo de responsabilidade objetiva onde o não se precisa comprovar a culpa do agente.
b) “substancial performance” ( Teoria do adimplemento substancial):
o objetivo é preservar o contrato, por ter o agente cumprido de forma substancial com a maior parte do contrato(ex: superior a 80%)
Por vezes em algumas relações contratuais uma pessoa que adquiri um objeto de forma parcelada e depois de algumas parcelas quitadas a situação financeira muda e a pessoa não consegue mais cumprir com parte da sua obrigação, e essa teoria vai dizer que ainda que o devedor esteja em mora(atraso) é possível requerer judicialmente que o contrato seja dado andamento como se ainda existi-se, que continue sendo valido.
De acordo a teoria do adimplemento substancial o devedor de um contrato de execução futura ou retardada poderá requer a preservação contratual caso comprove que cumpriu de forma substancial as obrigaçõespecuniárias previstas no contrato, seja em razão do adimplemento quantitativo, seja pelo adimplemento qualitativo.
	Adimplemento quantitativo(quantidade de parcelas)
	Adimplemento qualitativo (qualidade do contrato)
	Financiamento de carro em 36 parcelas
	Financiamento de imóvel de 100.000 reais para pagar em 6 anos.
	3 parcelas em atraso e 5 parcelas a vencer
	Tendo o contrato sido feito em 2010 e tem seu fim em 2016, porem em 2014 ele para de pagar.
	Segundo o decreto lei 911/69 a financeira poderá cobrar as 8 parcelas de uma vez ou pedir a busca e apreensão.
	E o banco poderá tomar a casa após notificá-lo extrajudicialmente e leiloar para receber o valor que faltava.
	Com a aplicação da teoria o comprador poder pedir a um advogado para fazer um deposito judicial no valor das três parcelas vencidas e pedir ao juiz que mantenha o contrato , demonstrando que tem intenção de pagar a divida porque o comprador pagou de forma quantitativa as 28 primeiras parcelas.
	Se em 2014, ele parar de pagar ele poderá pedir o adimplemento qualitativo porque os dois anos que faltam não são o grosso da obrigação porque nos primeiros 4 anos ele já pagou a maior parte(ex: 80 mil reais) e por isso ele pede que o contrato seja preservado. E o comprador devera pagar as parcelas que estão vencidas.
c) Violação positiva do contrato ( ou adimplemento fraco ou ruim):
é uma relação contratual onde as partes se obrigam a algum dever e cumprem mas, porem uma das partes não cumpre a sua obrigação de forma satisfatória. E neste caso é possível alegar a violação positiva do contrato.
Obs: todas as vezes que houver uma violação contratual e ficar provado uma destas três situações, poderá entrar com uma ação de perdas e danos.
Teoria do risco:(art.927,CC)
Trata-se de uma responsabilidade civil objetiva.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A segunda parte deste art. 927 é que traz efetivamente a teoria do risco. E essa teoria vai dizer que quem cria o risco, o dano tem a obrigação de rapara-lo(o presuizo).
 Responsabilidade civil subjetiva:Diante d omissão legal aplicar-se-á a responsabilidade civil subjetiva. 
1) responsabilidade civil por ato de terceiros:
a) R.C dos pais pelos filhos menores;
art.932,I: responsabilidade objetiva
art.933:R. objetiva.
art.928:inacapaz será o responavel.
b) R.C dos tutores e curadores pelo ato de seus tutelados e curatelados:
art.932,II: R.C objetiva
art.933: R.C objetiva
art.934:R.C objetiva
art.928: o incapaz responde.
c) R.C do empregador pelos atos de seus empregados>
art.932,III c/c art.934: a responsabilidade civil é objetiva, e com direito de regressão contra o funcionário.
d) R.C dos donos de hotéis pelos atos de seus hospedes.
Art. 932,IV: a responsabilidade é objetiva.
Art.933: responsabilidade objetiva.
Art.934: com direito de ação regressiva.
e) R.C pelo produto do crime, art.932, V:
o agente criminoso, não fica com o produto do crime, o estado apreende esse patrimônio, por causa do enriquecimento ilícito.
2) Responsabilidade civil por fato das coisas:(animadas e inanimadas), exceções do art.927(Teoria do risco). E neste caso a responsabilidade civil é objetiva segundo a doutrina.
 a) R.C pela guarda de animais: (art.936)
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
b) R.C pela ruína de edifício:(art.937)
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
c) R.C pelas coisas lançadas de edifícios:(art.938).
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
3) Cobrança indevida: (art.939,940,941)
Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. 
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição. 
Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido.
4) Responsabilização : patrimônio e pessoas (art.942/943)
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. 
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932. 
Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
5) Culpa concorrente: art.945.
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
6) Responsabilidade civil: prestação (obrigação de fazer) ou reparar(R$) art.947.
Art. 947. Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada, substituir-se-á pelo seu valor, em moeda corrente.
Status quo ante( antes anterior ao dano), reparar/restaurar o dano que causou, ex: reconstruir o muro que quebrou.
7) Consequências dos tipos penais:
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações: 
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; 
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. 
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido. 
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. 
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. 
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. 
Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a indenização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado. 
Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa, estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este não se avantaje àquele. 
Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido. 
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, eqüitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso. 
Art. 954.

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