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13/06/2015 1 FISIOTERAPIA NO CÂNCER DE MAMA FISIOTERAPIA CAMPUS JATIUCA – BÁRBARA ROSE ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO O Sistema Circulatório subdivide-se em: Sistema Sanguíneo; Sistema Linfático. SISTEMA LINFÁTICO É um sistema formado por vasos e órgãos linfóides, nele circula a linfa, sendo basicamente um sistema auxiliar de drenagem, ou seja, auxiliar do sistema venoso. Componentes do Sistema Linfático Linfa; Capilares linfáticos; Rede capilar linfática; Vasos linfáticos; Gânglio linfático. Função do Sistema Linfático Remoção dos fluídos em excesso dos tecidos corporais; Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório; Defesa contra doenças. Circulação Linfática 13/06/2015 2 CÂNCER DE MAMA • Introdução Mamas = Órgãos glandulares, pares, estímulos neuro- hormonais destinados a secreção de leite. • A superfície cutânea da mama pode ser dividida em três regiões: periférica, areolar e papilar; – Aréola = central, coloração; – papila = Localização, forma, recoberta por tecido subcutâneo e rugoso. – Periferia = pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas. Definição É uma doença do genoma celular, podendo ser introduzida no organismo por fatores externos e endógenos mutações e promovem a transformação e o crescimento maligno. • Câncer de Mama – Doença complexa e heterogênea; – Apresenta evolução lenta ou rapidamente progressiva; – Perda do controle de proliferação celular. • Neoplasias – Crescimento desordenado de células. •Metástase – Invasão de células neoplásicas em tecidos vizinhos ou à distância, disseminando-se para outras áreas do corpo. Epidemiologia • 2° tipo mais frenquente no mundo e o mais comum entre as mulheres; • Brasil = da incidência acompanhado pelo da mortalidade atraso no diagnóstico e Tto. • Países desenvolvidos = Detecção precoce por meio da mamografia + Tto apropriado redução da mortalidade apesar do da incidência; • Raro ante dos 35 anos; • Estimativas de novos casos em 2012: 52.680 • N° de mortes: 12.852 até (2010) -147 Homens -12.705 Mulheres 13/06/2015 3 Epidemiologia INCA Causas – Carcinogênese Mutação genética das células, sob o efeito de agentes físicos (radiação), químicos (alimentos nocivos) e biológicos (vírus). Fatores de Risco – Hereditariedade – Sexo (100M x 1H) – Idade acima dos 40 anos – Nuliparidade – Primeiro parto acima dos 30 anos -Contraceptivos orais – Menarca precoce < 11 anos – Menopausa tardia > 55 anos – Raça branca – Aumento de peso pós menopausa – Dieta inadequada Mutação dos genes BRCA1 e BRCA2 BRCA1 – mutação do BRCA1 está presente em somente 3 a 5% das mulheres com CA de mama, geralmente acomete mulher no período da pré-menopausa e bilaterais. BRCA2 – mutação do gene BRCA2 - Risco aumentado de CA de mama nos homens calculado em 6% até os 70 anos. Carcinoma avançado Carcinoma avançado 13/06/2015 4 Diagnóstico Precoce • Auto-exame; • Exame Clínico; • Mamografia; • Biópsia Auto-exame das mamas • Deve ser feito todo mês a partir dos 25 anos idade – De preferência sempre ao fim do período menstrual. – As mulheres que já não menstruam devem escolher uma data no mês de fácil memorização, de preferência escolher o 1º dia do mês. •Colocar-se de frente ao espelho, com os braços apoiados nos quadris. •Inspecionar os seios: alterações no tamanho, na forma e no contorno de cada mama. Alterações de textura da pele e mamilos. •Pressionar as mãos contra os quadris. Esta manobra movimenta o músculo peitoral. Mantenha pressionado, observar novamente, verificar alguma modificação na pele e nos mamilos. •Comprimir os mamilos gentilmente com os dedos polegar e indicador, observar a saída de secreções. ANTES DO BANHO •Colocar os braços sobre a cabeça, inspecionar os seios: alterações na pele, nos mamilos •Forçar os cotovelos para fora. Esta manobra movimenta o músculo peitoral. •Manter os cotovelos para fora. Observar novamente se houve alguma modificação na pele e nos mamilos. ANTES DO BANHO Tocar os seios apenas com as pontas dos dedos, com a mão espalmada. MOVIMENTOS DA MÃO NO AUTO-EXAME 1. Vertical – a mão caminha para cima e volta para baixo, cobrindo toda a mama. 2. Espiral – a mão realiza movimentos concêntricos, indo da periferia da mama até o mamilo. 3. Quadrantes – a mão vai do mamilo até a periferia e volta. 13/06/2015 5 •Colocar o braço esquerdo sobre a cabeça. •Tocar o seio esquerdo ensaboado com os dedos indicador, médio e anular da mão direita, apertando gentilmente mas com firmeza, fazendo pequenos círculos. •Fazer os movimentos verticais, depois os espirais e, finalmente, em quadrantes •Examinar as axilas. •Repetir com o seio direito NO BANHO Auto-exame das mamas O auto-exame de mama não deve ser usado como método único de prevenção e não substitui a avaliação feita por um profissional de saúde treinado! Se observar alguma alteração nas mamas o médico deve ser procurado imediatamente! Possíveis sintomas: Caroço no seio Caroço nas axilas Alteração no formato da mama Feridas ao redor do mamilo Saída de secreção pelo mamilo Exame Clínico Exame Clínico Exame Clínico Mamografia 13/06/2015 6 • Mamografia – Primeira aos 35 a – Anualmente a partir dos 40 anos para mulheres sem história familiar – 10 anos antes da idade do paciente índice Mamografia Mamografia Tratamentos • Quimioterapia – Tratamento sistêmico do câncer de mama, através da aplicação de drogas antineoplásicas. • Radioterapia – Irradiação associada à cirurgia no câncer operável para diminuir o risco de recidiva loco-regional e aumentar o tempo livre da doença. • Cirúrgico – Retirada do tumor Tratamento Cirúrgico • Mastectomia radical; • Mastectomia parcial; • Quadrantectomia com linfadenectomia axilar; • Tumorectomia. Mastectomia Radical 13/06/2015 7 Mastectomia Parcial Quadrantectomia com Linfadectomia Axilar Tumorectomia Complicações do Pós Operatório • Escápula alada; • Lesões das raízes do Plexo braquial; • Disfunção do ombro (ADM, força e dor); • Espasmo muscular cervical; • Linfedema; • Sensação dolorosa e de peso no ombro – associada ao linfedema; • Limitação da expansibilidade; • Parestesias; • Seroma – coleção de líquido no tecido subcutâneo. 13/06/2015 8 Tratamento Conservador • Fisioterapia; Eletroterapia; Cinesioterapia; Respiratória e Motora Hidroterapia; Tratamento Fisioterapeutico Pré-Operatório • Estabelecer vínculo com o paciente; • Anamnese completa; • Avaliação da função pulmonar; • Avaliação funcional dos ombros e da cintura escapular; • Perimetria e goniometria do MMSS; • Avaliação postural; • Exercícios Respiratórios (reexpansivos e desobstrutivos). Tratamento Fisioterapeutico Pós-Operatório • Objetivos: -Prevenir de complicações pulmonares, circulatórias e musculoesqueléticas; - Melhorar a dinâmica da ventilação; - Melhorar a capacidade cardíaca; - Evitar complicações próprias da inatividade e da imobilização; - Diminuire/ou melhorar o desconforto respiratório; - Diminui o estresse da musculatura respiratória acessória; - Prevenir linfedemas; - Prevenir aderências, fibroses e contraturas; - Ganho articular funcional caso tenha limitação; - Manter da força muscular; - Reeducação postural; - Orientações gerais sobre os cuidados com o MS. Avaliação pós-operatória: • Anamnese; • Inspeção; • Palpação; • Exame físico; • Avaliação pulmonar. Conduta Curto prazo Fisiot. Respiratória: -Fortalecimento muscular respiratório; -Manobras reexpansivas e desobstrutivas; -Técnica de tosse; -Reeducação musc. ventilatória – PMV. 13/06/2015 9 Conduta Curto Prazo Fisiot. Motora: Exercícios de ADM ativos e passivos para MMSS; Exercícios metabólicos para MMSS; Exercícios de mobilização precoce – ADM limitada (90º graus); Posicionamento no leito; Drenagem linfática; Mudança de decúbito; Deambulação precoce Eletroanalgesia: TENS Tratamento Fisioterapeutico Pós-operatório Tardio • Mobilização da cicatriz, para se evitar aderência da mesma; • Exercícios ativos de MMSS para ganho de ADM; • Orientação sobre a continuação de automassagem; • Exercícios respiratórios associado à MMSS; • Exercícios para ganho de força muscular de MMSS, com baixa resistência; • Relaxamento da cintura escapular; • Reeducação postural; • Relaxamento geral; Tratamento Fisioterapeutico Pós-operatório Tardio • Alongamento e fortalecimento dos músculos da cintura escapular, ombro e cadeia muscular posterior; • Dissociação de cintura escapular; • Reeducação postural; • Massagem de relaxamento da musculatura cervical, paravertebrais, ombro, cintura escapular; • Orientações quanto às AVD’s e AVP’s PROPOSTA FISIOTERAPEUTICA PARA TRATAMENTO DE LINFEDEMA ONCOLÓGICO AVALIAÇÃO DO LINFEDEMA • Avaliação completa (anamnese); Cirtometria; • Classificação do linfedema (grau) a ser tratado; • Capacidade de orientação que a paciente apresenta para diversificar o tratamento; • Aceitação do tratamento proposto LINFODRENAGEM • Manobras lentas e rítmicas durante 45 a 60 minutos; • Estímulo da cisterna do quilo (sempre na expiração); • Evacuação; • Captação; • Manobras (ondas e bracelete). CONTRA-INDICAÇÕES • Inflamações; • Infecções; •Arritimias Cardíacas graves; •Edemas sistêmicos de origem cardíaca ou renal 13/06/2015 10 PROPOSTA FISIOTERAPEUTICA PARA TRATAMENTO DE LINFEDEMA ONCOLÓGICO ENFAIXAMENTO É um recurso que incrementa a melhora da absorção do fluxo linfático. Realizado na primeira fase da linfoterapia, sempre após a linfodrenagem manual, é mantido pela paciente ate a terapia seguinte (MARX; et al, 2000). As ataduras podem ser de algodão, viscose, poliamida, elastano ou combinações. CONTRA-INDICAÇÕES • Inflamações; • Infecções; • Arritmias cardíacas graves; • Edemas sistêmicos de origem cardíaca ou renal. FIM
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