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24/04/1807 1 DOENÇAS BENIGNAS DO TRATO REPRODUTOR FEMININO - DISTÚRBIOS DO ASSOALHO PÉLVICO FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS – CURSO DE FISIOTERAPIA – CAMPUS JATIÚCA PROFESSORA: BÁRBARA ROSE BEZERRA ALVES FERREIRA DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO • Desequilíbrio entre as forças encarregadas de manter os órgãos pélvicos em sua posição, provocando o deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao intróito genital. CAUSAS •FATOR ANATÔMICO –Traumatismo – parto –Constitucional – defeitos congênitos –Neurológico - paralisia flácida da MAP •FATOR ENDÓCRINO –Hipoestrogenismo •FATOR DINÂMICO –Multiparidade •FATORES DIVERSOS –Idade; –Atrofia genital pós-menopausa; –Cirurgias pélvicas; –Perda gradual da lordose; –Obesidade; –Doenças respiratória ( tosse); ESTÁTICA PÉLVICA • ELEMENTOS DE SUSPENSÃO – Ligamentos: redondos; pubo-vesico-cervical (anteriores); cardinais ou Mackenrodt (laterais); útero-sacros – Posteriores. • ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO – ASSOALHO PÉLVICO: Diafragma pélvico e urogenital. • ELEMENTOS DE CONTENÇÃO – Fáscias: endopélvica; vesical; vaginal; retal; vesicovaginal; retovaginal. SINTOMAS • Prolapso da parede vaginal anterior- Incontinência urinária, distúrbios da micção e sintomas irritativos do trato genitourinário; • Prolapso da parede vaginal posterior - Distúrbios da defecação; sensação de esvaziamento retal incompleto; necessidade de manipulação digital para facilitação da defecação. • Todos os compartimentos - Herniação, sensação de pressão vaginal ou pélvica; sensação de enchimento ou desconforto e/ou bola saindo da vagina. CLASSIFICAÇÃO • DEFEITOS DA PAREDE VAGINAL ANTERIOR – Uretrocele (Uretra) – Cistocele (Bexiga) • DEFEITOS DA PAREDE VAGINAL POSTERIOR – Retocele (Reto) • DEFEITOS DA REGIÃO APICAL DA VAGINA – Histerocele (Útero) – Enterocele (Intestino Delgado) 24/04/1807 2 CLASSIFICAÇÃO • RUPTURA PERINEAL – 1ºgrau: Laceração cutâneo-mucosa da fúrcula posterior da vulva; – 2º grau: Lacerações da massa muscular dos elevadores do ânus ou afastamento lateral dos seus feixes; – 3º grau: Quando atinge o esfíncter externo do ânus. • Ruptura Parcial ou Incompleta = 1 e 2 grau. • Ruptura Total ou Completa = 3 grau. CLASSIFICAÇÃO • HISTEROCELE – Deslocamento do útero para níveis abaixo da linha imaginária que vai de uma espinha ciática à outra. • ETIOLOGIA – debilitação do sistema de suspensão. • QUADRO CLÍNICO – sensação de peso; sintomas urinários e intestinais. • DIAGNÓSTICO – exame ginecológico. • TRATAMENTO – preventivo; expectante; cirúrgico. PRIMEIRO GRAU: “DESCENSUS UTERI.” Segundo grau: Parte do colo ou todo o colo ultrapassa o intróito vaginal Terceiro grau. Todo o útero apresenta-se exteriorizado. Os prolapsos de 2 e 3 grau frequentemente se acompanham de colpocistocele e colporretocele. 24/04/1807 3 CLASSIFICAÇÃO • ENTEROCELE – Herniação do intestino delgado através de um defeito na fáscia endopélvica, o que coloca o peritônio em contato direto com a mucosa vaginal. • RETOCELE – Ruptura do septo retovaginal. Lesão da fáscia retovaginal não consegue manter o reto em sua posição normal ao esforço: • Baixa – causada por separação entre o septo retovaginal e o corpo perineal; • Alta: separação do septo retovaginal, dos ligamentos útero-sacro e da fáscia do arco tendíneo na altura das espinhas ciáticas. – Classificação: • Leve – ao esforço, descida da parede vaginal posterior até 1/3 inferior da vagina • Moderada – ao esforço, parede vaginal posterior atinge o intróito vaginal; • Grave – ao esforço ultrapassa o intróito CLASSIFICAÇÃO PROLAPSO DE VAGINA • FATORES DE RISCO – Imperícia do cirurgião (fixação da vagina) – Complicações intra-operatórias (hematomas/infecção) – Deficiência intrínseca – Deficiência estrogênica. • CLASSIFICAÇÃO – 0 Grau: posição normal – 1O. Grau: ao esforço solicitado, há descida da parede vaginal anterior até o terço inferior da vagina; – 2o. Grau: quando ao esforço, a parede vaginal atinge o intróito vaginal; – 3o. Grau: quando ao esforço ultrapassa o intróito; – 4o. Grau: quando exterioriza-se, mesmo em repouso. • IDENTIFICAÇÃO – Nome – Data de nascimento – Raça – Estado civil – Ocupação profissional – Escolaridade – Naturalidade • HISTÓRIA CLÍNICA – QP – HDA – Anamnese • Antecedentes ginecológicos • Antecedentes pessoais e familiares • Menarca • Coitarca / Vida sexual • Sintomas climatéricos • Queixas mamárias • Queixas urinárias • DST´s • Contracepção • Antecedentes obstétricos e ginecológicos – GPA • G0 P0 A0 – NULIGESTA / NULÍPARA • G1 P0 A0 – PRIMIGESTA / PRIMÍPARA • G2 P1 A1 – PAUCÍPARA (pariu poucas vezes) • G4 P3 A0 – MULTIGESTA / MULTÍPARA • G10 P7 A3 – Grande multípara 24/04/1807 4 • EXAME FÍSICO – Peso atual – Altura – FC – FR – PA – Ausc. Pulmonar – Ausc. Cardíaca – TAX – Abdome • Inspeção • Palpação – Genitália externa • Inspeção • Palpação TRATAMENTO • Cirúrgico • Medicamentoso • Fisioterápico: cinesioterapia do AP, terapia manual, cones vaginais, biofeedback, miofeedback, terapia comportamental, eletroestimulação. CIRURGIAS GINECOLÓGICAS O Tratamento cirúrgico exige, a adoção de uma série de medidas, gerais e específicas, que objetivam facilitar a execução do ato operatório e evitar complicações decorrentes dele. • HISTERECTOMIA – Retirada cirúrgica do útero; – Cirurgia mais realizadas em mulheres; – Indicações: • Anatômicas: miomas, endometriose, prolapso genital, anomalias do desenvolvimento, fístulas uterointestinais. • Funcionais: sangramentos uterinos disfuncional, dor pélvica crônica e dismenorréia secundária. • Infecciosa: doença inflamatória pélvica crônica etc. • Emergenciais: hemorragia e por perfuração do útero por DIU, lesão penetrante do abdômen inferior com lesão genital, atonia uterina, ruptura uterina intraparto, inversão uterina pós-parto, placenta retida e aborto séptico. 24/04/1807 5 • Cistectomia ovariana - Retirada de cistos benignos dos ovários; • Salpingectomia - Retirada das trompas • Miomectomia - Retirada de miomas (fibróides) por meio de uma ou mais incisões na parede do útero; • Biopsia de cone - Retirada de uma porção do canal cervical; • Vulvectomia radical - Retirada de todos os tecidos da vulva até osso e fáscia, junto com gânglios inguinais e glândulas ligados aos vasos ilíacos. • Ooforectomia – retirada de um ovário • PERINEOPLASTIA – Indicada nos casos de rotura perineal de 2° grau, quando ocorre o afastamento dos músculos do assoalho pélvico. AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
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