Buscar

Princípios Básicos da Organização (Burocracia) 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Teoria da burocracia
A teoria da burocracia foi formalizada por Max Weber que, partindo da premissa de que o traço mais relevante da sociedade ocidental, no século XX, era o agrupamento social em organizações, procurou fazer um mapeamento de como se estabelece o poder nessas entidades. Construiu um modelo ideal, no qual as organizações são caracterizadas por cargos formalmente bem definidos, ordem hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bem delimitadas. Assim, Weber cunhou a expressão burocrática para representar esse tipo ideal de organização, porém ao fazê-lo, não estava pensando se o fenômeno burocrático era bom ou mau. Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou burocracia, num sentido que vai além do significado pejorativo que por vezes tem. Burocracia é a organização eficiente por excelência. E para conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e minuciosamente como as coisas deverão ser feitas.mas acaba se esquecendo dos aspectos váriaveis que se devem ser considerados, o que na sua negligencia acaba trazendo diversas disfunções na realização de ações especificas Segundo Weber, a burocracia tem os seguintes princípios fundamentais:
Formalização: existem regras definidas e protegidas da alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito.
Divisão do trabalho: cada elemento do grupo tem uma função específica, de forma a evitar conflitos na atribuição de competências.
Hierarquia: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema.
Impessoalidade: as pessoas, enquanto elementos da organização, limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendo sempre serem substituídas por outras - o sistema, como está formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com outra.
Competência técnica e Meritocracia: a escolha dos funcionários e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades - havendo necessidade da existência de formas de avaliação objetivas.
Separação entre propriedade e administração: os burocratas limitam-se a administrar os meios de produção - não os possuem.
Profissionalização dos funcionários.
Completa previsibilidade do funcionamento: todos os funcionários deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível.
Disfunções da Burocracia:
Internalização das regras: Elas passam a de "meios para os fins", ou seja, às regras são dadas mais importância do que às metas.
Excesso de Formalismo e papelatório: Torna os processos mais lentos.
Resistências às Mudanças.
Despersonalização: Os funcionários se conhecem pelos cargos que ocupam.
Categorização como base no processo decisorial: O que tem um cargo maior, toma decisões, independentemente do que conhece sobre o assunto.
Superconformidade as Rotinas: Traz muita dificuldade de inovação e crescimento.
Exibição de poderes de autoridade e pouca comunicação dentro da empresa.
Dificuldade com os clientes: o funcionário está voltado para o interior da organização, torna dificil realizar as necessidades dos clientes tendo que seguir as normas internas.
A Burocracia não leva em conta a organização informal e nem a variabilidade humana.
Uma dada empresa tem sempre um maior ou menor grau de burocratização, dependendo da maior ou menor observância destes princípios que são formulados para atender à máxima racionalização e eficiência do sistema social (por exemplo, a empresa) organizado.
O ESTRUTURALISMO E A BUROCRACIA
ALESSANDRO PORPORATTI ARBAGE
A palavra estrutura tem sido usada há algum tempo tanto nas ciências físicas quanto no campo social. Segundo Ferreira, estrutura significa disposição e ordem das partes dum todo, ou ainda, um todo, considerado a forma por que se dispõem as suas partes (1993: p.234). Já estruturalismo, segundo este mesmo dicionário da língua portuguesa, é interpretado como sendo uma teoria e metodologia do estudo da língua como um sistema de elementos relacionados entre si (1993: p.234).
Com relação mais propriamente às ciências humanas o Estruturalismo surgiu para permitir o desenvolvimento e a aplicação de métodos específicos no estudo dos seus objetos analíticos, em uma perspectiva diferente das explicações mecânicas e fundamentadas nas relações de causa e efeito até então desenvolvidas predominantemente. Segundo Chauí, a concepção Estruturalista veio mostrar que os fatos humanos assumem a forma de estruturas, isto é, de sistemas que criam seus próprios elementos, dando a estes sentido pela posição e pela função que ocupam no todo (1999: p.274). 
Desta forma, pode-se dizer que as estruturas terminam por formar totalidades sendo que o todo assume uma dinâmica diferente da simples soma de suas partes constitutivas. O todo passa a ter um princípio orientador e organizador, dotado portanto de um sentido próprio, e o modo como cada estrutura se organiza e se relaciona com as demais acaba definindo a estrutura geral de seu conjunto, que pode assim ser compreendido e explicado sob preceitos científicos.
Contudo, cabe uma ressalva importante nesta questão metodológica e que vincula-se ao surgimento da fenomenologia. Coube a esta, a garantia às ciências humanas de especificidade de seus objetos de estudo. Anteriormente, cada uma das ciências humanas desfazia seus objetos analíticos em seus agregados constitutivos, estudava as relações de causa e efeito do fenômeno e as apresentava como explicação e, muitas vezes, como lei do objeto de investigação. A fenomenologia, que teve seu apogeu em meados do século XX, altera e garante às ciências humanas a especifidade metodológica em seu campo analítico. 
De qualquer sorte, no âmbito das ciências administrativas a escola Estruturalista surge como um esforço de síntese das perspectivas de estudo da estrutura da organização até então existentes. A Administração Científica – mais centrada nos aspectos formais da organização - e a escola de Relações Humanas – preocupada com os aspectos informais. Coube então a esta terceira perspectiva a ligação entre os dois conceitos de organização formal e informal e a apresentação de um quadro teórico mais complexo da organização e o fornecimento de elementos essenciais para a análise comparativa, fundamental neste campo do conhecimento. 
Os Estruturalistas ao ampliarem o escopo dos estudos para organizações de procedência cultural, sem fins lucrativos, presídios e hospitais perceberam o inevitável conflito de interesses entre as necessidades da organização e as dos indivíduos. Nesta perspectiva os conflitos podem ser minimizados mas não desconhecidos e jamais totalmente eliminados, e mais, podem inclusive ser utilizados para o crescimento e a resolução de determinados tipos de problemas organizacionais, tendo em vista as chamadas funções sociais do conflito. Assim, introduzem a lógica integrativa ao invés da lógica dicotômica, abrindo campos importantes de estudo na teoria organizacional como as questões do poder, dos próprios conflitos e da alienação. 
Dentre o universo de pesquisadores que se enquadram na escola Estruturalista optamos por apresentar, ainda que bastante resumidamente, algumas das contribuições e idéias desenvolvidas por dois dos seus principais representantes: Max Weber e Amitai Etzioni.
Nas ciências sociais há algumas tradições Estruturalistas importantes e que possuem nuanças que as fazem diferir em sua essência. Weber, por exemplo, enquadra-se no chamado Estruturalismo Fenomenológico, pois parte do princípio de que as estruturas proporcionam pontos focais e de apoio para as análises teóricas, mas nunca podem ser encaradas como reproduções fiéis da realidade, porquanto esta, está em constante mutação e em permanente intercâmbio com o ambiente. Na visão Weberiana nenhum sistema conceitual pode reproduzir fielmente a realidade, bem como, nenhum conceito tem a capacidade de captar totalmente a diversidade presenteem um fenômeno particular. O tipo ideal Weberiano ilustra esta questão claramente pois é uma construção instrumental criada para ser usada pelo cientista como uma espécie de guia, através das diversas situações e para permitir a comparação do modelo com a realidade empírica, e não como uma representação fotográfica da realidade.
Para Etzioni o principal diálogo do Estruturalismo foi com a escola de Relações Humanas, e foi um diálogo crítico, pois os Estruturalistas (...) vêem a organização como uma unidade social grande e complexa, onde interagem muitos grupos sociais. Embora esses grupos compartilhem alguns interesses tem outros incompatíveis(...). Os diversos grupos poderiam cooperar em certas esferas e competir em outras, mas dificilmente são ou podem tornar-se uma grande família feliz, como frequentemente dão a entender os autores de Relações Humanas ( 1980: pp. 68-69). A questão da existência de grupos com interesses muitas vezes divergentes enseja importantes campos de estudo na perspectiva Weberiana: o estudo do poder, da legitimidade, da autoridade e da dominação. Para Etzioni, Max Weber utilizou o poder para designar a capacidade de provocar a aceitação de ordens; a legitimidade para designar a aceitação do exercício do poder, porque corresponde aos valores dos subordinados; e autoridade para designar a combinação do dois - o chamado poder legítimo – (Etzioni, 1980: p.83). Weber entende que nas sociedades ocidentais há uma tendência geral à racionalização e um dos meios através dos quais essa tendência se materializa, sobretudo nestas sociedades, é a burocracia. A burocracia é estudada à luz de um modelo universal e eficaz de racionalidade e de dominação. A realidade social aparece como um complexo de estruturas de dominação – carismática, burocrática e tradicional -, onde a possibilidade de dominar é a de dar aos valores - conteúdos das relações sociais – o sentido que interessa aos agentes em luta, ou seja, impor valores. Para Weber a dominação adquire um papel fundamental nas sociedades ocidentais pois é verdadeiramente o fator mantenedor da coesão social. A burocracia então é vista como o melhor modo de organizar a dominação racional por intermédio de uma incomparável superioridade técnica com outras formas organizacionais, devido à especialização de funções, redução de atritos, redução dos custos e padronização de tarefas, entre outros aspectos. 
Finalmente, talvez caiba uma colocação não sob forma de crítica aos Estruturalistas mas sim como ponto para reflexão. Utilizando a própria figura ilustrativa Weberiana do tipo ideal podemos compreender a burocracia como talvez o tipo mais adequado de unidade social para a organização racional moderna, sobretudo em uma perspectiva industrial pós-guerra, onde a produção fordista era basilar e a soberania claramente estava nas mãos dos industriais. O lema era redução de custos, padronização, uniformização e standartização dos produtos. A questão colocada, pois, é a seguinte: como fica o Estruturalismo na moderna economia, na chamada era do conhecimento, e em um período em que por conta do acirramento da competição o consumidor está colocando-se mais ao centro dos processos decisórios? E em um momento em que as palavras atuais mais utilizadas nos processos de produção parecem ser flexibilização, desburocratização e desregulamentação?
TGA : Escola Burocrática
Origem: A Escola Burocrática teve sua origem com na obra sociológica - política do alemão Max Weber, que emprestou a administração uma conceituação lógica e formal para dirigir, um sistema social, ou seja, uma empresa...
Origem
A Escola Burocrática teve sua origem com na obra sociológica - política do alemão Max Weber, que emprestou a administração uma conceituação lógica e formal para dirigir, um sistema social, ou seja, uma empresa.
Características
* É um Poder Racional: Por poder entende-se a imposição de normas; obediência e influência sobre as pessoas, por racional aquilo que é coerente, prático de baixo custo, adequado a maior produtividade do trabalho alcançando os objetivos apenas pelos meios que dispõe;
* Formalidade: As burocracias são essencialmente sistemas de normas. A figura da autoridade é definida pela lei;
* Impessoalidade: Na burocracia os seguidores obedecem a lei. As figuras da autoridade são obedecidas porque representam a lei;
* Profissionalismo: As burocracias são formadas por funcionários. Obtém os meios para sua subsistência. As burocracias operam como sistema de subsistência para os funcionários;
* Autoridade Racional: Um empregado deve aceitar melhor a autoridade e proporcionar mais cooperação se entender que o chefe ocupa o cargo por competência e por estar legalmente instituído neste cargo;
* Outra característica é que a empresa deve estar ligada por Normas escritas, evita-se a dupla interpretação de ordens, economiza-se esforços e possibilita-se a padronização de processos;
* Estipula o desempenho do empregado; através do estabelecimento de limites mínimo de produção, o empregado se vê obrigado a realizar mais do que deseja;
* Escolhe os ocupantes dos cargos com base na competência técnica destes;
* Promove a departamentalização, uma vez que propõe a divisão do trabalho;
* Prevê o comportamento das pessoas, se tudo está regulamentado por normas, o desempenho, as ações e as reações dos empregados podem ser previstos pelos chefes. Assim, o empregado é pago para comportar-se conforme os interesses e objetivos da empresa;
* Não reconhece o poder do grupo informal. Se tudo é definido por normas e programado para ser racional, não existe lugar para insatisfação dos empregados.
Vantagens da burocracia:
* A cobrança de responsabilidade é mais eficiente, uma vez que o desempenho da função é definido com precisão;
* Existe maior rapidez nas ordens;
* Existe maior disciplina em função da hierarquia formalizada;
* Permite a substituição do pessoal “incompetente” e a substituição é mais rápida e fácil;
* A autoridade decorre da competência dos indivíduos;
* Evita ação autoritária e arbitrária da chefia sobre subordinados, já que ambos se orientam por uma só norma;
* Proporciona maior e melhor controle nas grandes empresas;
* Redução de custos devido a padronização
Conseqüências do modelo burocrático:
* O modelo puro e racional confundiu a Burocracia com ineficiência, serviço público, papelada, carimbo, protocolos e outras denominações não menos imprópria;
* Caracterizou o homem como sendo um elemento de comportamento único , parecendo desconsiderar que as pessoas agem e reagem de maneira diferenciada;
* Relacionamento Informal: Praticamente impossível a amizade entre os membros ocupantes dos vários cargos na empresa;
* Excesso de Normas: As normas são tantas que os empregados se entregam a elas esquecendo-se dos objetivos;
* Excesso de papelada: O formalismo e o controle cerrado levam o indivíduo a ler, assinar, protocolar ou criar novos controles;
* Conflitos entre Cliente e Empresa: As normas, a papelada, os controles, o formalismo costumam levar o empregado a construir um “mundinho” particular esquecendo que a empresa foi criada para atender clientes;
* Supervalorização do Empregado: De modo geral o empregado busca valorizar-se ao extremo em busca de crescimento na hierarquia;
* Incapacidade Treinada: A devoção aos regulamentos, ao controle e a disciplina levam o empregado a se sentir despersonalizado;
* Vigiar e Punir: Para muitos empregados a Burocracia não oferece motivação alguma, a não ser a coerção decorrente do controle;
* O Crescimento Pessoal: Não tem sido favorecido na Burocracia, cedendo ligar ao conformismo, o homem fica condicionado psicologicamente (bitolado) a produzir apenas aquilo que foi planejado;
* Resistência a Mudança: Num sistema altamente burocratizado, as novas tecnologias embora necessárias, não são bem aceitas, já que podem trazer conseqüências imprevisíveis, contrariando a filosofia do controle e do comportamento programado.
Crítica a burocracia:
* Lei da Multiplicação do Subordinado:Um chefe deseja sempre aumentar o número de subordinados, desde que estes não sejam seus rivais;
* Lei da Multiplicação do Trabalho: O chefe sempre inventa trabalho aos seus subordinados;
* Hipótese da Paralisia das Organizações: Se os chefes não são dos melhores ele tratará de cercar-se de empregados também medíocres;
* Na visão do empresário: De um modo geral a expressão Burocracia soa como sinônimo de empresa pública, para o empresário, e como tal, presta-se as estatais e não a iniciativa privada. Por essa razão a maioria do empresariado não se dispõe a discutir sobre o assunto. Por outro lado os poucos que conhecem o modelo burocrático tem dele se utilizado para editar os códigos ou manuais de normas em suas empresas;
* Na visão do empregado: A formalidade decorrente da Burocracia, para o empregado, constitui sério obstáculo para o seu crescimento pessoal, uma vez que o inibe e o reprime em sua concepção de liberdade. Faz o empregado tornar-se pouco espontâneo inibido e extremamente programado (bitolado).
Autor: Mariah T. N. Pereira
BUROCRACIA
 
 INTRODUÇÃO
 Uma das primeiras aplicações do termo Burocracia data do século XVIII , onde o termo era carregado de forte conotação negativa, designando aspectos de poder dos funcionários de uma administração estatal aos quais eram atribuídas funções especializadas, sob uma monarquia absoluta. Essa definição se encaixa de forma muito próxima àquela hoje utilizada na linguagem comum: a Burocracia como sinônimo de excesso de normas e regulamentos, limitação da iniciativa, desperdício de recursos e ineficiência generalizada dos organismos estatais e privados.
Há uma influência recíproca entre capitalismo e burocracia. Sem a organização burocrática, a produção capitalista nunca teria sido realizada. Por outro lado, a base econômica capitalista é essencial para o desenvolvimento da administração burocrática.
Portanto, a palavra "burocracia" tem, no nosso dia-a-dia, um sentido pejorativo. Chamamos de burocracia o exagero de normas e regulamentos, a ineficiência administrativa, o desperdício de recursos. No entanto, para a sociologia, esse termo tem um sentido especial. Desde que passou a ser usado por Max Weber (1864 –1920), designa um modelo específico de organização administrativa. 
  ORIGEM 
A burocracia teve a sua origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento. O sistema de produção, eminentemente racional e capitalista originou de um novo conjunto de normas sociais morais, denominada de "ética protestante". Weber verificou que o capitalismo e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que surgiram a partir dessas mudanças religiosas ocorridas inicialmente nos países protestantes ( Inglaterra e Holanda).
  CONCEITO
Burocracia é um sistema de controle social baseado na racionalidade ( adequação dos meios para se alcançar os fins) tendo em vista a eficiência na obtenção dos resultados esperados.
 MAX WEBER 
Sociólogo alemão considerado o fundador da Teoria da Burocracia.
Considerou a burocracia como um tipo de poder; para estudar as sociedades. Partiu que os seus tipos de poder e de autoridade vem das pessoas, é inerente; que implica força, imposição de normas e arbítrios. 
Tipos de poder, conforme Weber : 
-tradicional : onde predominam características patriarcais e patrimonialistas; 
-carismático : predominam características místicas e personalísticas; há seguidores, devoção, autenticidade; 
-legal ou burocrático: predominam normas impessoais e hierárquicas, como no exército, repartições públicas etc. 
O tipo ideal de burocracia, segundo Weber, apresenta sete dimensões principais:
 Formalização
Divisão do Trabalho
Princípio da Hierarquia
Impessoalidade
Competência técnica
Separação entre Propriedade e Administração
Profissionalização do Funcionário
 TEORIA BUROCRÁTICA
A Teoria da Burocracia concebida por Max Weber, é imediatamente posterior às teorias Clássica e das Relações Humanas, teve como ponto forte de origem a necessidade de uma abordagem generalista e integrada das organizações, fator praticamente não considerado pelas teorias anteriores. De um lado, a Teoria Clássica, com suas suposições extremamente negativas em relação à natureza humana, pregava uma administração centralizadora, total e exclusivamente responsável pela organização e uso dos recursos da empresa, padronizando as atividades e controlando-as através da persuasão, coação, punições e recompensas marginais. De outro, a Teoria das Relações Humanas considerava o homem como sendo o maior patrimônio das organizações, sendo motivado a produzir por sua própria natureza, pregando a descentralização e a delegação, a auto-avaliação e a administração participativa. 
Weber, baseado em princípios protestantes, foi quem primeiro definiu a Burocracia não como um sistema social, mas como um tipo de poder suficiente para a funcionalidade eficaz das estruturas organizacionais, sejam estas pertencentes ao Governo ou de domínio econômico privado. A característica principal da Burocracia, segundo Weber, reside na racionalidade do ponto de vista das atividades desempenhadas na organização. A Teoria Clássica já abordava certa racionalidade, porém esta se manifestava apenas na mecanização dos processos e não na mecanização das atividades dos indivíduos. Na Burocracia a liderança se dá tipicamente calcada em regras impessoais e escritas e através de uma estrutura hierárquica; o poder é legítimo e depende exclusivamente do grau de especialidade e competência técnica de quem o detém.
 ELEMENTOS BÁSICOS
 Autoridade 
Poder 
Hierarquia 
Disciplina 
Ordem 
Controle 
 
CARACTERISTÍCAS DA TEORIA BUROCRÁTICA
Weber concebeu a teoria da Burocracia como algo que tornasse a organização eficiente e eficaz, garantindo com ela: rapidez; racionalidade; homogeneidade de interpretação das normas; redução dos atritos, discriminações e subjetividades internos; padronização da liderança (decisões iguais em situações iguais) e, mais importante, o alcance dos objetivos. A Burocracia, em síntese, busca amenizar as conseqüências das influências externas à organização e harmonizar a especialização dos seus colaboradores e o controle das suas atividades de modo a se atingir os objetivos organizacionais através da competência e eficiência, sem considerações pessoais.
São características da burocracia:
Caráter legal das normas e regulamentos: A organização é baseada em uma espécie de legislação própria que define antecipadamente como a organização burocrática deverá funcionar. Essas normas e regulamentos são previamente estabelecidos por escrito.
Caráter formal das comunicações: Todas as ações e procedimentos são feitos para proporcionar comprovação e documentos adequados.
Caráter racional e divisão do trabalho: A divisão do trabalho atende a uma racionalidade, isto é, ela é adequada aos objetivos a serem atingidos: a eficiência da organização. Há uma divisão sistemática do trabalho, do direito e do poder, estabelecendo as atribuições de cada participante, os meios de obrigatoriedade e as condições necessárias.
Impessoalidade nas relações: A distribuição de atividades é feita em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas, daí o caráter impessoal da burocracia.
Hierarquia da autoridade: Fixa a chefia nos diversos escalotes de autoridade. Esses escalões proporciarão a estrutura hierárquica da organização. A hierarquia é a ordem e subordinação, a graduação de autoridade correspondente ás diversas categorias de participantes, funcionários, classes, etc.
Rotinas e procedimentos padronizados: A disciplina no trabalho e o desempenho no cargo são assegurados por um conjunto de regras e normas que tentam ajudar completamente o funcionário às exigências do cargo e as da organização ( a máxima produtividade).
Técnica e meritocrata: A burocracia é uma organização da qual a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em prefer6encias pessoais. A admissão, transferência e a promoção dos funcionários são baseadaslevando em consideração dos em critérios, válidos para toda a organização, de avaliação e de classificação, levando em consideração a competência, mérito, e a capacidade.
Especulação da administração: O burocrata é uma organização que se baseia na separação entre a propriedade e a administração. O administrador não é necessariamente o dono do negócio ou um grande acionista da organização, mas um profissional especializado na administração. O funcionário não pode vender, comprar ou herdar sua posição ou cargo, também não podem ser apropriados e integrados ao seu patrimônio privado. Esta separação entre os rendimentos e os bens privados e os públicos é a característica específica da burocracia.
Profissionalização da administração (separação patrimonial) e dos participantes: Cada funcionário da burocracia é um profissional pelas seguintes razões:
É um especialista 
É assalariado 
É ocupante de cargo 
É nomeador superior hierárquico 
Seu mandato é por tempo indeterminado 
Segue carreira dentro da organização 
Não possui a propriedade dos meios de produção e administração. 
É fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa 
O administrador profissional tende a controlar cada vez mais completamente as burocracias 
 VANTAGENS
previsibilidade do funcionamento; 
univocidade de interpretação; 
padronização de rotinas e procedimentos; 
redução de conflitos; 
subordinação natural aos mais antigos; 
confiabilidade nas regras do negócio; 
hierarquia formalizada; 
precisão na definição de cargos e operações. 
DESVANTAGENS / DISFUNÇÕES
Se para Weber a burocracia constitui a forma de organização eficiente por excelência, apresentando como principais vantagens a racionalidade, a precisão, a univocidade de interpretação, uniformidade de rotinas e procedimentos, constância e continuidade, entre outras; Merton (1978), de outra parte, identifica conseqüências imprevistas ou disfunções que conduzem à ineficiência da organização burocrática. Tais anomalias de funcionamento da estrutura burocrática decorrem, segundo o autor, da interação do elemento humano com o modelo burocrático preestabelecido. 
Para Weber, a burocracia é uma organização cujas conseqüências desejadas se resumem na previsibilidade do seu funcionamento no sentido de obter a maior eficiência da organização.
Na burocracia existem duas consequências previstas e imprevistas, que recebeu o nome de Disfunções da burocracia, ou seja, anomalias e imperfeições no funcionamento da burocracia.
As disfunções da Burocracia são as seguintes: 
1- Internacionalização das regras e exagero apego aos regulamentos; 
2- Excesso de formalismo e de papelório; 
3- Resistência a mudanças; 
4- Despersonalização do relacionamento; 
5- Categorização como base do processo decisorial; 
6- Superconformidade às rotinas e procedimentos; 
7- Exibição de sinais de autoridade; 
8- Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público. 
Vejamos cada uma das disfunções: 
1. INTERNACIONALIZAÇÃO DAS REGRAS E EXAGERO APEGO AOS REGULAMENTOS 
As normas e regulamentos passam a se transformar de meios para objetivos. O funcionário adquire "viseiras" e esquece que a flexibilidade é uma das principais características de qualquer atividade racional. 
2. EXCESSO DE FORMALISMO E DE PAPELÓRIO 
A necessidade de documentar e de formalizar todas as comunicações dentro da burocracia a fim de que tudo possa ser devidamente testemunhado por escrito. O papelório constitui uma das mais gritantes disfunções da burocracia. 
3. RESISTÊNCIA A MUDANÇAS 
O funcionário da burocracia esta acostumado em segir regras, ou seja, conforme rotinas, com isso, sentem-se seguros e tranquilos. Quando apresentam mudança eles se preocupam, resistindo à mudança. 
4. DESPERSONALIZAÇÃO DO REGULAMENTO 
As pessoas passam a possuir caráter impessoal, pois começam a olhar os colegas como membros da organização. Os colegas passam a se comunicar com os cargos ou registros ou em qualquer forma imposta pela empresa. 
5. CATEGORIZAÇÃO COMO BASE DO PROCESSO DECISORIAL 
A burocracia se assenta em uma rígida hierarquização da autoridade, ou seja, na burocracia quem toma as decisões são as pessoas que estão no mais alto nível da hierarquia, mesmo que não saiba do assunto ele é o único com poder de decisão. 
6. SUPERCONFORMIDADE ÀS ROTINAS E PROCEDIMENTOS 
A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos, na burocracia as rotinas e procedimentos se tornam absolutas e sagradas para os funcionários. Os funcionários passam a trabalhar em função das regras e procedimentos da organização e não mais para os objetivos organizacionais, com isso, perde a flexibilidade, iniciativa, criatividade e renovação. 
7. EXIBIÇÃO DE SINAIS DE AUTORIDADE 
Como a burocracia enfatiza a hierarquia, tem como sistema identificar aos olhos quais as pessoas que possuem mais poder, como por exemplo as mesmas salas, os uniformes. 
8. DIFICULDADE NO ATENDIMENTO A CLIENTES E CONFLITOS COM O PÚBLICO 
Os funcionários trabalham voltados ao interior da organização e isso leva a conflitos com os clientes. Os clientes necessitam de atendimentos personalizados, mas na burocracia os funcionários atendem os clientes num padrão, fazendo com que os clientes fiquem insatisfeitos com os serviços e fazem pressões, com isso ameaçam a segurança, daí a tendência à defesa contra pressões externas à burocracia. 
 A superconformidade é uma disfunção da burocracia isto é, o apego excessivo às normas e regras, que deixam de ser meios para o atingimento de determinados fins e passam a ser fins em si mesmos, dando origem ao ritualismo e ao formalismo.
Weber, no entanto, já observara a fragilidade da estrutura racional (Etzioni, 1976). Conforme Etzioni, numa organização burocrática ocorre um dilema típico: por um lado, atuam constantes forças exteriores à estrutura, para encorajar o burocrata a seguir normas diferentes das estatuídas para a organização; e, por outro, ocorre uma tendência ao enfraquecimento do compromisso dos subordinados com as regras burocráticas. 
Assim, em face do elevado nível de renúncia necessário à manutenção da capacidade de restringir-se às normas, "as organizações burocráticas tendem a se desfazer, seja na direção carismática, seja na tradicional, em que as relações disciplinares são menos separadas das outras, mais naturais e afetuosas" (Etzioni, 1976, p. 85). 
Outro fenômeno disfuncional, observado nas organizações formais, é o formalismo - distanciamento entre o plano formal e o real. Na perspectiva de Riggs (1964, p. 123), tal fenômeno 
"corresponde ao grau de discrepância entre o prescritivo e o descritivo, entre o poder formal e o poder efetivo, entre a impressão que nos é dada pela constituição, pelas leis e regulamentos, organogramas e estatísticas, e os fatos e práticas reais do governo e da sociedade".
 
Percebemos, assim, que a questão é bem mais complexa do que Weber a fez parecer. Nem sempre a burocracia gera estabilidade e eficiência. Pode, muito bem, gerar exatamente o contrário.
 
 
GRAUS DA BUROCRATIZAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES 
 
Alvir Gouldner realizou uma pesquisa que lhe permitiu concluir que não há um único tipo ou modelo de burocracia, mas uma enorme variedade de graus diferentes de burocratização.
Durante longos anos, a empresa fora administrada de maneira muito informal, com intervalos de almoço amplos, horários de entrada e saída bem folgados, permissão para os empregados para utilizarem material da companhia para uso próprio, política de não demitir ninguém e de somente admitir novos funcionários considerando laços de famílias, de amizade e residência da comunidade semi-rural em que se situava a empresa. Antes de 1948, o padrão de atitudes do pessoal para com a fábrica era favorável e positivo. Os operários consideravam as normas disciplinares da fábrica como "lenientes", suaves e orientadas para os objetivos da produção e internalizavam o seu papel por um conjunto de normas técnicas. O padrão de comportamento dos operários se caracterizava porum sistema de julgamentos, atitudes e sentimentos positivos que predispunham a uma reação favorável dos operários à fábrica e a uma confiança nos seus superiores.
Em 1948 assumiu um novo gerente (Peele), que veio alterar substancialmente essa situação. Ele era bastante apoiado pelos executivos do escritório central, chegando a pressioná-lo sob este aspecto.
O controle do gerente sobre os supervisores tornou cerrado o controle sobre os operários. Estes passaram a modificar substancialmente as suas atitudes para com a organização. A supervisão fechada desenvolvida por Peele passou a encerrar a administração dentro de um círculo vicioso:
1. o supervisor exercer uma supervisão cerrada e sob pressão sobre o operário;
2. o supervisor passa a receber o operário como uma pessoa não-motivada para o trabalho;
3. o supervisor passa a vigiar e a controlar com mais pressão o operário para obter dele maior rendimento;
4. esse cerco e essa pressão despertam o rancor ou a apatia no operário;
5. o supervisor passa a perceber mais intensidade o operário como uma pessoa não-motivada para o trabalho. 
 CONCLUSÕES DE GOULDNER 
A hipótese central de Gouldner é de que a supervisão cerrada deteriora as relações entre superior e subordinado e viola as normas informais do grupo. Por outro lado, a excessiva formulação de regras burocráticas funciona como um símbolo de desconfiança nas pessoas e nas suas intenções.
 APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA DA BUROCRACIA 
A burocracia, segundo Weber, proporciona uma maneira consciente de organizar pessoas e atividades de um modo eficiente e racional em determinados objetivos.
Durante quinze anos estudando a burocracia Perrow chegou a duas conclusões que colidem com muita coisa da literatura organizacional. A primeira é que os erros são fracassos em burocratizar suficientemente, neste caso defende a burocracia. A segunda, a preocupação com a reforma "humanização", e descentralização das burocracias.
 O EXCESSIVO RACIONALISMO DA BUROCRACIA 
Kats e Kahn salientam que a organização burocrática é super-racionalizada e não leva em conta a natureza organizacional, bem como as condições circunjacentes do ambiente. As vantagens da burocracia têm sido exageradas. Para estes autores , o sistema burocrático consegue sobrevivência e eficiência apenas quando:
1. as tarefas individuais são mínimas;
2. as exigências do ambiente sobre a organização são claras e suas implicações óbvias;
3. a rapidez em tomada de decisões é um requisito de importância;
4. as circunstâncias organizacionais se aproximam das do sistema fechado; 
 
 AS DIMENSÕES DA BUROCRACIA 
1. uma divisão de trabalho baseada na especialização funcional;
2. uma bem definida hierarquia de autoridade;
3. um sistema de regras que cobre todos os direitos e deveres dos ocupantes de posições;
4. um sistema de procedimentos para lidar com as situações de trabalho;
5. impessoalização nas relações interpessoais;
6. promoção e seleção para emprego baseadas na competência técnica. 
Teoria da Burocracia:
Baseia-se na racionalidade, na adequação dos meios aos objetivos, visando atingir a máxima eficiência.
Max Weber (1864-1920) : como as organizações fazem para se perpetuar nos ambientes em que estão operando ? O que as mantém em funcionamento?
aspectos essenciais para tal (características da burocracia): ênfase na forma ; especialização da tarefa e competência; regras e normas; responsabilidades definidas e registro.
Segundo Weber, a burocracia é a forma mais racional, eficiente e lógica de organização, as regras e as normas são a sua essência.
Tudo está previsto através de normas e regulamentos que fundamentam e constituem a legislação escrita da organização.
Max Weber => conceito de poder, autoridade e legitimidade
Autoridade: a autoridade representa o poder institucionalizado e oficializado, ter autoridade é ter poder, mas nem sempre ter poder e ter autoridade. A autoridade é legítima quando é aceita.
Poder : capacidade de realizar objetivos e superar resistências em qualquer relação social. Poder legítimo implica em obediência efetiva e completa.
Legitimidade: capacidade de justificar o exercício da autoridade e do poder dela decorrente.
Tipos de autoridade: tradicional (explo.:sociedade patriarcal); carismática (características pessoais do líder, devoção); legal (técnica, promulgada, formal) 
Uma retrospectiva:
Abordagem Clássica ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional, voltada para a organização formal.
Abordagem Humanística – Teoria das Relações Humanas à ênfase no homem e no seu clima psicológico de trabalho, criticada por sua “visão romântica ingênua do trabalho”, reforçando o que foi omitido ou rejeitado pela Abordagem Clássica.
Teoria da Burocracia pretendeu dar as bases de um modelo ideal e racional de organização a ser aplicado em empresas de qualquer ramo de atividade. A organização burocrática mostrou carências de flexibilidade e inovação.
Teoria Estruturalista surge como um verdadeiro desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação da Teoria das Relações Humanas, representando uma visão crítica da organização formal.
Estruturalismo abordagem múltipla e globalizante (org. formal e a informal) , relacionando as organizações com o seu ambiente externo, que é a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência.
A visão dos estruturalistas sobre a organização à sistema deliberadamente construído e em constante relação de intercâmbio com o ambiente, entre as suas partes, destacando-se as relações entre a organização formal e a informal, privilegiando a abordagem comparativa.
A visão dos estruturalistas sobre os conflitos à processo social fundamental, propulsor do desenvolvimento. Inevitáveis e muitas vezes desejáveis. Provocam tensões e antagonismos envolvendo aspectos positivos e negativos.
Origens da Teoria Estruturalista:
Segundo CARAVANTES (1998) a abordagem estruturalista pode ser definida como uma tentativa de reunir aspectos relevantes da Abordagem Clássica (formal) e da Abordagem Humanística (informal);
a necessidade de se visualizar a organização de forma ampla, complexa, em que participam diferentes grupos sociais;
a influência do estruturalismo na ciências sociais e a repercussão destas no estudo das organizações;
estrutura à arranjo dos elementos constitutivos da organização, designando ao mesmo tempo um conjunto e as suas inter-relações.
o estruturalismo se preocupa com o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo. “É um método analítico e comparativo que estuda os elementos ou fenômenos em relação a uma totalidade, salientando o seu valor de posição.” (CHIAVENATO, 1983, p.321)
a totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes são características básicas do estruturalismo (sinergia).
Estrutura organizacional é a maneira como as atividades da organização são divididas. É a espinha dorsal da organização , constitui a arquitetura, ou formato organizacional. O organograma constitui a representação gráfica da estrutura organizacional
Visão de homem (na burocracia e no estruturalismo) à Homem organizacional, o homem que desempenha papéis em diferentes organizações. 
Os incentivos no estruturalismo à incentivos e recompensas psicossociais (status, prestígio, relações sociais), assim como materiais, bem como as suas influências mútuas.

Continue navegando