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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO A visão geral da indústria:de Taylor à Visão Sistêmica. Prof. Ms. Daniele Raupp A evolução da produção • Artesanal x Automatizada • Produtidade x Qualidade • Commodities x Especialidades A PRODUÇÃO DE COMMODITIES E ESPECIALIDADES • Commodities (significa mercadoria em inglês). • Pode ser definido como mercadorias, principalmente minérios e gêneros agrícolas, que são produzidos em larga escala e comercializados em nível mundial. • As commodities são negociadas em bolsas mercadorias, portanto seus preços são definidos em nível global, pelo mercado internacional. COMMODITIES COMMODITIES • Produtos sem diferenciação, produzidos em alta volume por empresas de grande porte. • São produtos que se vendem sozinhos, devido sua essencialidade. • Exemplos de commodities no mercado de plásticos são o polipropileno (PP) e o polietileno (PE). 5 • A concorrência é viabilizada por grandes investimentos, principalmente em tecnologia, e frequentemente a aquisição de empresas concorrentes, para manter a posição de liderança no mercado. COMMODITIES COMMODITIES • Pequenas e médias empresas têm acesso às commodities pela mediação de distribuidores, que revendem o material sem muitas diferenciações de preços, restringindo as possibilidades de negociação. • No setor de plásticos, dominado por grandes empresas oligopolistas, há pouca margem de manobra e a negociação muitas vezes visa tão somente obter que o pedido seja atendido no prazo. 7 COMMODITIES • Uma das partes se beneficia de assimetrias quanto ao poder de mercado e de barganha. • Mas as commodities também podem ser produzidas por várias empresas de pequeno porte e com grande concorrência entre si. 8 • Existem quatro tipos de commodities: 1. Agrícolas: soja, suco de laranja congelado, trigo, algodão, borracha, café, etc. 2. Minerais: minério de ferro, alumínio, petróleo, ouro, níquel, prata, etc. 3. Financeiras: moedas negociadas em vários mercados, títulos públicos de governos federais, etc. 4. Commodities ambientais: créditos de carbono. COMMODITIES • O Brasil é um grande produtor e exportador de commodities. • As principais commodities produzidas e exportadas por nosso país são: petróleo, café, suco de laranja, minério de ferro, soja e alumínio. COMMODITIES ESPECIALIDADES • Produtos ou serviços destinados a finalidades específicas e que tem maior nível de diferenciação. • Requerem conhecimentos acumulados e maior interação entre cliente e fornecedor. • Geralmente são produzidos em pequena escala, voltados para mercados segmentados, e dos quais se espera que obtenham preços e margens de lucro relativamente altos. 11 COMMODITIES X ESPECIALIDADES 12 COMMODITIES X ESPECIALIDADES 13 COMMODITIES X ESPECIALIDADES 14 COMMODITIES X ESPECIALIDADES 15 Revolução Industrial 1760 – 1840 Inglaterra Proporções intercontinentais Substituição do homem pela máquina Migração do campo para a cidade Jornada de 18 horas/dia Máquina à Vapor (James Watt) Divisão do trabalho (perde a visão do todo – Adam Smith) Padronização/Projeto do Produto. Componentes intercambiáveis (Eli Whitney) Pagamentos em função da habilidade. Estudos de Tempo s e Movimentos (Charles Babbage) VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA Principais consequências da Revolução Industrial - Diminuição do trabalho artesanal e aumento da produção de mercadorias manufaturadas em máquinas; - Criação de grandes empresas com a utilização em massa de trabalhadores assalariados; - Aumento da produção de mercadorias em menos tempo; - Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias; - Avanços nos sistemas de transportes (principalmente ferroviário e marítimo) à vapor; - Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a produção de bens de consumo; Principais consequências da Revolução Industrial - Surgimento de sindicatos de trabalhadores com objetivos de defender os interesses da classe trabalhadora; - êxodo rural - Aumento da poluição do ar com a queima do carvão mineral para gerar energia para as máquinas; - Crescimento desordenado das cidades, gerando problemas de submoradias; - Aumento das doenças e acidentes de trabalhos em função das péssimas condições de trabalho nas fábricas; - Uso em grande quantidade de mão-de-obra infantil nas fábricas. Administração Científica (TAYLOR) • Organização Racional do Trabalho – Engenheiro norte-americano Frederick Taylor – Estudos de TEMPOS e MOVIMENTOS (formalização dos conceitos) – 1911 publicação Princípios de Administração Científica – Organização do Trabalho de cada operário – Ênfase nas tarefas – Produtividade VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA Administração Científica (TAYLOR) – Princípios • substituir os métodos empíricos e por métodos científicos e testados (planejamento) • selecionar os trabalhadores para suas melhores aptidões e treiná-los para cada cargo (seleção ou preparo) • supervisionar se o trabalho está sendo executado como foi estabelecido (controle) • disciplinar o trabalho (execução) VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA – Fordismo • Empresário estadunidense Henry Ford • Produção em Massa • Linha de montagem • Padronização • Fábricas verticalizadas (a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras, até a siderúrgica) • Baixo custo de produção • Altos salários • Melhoria do padrão de vida dos trabalhadores VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA - Fordismo – Fordismo • Declínio 1970. • A General Motors flexibiliza sua produção. • Lança diversos modelos de veículos, várias cores e adota um sistema de gestão profissionalizado, baseado em colegiados. GM ultrapassa a Ford, como a maior montadora do mundo. • Após os choques do petróleo e a entrada de competidores japoneses no mercado automobilístico, começa gradativamente, sendo substituídos pela produção enxuta ( Sistema Toyota). • 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e extingue definitivamente o Fordismo. VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA Teoria Clássica da Administração (FAYOL) 1910 Fayol Engenheiro Francês Ênfase na estrutura Funções: técnicas, comerciais, financeiras, segurança, contábeis, administrativas. Sistema Fechado Obsessão pelo comando Manipulação dos trabalhadores VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA Teoria da Relações Humanas (MAYO) Ênfase nas pessoas Nível da Produção é resultante da integração social O trabalho é uma atitude grupal Motivação por estímulos financeiros Teoria Estruturalista e Burocracia(MAX WEBER, KARL MARX, LEVI STRAUSS) Ênfase na estrutura Racionalidade (fim do amadorismo) Pesquisa Operacional VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA Teoria dos Sistemas (KATZ e KAHN) Ênfase no ambiente (fechados ou abertos) Abordagem Sistêmica Complexidade é a base MRP VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA - Abordagem Sistêmica Não estuda a organização de forma isolada; ABORDAGEM DE SISTEMAS ABERTOS. •Principais características dos sistemas abertos –Importação de energia (input) do ambiente externo; –A transformação da energia disponível; –A saída (output) de produtos para o meio externo; VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA • Principais características dos sistemas abertos– Sistemas como ciclo de eventos, já que o padrão de atividades de uma troca de energia tem caráter cíclico; – Entropia (desordem) negativa, ou seja, os sistemas abertos precisam mover-se para deter o processo entrópico (tendência natural de desorganiozação ou morte); VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA • Principais características dos sistemas abertos – Entrada de informação, feedback negativo e processo de codificação - O tipo mais simples de entrada de informação é o feedback negativo, que permite ao sistema corrigir seus desvios; – Estado firme e homeostase dinâmica. Em outras palavras, os sistemas abertos que sobrevivem a entropia são caracterizados por um estado firme (homeostase dinâmica), logo, equilíbrio do sistema; VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA • Principais características dos sistemas abertos – Diferenciação, ou seja, os padrões difusos e globais são substituídos por funções mais especializadas ; e – Eqüifinalidade, ou melhor, diversos caminhos para se chegar ao mesmo fim. VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA • Teoria das Contingências – Ênfase no Ambiente e na Tecnologia – Organização como ambiente orgânico – Sistema Toyota de Produção desperta interesse • Eliminação de Perdas • Autonomação (automação inteligente) • JIT – Just in time ( nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata) • Kanban (registros) – Sistemas Integrados de Gestão MRP VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA • Teoria das Contingências – Tipos ideais de organização • Sistema mecânico: organizações que operam em ambientes relativamente estáveis, de uma maneira “mecânica”; e • Sistema orgânico: organizações que operam de acordo com as transformações do ambiente, ou melhor, a partir das exigências de tal ambiente, de uma maneira “orgânica”. VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA • Novos Enfoques – Globalização – Volvismo (1974) • Flexibilização com alto grau de automatização • Participação constante dos trabalhadores • Homem dita o ritmo das máquinas – Teoria das Restrições (1980) • Eliminação do Gargalos • Restrição que limita a performance do sistema VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA • Novos Enfoques – Qualidade Total (1957 ) • criar consciência da qualidade • satisfação e a confiança dos clientes; • Aumenta a produtividade; • Reduz os custos internos; • Melhora a imagem e os processos de modo contínuo; • Possibilita acesso mais fácil a novos mercados. VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA • Novos Enfoques – Lean Manufacturing (1992) • Sistema Toyota de Produção • Produção enxuta • Minimização do desperdício • Melhoria contínua • Flexibilidade VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA • Novos Enfoques – Lean Manufacturing VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA • Novos Enfoques – Sustentabilidade • Ambiental • Social • Econômica VISÃO GERAL DA INDÚSTRIA Referências Bibliográficas • MARTINS, Petrônio G. e LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 562 p. • MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da Produção e Operações. 2. ed. São Paulo: CENGAGE, 2008. 624 p. • SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart and JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 706 p.
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