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Contratos em Espécie - Quadro III

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ESCOLA DE DIREITO 
6º PERÍODO 
CONTRATOS EM ESPÉCIE 
PROFESSORA MARISTELA DENISE MARQUES DE SOUZA
	Modalidades de Contratos
	Corretagem 
	Agência e Distribuição
	Comissão 
	
Conceito 
	
Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência (relação de emprego), obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas. - Artigo 722 
CORRETORES ESPECIAIS:
Imóveis 
Seguros
Valores mobiliários
	
Trata-se de contrato em que o agente ou representante comercial exercita, com a devida remuneração, a promoção de negócios, à conta do agenciado ou representado, em regime de habitualidade e com autonomia nas atividades que se desenvolvem em área previamente definida de atuação. 
• Distingue-se o agente do distribuidor, porquanto este último caracteriza-se como tal ao dispor o bem a ser negociado e aquele desempenha a agência sem a disponibilidade da distribuição do referido bem. 
	Comissão é o contrato pelo qual uma pessoa (comissário) adquire ou vende bens, em seu próprio nome e responsabilidade, mas por ordem e por conta de outrem (comitente), em troca de certa remuneração, obrigando-se para com terceiros com quem contrata.
	
Natureza Jurídica 
	
bilateral – geram obrigações para ambos os contratantes – reciprocidade de prestações (sinalagmáticos);
 consensual porque se aperfeiçoa com o acordo de vontades;
Oneroso (remuneração).
	
bilateral, por criar deveres e direitos recíprocos;
oneroso, pois reclama contraprestação monetária pela representação e agenciamento, bem como pela distribuição; 
Consensual – se aperfeiçoa com o consenso das partes.
	
bilateral, por criar deveres tanto para o comissário como para o comitente;
onerosa, pois reclama do comitente uma contraprestação monetária pelos serviços prestados pelo comissário;
intuito personae, por ter caráter pessoal, pois o comissário terá poderes para atender aos interesses do comitente, porque se forma pelo simples consenso do comissário e do comitente, não requerendo a lei nenhum modo especial para a sua formação, podendo esse tipo de contrato ser provado por todos os meios admitidos pelo direito. Contudo, para que o comissário possa agir no interesse do comitente, este deverá dar-lhe ordens e instruções (CC, art. 695) verbais ou escritas, pois na falta dessas, o comissário, não podendo pedi-las a tempo, procederá seguindo os usos em casos similares;
 Intermediação, aliada à prestação de serviços;
Comissário age em nome próprio, obrigando-se pessoalmente, apesar de seguir instruções do comitente (CC, art. 694)
Comissário deverá ser em regra, empresário, ainda que o comitente não o seja.
Aplicação das disposições atinentes ao mandato, no que couber, e, na omissão legal ou contratual, seus efeitos reger-se-ão pelos usos (CC, art. 709).
	Modalidades de Contratos
	Corretagem 
	Agência e Distribuição
	Comissão 
	Elementos 
	Remuneração: a conduta mais correta é o acerto da remuneração devida, quer por percentuais determinados ou valor pré-fixado pelo contrato firmado entre as partes contratantes.
Remuneração devida desde que se efetive a venda do imóvel ou a locação do mesmo, mesmo que haja arrependimento de qualquer das partes.
Contrato de meio e não de fim, salvo comprovada omissão ou inércia do corretor.
será devida a remuneração ao corretor, mesmo que o negócio tenha sido iniciado e concluído entre vendedor e comprador, quando o contrato de corretagem foi firmado com exclusividade, salvo se foi inerte ou ocioso.
contratos a prazo indeterminado, em havendo a rescisão do contrato, o corretor terá direito à corretagem se mediou a negociação ocorrida após a rescisão. Se findo o prazo contratual terá igual direito em função da mediação direta no negócio.
Contrato de corretagem com mais de um corretor e intermediação feita por todos, a remuneração será devida em partes iguais entre todos, salvo se o contrato determinar valores ou percentuais diferenciados. 
Corretor de Seguros:
O enunciado do último artigo do referido Capítulo, qual seja, o do artigo 729 , mantém incólume a Legislação Especial que regula a profissão de corretor de seguros (Lei nº 4.594, de 29/12/64) e que disciplina a corretagem de seguros (Decreto nº 56.900, de 23/0965). A profissão de corretor de seguros é regulamentada por uma lei expressa, complementada por toda uma legislação específica, a partir do Decreto-lei 73/66, que é a base do sistema brasileiro de seguros privados.
Com base nesta legislação, pode-se definir o corretor de seguros como o profissional autônomo legalmente habilitado a intermediar seguros entre as seguradoras e os segurados. O corretor de seguros é o representante legal do segurado frente à seguradora, e a sua função, além da contratação específica das apólices, é a de assessor do segurado, devendo auxiliá-lo desde a definição do tipo ideal de seguro, até a liquidação do sinistro.
Contrato de fim -  A lei do Corretor, a 4.494/64, estabelece no seu artigo 13 que “Só ao corretor de seguros devidamente habilitado nos termos desta lei e que houver assinado a proposta deverão ser pagas as corretagens admitidas para cada modalidade de seguro, pelas respectivas tarifas, inclusive em caso de ajustamento de prêmios”, do que decorre a presunção, por suposto relativa, de que o profissional que assinou a proposta do seguro foi quem intermediou o respectivo contrato.
Claro está que a intermediação para a formação de um contrato de seguro está assentada em um contrato de resultado, havendo a necessidade de comprovação de que ela contribuiu eficazmente para a conclusão do negócio mediado.
De forma resumida, o corretor de seguros é responsável por todo o processo de contratação e gerenciamento de um seguro, que começa com a indicação da seguradora e termina com a liquidação do sinistro, ou com a renovação da apólice, normalmente depois de um ano.
Assim, o corretor de seguros não assume riscos, nem recebe prêmios. Ele recebe uma comissão, como qualquer outro intermediário, pela sua intermediação e que serve também para pagar-lhe os custos de administração da apólice.
	Contrato de agência ou representação comercial:
Na definição do Código, o contrato de agência (ou de representação comercial autônoma) é aquele pelo qual uma pessoa - o agente - assume, em caráter não eventual, e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover à conta de outra - o preponente ou fornecedor - mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada.
Dessa conceituação legal deduz-se que o contrato de agência envolve: a) relação entre empresários, dentro da circulação mercadológica de bens e serviços; b) a relação, contudo, não é de dependência hierárquica entre representante e representado, pois aquele age com autonomia na organização de seu negócio e na condução da intermediação dos negócios do último (embora tenha de cumprir programas e instruções do preponente); c) o objetivo do contrato não é um negócio determinado, mas uma prática habitual, de sorte que entre as partes se estabelece um vínculo duradouro (não eventual); d) a representação importa atos promovidos por uma das partes à conta da outra, configurando, portanto, um negócio de intermediação na prática mercantil de interesse do representado; e) à prestação do serviço de intermediação do agente corresponde o direito a uma remuneração ou retribuição, de maneira que o contrato é bilateral, oneroso e comutativo; f) a representação, finalmente, deve ser exercitada nos limites de uma zona determinada, ou seja, cabe ao agente praticar a intermediação dentro de um território estipulado pelo contrato, ou algo que a isso corresponda.
A atividade do agente, em suma, é a intermediação de forma autônoma, em caráter profissional, sem dependência hierárquica, mas, de acordo com as instruções do preponente. É uma figura jurídica típica a do agente, pois,embora guarde alguma semelhança, o agente não é, em princípio, mandatário, nem comissário, nem tampouco empregado, ou prestador de serviço no sentido técnico. Presta, no entanto, um serviço especial que é, nos termos da lei, a coleta de propostas ou pedidos para transmiti-los ao representado. 
Eventualmente, o representado pode confiar ao agente os bens a serem colocados junto à clientela, caso que o Código trata como distribuição, mas não como revenda, visto que os atos de negociação se realizam em nome e por conta do comitente. Nessas hipóteses especiais, o contrato, além das normas próprias da agência, rege-se complementarmente pela disciplina do mandato e da comissão (arts. 710, in fine, e 721).
O art. 1º da Lei nº 4.886/65 cuidou de definir o representante comercial e não o contrato de representação comercial. Segundo tal dispositivo, é representante comercial autônomo a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego, que "desempenha, em caráter não eventual, por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios".
O parágrafo único do questionado dispositivo legal aduz que, na eventualidade de "a representação comercial incluir poderes atinentes ao mandato mercantil" -, isto é, quando ao representante comercial forem conferidos poderes relacionados com a execução dos negócios intermediados -, "serão aplicáveis, quanto ao exercício deste, os preceitos próprios da legislação comercial". Em outros termos: se o agente for autorizado pelo preponente a realizar negócios jurídicos em seu nome, tais atos que ultrapassam o conteúdo normal do contrato de agência serão submetidos ao regime legal do mandato, como, aliás, prevê o art. 721 do CC.
Da definição dada pela lei especial ao representante comercial autônomo (isto é, ao agente) extraem-se as seguintes características:
a) o agente não mantém relação de emprego com o representado, gozando, portanto, de autonomia laboral para organizar e desempenhar sua atividade;
b) a atividade contratada é não-eventual; deve ser exercida em caráter permanente e profissional;
c) a função do agente, embora organizada e dirigida com autonomia, é concluída por conta de outra pessoa (o representado), de modo que fica claro o "caráter de uma intermediação", ou de uma "preposição". O agente, como prestador autônomo de serviço, atua fora da estrutura interna da empresa a que serve, permitindo a esta colocar seus produtos e serviços juntos à clientela que o representante angaria, nos mais variados lugares. Os negócios, porém, são sempre promovidos em nome e por conta do representado;
d) a mediação é, pois, uma função típica do agente comercial, que se presta à difusão dos produtos ou serviços do representado no comércio;
e) a intermediação se dá na realização de negócios mercantis: o que a lei especial atribuiu ao agente comercial não é qualquer representação, mas aquela que se volta para a promoção de negócios mercantis (vendas de produtos ou prestação de serviços);
f) o modus faciendi da intermediação consiste em agenciar propostas ou pedidos relativos a operações comerciais do representado, ou seja, relacionadas a bens ou serviços a serem vendidos ou prestados pela empresa em cujo nome atua o agente;
g) cabe, em princípio, ao representante transmitir as propostas ou pedidos ao representado. Eventualmente, o agente pode receber poderes que ultrapassem a simples intermediação de pedidos, caso em que realizará, sempre em nome do preponente, atos de consumação ou execução dos negócios agenciados. Quanto a esses atos de consumação da venda dos produtos do representado, a atividade do representante será regida pelas regras do mandado mercantil.
Segundo a definição legal do contrato de agência, contida no art. 710 do CC, sua estrutura fundamental envolve a combinação de quatro elementos essenciais: 
a) o desenvolvimento de uma atividade de promoção de vendas ou serviços por parte do agente, em favor da empresa do comitente;
b) o caráter duradouro da atividade desempenhada pelo agente (habitualidade ou profissionalidade dessa prestação);
c) a determinação de uma zona sobre a qual deverá operar o agente;
d) a retribuição dos serviços do agente em proporção aos negócios agenciados.
Nessa ordem de ideias, pode-se afirmar que, na concepção legal, para configurar-se contrato de agência, é necessário que uma parte (o agente) assuma de forma duradoura a função de promover, mediante remuneração, a formação de negócios, e eventualmente de concluí-los e executá-los, sempre por conta da outra parte (o preponente) e dentro de uma determinada zona.
Contrato de distribuição e seus requisitos:
É o acordo em que fabricante, oferecendo vantagens especiais compromete-se a vender, continuadamente, seus produtos ao distribuidor, para revenda em zona determinada. O agente tem, portanto, à sua disposição a coisa a ser negociada. Uma pessoa assume a obrigação de revender, com exclusividade e por conta própria, mediante retribuição, mercadorias de certo fabricante, em zona determinada.
Tem por requisitos:
SUBJETIVOS: pois, neste contrato ter-se-á de um lado o concedente ou produtor, e de outro o concessionário ou distribuidor, que pode ser pessoa física ou jurídica, obrigando-se a revender os produtos adquiridos e a prestar assistência técnica, em seu próprio nome e risco.
OBJETIVOS: o produto comercializado, objeto da distribuição, deverá ser fabricado pelo fabricante e destinado à revenda na área delimitada, pelo preço fixado pelo produtor.
FORMAIS: deverá ser feito por escrito, mediante adesão do distribuidor, pois o fabricante deverá submeter todos os distribuidores, sem exceção, a normas estandardizadas. O contrato de distribuição permanecerá sempre em aberto, permitindo o ingresso de novas partes, pois, mediante o instrumento-padrão do contrato, novos distribuidores serão admitidos. Exigir-se-á ainda que esse contrato seja assentado no Registro de Títulos e Documentos.
	Comissão “del credere”
A Comissão del credere vem a ser uma modalidade de comissão que se opera com a cláusula del credere, que é o pacto inserido no contrato no momento de sua celebração, pelo qual o comissário assume a responsabilidade de responder pela solvência daquele com que vier a contratar no interesse e por conta do comitente. Essa cláusula constituirá em estimulo à seleção dos negócios, evitando que o comissário efetive atos prejudiciais ao comitente.
	A comissão del credere constitui o comissário garantidor solidário ao comitente. Logo o comissário responderá solidariamente com as pessoas com quem houver tratado em nome do comitente. Prescreve, nesse sentido:
 Art. 698 do CC: “Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere, reponderá o comissário solidariamente com as pessoas com que houver em nome do comitente, caso em que, salvo estipulação em contrário, o comissários tem direito a remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumido”. 
Não havendo a cláusula (comissão simples) perante o comitente só responderão as pessoas com quem o comissário contratou, de forma que o comissário apenas responderá diretamente ante o comitente, pelos danos que culposamente lhe causou, segundo as normas da culpa contratual. Se o comissário falir, o comitente del credere terá direito privilegiado sobre a massa falida.
	Direitos e obrigações das partes 
	Obrigações do corretor:
- O corretor é obrigado a executar a mediação com a diligência e prudência que o negócio requer, prestando ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento dos negócios; deve, ainda, sob pena de responder por perdas e danos, prestar ao cliente todos os esclarecimentos que estiverem ao seu alcance, acerca da segurança ou risco do negócio, das alterações de valores e do mais que possa influir nos resultados da incumbência. – artigo 723
Obrigaçõesdo proponente:
- Pagar a remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei, nem ajustada entre as partes, será arbitrada segundo a natureza do negócio e os usos locais.
- A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o resultado previsto no contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento das partes. 725 CC
- Será devida a remuneração ao corretor, mesmo que o negócio tenha sido iniciado e concluído entre vendedor e comprador, quando o contrato de corretagem foi firmado com exclusividade, salvo se foi inerte ou ocioso. 726 CC
- Contratos a prazo indeterminado, em havendo a rescisão do contrato, o corretor terá direito à corretagem se mediou a negociação ocorrida após a rescisão. se findo o prazo contratual terá igual direito em função da mediação direta no negócio. 727 CC
	Obrigações e direitos proponente: 
- Salvo ajuste, o proponente não pode constituir, ao mesmo tempo, mais de um agente, na mesma zona, com idêntica incumbência (art. 711 CC).
- A remuneração será devida ao agente também quando o negócio deixar de ser realizado por fato imputável ao proponente. Dever de indenizar pelo proponente (art. 716 CC). Mais uma vez é assegurada a percepção remuneratória pelo agente, tendo em conta a necessidade de o representante retribuir o serviço por aquele efetivamente realizado, a ensejar, dessa forma, a contraprestação devida, mesmo que a rescisão seja motivada pelo agente ou distribuidor (justa causa), em caso de força maior ou em caso de morte.
Obrigações e direitos do agente – distribuidor ou representante comercial:
- O agente, no desempenho que lhe foi cometido, deve agir com toda diligência atendo as instruções recebidas do proponente. (art. 712 CC).
- Todas as despesas na agência ou distribuição correm a cargo do agente ou distribuidor. Estas despesas, referidas pelo dispositivo 713 CC, concernem ao desempenho das atividades de agência e de distribuição, de responsabilidade do representante comercial ou distribuidor. Salvo disposição em contrário.
- O agente ou distribuidor terá direito à remuneração correspondente aos negócios concluídos dentro de sua zona, ainda que sem a sua interferência. (art. 714 CC). Salvo disposição em contrário.
 - Quanto aos negócios concluídos dentro de sua área de atuação, terá direito o agente à remuneração a eles correspondentes, ainda que aqueles negócios tenham sido aperfeiçoados sem a sua interferência ou intervenção direta. Segundo o artigo 711 CC, a cláusula de exclusividade não é exigível em contrato, presumindo-se o caráter exclusivo das atividades quando não previsto que não o sejam, por ajuste expresso.
- O agente ou distribuidor tem direito à indenização se o proponente, sem justa causa, cessar o atendimento das propostas ou reduzi-lo tanto que se torna antieconômica a continuação do contrato. (art. 715 CC)
- Ainda que dispensado por justa causa, terá o agente direito a ser remunerado pelos serviços úteis prestados ao proponente, sem embargo de haver este perdas e danos pelos prejuízos sofridos. (art. 717 CC).
- Se a dispensa se der sem culpa do agente, terá ele direito à remuneração até então devida, inclusive sobre os negócios pendentes, além das indenizações previstas em lei especial (abrangência maior das perdas e danos) (art. 718 CC).
- Se o agente não puder continuar o trabalho por motivo de força maior, terá direito à remuneração correspondente aos serviços realizados, cabendo esse direito aos herdeiros no caso de morte. (art. 719 CC).
	Direitos e obrigações do comissário
O comissário terá o direito de:
- Exigir uma remuneração pelo cumprimento dos encargos que lhe foram cometidos. Essa comissão esta estipulada no contrato, e na falta, regula-se pela do que foi estabelecido pela praça em que se executar o contrato. (CC, art 701)
- Requisitar do comitente os fundos necessários para realizar os negócios que for incumbido.
- Fazer o reembolso não só das despesas que efetuou com a negociação, com os juros, desde a data do desembolso, mas também dos prejuízos que vier a sofrer com o desempenho da comissão.
- Reter bens e valores pertencentes ao comitente não só para reembolsar-se das despesas, mas para servir de garantia ao pagamento de sua remuneração.
- Concluir contrato consigo mesmo, se a compra for de títulos ou mercadoria com preço de bolsa, pois, se o comissário age em nome próprio, nada obsta a que realize a operação como contraparte. Assim, será preciso que o a situação se configure por traços que torne indiferente, para o comitente, que o comissário efetive a negociação com terceiro ou consigo próprio.
Obrigações em relação ao comitente:
- Concluir o negócio em seu próprio nome, agindo no interesse do comitente (CC, art. 693)
- Cumprir o contrato, seguindo as ordens e instruções recebidas do comitente. Se não as receber, deverá agir como se se tratasse de negócio próprio em consonância com os usos em caso semelhante (CC, art. 695). Se assim não o fizer, poderá responder por perdas e danos.
- Responsabilizar-se pela guarda e conservação dos bens do comitente, quer lhe tenham sido consignados, quer tenha comprado, visando evitar qualquer prejuízo e proporcionando o lucro que razoavelmente se podia esperar do negócio.
- Responde, se empregar em operações diversas daquelas a que foram destinadas as importâncias que lhe entregar o comitente, não só pelos juros a datar do dia em que as recebeu, mas também pelos prejuízos provenientes do não cumprimento das Instruções ou ordens do comitente (CC, art. 695)
- Ressarcir os prejuízos por ventura causados ao comitente por ter feito negociação de preço e condições mais onerosas que as correntes. (CC,art. 696)
- Indenizar os danos resultantes do não cumprimento de ordem do comitente (CC, art. 695).
- Prestar comprar ao comitente do encargo recebido, visto que a realiza negócios no interesse dele.
	- Pagar juros moratórios ao comitente pela demora ou atraso na entrega dos fundos que lhe pertencem (CC, art. 706).
Em relação aos terceiros, deverá:
	- Responder pelas obrigações assumidas, por contratar em seu próprio nome, se bem que sob as ordens e por conta do comitente (CC, art. 693). O comissário não responderá pela insolvência das pessoas em questão, cabendo ao comitente correr esse risco (CC, art. 697), exceto se a comissão for del credere (CC, art. 698).
- Responsabilizar-se pela perda ou extravio de dinheiro ou metais preciosos, mesmo decorrentes de caso fortuito ou força maior, a não ser que consiga provar que empregou na sua guarda, a diligência necessária.
Direitos e deveres do comitente
O comitente terá o direito de:
	- Opor todas as exceções que pode opor o comissário, porém jamais poderá alegar a incapacidade deste, para anular efeitos das obrigações assumidas.
	- Exigir que o comissário responda pelos prejuízos sofridos, se este não o avisar, ao receber as mercadorias, avarias, diminuição ou mudança de estado.
	- Reivindicar, no caso de falência, as mercadorias que estiverem em seu poder, e receber dos terceiros as quantias não pagas pelos produtos vendidos.
	- Não responder, perante os terceiros, pelas obrigações assumidas pelo comissário, pois este age em seu próprio nome, e pelo mesmo motivo esses terceiros não poderão acionar o comitente a respeito dos contratos realizados a seu mando (CC, art. 693).
	- Acionar terceiros, no caso de existência de sub-rogação nos direitos assumidos pelo comissário.
	- Alterar as instruções dadas ao comissário (CC, art. 704).
O Comitente terá como deveres:
- Pagar ao comissário a remuneração a que ele tem direito (CC, art. 701, 702 e 703).
	- Fornecer fundos suficientes para que o comissário possa levar a efeito as negociações que lhe foram cometidas.
	- Indenizar o comissário das despesas que foram feitas às suas expensas por adiantamento, pagando os respectivos juros (CC, art. 706).
	- Assumir os riscos oriundos da devolução de fundos em poder do comissário, excetose este se desviar de suas instruções ou fizer devolução por meios diversos dos comumente usados no local da remessa.
	- Ressarcir o comissário despedido sem justa causa, pelas perdas e danos (CC, art. 705)
Pagar remuneração proporcional ao trabalho realizado em caso de força maior impeditiva da conclusão do negócio ou de morte do comissário (CC, art. 702).
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