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Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ UNIDADE I – FUNDAMENTOS BÁSICOS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO Conceito: “É um processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro processos principais interligados: planejamento, organização, execução e controle”. Maximiano “É a condução racional das atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não lucrativa. Trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção e do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorrem dentro da organização”. Chiavenato Importância: “A administração é fundamental na condução da sociedade moderna. Ela não é um fim em si mesma, mas o meio de fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor forma, com menor custo e com maior eficiência e eficácia”. Chiavenato Campo de atuação: Sintetizando o campo de atuação dos administradores, podemos citar: - Administração Rural - Administração Pública - Administração Bancária - Administração da produção - Administração de negócios - Administração de serviços - Administração hospitalar - Administração financeira - Administração hoteleira - Administração Industrial - Administração Patrimonial - Administração Mercadológica - Administração de transportes - Administração de cooperativas - Administração de sistemas de saúde - Administração de recursos humanos - Administração de sistemas de informação - Administração de micro e pequenas empresas - Auditoria Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ - Marketing - Controladoria - Gestão Ambiental - Comércio Exterior - Relações internacionais - Negócios agroindustriais - Tecnologia da informação O campo de atuação do administrador é amplo. Ele deve planejar, organizar e controlar as atividades de empresas públicas e privadas, além de traçar estratégias e métodos de trabalho nas mais variadas áreas - rural, hospitalar, agroindustrial, escolar, financeira e muitas outras. Seu papel é fundamental nas situações de crise, pois cabe a ele definir onde investir o dinheiro e como equilibrar a saúde financeira e produtiva da empresa. Ao falar em administração pública e privada, é de bom alvitre elucidar a diferença entre ambas: Setor Privado Setor Público Objetivo Estratégico Geral Competitividade Efetividade da missão institucional Objetivos Financeiros Lucro, crescimento e conquista de mercado Redução de custos e eficiência Valores Inovação, criatividade, reconhecimento e boa imagem Eqüidade e Integridade Resultados desejados Satisfação do consumidor Satisfação do cidadão Stakeholders Acionistas, proprietários, mercado Contribuintes, demais poderes, servidores públicos Prioridades orçamentárias definidas por: Demanda dos consumidores Lideranças, planejadores, parlamentares Justificativa para o sucesso Proteção de propriedade intelectual e de capital Bem-estar social Segurança Nacional Fatores de sucesso Taxa de crescimentos, rendimentos, participação no mercado Práticas gerenciais melhores, regularidade, tecnologia padronizada TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO (TGA) Conceito: “É o campo do conhecimento humano que trata do estudo da administração das organizações.” Chiavenato Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ A TGA se propõe a desenvolver a capacidade de pensar, definir situações organizacionais complexas, diagnosticar e propor soluções e inovações na organização por meio de três habilidades, a saber: - Habilidades Técnicas: relaciona-se com a atividade específica do gerente. Por exemplo a habilidade técnica de um diretor comercial compreende em conhecer os produtos e suas aplicações, preços de venda, canais de distribuição, clientes e mercados, e técnicas de vendas. - Habilidade Humana: é a capacidade de entender, liderar e trabalhar com as pessoas de sua equipe. - Habilidade Conceitual: diz respeito a criatividade, planejamento, raciocino para formular estratégias, analisar problemas e tomar decisões. Quanto às atitudes o Administrador precisa ser: Proativo Ousado Criativo Líder Empreendedor Flexível Objetivos, enfoque e rumos da TGA: A TGA estuda a administração das organizações do ponto de vista da interação e da interdependência entre seis variáveis principais: TAREFA, ESTRUTURA, PESSOAS, TECNOLOGIA, AMBIENTE E COMPETITIVIDADE. Essas variáveis constituem os principais componentes no estuda da administração das organizações e atuam de maneira sistêmica e complexa: cada uma influência e é influenciada pelas outras. Mudanças em um componente provocam modificações nos demais. O comportamento do conjunto é diferente da soma dos comportamentos considerados isoladamente. A adequação entre essas variáveis constituem o desafio da administração. As seis variáveis estão ilustradas na figura abaixo: Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ A TGA começou com ênfase nas tarefas, por meio da administração científica de Taylor. Depois, a preocupação passou para a ênfase na estrutura com a teoria clássica de Fayol e com a teoria da burocracia de Weber, seguindo-se mais tarde a teoria estruturalista. A reação humanística surgiu com ênfase nas pessoas por meio da teoria das relações humanas, mais tarde desenvolvida pela teoria comportamental e pela teoria do desenvolvimento organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a teoria dos sistemas, sendo completada pela teoria da contingência. Esta acabou desenvolvendo a ênfase na tecnologia. Recentemente trouxeram a tona necessidades de competitividade das organizações em um mundo globalizado e carregado de mudanças e transformações. Cada uma dessas seis variáveis – tarefa, estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade – provocou no seu tempo uma diferente teoria administrativa marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Anos Teorias 1903 Administração Científica 1909 Teoria da Burocracia 1916 Teoria Clássica 1932 Teoria das relações humanas 1947 Teoria Estruturalista 1951 Teoria dos sistemas 1957 Teria comportamental 1962 Desenvolvimento organizacional 1972 Teoria da contingência 1990 Novas abordagens Quadro1 – As principais teorias do pensamento administrativo Tecnologia Estrutura Tarefas Ambiente Pessoas Competitividad e Organização Figura 1- As variáveis básicas da TGA Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ As teorias administrativas e seus fundamentos básicos Ênfase Teorias Administrativas Tarefas Administração Científica Estrutura Teoria Clássica Teoria da Burocracia Teoria Estruturalista Pessoas Teoria das Relações Humanas Teoria Comportamental Tecnologia Teoria da Contigência Ambiente Teoria deSistemas Teoria da Contigência Antecedentes Históricos da Administração: - Desenvolvimento lento - Início do século XX - Influência dos Filósofos a) Sócrates(470a.c): Habilidade pessoal b) Platão (429a.c): Forma democrática c) Aristóteles (384a.c): Monarquia; Aristocracia e Democracia. d) Descartes (1596-1650): Método Cartesiano - Princípio da dúvida sistemática: consiste em não aceitar nada como verdadeiro enquanto não souber com evidencia e distintamente aquilo que realmente é verdadeiro. - Princípio da análise ou de decomposição: consiste em dividir cada problema em tantas partes quantas sejam possíveis e necessárias à sua adequação e solução, e resolvê-las cada uma, separadamente. - Princípio da síntese ou da composição: consiste em conduzir de maneira ordenada o pensamento e o raciocínio, começando pelos assuntos mais fáceis de se conhecer para passar gradualmente aos mais difíceis. - Princípio da verificação: consiste em verificar, rever e recontar para que se fique seguro de nada haver omitido. - Influência da Organização da Igreja Católica - Influência da Organização Militar - Influência dos Economistas Liberais a) Adam Smith (1793-1790): Competição. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ b) Karl Marx (1818-1883) e Frederich Engel (1820-1895): Analisam os regimes econômicos e sociais. - Influência da Revolução Industrial 1780 a 1860: 1ª Revolução Industrial: carvão e ferro. 1860 a 1914: 2ª Revolução Industrial: aço e eletricidade. - Influência dos Pioneiros e Empreendedores Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ UNIDADE II – A ESCOLA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO: Origem: Conseqüência da Revolução Industrial Crescimento acelerado e desorganizado das empresas; Necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações. Administração Científica: Ênfase nas tarefas A Abordagem da Escola da administração científica se baseia nas tarefas da organização. O nome da administração científica é devido a tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos trabalhos operacionais a fim de aumentar a eficiência industrial. Os principais métodos científicos são a observação e a mensuração. Sua preocupação original foi eliminar o desperdício e as perdas sofridas pelas indústrias e elevar a produtividade pela aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. - Frederick Winslow Taylor; Henry Lawrence Gantt; Frank Bunker Gilbreth; Harrington Emerson; Henry Ford. - Estados Unidos. - Aumentar a eficiência da Indústria através da racionalização do trabalho operário. Taylorismo – idéias centrais e princípios da administração científica Frederick Winslow Taylor (1856-1915) nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos. O primeiro período de Taylor corresponde a publicação do livro Shop Managment (administração de oficinas) em 1903 sobre as técnicas de racionalização do trabalho operário, por meio dos estudos de tempo e movimentos. O segundo período de Taylor corresponde a publicação do seu livro Princípios da administração científica quando conclui que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral para tornar coerente a aplicação dos seus princípios na empresa como um todo. A partir daí, usou a denominação Administração científica, sem deixar de lado sua preocupação quanto a tarefa do operário. A tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares por métodos científicos recebeu o nome de Organização racional do trabalho – ORT. ORT – Organização do Trabalho Operário, se fundamenta nos seguintes aspectos: Análise do trabalho e estudos do tempo e movimentos Fadiga humana Divisão do trabalho e especialização do operário Desenho de cargos e tarefas Incentivos salariais Conceito de homo economicus Condições de trabalho Padronização de métodos Supervisão funcional Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Objetivos do estudo de tempo e movimentos: 1. Eliminação do desperdício de esforço humano e de movimentos inúteis. 2. Adaptação dos operários à tarefa. 3. Facilidade no treinamento dos operários, melhoria da eficiência e do rendimento da produção pela especialização das atividades. 4. Distribuição uniforme do trabalho para que não haja períodos de falta ou de excesso de trabalho. 5. Definição de métodos e estabelecimento de normas para a execução do trabalho. 6. Estabelecer uma base uniforme para salários eqüitativos e prêmios de produção. Para racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao administrador, os engenheiros da administração científica definiram princípios para serem aplicados a todas as situações possíveis. Um princípio é uma afirmação válida para uma determinada situação; é uma previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer a situação. Os princípios da administração científica para Taylor são: - Princípio de planejamento: substituir o critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírico-prática por métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência através do planejamento do método de trabalho. - Princípio de preparo: Selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. - Princípio do controle: Controlar o trabalho para confirmar que está sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo o plano previsto. A gerência deve garantir que a execução seja o melhor possível. - Princípio da execução: Distribuir atribuições e responsabilidades para disciplinar a execução do trabalho. O gerente planeja e o operário executa. Ford e a linha de montagem Henry Ford (1863-1947) foi o divulgador das idéias da administração científica e precursor da produção em massa com a adoção da linha de montagem. A produção em massa se baseia na simplicidade, por meio de três aspectos: 1. O fluxo de produto no processo produtivo é planejado, ordenado e contínuo. 2. O trabalho é entregue ao operário em vez de este ter de ir buscá-lo. 3. As operações são analisadas em seus elementos constituintes. Para acelerar a produção por meio de um trabalho ritmado, coordenado e econômico, Ford adotou 3 princípios: - Princípio de intensificação: diminuir o tempo de duração com a utilização imediata dos equipamentos e matéria-prima, e a rápida colocação do produto no mercado. - Princípio da economicidade: reduz ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação, para que o automóvel fosse pago a empresa antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da matéria-prima adquirida. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ - Princípio da produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais, e o empresário tem maior produção.Críticas a administração científica: Superespecialização Visão microscópica do homem Limitação do campo de aplicação Teoria Clássica: Ênfase na estrutura - Henri Fayol; James Mononey; Lyndall F. Urwick, Luther Gulick. - Surgiu na França em 1916. - Aumentar a eficiência da empresa por meio da disposição de órgãos componentes da organização e de suas inter-relações estruturais. - Fayol elucidou que toda empresa apresenta seis funções a saber: 1 Técnica: relacionadas a produção de bens ou serviços. 2 Comerciais: relacionadas a compra, venda e permutação. 3 Financeiras: relacionadas a procura e gerência de capitais. 4 Segurança: relacionadas a proteção e preservação dos bens e das pessoas. 5 Contábeis: relacionadas à inventários, registros, balanços, custos e estatísticas. 6 Administrativas: relacionadas a integração da cúpula das outras cinco funções. As seis funções básicas da empresa para Fayol. CHIAVENATO, 2004. Os 14 princípios Gerais da Administração, segundo Fayol: 1. Divisão do trabalho 2. Autoridade e responsabilidade 3. Disciplina 4. Unidade de Comando 5. Unidade de Direção 6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais 7. Remuneração do Pessoal 8. Centralização 9. Cadeia escalar 10. Ordem 11. Eqüidade 12. Estabilidade do pessoal 13. Iniciativa 14. Espírito de equipe Funções Administrativas Funções técnicas Funções Comerciais Funções Financeiras Funções de Segurança Funções Contábeis Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Críticas a Teoria clássica: Abordagem simplificada da organização formal Abordagem incompleta da organização Abordagem de sistema fechado Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ UNIDADE III - ESCOLA HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO Essa abordagem trouxe uma revolução conceitual na teoria administrativa: a ênfase antes colocada na tarefa e na estrutura organizacional cede espaço para a ênfase nas pessoas que participam das organizações. A abordagem humanística faz com que a preocupação com a máquina e com o método de trabalho e a preocupação com a organização formal e os princípios de administração cedam prioridade para a preocupação com as pessoas e grupos sociais. Há uma migração dos aspectos técnicos formais para os aspectos psicológicos e sociológicos. Tal abordagem ocorre com o aparecimento da Teoria das relações humanas, nos EUA em 1930. Teoria das Relações Humanas Surgiu nos Estados Unidos como conseqüência das conclusões da experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e colaboradores. Foi um movimento de reação à Teoria Clássica da Administração Experiência da Hawthorne 1a. Fase: Grupo de observação e grupo de controle para conhecer o efeito da iluminação na produtividade. 2a. Fase: Grupo experimental e grupo de controle para conhecer os efeitos de mudanças nas condições de trabalho: 1. Estabelecer a capacidade de produção em condições normais. 2. Isolamento do grupo experimental na sala de provas. 3a. Fase: Início do Programa de Entrevistas. 4a. Fase: Experiência: Análise da organização informal do grupo. Conclusões: 1. O nível de produção é resultante da integração social: o nível de produção não é determinado pela capacidade física ou fisiológica do empregado, mas por normas sociais e expectativas grupais. 2. Comportamento social dos empregados: o comportamento do indivíduo se apóia totalmente no grupo. 3. Recompensas e sanções sociais: o comportamento dos operários é condicionado por normas e padrões sociais. 4. Grupos informais: preocupação com comportamento social, grupos informais, crenças, atitude e expectativas, motivação e etc. 5. Relações humanas: participação em grupos sociais dentro da organização e mantèm-se em uma constante interação social. 6. Ênfase nos aspectos emocionais. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ A civilização industrializado e o homem: 1. O trabalho é uma atividade tipicamente grupal. 2. O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social. 3. A tarefa básica da Administração é formar uma elite de administradores capaz de compreender as pessoas e de comunicar através de chefes democráticos, persuasivos e simpáticos. 4. O ser humano é motivado pela necessidade de “estar junto”, de ser reconhecido e de receber adequada comunicação. Comparação entre a teoria clássica e a teoria das relações humanas. Decorrências da Teoria das Relações Humanas • A Influência da Motivação Humana. • A Liderança. • A Comunicação. • A Organização Informal. • A dinâmica de grupo. Apreciação Crítica da Teoria das Relações Humanas. • Oposição cerrada à Teoria Clássica. • Inadequada visualização dos problemas de relações industriais. • Concepção ingênua e romântica do operário. • Limitação do campo experimental. • Parcialidade das conclusões. • Ênfase nos grupos informais. • Enfoque manipulativo das relações humanas. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ ESCOLA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO A escola estruturalista da administração será estuda por meio de duas teorias, a saber: teoria da burocracia e teoria estruturalista. Teoria da Burocracia: A partir da década de 1940, as críticas feitas à teoria clássica, pelo seu mecanicismo, e a teoria das relações humanas, por seu romantismo ingênuo, revelaram a falta de um teoria da organização sólida e abrangente que servisse de orientação para o administrador. Alguns estudiosos foram buscar nas obras de um economista e sociólogo já falecido, Max Weber, a inspiração para essa nova teoria da organização. Surgiu assim a teoria da burocracia na administração, com ênfase na estrutura. Tipologia de sociedade segundo Max Weber Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ “Burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos”. Chiavenato “Burocracia é a organização eficiente por excelência”. Chiavenato Características da Burocracia segundo Weber CARACTERÍSTICAS FINALIDADE Caráter legal das normas e regulamentos Organização baseada em uma legislação previamente estabelecida por escrito. Caráter formal das comunicações Decisões formuladas e registradas por escrito. Caráter racional e divisão do trabalho A divisão do trabalho tende a se adequar aos objetivos a serem atingidos. Impessoalidade nas relações Considera as pessoas como ocupantes de cargos e funções. Hierarquia da autoridade Estabelece os cargos segundo o princípio da hierarquia. Rotinas e procedimentos padronizados O funcionário não faz o que quer, mas o que a burocracia impõe a ele. Competência técnicaA escolha das pessoas se baseia no mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais. Profissionalização dos participantes É a contratação de especialista assalariado para ocupar um cargo nomeado pelo superior hierárquico por tempo indeterminado. Previsibilidade do comportamento Os funcionários devem se comportar de acordo com as normas e regulamentos da organização. Vantagens da Burocracia 1. Racionalidade em relação aos alcances dos objetivos da organização 2. Precisão na definição do cargo pelo conhecimento dos deveres 3. Rapidez nas decisões 4. Uniformidade de rotinas e procedimentos 5. Continuidade da organização 6. Redução do atrito entre as pessoas 7. Confiabilidade Disfunções da Burocracia 1. Internalização das regras e apego aos regulamentos 2. Excesso de formalismo e papelório 3. Resistência mudanças 4. Despersonalização do relacionamento 5. Categorização como base do processo decisório 6. Superconformidade às rotinas e aos procedimentos 7. Exibição de sinais de autoridade 8. Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Apreciação Crítica da Teoria da Burocracia 1. Excesso de formalismo da burocracia. 2. Conservantismo da burocracia. 3. Abordagem de sistema fechado. 4. Abordagem descritiva e explicativa. Teoria Estruturalista da Administração A oposição entre teria clássica e a teoria das relações humanas criou um impasse que a teoria da burocracia não teve condições de ultrapassar. A teoria estruturalista é um desdobramento da teoria da burocracia e uma e uma aproximação com a teoria das relações humanas. Tipologia das organizações Não existem duas organizações iguais. Elas são diferentes entre si e apresentam enorme variabilidade. Contudo, existem características que permitem classificá-las em classes ou tipos. As classificações ou taxonomia – denominadas tipologias das organizações – permitem uma análise comparativa das organizações por meio de uma característica comum ou de uma variável relevante. Para a análise comparativa das organizações, os estruturalistas criam tipologias de organizações para classificá-las de acordo com características distintivas. - Tipologia de Etzioni Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ - Tipologia de Blau e Scott Conflitos Organizacionais Os estruturalistas discordam do que haja harmonia de interesse entre patrões e empregados (como afirmava a teoria clássica) ou de que essa harmonia deva ser preservada pela Administração por meio de uma atitude compreensiva e terapêutica (como afirmava a teoria das relações humanas). Ambas as teorias punham fora de discussão o problema do conflito em decorrência do seu caráter prescritivo. Para os estruturalistas, os conflitos, embora nem todos desejáveis, são elementos geradores das mudanças e da inovação na organização. “Conflito significa a existência de idéias, sentimentos, atitudes ou interesses antagônicos e colidentes que podem se chocar”. Chiavenato Relaciona-se a seguir situações dentro das organizações que provocam conflitos. Conflito entre a autoridade do especialista (conhecimento) e a autoridade administrativa (hierarquia) 1. Organizações especializadas: universidades, escolas, organizações de pesquisa e hospitais. 2. Organizações não-especializadas: empresas em geral. 3. Organizações de serviços: empresas especializadas em assessoria e consultoria. Dilemas da organização. 1. Dilema entre coordenação e comunicação livre: as organizações exigem coordenação eficiente e eficaz solução dos problemas administrativos. 2. Dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional: há uma oposição entre os princípios do comportamento burocrático e os que governam o comportamento profissional. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ 3. Dilema entre necessidade de planejamento centralizado e necessidade de iniciativa individual: as organizações enfrentam mudanças por meio de um esforço criado para crescer e sobreviver. Seu destino depende da iniciativa e da criatividade individual. Conflitos entre linha e assessoria (staff). A estrutura linha-staff é caracterizada por confrontos entre o pessoal de linha, que detém autoridade linear, e o pessoas de assessoria que possui autoridade de staff. Como precisam conviver entre si em uma mútua dependência surgem os conflitos entre linha e assessoria. Homo economicus X Homem social X Homem organizacional Homem Organizacional: Flexibilidade Tolerância Capacidade de adiar as recompensas Permanente desejo de realizações Apreciação crítica da teoria Estruturalista: Convergência das várias abordagens diferentes Ampliação da abordagem Dupla tendência teórica Análise organizacional mais ampla Teoria de transição e de mudança ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO A abordagem comportamental marca a forte influencia das ciências do comportamento na teoria administrativa e a busca de novas soluções democráticas, humanas e flexíveis para os problemas organizacionais. A abordagem comportamental será tratada por meio das seguintes teorias: teoria comportamental da administração e teoria do desenvolvimento organizacional (DO). Teoria Comportamental da Administração ou Teoria Behaviorista: Essa teoria trouxe uma nova concepção e novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores (teoria clássica, das relações humanas e da burocracia) e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase é nas pessoas dentro do contexto organizacional mais amplo. Fundamenta-se no comportamento individual das pessoas para explicar o comportamento organizacional. O administrador deve conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir adequadamente as organizações através das pessoas. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Proposição sobre a motivação humana Hierarquia das necessidades de Maslow Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Teoria dos dois fatores de Herzberg - Fatores Higiênicos ou fatores extrínsecos: Estão fora do controle das pessoas. São os salários, benefícios sociais, condições físicas e ambientais do trabalho, políticas e diretrizes da empresa, regulamentos internos e etc. Quando presentes, não preocupam; quando ausentes, causam grande insatisfação. - Fatores motivacionais ou fatores intrínsecos: Estão relacionados ao conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que a pessoa executa. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realização. Estilo de Administração Os etilos de administração dependem das convicções que os administradores têm arespeito do comportamento humano nas organizações. Dentre os estilos de administração, vamos estudar as seguintes: Criado por McGregor Pressuposições da Teoria X Pressuposições da Teoria Y As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer. As pessoas evitam o trabalho. O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar. As evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras. As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios. As pessoas precisam ser controladas e dirigidas. As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas. As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. As pessoas são criativas e competentes. Os quatro sistemas administrativos de Likert SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO Variáveis Principais 1 2 3 4 Autoritário Coercitivo Autoritário Benevolente Consultivo Participativo Processo Decisorial Totalmente centralizado na cúpula da organização. Centralizado na cúpula, mas permite alguma delegação. Consulta aos níveis inferiores, permitindo participação e delegação. Totalmente descentralizado. A cúpula define políticas e controla os resultados. Sistema de Comunicações Muito precário. Somente comunicações verticais e Relativamente precário, prevalecendo comunicações A cúpula procura facilitar o fluxo no sentido vertical e Sistemas de comunicação eficientes são fundamentais Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ descendentes. descendentes sobre as ascendentes. horizontal. para o sucesso da empresa. Relações Interpessoais Provocam desconfiança. Organização informal é vedada e considerada prejudicial. Cargos confinam as pessoas. São toleradas, com condescendência. Organização informal é incipiente e considerada uma ameaça à empresa. Certa confiança nas pessoas e nas relações. A cúpula facilita a organização informal sadia. Trabalho em equipes. Formação de grupos é importante. Confiança mútua, participação e envolvimento grupal intensos. Sistemas de recompensas e punições Utilização de punições e medidas disciplinares. Obediência restrita aos regulamentos internos. Utilização de punição e medidas disciplinares, mas com menor arbitrariedade. Recompensas salariais e raras recompensas sociais. Utilização de recompensas materiais. Raras punições ou castigos. Utilização de recompensas sociais e recompensas salariais. Punições são raras e, quando ocorrem, são definidas pela equipe. A organização como um sistema de decisões Teoria das decisões Elementos do processo decisório: 1. Tomador das decisões 2. Objetivos 3. Preferências 4. Estratégia 5. Situação 6. Resultado Etapas do Processo decisório 1. Percepção da situação que envolve algum problema 2. Análise e definição do problema 3. Definição dos objetivos 4. Procura de alternativas de solução 5. Avaliação e comparação das alternativas 6. Escolha da alternativa mais adequada 7. Implementação da alternativa escolhida Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO): Vários cientistas sociais e consultores organizacionais partiram da Teoria Comportamental para uma abordagem democrática ao desenvolvimento planejado das organizações, que recebeu o nome de desenvolvimento organizacional (DO). Surgiu em 1962, como um conjunto de idéias sobre o homem, a organização e o meio ambiente para o desenvolvimento planejado das organizações. Origens do DO 1. A dificuldade em operacionalizar os conceitos da teoria administrativa. 2. Os estudos sobre a motivação humana. 3. A pluralidade de mudanças no mundo. 4. A fusão de duas tendências: estrutura e comportamento organizacional. 5. Os estudos sobre conflitos interpessoais – organizacionais. 6. As variáveis básicas: ambiente, organização, grupo e indivíduo. É uma mudança organizacional planejada. A ênfase está na mudança da cultura da organização. - Mudança: É a transição de uma situação para outra diferente ou a passagem de um estado para outro diferente. - Cultura Organizacional: É o conjunto de hábitos, crenças, valores e tradições, interações e relacionamentos sociais típicos de cada organização. - Clima Organizacional: É o meio interno ou a atmosfera psicológica característica de cada organização. O processo de mudança Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Tipos de mudança organizacional Etapas da mudança organizacional Pressupostos básicos do DO: 1. Constante e rápida mutação do ambiente 2. Necessidade de contínua adaptação 3. Interação entre o indivíduo e organização 4. A mudança organizacional deve ser planejada 5. A necessidade de participação e comprometimento 6. A melhoria da eficácia organizacional e do bem-estar da organização 7. O DO é uma resposta às mudanças Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Características do DO: 1. Focalização da organização como um todo 2. Orientação sistêmica 3. Agente de mudanças 4. Solução de problemas 5. Aprendizagem experiencial 6. Processo de grupos e desenvolvimento de equipes 7. Retroação 8. Orientação contingencial 9. Desenvolvimento de equipes 10. Enfoque interativo Processo de DO e as oito etapas segundo Kotter: 1. Decisão da direção da empresa de utilizar o DO e escolha do consultor 2. Diagnóstico inicial dos problemas da organização pela direção e pelo consultor 3. Coleta e obtenção dos dados necessários 4. Retroação de dados e reuniões de confrontação entre grupos de trabalho 5. Planejamento de ações pelos grupos de trabalho 6. Desenvolvimento de equipes para análise dos problemas 7. Desenvolvimento intergrupal e reuniões de confrontação entre equipes 8. Avaliação e acompanhamento dos resultados pelo consultor. Modelos de DO: 1. Managerial grid ou do tipo grid: Criado por Blake e Mouton 2. Modelo de Lawrence e Lorsch 1 2 3 4 5 6 7 8 9 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Administração 1.9 Administração 9.9 Administração 1.1 Administração 9.1 Administração 5.5 Alta Baixa Alta Atenção concentrada nas necessidades das pessoas, pois relacionamentos satisfatórios conduzem a uma atmosfera confrontadora e a um ritmo de trabalho de organização cordial A realização do trabalho é conseguida da parte das pessoas comprometida: a interdependência através de um interesse comum no objetivo da organização conduz a relacionamentos de confiança e de respeito. O desempenho organizacional adequado é possível equilibrando-se a necessidade de produzir trabalhos e a manutenção do moral das pessoas aníveis satisfatório. A aplicação de um esforço mínimo para se conseguir que o trabalho necessário seja executado é adequada e suficiente para se conservar a prerrogativa de membro da organização. A eficiência nas operações resulta de se fazer um arranjo das condições de trabalho de tal modo que os elementos humanos interfiram num grau mínimo. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ 2. Modelo de Lawrence e Lorsh 3. Teoria 3-D da eficácia gerencial de Reddin - Criado por Reddin. - Baseia-se no fato de o administrador ser solicitado a ser eficaz em uma variedade de situações. - Eficácia gerencial - Estilos gerenciais: Diagnóstico Planejamento da ação Implementação da ação Avaliação Relacionado Integrado Separado Dedicado OR OT Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ UNIDADE IV - ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO Ao redor da década de 50, o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy elaborou uma teoria interdisciplinar para transcender os problemas exclusivos de cada ciência e proporcionar princípios gerais e modelos gerais para todas as ciências envolvidas, de modo que as descobertas efetuadas em cada uma pudessem ser utilizadas pelas demais. Essa teoria interdisciplinar denominada de Teoria Geral dos Sistemas (TGS). Teoria dos Sistemas - Sistema é um conjunto de elementos interdependentes e interagentes ou um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado. - A Teoria dos Sistemas reconceitua os fenômenos dentro de uma abordagem global, permitindo a inter-relação e a integração de assuntos de natureza completamente diferentes. - Características: 1. Propósito ou objetivo 2. Globalismo ou totalidade - Tipos de sistema: 1. Quanto à constituição: Sistemas físicos ou concretos Sistemas abstratos ou conceituais 2. Quanto à natureza: Sistemas fechados Sistemas abertos - Exemplo de sistema: Sistema Entrada Saída Retroação Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ A organização como sistema aberto - Sistema de comunicação dentro de um sistema: Abordagem contingencial da administração Contingência é algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não, dependendo das circunstâncias. A visão contingencial procura analisar as relações dentro e entre os subsistemas, bem como entre a organização e seu ambiente, e definir padrões de relações ou configuração de variáveis. Desenvolver idéia Codificar Transmitir Receber Decodificar Usar ESTÁGIOS 2 4 5 631 Mensagem enviada Feedback Emissor Receptor Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Teoria da contingência Para essa teoria nada é absoluto, tudo é relativo. Não há uma melhor forma ou única de se administrar, e sim que tanto a estrutura quanto o funcionamento das organizações dependiam da relação com o ambiente externo. Origens da teoria da contingência Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Ambiente: É a situação dentro da qual a organização está inserida. Veja a figura abaixo: Tecnologia: É algo que se desenvolve nas organizações através de conhecimentos acumulados sobre a execução de tarefas – know-how – e pelas suas manifestações físicas – como máquinas, equipamentos e instalações. EmpresaFornecedores Clientes Concorrentes Condições tecnológias Condições Culturais Condições Ecológicas Condições Demográficas Condições Econômicas Condições Políticas Condições Legais Entidades Reguladoras Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Mudanças nas organizações Estruturas Hierárquicas Estruturas Matriciais Relações Formais Relações informais Vínculo Burocrático Vínculo empreendedor Fazer o que mandado Fazer o que for preciso Informação centralizada Informação pulverizada Resultado da Unidade Resultado da empresa Venda em local físico Venda em local virtual Antigos modelos mentais Novos modelos mentais O homem complexo 1. O homem é um ser transacional 2. O homem tem um comportamento dirigido para os objetivos 3. Os sistemas individuais não são estáticos Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ UNIDADE V – PERSPECTIVA MODERNA EM ADMINISTRAÇÃO O enfoque da qualidade QUALIDADE A qualidade atualmente é um dos principais fatores que o consumidor busca no momento da decisão em adquirir um produto ou serviço, com isso às organizações vivem num cenário de grandes desafios na disputa pela preferência do cliente. Para Moura (1997), a empresa deve investir em qualidade e dedicar-se totalmente a atender e satisfazer os seus clientes, aumentando as vendas e os lucros. Sendo assim pode-se afirmar que estratégia mais adequada é aquela que direciona a atender bem os seus clientes, e a qualidade de seus produtos e serviços é um excelente meio para isso. Schomberger (1993), por sua vez, trata a qualidade como um processo complexo e acrescenta que, muitas definições breves e focadas para conceituá-la tornaram-se populares. A busca pela qualidade faz com que as organizações busquem constantes melhorias perante os seus concorrentes, já que o assunto está centralizado na satisfação do cliente e conquista de novos mercados. Conceitos Para que uma empresa se destaque no mercado e entre seus concorrentes é fundamental investir na qualidade na prestação de serviços, promovendo ações para satisfazer a necessidade do consumidor, desenvolvendo um relacionamento de confiança e fidelidade com seus clientes. “Qualidade é um conjunto de características de desempenho de um produto ou serviço que, em conformidade com as especificações, atende e, por vezes, supera as expectativas e anseios do consumidor (cliente)”. (BARROS, 2002, p.9). Paladini (1994, p.26) enfatiza que "... o fato de existirem diversas abordagens e, por decorrência, muitos conceitos de qualidade, não se constitui entrave à sua compreensão, embora cause alguns conflitos quando de sua aplicação prática". À luz dos princípios teóricos de Teboul (1991) qualidade pode ser definida de diversas formas, a saber: aquilo que não cria problemas e pode ser esquecido, aquilo que é feito de maneira impecável e do qual não se fala, o respeito às especificações, ao orçamento e aosprazos de entrega, funcional e de fácil utilização, uma resposta rápida, adaptada, um produto seguro, que dura bastante, econômico, resistente e de fácil manutenção, o que é único, excelente, bonito, perfeito, genial e o estilo, a aparência, a sofisticação, o alto nível. “Qualidade é tudo o que alguém faz ao longo de um processo para garantir que um cliente, fora ou dentro da organização, obtenha exatamente aquilo que deseja em termos de características intrínsecas, custo e atendimento”. (LOBOS, 1991, p. 16). Segundo Barros (2002, p. 9) “qualidade é o atendimento das expectativas do cliente, é um produto ou serviço que esteja no nível daquilo que deseja, em relação a custo, forma, desempenho, durabilidade, prazos e outros fatores.” Para Paladini (1994), qualidade, corretamente definida, é aquela que prioriza o consumidor. Os conceitos de qualidade precisam estar vinculados ao conceito de missão da organização. Missão como compromisso, comprometimento, pacto. É vital a participação de Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ todos os integrantes da organização, para que a mesma não se fragmente e não percam de vista seus objetivos e estratégias. Qualidade é uma coisa só, tanto para produtos quanto para serviços. O que importa é se está em conformidade, atendendo às expectativas do cliente. Portanto a organização deve prestar serviços com qualidade e por meio da excelência do atendimento poderá atingir todos os objetivos almejados. Evolução histórica O conceito de qualidade teve início nos EUA, na década de 1920, limitando-se apenas a produção de itens defeituosos. Nessa época os produtos fabricados teriam as mesmas características e não apresentariam defeitos, na medida do possível. Mas a partir deste período observou-se que o assunto qualidade teria diversas abordagens, para isso foram criados os inspetores de qualidade, responsáveis por inspecionar produto por produto. A preocupação com a qualidade iniciou-se com W.A. Shewhart, estatístico norte- americano que, já na década de 20, tinha um grande questionamento com a qualidade e com a variabilidade encontrada na produção de bens e serviços. Shewhart desenvolveu um sistema de mensuração dessas variabilidades que ficou conhecido como Controle Estatístico de Processo (CEP). (LONGO, 1996). W.A. Shewhart também propos o PDCA (Plan, Do, Check e Action), década de 20 no Japão, em seu livro Statistical methods from the viewpoint of quality control, esse método essencial da gestão da qualidade foi divulgado e efetivado por Deming em 1950 em que ficou conhecido também como Ciclo de Deming que tem por princípio tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução da qualidade. (PALLADINI, 1994). Logo após a Segunda Guerra Mundial, o Japão se apresenta ao mundo literalmente destruído e precisando iniciar seu processo de reconstrução. W.E. Deming foi convidado pela Japanese Union of Scientists and Engineers (entidade sem fins lucrativos criada logo após a guerra) para proferir palestras e treinar empresários e industriais sobre controle estatístico de processo e sobre gestão da qualidade. O Japão inicia, então, sua revolução gerencial silenciosa, que se contrapõe, em estilo, mas ocorre paralelamente, à revolução tecnológica e chega a se confundir com uma revolução cultural. Essa mudança silenciosa de postura gerencial proporcionou ao Japão o sucesso de que desfruta até hoje como potência mundial. (LONGO, 1996). Para Longo (1996), o período pós-guerra trouxe ainda dimensões novas ao planejamento das empresas. Em virtude da incompatibilidade entre seus produtos e as necessidades do mercado, passaram a adotar um planejamento estratégico, Como o termo qualidade se tornou um fator estratégico e fundamental para as organizações, surgiu à necessidade de definição para o assunto, no qual foram constatadas diferentes abordagens no ponto de vista dos principais autores da qualidade como: Deming, Juran, Crosby, Feigenbaun e Ishikawa, apresentadas a seguir. Deming conhecido mundialmente como uns dos principais especialistas do Controle de Qualidade no Japão, sendo considerado “pai da segunda Revolução Industrial” define qualidade às exigências e às necessidades do consumidor. Como elas estão em permanente mudança, às especificações de qualidade devem ser alteradas constantemente. Deming afirma que cumprir as especificações não é suficiente, é necessário utilizar instrumentos de controle estatístico de qualidade em vez de mera inspeção de produtos. A filosofia de Deming (1990), para melhoria da qualidade é resumida em um programa de quatorze passos, a saber: crie uma visão consistente para a melhoria de um Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ produto ou serviço, adote a nova filosofia, deixar de ser dependente da inspeção em massa, cessar a prática de fazer negócios levando em conta somente o preço, melhora constante e definitivamente o sistema de produção e serviços, instituir métodos modernos de treinamento no trabalho, instituir métodos modernos de supervisão, eliminar o medo, derrubar as barreiras entre os departamentos, eliminar as metas numéricas para força de trabalho, eliminar os padrões de trabalho e cotas numéricas, remover as barreiras que continuamente atrapalham os trabalhadores, instituir um programa vigoroso de educação e treinamento e criar uma estrutura na alta administração que, todos os dias, exerça pressão sobre os 13 pontos acima. Para Deming a utilização do programa dos quatorze passos, predomina o controle e melhoria de processo, para o desenvolvimento de ações que promovam a manutenção do sistema de qualidade. (FITZSIMMONS & FITZSIMMONS, 2005). As principais contribuições de Juran foram às definições para qualidade seguindo dois aspectos: resultados e custos. Segundo o aspecto resultados, a qualidade consiste nas características do produto que satisfazem às necessidades do cliente e geram lucro. De acordo com o aspecto custos, a qualidade é encarada como a ausência de defeitos. (JURAN, 1993). Juran (1993) contribui para a elaboração da trilogia, com objetivo de atingir os melhores resultados: planejamento da qualidade, melhoria da qualidade e controle da qualidade. Crosby (1988 apud BARROS, 2002, p.104) “defende o princípio do zero defeito, alegando que fazer certo pela primeira vez é a maneira preventiva para não se adotarem erros”. E que os responsáveis pela falta de qualidade são os gestores e não os trabalhadores, e que as iniciativas de qualidade devem vir de cima para baixo, lideradas por meio de bons exemplos. A favor da criação de um grupo estratégico de especialistas da qualidade nas empresas. Crosby foi criador das chamadas cinco ilusões da qualidade, sendo: a qualidade significa luxo ou notoriedade, a qualidade é algo intangível e não mensurável, a convicção de que é impossível fazer bem à primeira, os problemas de qualidade partem dos trabalhadores, a qualidade é criada pelos departamentos de qualidade. (CROSBY, 1988). Segundo Fitzsimmons & Fitzsimmons (2000), a contribuição de Crosby inclui ainda a instituição de 14 passos sequenciais para implementação de um programa de melhoria da qualidade, estando assim descritos: compromisso do gerenciamento, equipe de melhoria da qualidade, mensuração da qualidade, avaliação do custo da qualidade, consciência de qualidade, medidas corretivas, estabelecimento de um programa com zero defeito, treinamento de supervisores, dia do defeito zero, estabelecimentode metas, eliminação da causa do erro, reconhecimento, conselhos de qualidade e faça tudo novamente. Compromisso do gerenciamento é identificado à necessidade de melhoria da qualidade entre os níveis mais altos de gerenciamento obtendo o compromisso e cooperação de todos. Equipe de melhoria da qualidade cada representante é responsável na formação de sua equipe, tendo como missão colocar em prática o programa de melhoria de qualidade. Mensuração da qualidade é a realização de uma auditoria em relação à qualidade dentro da organização, no qual são avaliadas as não-conformidades e solicitada uma ação corretiva. Avaliação dos custos da qualidade é identificada a questão dos custos da qualidade, proporcionando um indicador dos pontos em que a medida corretiva será lucrativa para uma organização. Para a consciência de qualidade é realizado um trabalho voltado para conscientização de melhoria da qualidade entre os supervisores e empregados por meio da comunicação. Medidas corretivas é o processo utilizado com o foco na identificação e solução para os problemas relacionados à qualidade dentro do nível da organização. (FITZSIMMONS & FITZSIMMONS 2000). Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Estabelecimento de um programa com zero defeito nessa etapa são escolhidos os representantes responsáveis em investigar e implantar um programa no qual é priorizado a questão do zero defeito, pois o trabalho realizado deve ser certo desde a primeira vez. Treinamento de supervisores é conduzida uma orientação formal para todos os níveis com intuito de capacitação de toda equipe. Dia do defeito zero por meio de um evento é disseminado a questão do zero defeito para todos os colaboradores de uma organização e a partir disso o assunto se torna padrão entre todos. Para o estabelecimento de metas os empregados são incentivados a pensar em metas para si e seus grupos, no qual serão auxiliados por supervisores. (FITZSIMMONS & FITZSIMMONS 2000). Na eliminação da causa do erro por meio de um questionário os profissionais descrevem qualquer problema que possa causar algum erro no dia a dia de trabalho. Reconhecimento é um programa de premiação que destaca os profissionais que tenham alcançados as metas propostas pela organização. Nos conselhos de qualidade os profissionais de qualidade se reúnem para discutir as necessidades e incrementar os programas implantados na organização. Faça tudo novamente devido à rotatividade de profissionais tornando-se necessário a realização de um programa voltado ao esforço educacional. (FITZSIMMONS & FITZSIMMONS 2000). Ishikawa foi considerado como um dos pioneiros no Controle de Qualidade Total. Ele foi o inspirador da criação dos círculos de qualidade. Propõe o envolvimento de todos os colaboradores em grupos de estudo, por meio do uso intenso de técnicas estatísticas simples como: Gráfico de Causa e Efeito, Check List, Diagrama de Pareto, Estratificação, Cartas de Controle, Histograma e Diagrama de Dispersão. (BARROS, 2002). Feigenbaun (1995) informa que qualidade é um conceito aplicado no âmbito das relações, por meio de produtos ou serviços, entre um cliente e um fornecedor, e qualidade total é uma estratégia de mobilização, em que todos (sem exceção) participam do desafio constante de satisfazer clientes. Criador do conceito do Total Quality Control (TQC), que significa Controle da Qualidade Total, segundo o qual a qualidade é um instrumento estratégico que deve envolver todos os trabalhadores. Foram identificadas que as cinco primeiras dimensões da qualidade em serviço na visão Fitzsimmons (2006), no qual os clientes utilizavam para julgar a qualidade dos serviços, como: confiabilidade, responsabilidade, segurança, empatia e aspectos tangíveis, listadas em ordem decrescente de importância para os clientes. A palavra qualidade tem um amplo significado e, por isso, dá margem a inúmeras interpretações. No qual representa a busca da satisfação do cliente engloba a busca da excelência para as atividades de um processo. (BARROS, 2002). Na visão de Kotler (2000), a competitividade e o desempenho das organizações são afetados negativamente em termos de qualidade e produtividade por uma série de motivos. Dentre eles destacam-se: deficiências na capacitação dos recursos humanos, modelos gerenciais ultrapassados, que não geram motivação, tomada de decisões que não são sustentadas adequadamente por fatos e dados, posturas e atitudes que não induzem à melhoria contínua. Atualmente, as organizações se preocupam em garantir a qualidade nos serviços prestados, pois dependem disso para se tornarem competitivas e sobreviverem no mercado. Portanto é fundamental atender e, referencialmente, exceder às expectativas do cliente, mas para isso será necessário ouvir e entender o que realmente o cliente deseja e necessita, para que o serviço possa ser realizado e prestado com excelência. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Normas Iso Quando se trata de qualidade em serviço, pode-se destacar as Normas ISO 9000, que visa uniformizar os fatores de desempenho de uma organização quanto à qualidade de seus produtos e serviços. A ISO começou a funcionar oficialmente em fevereiro de 1947, têm por objetivo promover o desenvolvimento da normalização, garantindo que as organizações apresentem os requisitos o mínimos de qualidade. No qual abrange as seguintes categorias de produto: hardware, materiais em processo, serviço e, mais recente o meio ambiente. (BRAVO, 2007). Estruturalmente, os modelos para a implantação da qualidade seguem normas específicas, principalmente as normas segundo a ISO 9000, que impulsionou os movimentos para garantia da qualidade. As principais normas de referência para a implantação da qualidade são: Norma ISO 9000 e 9004– Sistemas de Gestão da Qualidade, Norma QS 9000 – Sistema de gestão da qualidade para o setor automotivo, Norma TS 16949 – Sistema de gestão da qualidade para o setor de Telecomunicações, Norma ISO 14001 – Sistema de gestão ambiental, Norma BS 8800 – Sistema de gestão da saúde e segurança ocupacional, dentre outros. Uma Certificação de Sistema da Qualidade é o reconhecimento de que a organização possui um sistema de gestão qualitativa, no qual reforça que o processo utilizado está adequado, tornando mais fácil atender às exigências do mercado. Conforme Bravo (2007), ISO 9000 é o processo pelo qual um organismo credenciado de certificação realiza uma auditoria em uma organização fornecedora de bens e /ou serviços para verificar se o sistema de qualidade implementado está de acordo com uma das normas da série. Barros (2002, p. 121), ressalta que antes de adotar qualquer ação em busca da certificação ISO 9000, é fundamental que a organização realize um diagnóstico e seu sistema para estabelecer uma analogia entre os métodos e processos usuais de rotina, em contrapartida com as especificações recomendadas pela norma. Conforme Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005, p. 437), “a documentação dos processos e o desempenho consistente são características – chave dos padrões ISO.” Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005) informa ainda que a ISO 9000 busca alcançar isso exigindo que um negócio implemente um clico de três componentes: Planejamento: As atividades que afetam a qualidade devem ser planejadas para assegurar que as metas, a autoridade e a responsabilidade sejam definidas e compreendidas, Controle: As atividades queafetam a qualidade devem ser controladas para assegurar que as exigências especificadas em todos níveis sejam atendidas, os problemas sejam antecipados e evitados e as ações corretivas sejam planejadas e executadas e Documentação: As atividades que afetam a qualidade devem ser documentadas para assegurar uma compreensão dos objetos e métodos da qualidade, a Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ interação facilitada dentro da organização, o retorno para o ciclo de planejamento, e para servir como uma evidencia objetiva do desempenho do sistema de qualidade. Para Barros (2002, p.121) antes de adotar qualquer ação em busca da certificação ISO 9000, é fundamental que a organização realize um diagnóstico de seu sistema para estabelecer uma analogia entre os métodos e processos usuais ou de rotina, em contrapartida com as especificações recomendadas pela norma. Barros (2002), afirma ainda que o diagnóstico audita de forma preliminar os sistemas com base nos 20 elementos estruturais previstos para Sistema de Garantia da Qualidade padrão ISO 9000. São eles: responsabilidade da administração, sistema da qualidade, análise crítica de contrato, controle do projeto, controle de documentos e dados, aquisição, controle de produto fornecido pelo cliente, identificação e rastreabilidade de produtos/ serviço, controle de processo, inspeção e ensaios, equipamento de inspeção, medição e ensaios, situação da inspeção e ensaios, controle de produtos /serviços não – conforme ação corretiva e preventiva, manuseio, armazenamento, preservação, embalagem e entrega registro da qualidade, auditorias internas da qualidade, treinamento, serviços associados e técnicas estatísticas. Portanto para que uma empresa implante uma Certificação da Qualidade, deve conhecer as normas ISO 9000, devem analisar a possibilidade de apoio de consultoria, deve fazer formação aos seus quadros e a todos os restantes colaboradores, deve definir um cronograma, organizar um manual da qualidade e pedir a auditoria de concessão a um organismo certificador, no caso de pretender a certificação. Segundo Barros (2002) a norma ISO 9004 aborda a diretriz do Sistema de Gestão da Qualidade a ser adotado pela empresa. Ela é o referencial na estruturação da metodologia, por meio dos elementos (ou requisitos) do Sistema da Qualidade que garantirá o máximo de eficácia no atendimento das expectativas do cliente. Para que uma empresa seja reconhecida como certificada é necessário realizar alguns preparativos, voltados para qualidade de seus processos e documentações. Esses procedimentos são avaliados e controlados por uma auditoria realizada na empresa, nesse processo é julgado se realmente a empresa apresenta todos os padrões necessários para uma certificação, que nos dias atuais se tornou uma necessidade, já que esse procedimento sinaliza que a organização está dentro dos padrões de norma ISO. Modelo japonês de administração MODELO JAPONÊS Sistema Toyota de Produção Eliminação de desperdício Busca da qualidade 1- Eliminação do desperdício 2- Produção com qualidade; 3- Produção enxuta – orientação para a economia de recursos. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Principais tipos de desperdícios: tempo perdido em conserto; produção além do volume; operações desnecessárias na produção; transporte; estoque; espera. ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS (APO) É um processo de entendimento dos objetivos de uma organização, de maneira que a administração e funcionários desempenhem as suas funções em função desses objetivos e que os compreendam. É uma Técnica participativa de planejamento e avaliação, através da qual superiores e subordinados, conjuntamente, definem aspectos prioritários e estabelecem objetivos (resultados) a serem alcançados, num determinado período de tempo e em termos quantitativos, dimensionado, as respectivas contribuições (metas) e acompanham sistematicamente o desempenho (controle) procedendo às correções necessárias. O termo Administração por Objetivos foi introduzido popularmente por Peter Drucker em 1954 em seu livro The Practice of Management. A importância dos objetivos: 1. Proporcionam uma diretriz ou finalidade comum. 2. Permitem o trabalho em equipe e eliminam tendências egocêntricas. 3. Servem de base para avaliar planos e evitam erros. 4. Melhoram as possibilidades de previsão do futuro. 5. Quando os recursos são escassos, ajudam a orientar e prever sua distribuição criteriosa. Critérios para escolha dos objetivos: 1. Atividades com maior impacto sobre os resultados. 2. Objetivo deve ser específico, mensurável e basear-se em dados concretos. 3. Focar objetivos na atividade e não na pessoa. 4. Detalhar cada objetivo com metas subsidiárias. 5. Usar linguagem compreensível e clara. 6. Devem concentrar-se em alvos do negócio e não dispersar atividades. 7. Devem indicar resultados a atingir sem limitar a liberdade de escolha dos meios. Hierarquia de objetivos: 1. Objetivos estratégicos: objetivos organizacionais e globais. 2. Objetivos táticos: objetivos departamentais. 3. Objetivos operacionais: objetivos de cada atividade. Características: 1. É uma técnica de direção de esforços através do planejamento e controle administrativo; Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ 2. Para a organização atingir resultados é preciso definir em que negócio está atuando e aonde pretende chegar; 3. É um sistema dinâmico que integra a necessidade da companhia de alcançar os seus objetivos de lucro e crescimento; 4. É um estilo exigente e compensador de administração de empresas; 5. É um método no qual as metas são definidas em conjunto entre administrador e seu superior, as responsabilidades são especificadas para cada posição em função dos resultados esperados, que passam a integrar os padrões de desempenho sob os quais os gerentes são avaliados. Características Principais: 1. Estabelecimento conjunto de objetivo entre o executivo e o seu superior – A maior parte da APO utiliza o estabelecimento conjunto de objetivos. O Executivo e seu superior participam do processo de estabelecimento e fixação de objetivos. 2. Estabelecer objetivos para cada departamento: Basicamente a APO está fundamentada no estabelecimento de objetivos por posições de gerência. Os objetivos, em alto nível, podem ser denominada objetivos, metas, alvos ou finalidades, porém a idéia básica é a mesma. Determinar os resultados que um gerente em determinado cargo deverá alcançar. 3. Interligação dos objetivos Departamentais: Correlacionar os objetivos dos vários órgãos ou gerentes envolvidos, mesmo quando os objetivos não se apoiam nos mesmos princípios básicos. Formar uma visão de conjunto. 4. Elaborar planos táticos e planos operacionais, com ênfase na mensuração e no controle: Após a definição dos objetivos departamentais, elabora-se os planos táticos e os planos operacionais para alcança-los. Como a APO enfatiza a quantificação a mensuração e o controle, torna-se necessário mensurar os resultados atingidos e compará-lo com os resultados planejados. Somente os resultados que podem ser mensurados podem ser aplicados a APO. 5. Contínua avaliação, revisão e reciclagemdos planos: É necessário uma avaliação contínua dos planos na abordagem da APO, para a correção do rumo para se alcançar o resultado esperado. 6. Participação atuante da chefia: Há uma grande participação do superior, é centralizado. 7. Apoio intenso do staff: A implantação da APO requer o apoio intenso de um staff previamente treinado e preparado. A abordagem do tipo “faço-o você mesmo” não é aconselhável em APO. Pois exige integração e coordenação de esforços Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ O ciclo contínuo da APO Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ UNIDADE VI – NOVAS TENDÊNCIAS EM ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO EMPREENDEDORA “É a descoberta e exploração de oportunidades lucrativas”. Hitt, Ireland e Hoskisson Origem Histórica: A partir do início dos anos 80, com a crescente percepção das empresas americanas em recuperar sua competitividade frente às japonesas. Tais empresas perceberam o esgotamento de seu modelo tradicional de gestão e a necessidade de reinventar a organização. Filosofia Básica: Busca da inovação orientada para resultados, através de equipes empreendedoras. Liderança É o processo de influenciar outros de modo a conseguir que eles façam o que o líder quer que seja feito, ou ainda, a capacidade para influenciar um grupo a actuar no sentido da prossecução dos objectivos do grupo. Bases de uma Liderança 1. Definir estratégias 2. Estabelecer objetivos 3. Determinar metas 4. Cobrar resultados Características do Líder eficaz: 1. Forte senso de objetivo 2. Persistência 3. Autoconhecimento 4. Sempre Aprendendo 5. Aprecia o trabalho 6. Atrai e inspira os outros 7. Relacionamentos humanos maduros 8. Inova 9. Vê os erros como oportunidades 10. Serve as necessidades dos outros Funções da liderança: 1. Diagnosticar funções de mudança 2. Identificar problemas 3. Captar alternativas de soluções 4. Intervir em desvios inesperados Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ 5. Educar a equipe 6. Monitorar o desempenho de equipe ADMINISTRAÇÃO VIRTUAL Filosofia básica: Sobrevivência da empresa será garantida por integrar uma rede competitiva de empresas atuantes em forma de parcerias. - Somente empresas com infra-estruturas de comunicações eficientes podem sobreviver nos negócios on-line. Características: Digitalização: informações da empresa em forma digital; Globalização: capacidade de localizar a empresa em qualquer parte do mundo; Mobilidade: acessar a empresa em qualquer lugar; Trabalho em grupos virtuais: os parceiros podem trabalhar coletivamente de qualquer lugar físico; Informações em tempo real: Acesso instantâneo aos dados da empresa. E-Business Uma forma segura, flexível e integrada de fornecer um valor diferenciado na gestão administrativa pela combinação de sistemas e processos para administração e funcionamento de operações centrais. Sistemas de Gestão administrativa ERP - Enterprise Resource Planning Tem o papel de interligar todos os setores de uma empresa proporcionando tomadas de decisão, agilização de processos, supervisão cada vez mais eficazes e rápidos. - Unir departamentos SCM – Supply Chain Management Programa utilizado para integrar os processos industriais e comerciais, partindo dos fornecedores iniciais até os consumidores finais. Seu foco é no gerenciamento da cadeia produtiva. Tem a responsabilidade de agilizar a operação de fornecimentos de produtos ou matéria-prima entre empresas. E-learning Utilizada para fornecer cursos à longa distância para funcionários das empresas. CRM - Custumer Relationship Management Visa o gerenciamento das relações com os clientes, através de informações disponíveis sobre os mesmos realizando análises posteriores que permitam um atendimento diferenciado, identificando necessidades e tendências de grupo de consumidores, além de facilitar a fidelização dos clientes. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ WMS - Warehouse Management Systems Responsável pelo o armazenamento de informações fora dos limites das empresas. INTRANET Rede de computadores que se comunica através da Internet. EXTRANET Conexões de rede que utilizam tecnologias da Internet para interconectar a intranet de uma empresa com as intranets de seus clientes, fornecedores ou outros parceiros comerciais. BENCHMARKING “É a técnica por meio da qual a organização compara seu desempenho com a da outra”. Amaru Maximiano Objetivo: Melhorar as práticas de administração para identificar e ganhar vantagens competitivas. - Essas práticas podem ser encontradas em empresas concorrentes ou em empresas de segmentos totalmente diferentes. Procedimentos básicos do Benchmarking: 1. Escolha do produto ou processo a ser estudado ou comparado; 2. Escolha de uma empresa como marco de referência para realizar a análise comparativa; 3. Escolher um método de obtenção de dados; - Dados públicos; - Pesquisa e observação direta; - Espionagem. 4. Coleta dos dados; 5. Análise e Interpretação dos dados; 6. Escolha das práticas que podem ser copiadas e implementadas; 7. Implementação; 8. Avaliação. REENGENHARIA “É um método de gestão empresarial que pretende incorporar de forma consciente e intencional as vantagens trazidas pela tecnologia da informação”. Petrozzo Começar novamente. - Aquisição de uma nova arquitetura. - Aquisição de uma nova fisiologia. Prof. Ms. Marcos James Chaves Bessa Disciplina: Teoria da Administração Curso: Administração UNICATÓLICA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ Racionalizar métodos. Técnica de revisão total das premissas, estratégicas e processos que compõem a operação de uma empresa. Objetivos da Reengenharia: Satisfazer clientes externos e internos; Redução de custos; Aumento da competitividade; Melhoria da qualidade; Empowerment de todos; Adaptação a novas exigências. - Para uma melhor condução do processo de mudança é necessária à existência de uma equipe designada a analisar todos os processos da empresa e escolher aqueles que mais chances de melhoria prometem. Fatores que influenciam o processo de Reengenharia: Tecnologia Ambiente Fator humano Ineficiência nos processos internos Fases do processo de Reengenharia: 1. Preparando para a mudança 2. Planejamento para a mudança 3. Projetando e Implantando a mudança 4. Avaliando a mudança Níveis de Reengenharia: NNííveis de reengenhariaveis de reengenharia Envolvendo toda a empresa Reengenharia Organizacional Evolvendo um processo empresarial Reengenharia de Processo Evolvendo um único cargo ou função Reengenharia de Os três níveis da Reengenharia Cargos ou tarefas DOWNSIZING
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