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Apostila História da Arte Marista (Parte 1)

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3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
 Apostila complementar de História da Arte 
 
 1 
 Unidade 1 
 
Arte da Pré-História 
 
As Primeiras Manifestações 
Artísticas: 
 
 As mais antigas figuras feitas pelo homem 
foram desenhadas em paredes de rocha, 
sobretudo em cavernas. E a esse tipo de arte é 
chamado de rupestre. Entretanto, é importante 
ressaltar que os seres humanos de então, não 
tinham a intenção de produzir Arte assim como 
a concebemos hoje, mas nosso estudo começa 
a partir do momento em que o homem passa a 
criar imagens. 
Já foram encontradas imagens 
rupestres em muitos locais, mas as mais 
estudadas são as das cavernas de Lascaux, na 
França, de Altamira na Espanha, e as do 
município de São Raimundo Nonato, no Brasil. 
 Dentre as pinturas rupestres destacam-se 
as chamadas mãos em negativo e os desenhos 
de pinturas de animais. As mãos em negativo 
são um dos primeiros registros deixados pelos 
nossos ancestrais que viveram num período 
chamado Paleolítico. 
 
 
Mãos em Negativo, Caverna na França 
 
 Já nos desenhos e pinturas de animais, 
chama nossa atenção o naturalismo: o artista 
pintava o animal do modo como o via, 
reproduzindo a natureza tal qual seus olhos 
captavam. Esse naturalismo estava 
intimamente ligado a rituais. Nota-se nessas 
pinturas a presença de animais de grande 
porte: alguns talvez temidos, mas que eram 
caçados pelo ser humano, como os bisões. 
 
 
“Pintura Rupestre, Lérida. Espanha” 
 
 
Bizão encontrado numa caverna da Espanha 
 
 No ultimo período da pré-história, o 
Neolítico, iniciou-se o desenvolvimento da 
agricultura e a domesticação de animais. Os 
grupos humanos, que tinham vida nômade, isto 
é, sem habitação fixa, não precisavam mais 
mudar-se constantemente em busca de 
alimento e puderam se fixar. 
 Essa mudança para uma vida mais estável 
foi decisiva para originar as sociedades atuais e 
também teve reflexos na expressão artística: o 
artista do Neolítico passou a retratar a figura 
humana em suas atividades cotidianas. 
 
 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
 Apostila complementar de História da Arte 
 
 2 
Cavernas em regiões entre a Espanha e a França 
encontramos figuras neolíticas. 
 O ser humano do Neolítico desenvolveu 
técnicas como a tecelagem, a cerâmica e a 
construção de moradias. Além disso, como já 
produzia fogo, começou a trabalhar na fundição 
de metais. Assim, suas atividades começaram a 
se modificar e as pinturas rupestres registraram 
essas modificações. 
 
 
Reprodução científica sobre o tipo de ferramentas 
que o homem já era capaz de realizar. 
 
 
Cemitério neolítico na Alemanha, massacre de um 
exército de homens que buscavam mulheres. Em 
meio aos ossos instrumentos de metais. 
 
A Arte da Escultura e da Cerâmica 
 
 Além das pinturas rupestres, os artistas pré-
históricos faziam esculturas, em pedra e metal, 
que mostraram seu empenho na criação de 
objetos e na representação da figura humana. 
Há esculturas em bronze nas quais já é 
possível observar não só a postura elegante da 
figura humana como também detalhes do rosto 
e das vestes. 
 Uma das primeiras representações humanas 
em escultura é a Vênus de Willendorf com 
seios, barriga e vulva muito volumosos, 
possivelmente utilizada para rituais de 
fertilidade. 
 Também são provenientes desse mesmo 
período, grandes realizações do homem do 
neolítico, como os monumentos megalíticos. 
(do grego mega: grande e lithos: pedra). 
 
 
 “Vênus de Willendorf, 30.000a.C. - 25.000a.C.” 
 
 
Círculo de pedras gigantes de Stonehenge, no sul de 
Inglaterra foi erguido por volta de 2300 a.C., 
 
A Arte na Pré-história Brasileira 
 
 Ao pensarmos no início da história no Brasil, 
em geral nos vem à mente o ano de 1500, ano 
da chegada dos portugueses. Mas o território 
que hoje chamamos Brasil já era habitado por 
povos indígenas havia milhares de anos. 
Sabemos deles por meio de vestígios 
arqueológicos: fragmentos de ossos e de 
objetos, desenhos e pinturas gravados em 
rochas. 
 Entre os desenhos e as pinturas rupestres 
encontrados no Brasil, destacam-se os do sítio 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
 Apostila complementar de História da Arte 
 
 3 
arqueológico localizado em São Raimundo 
Nonato, Piauí, aonde desde 1970 vários 
pesquisadores vêm trabalhando. Em 1978, foi 
coletada no local grande quantidade de 
vestígios arqueológicos. Segundo as pesquisas, 
os primeiros habitantes da região usavam as 
grutas como abrigo ocasional e foram os 
autores das obras ali pintadas e gravadas. 
 
 
Pintura animais, localizada em São Raimundo 
Nonato. 
 
 Este lugar não é, porém, o único local no 
Brasil onde encontramos exemplos de arte 
rupestre. Há importantes sítios arqueológicos, 
por exemplo, em Pedra Pintada no Pará, e em 
Peruaçu e Lagoa Santa, em Minas Gerais. 
 As pesquisas sobre antigas culturas que 
existem no Brasil nos permitem ver que nossa 
história está ligada à história do mundo. Além 
disso, reforçam o conhecimento de que nossas 
raízes se encontram num tempo muito mais 
remoto do que o ano 1500, tido como o ano 
que deu início à “história do Brasil”. 
 
Exercícios: 
1. Responda com base no código a seguir: 
Sobre a Pré-História: 
I- Os traços femininos exagerados da Vênus 
levam-nos a supor que não estão ligados à 
fertilidade. 
II- O homem da pré-história, pensava num 
conceito artístico muito próximo ao da nossa 
época. Produzindo, dessa forma, imagens que 
serviam para a decoração das cavernas. 
III- A pintura rupestre, isto é, feita na rocha, 
por meio de se naturalismo marca o período 
Neolítico. 
a)- Se as alternativas I, II, III são corretas. 
b)- Se as alternativas I, II, III são incorretas. 
c)- Se apenas as afirmativas I e II são corretas. 
d)- Se apenas as afirmativas I e III são 
corretas. 
e)- Se apenas as afirmativas II e III são 
corretas. 
 
2. A história do Brasil costuma ser contada a 
partir do ano de 1500. O que as descobertas 
arqueológicas brasileiras nos fazem concluir a 
esse respeito? 
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________ 
 
3. É certo dizer que a arte do homem pré-
histórico é menos evoluída que a arte do nosso 
tempo? Explique. 
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________ 
 
 Unidade 2 
 
Arte Egípcia 
 
 A arte Egípcia surgiu a mais de 3000 
anos A.C. Mas é entre 1560 e 1309 A.C. que a 
pintura Egípcia se destaca em procurar refletir 
os movimentos dos corpos e por apresentar 
preocupação com a delicadeza das formas. O 
local a ser trabalhado primeiramente recebia 
um revestimento de gesso branco e em 
seguida se aplicava a tinta sobre gesso. Essa 
tinta era uma espécie de cola produzida com 
cores minerais. 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
 Apostila complementar de História da Arte 
 
 4 
 
 Modelagem feita 
durante o Médio 
Império do faraó 
Mentuhotep III com 
técnica de cerâmica e 
Gesso, colorida com 
tons mineraise 
dourados. 
 Os egípcios ao esculpir e pintar tinham 
o propósito de relatar os acontecimentos de 
sua época, as histórias dos Faraós, deuses e do 
seu povo em menor escala, já que as pessoas 
não podiam ser representadas ao lado de 
deuses e nem dentro de templos. 
Provavelmente eles não tiveram a intenção de 
nos deixar a "arte" de seus criadores. 
O tamanho das pessoas e objetos não 
caracterizavam necessariamente a distância um 
do outro e sim a importância do objeto, o 
poder e o nível social. 
Busto de Tutmosis III 
que tinha cerca de 
trinta anos quando se 
tornou faraó, ergueu 
pelo menos quatro 
obeliscos, sendo que 
dois em Karnak. 
. 
 Os valores dos egípcios eram eternos e 
estáveis. Suas leis perduraram cerca de 6.000 
anos. O Faraó representava os homens junto 
aos deuses e os deuses junto aos homens, 
assim como era responsável pelo bem-estar do 
povo, sendo considerado também como um 
próprio Deus. 
 Arquitetura 
As pirâmides do deserto de Gizé são as 
obras arquitetônicas mais famosas e, 
foram construídas por importantes reis do 
Antigo Império: Quéops, Quéfren e 
Miquerinos. Junto a essas três pirâmides 
está a esfinge mais conhecida do Egito, 
que representa o faraó Quéfren, mas a 
ação erosiva do vento e das areias do 
deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, 
um aspecto enigmático e misterioso. 
 
 
As características gerais da arquitetura 
egípcia são: 
 
* solidez e durabilidade; 
* sentimento de eternidade; e 
* aspecto misterioso e impenetrável. 
 
As pirâmides tinham base 
quandrangular eram feitas com pedras que 
pesavam cerca de vinte toneladas e mediam 
dez metros de largura, além de serem 
admiravelmente lapidadas. 
 A porta da frente da pirâmide voltava-
se para a estrela polar, a fim de que seu influxo 
se concentrasse sobre a múmia. O interior era 
um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara 
funerária, local onde estava a múmia do faraó 
e seus pertences. 
Os templos mais significativos são: 
Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus 
Amon.Os monumentos mais expressivos da 
arte egípcia são os túmulos e os templos. 
 Divididos em três categorias: 
Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó; 
Mastaba - túmulo para a nobreza; e 
Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo. 
 
Os tipos de colunas dos templos egípcios 
são divididas conforme seu capitel: 
 
* Palmiforme - flores de palmeira; 
* Papiriforme - flores de papiro; e 
* Lotiforme - flor de lótus. 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
 Apostila complementar de História da Arte 
 
 5 
 Escultura 
 
Os escultores egípcios representavam os 
faraós e os deuses em posição serena, 
quase sempre de frente, sem demonstrar 
nenhuma emoção. Pretendiam com isso 
traduzir, na pedra, uma ilusão de 
imortalidade. Com esse objetivo ainda, 
exageravam freqüentemente as 
proporções do corpo humano, dando às 
figuras representadas uma impressão de 
força e de majestade. 
 Os Usciabtis eram figuras funerárias em 
miniatura, geralmente esmaltadas de azul 
e verde, destinadas a substituir o faraó 
morto nos trabalhos mais ingratos no 
além, muitas vezes coberto de inscrições. 
Os baixos-relevos egípcios, que eram 
quase sempre pintados, foram também 
expressão da qualidade superior atingida 
pelos artistas em seu trabalho. Recobriam 
colunas e paredes, dando um encanto 
todo especial às construções. Os próprios 
hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, 
em baixo-relevo. 
 
Mastabas encontrada no oriente próximo 
 
 Pintura 
 
A decoração colorida era um poderoso 
elemento de complementação das 
atitudes religiosas. 
 
Suas características gerais são: 
 
* ausência de três dimensões; 
* ignorância da profundidade; 
* colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem 
indicação do relevo; e 
* Lei da Frontalidade que determinava que o 
tronco da pessoa fosse representado sempre 
de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas 
e seus pés eram vistos de perfil. 
 
 Quanto a hierarquia na pintura: eram 
representadas maiores as pessoas com maior 
importância no reino, ou seja, nesta ordem de 
grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, 
os soldados e o povo. As figuras femininas 
eram pintadas em ocre, enquanto que as 
masculinas pintadas de vermelho. 
 
 
 
Alguns Hieróglifos traduzidos no século XIX 
 
 Os egípcios escreviam usando 
desenhos, não utilizavam letras como nós. 
Desenvolveram três formas de escrita: 
Hieróglifos - considerados a escrita sagrada; 
Hierática - uma escrita mais simples, utilizada 
pela nobreza e pelos sacerdotes; e 
Demótica - a escrita popular. 
 Livro dos Mortos, ou seja um rolo de 
papiro com rituais funerários que era posto no 
sarcófago do faraó morto, era ilustrado com 
cenas muito vivas, que acompanham o texto 
com singular eficácia. Formado de tramas de 
fibras do tronco de papiro, as quais eram 
batidas e prensadas transformando-se em 
folhas. 
 
 Trecho resgatado dos livros dos mortos 
 
 
 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
 Apostila complementar de História da Arte 
 
 6 
 Pedra de roseta 
 
Pedra encontrada pelos exércitos de 
Napoleão escrita em três línguas diferentes: 
grego, demótico e hieróglifos. 
Em abril de 1802, Reverendo Stephen 
Weston foi capaz de traduzir a parte escrita em 
grego. No mesmo ano, o francês Antoine-Isaac 
Silvestre de Sacy e o sueco Johan David 
Åkerblad interpretaram as inscrições em 
demótico. No entanto, os hieróglifos pareciam 
ser indecifráveis. Somente após 23 anos desde 
a data de sua descoberta que o francês Jean-
François Champollion foi capaz de decifrar o 
código dos hieróglifos na Pedra de Roseta. 
 
 
Pedra de Roseta Exposta no Museu. 
 
 
Desta forma, foi possível compreender 
o contexto da criação da estela: as inscrições 
foram feitas para registrar a gratidão dos 
sacerdotes egípcios ao faraó Ptolomeu V 
Epifânio, o qual havia concedido ao povo a 
isenção de uma série de impostos. De fato, as 
descobertas de Champollion permitiram que o 
mundo ocidental tivesse acesso aos milhares de 
anos da história do Egito, aumentando ainda 
mais o fascínio dos europeus pela civilização 
dos faraós. 
 
 
 
 
Exercícios: 
 
1. Na pintura, o artista egípcio tinha de seguir 
diversas regras, como a lei da frontalidade. O 
que essa regra determinava? 
 
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________ 
 
 
2. Champollion desvendou muitos dos mistérios 
que cercam a civilização egípcia, por meio da: 
a)- escrita cuneiforme 
b)- Do código de Hamurábi 
c)- Da pedra de Roseta 
d)- Da escrita fonética 
e)- do livro dos mortos 
 
3. Sobre a arte egípcia podemos afirmar: 
I- No chamado “Livro dos Mortos” são 
encontradas imagens que explicam a prática da 
retirada de órgãos vitais para guardá-los em 
canopos. Dentre outras imagens que 
exemplificam passagens da religião egípcia. 
II- Suas principais produções monumentais 
foram na arquitetura com as pirâmides. 
III- Faraó era um representante de deus na 
terra. 
a)- Se as afirmativas I, II, III são corretas. 
b)- Se as afirmativas I, II, III são incorretas. 
c)- Se apenas as afirmativas I e II são corretas. 
d)- se apenas as afirmativas I e III são 
corretas. 
e)- Se apenas as afirmativas II e III são 
corretas. 
4. Que característica da cultura egípcia foi 
decisiva para a grandiosidade de suaarquitetura? Cite um exemplo de obra 
arquitetônica que evidencie isso. 
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________ 
 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
 Apostila complementar de História da Arte 
 
 7 
5. O que permitiu que tantas informações sobre 
a cultura do Egito antigo chegassem até nós? 
 
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________ 
 
Unidade 3 
Arte Grega 
 Enquanto a arte egípcia é uma arte 
ligada ao espírito, a arte grega liga-se à 
inteligência, pois os seus reis não eram deuses, 
mas seres inteligentes e justos que se 
dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega 
volta-se para o gozo da vida presente. 
 
Cena de um banquete (pintura em vaso) 
 Contemplando a natureza, o artista se 
empolga pela vida e tenta, através da arte, 
exprimir suas manifestações. Na sua constante 
busca da perfeição, o artista grego cria uma 
arte de elaboração intelectual em que 
predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia 
ideal. Eles tem como características: o 
racionalismo; amor pela beleza; interesse pelo 
homem, essa pequena criatura que é “a 
medida de todas as coisas”; e a democracia. 
 Arquitetura 
 
 As edificações que despertaram maior 
interesse são os templos. A característica mais 
evidente dos templos gregos é a simetria entre 
o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo 
era construído sobre uma base de três degraus. 
O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e 
sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas 
sustentavam um entablamento horizontal 
formado por três partes: a arquitrave, o friso e 
a cornija. As colunas e entablamento eram 
construídos segundo os modelos da ordem 
dórica, jônica e coríntia 
 
Vista frontal do Paternon 
Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste 
da coluna era monolítico e grosso. O capitel era 
uma almofada de pedra. 
Nascida do sentir do povo grego, nela se 
expressa o pensamento. 
 Sendo a mais 
antiga das ordens 
arquitetônicas gregas, a 
ordem dórica, por sua 
simplicidade e 
severidade, empresta 
uma idéia de solidez e 
imponência 
 
 
Ordem Dórica 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
 Apostila complementar de História da Arte 
 
 8 
Ordem Jônica - representava a graça e o 
feminino. A coluna apresentava fuste mais 
delgado e não se firmava diretamente 
sobre o estilóbata, mas sobre uma base 
decorada. O capitel era formado por duas 
espirais unidas por duas curvas. A ordem 
dórica traduz a forma do homem e a ordem 
jônica traduz a forma da mulher. 
 
Ordem Jônica 
Ordem Coríntia - o capitel era formado com 
folhas de acanto e quatro espirais simétricas, 
muito usado no lugar do capitel jônico, de um 
modo a variar e enriquecer aquela ordem. 
Sugere luxo e ostentação. 
 
Ordem Coríntia 
 Pintura 
 
 A pintura grega encontra-se na arte 
cerâmica.. Por isso, a sua forma correspondia à 
função para que eram destinados: 
 
 Os vasos 
gregos são também 
conhecidos não só 
pelo equilíbrio de 
sua forma, mas 
também pela 
harmonia entre o 
desenho, as cores e 
o espaço utilizado 
para a 
ornamentação. 
 
 Além de servir para rituais religiosos, 
esses vasos eram usados para armazenar, 
entre outras coisas água, vinho, azeite e 
mantimentos 
 
Ânfora - vasilha em forma de 
coração, com o gargalo largo 
ornado e trabalhado com 
diversas texturas, a base tem 
sustenção lembra uma taça e 
com duas asas para transporte 
 
Hidra - (derivado de ydor, 
água) tinha três asas, uma 
vertical para segurar enquanto 
corria a água e duas para 
levantar; 
 
 
Cratera - tinha a boca muito 
larga, com o corpo em forma 
de um sino invertido, servia 
para misturar água com o vinho 
(os gregos nunca bebiam vinho 
puro). 
 
 
 As pinturas dos vasos representavam 
pessoas em suas atividades diárias e cenas da 
mitologia grega. O maior pintor de figuras 
negras foi Exéquias. 
 
 Escultura 
 A estatuária grega representa os mais 
altos padrões já atingidos pelo homem. Na 
escultura, o antropomorfismo - esculturas de 
formas humanas - foi insuperável. As estátuas 
adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das 
formas, o movimento. 
 
Escultura feita originalmente feita em bronze por Miró, 
representada aqui em Marmóre. 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
 Apostila complementar de História da Arte 
 
 9 
 No Período Arcaico os gregos 
começaram a esculpir, em mármores, grandes 
figuras de homens. Primeiramente aparecem 
esculturas simétricas, em rigorosa posição 
frontal, com o peso do corpo igualmente 
distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de 
estátua é chamado Kouros (palavra grega: 
homem jovem). 
 
Kouros do Período Arcaico 
 No Período Clássico passou-se a 
procurar movimento nas estátuas, para isto, se 
começou a usar o bronze que era mais 
resistente do que o mármore, podendo fixar o 
movimento sem se quebrar. Surge o nu 
feminino, pois no período arcaico, as figuras de 
mulher eram esculpidas sempre vestidas. 
 
Esculturas em Bronze, Guereiros de Riarc. 
 
Venûs de Milo, representação do Nu feminino grego 
 O Período Helenístico podemos 
observar o crescente naturalismo: os seres 
humanos não eram representados apenas de 
acordo com a idade e a personalidade, mas 
também segundo as emoções e o estado de 
espírito de um momento. O grande desafio e a 
grande conquista da escultura do período 
helenístico foi a representação não de uma 
figura apenas, mas de grupos de figuras que 
mantivessem a sugestão de mobilidade e 
fossem bonitos de todos os ângulos que 
pudessem ser observados. 
 
Laocoonte e seus filhos 
 
 
 
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 Apostila complementar de História da Arte 
 
 10 
 
 
Na Ordem da esquerda para a direita capitéis Dórico, 
Jônico e Coríntio. 
 
 Temos o destaque para as antigas 
construções como um dos templos mais 
famosos da antiguidade: O Parthenon 
Construído no período Clássico por Péricles, 
esse grandiosa obra da arquitetura grega 
abrigava a estátua da deusa Atena Párthenos, 
que foi esculpida por Fídias. Parthenos faz 
referência ao estado virginal e de solteira da 
deusa. 
 
 
 
 
Acima as Ruínas atuais do Parthenon, Abaixo uma 
perspectiva feito por cientistas no computador. 
 
 Os Teatros são outra magnífica construção 
dos gregos. Surgidas das realizações de 
procissões a cada nova colheita de uva para 
homenagear Dionísio, o deus do vinho, 
acontecimento muito apreciado pela população 
camponesa. Já as Grandes Dionisíacas eram as 
celebrações urbanas, quando se realizavam os 
famosos concursos entre autores dramáticos 
(cada partipante concorria com três peças 
“Trilogia”) 
 
 
Ruínas de um Teatro grego de Athenas 
 
A Pintura em Cerâmica 
 
 Na Grécia, a pintura em cerâmica tornou-se 
uma forma especial de manifestaçãoartística. 
Os vasos gregos, ou ânforas, são famosos pela 
beleza da forma e pela harmonia entre 
desenho, cores e espaço utilizado para 
ornamentação. Eram usados em rituais 
religiosos e também para armazenar água, 
vinho, azeite e outros alimentos. Á medida que 
passaram a apresentar uma forma equilibrada 
e um trabalho harmonioso de pintura, 
tornaram-se também objetos de decoração. 
 As pinturas representavam cenas da 
mitologia grega e de pessoas em suas 
atividades diárias. Inicialmente o artista 
pintava, em negro, a silhueta das figuras. 
Depois, fazia os detalhes do desenho retirando 
a tinta preta. O maior pintor de figuras negras 
foi Exéquias. 
 
 
Vaso no modelo de Exéquias. 
 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
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 11 
 Por volta de 530 a.C., Eutímenes, discípulo 
de Exéquias, introduziu uma grande 
modificação na arte de pintar vasos: inverteu o 
esquema de cores, isto é, deixou as figuras na 
cor natural do barro cozido e pintou o fundo de 
negro, dando início à série de figuras 
vermelhas. 
 
 
Pintura em Vaso no modelo de Eutímenes mostrando 
uma cena mitológica. 
Exercícios: 
1. Quais são as contribuições da arte egípcia 
para a arte grega? 
a)- Como fazer esfinges e o Parthenon. 
b)- Motivação e leis criminais. 
c)- Inspiração e técnica. 
d)- A técnica das expressões e motivações. 
e)- Motivação e proporções de movimentos 
ousados. 
 
2. Quais os três períodos em que se dividem a 
História da Arte na Grécia? 
a)- Arcaico, micênico , dórico 
b)- Arcaico, Clássico, Jônio 
c)- Clássico, Helênico, Dórico 
d)- Arcaico, Clássico, Helenístico 
e)- Helenístico, Micênico, Cretense 
 
3. Quais são as características da arquitetura 
Grega? 
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________ 
 
4. Cite algumas características que diferenciam 
a ordem dórica da ordem jônica. 
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5. Qual foi a grande mudança trazida pela 
escultura do período helenístico? 
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Unidade 4 
Arte Romana 
Reconstituição em 3D da Roma Imperial. 
 Os etruscos vieram da Ásia Menor e 
fixaram-se na Itália Central, onde hoje é 
Toscana. Sua arte mostra a relação que 
mantinham com a Grécia e o Egito. Sua arte 
expressava a realidade cotidiana, um grande 
conhecimento da natureza e um culto aos 
mortos. Suas figuras humanas mostravam 
vitalidade e grande detalhamento. O povo 
etrusco deixou como legado necrópoles, 
cidades e sítios arqueológicos de grande 
beleza. A arte etrusca exerceu grande 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio Marista 
 Apostila complementar de História da Arte 
 
 12 
influência na cultura romana. 
 A pintura etrusca se destaca nos 
afrescos sobre paredes de pedra e tumbas 
pintadas. Numa fase inicial, esta arte 
representava momentos de festa, num desenho 
forte com cores brilhantes e uniformes. Depois 
passou a ser mais sombria, com cenas de 
festejos e cortejos fúnebres. Todas as cenas 
destes acontecimentos eram reproduzidas em 
suas pinturas, onde figuravam vários 
personagens. Faziam também retratos de 
mortos, dando muito destaque para a 
fisionomia da pessoa. 
 
Afresco Etrusco mostrando um ritual. 
 
Afresco mostrando uma mulher nobre. 
 
Sarcófago dos Esposos 
 Pouco a pouco, a arte libertou-se de 
sua herança etrusca, graças à expansão pela 
Itália e pelo Mediterrâneo e ao fato de os 
romanos terem assimilado outras culturas, 
como a grega. Durante os dois últimos séculos 
antes do nascimento de Cristo, surgiu uma 
maneira tipicamente romana de construir 
edifícios, realizar esculturas e pintar. 
Entretanto, devido à extraordinária extensão 
geográfica do Império de Roma e às suas 
diversas colônias, a arte e a arquitetura 
romanas foram sempre ecléticas e se 
caracterizaram por empregar estilos distintos 
atribuídos aos gostos regionais e às 
preferências de seus mecenas. 
 
 A arte romana não é somente a arte 
dos imperadores, senadores e patrícios, mas 
também a de todos os habitantes do vasto 
império romano, incluindo a classe média dos 
homens de negócios, os homens livres ou 
plebeus e os escravos e legionários da Itália e 
suas províncias. Curiosamente, apesar de 
existir uma grande quantidade de exemplos 
escultóricos, pictóricos, arquitetônicos e 
decorativos, conhecemos poucos nomes de 
seus artistas e arquitetos. Geralmente, os 
monumentos romanos foram realizados mais 
para homenagear os seus mecenas do que 
para expressar a sensibilidade artística de seus 
criadores. 
Arquitetura 
 Podemos ter uma clara idéia da 
arquitetura romana através dos 
impressionantes vestígios dos edifícios públicos 
e privados da Roma antiga e graças aos 
escritos da época, como o De Architectura, um 
tratado de dez volumes compilado por Vitrúvio 
no fim do século I a.C. 
 Os templos romanos foram o resultado 
 
 
 
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 13 
de uma combinação de elementos gregos e 
etruscos: planta retangular, teto de duas 
águas, vestíbulo profundo com colunas livres e 
uma escada na fachada dando acesso ao pódio 
ou à base. 
 Edifício da cidade de Chiusi com característas da 
Arquitetura etrusca. 
 Os romanos conservaram as 
tradicionais ordens gregas (dórica, jônica e 
coríntia), mas inventaram outras duas: a 
toscana, uma espécie de ordem dórica sem 
estrias na fuste, e a compósita, com um 
capitel criado a partir da mistura de elementos 
jônicos e coríntios. 
 
Ordem Romana Toscana 
 
Ordem Romana Compósita 
 Os teatros e os anfiteatros romanos 
apareceram pela primeira vez no final do 
período republicano. Diferentemente dos 
teatros gregos, situados em declives naturais, 
os teatros romanos foram construídos sobre 
uma estrutura de pilares e abóbadas e, dessa 
maneira, puderam ser instalados no coração 
das cidades. Os teatros de Itálica e de Mérida 
foram realizados nos tempos de Augusto e de 
Agripa, respectivamente. O mais antigo 
anfiteatro conhecido é o de Pompéia (75 a.C.) 
e o maior é o Coliseu de Roma (70-80 d.C.). 
 
Fachada das ruínas do coliseu atualmente 
 
Vista Interna das ruínas do coliseu 
 As cidades grandes e as pequenas 
tiveram termas ou banhos públicos (thermae). 
As termas (75 a.C.) próximas do foro de 
Pompéia são um excelente exemplo dos 
modelos mais antigos. 
 
Ruínas de um Banho Público (Thermae) Romano 
 
 
 
3ª Série Ensino Médio - Colégio MaristaApostila complementar de História da Arte 
 
 14 
 Durante o Império, essas estruturas, 
comparativamente modestas, foram se 
transformando progressivamente, tornando-se 
mais grandiosas. Exemplos posteriores, como 
os banhos de Caracala (c. 217 d.C.) em Roma, 
chegavam a ter bibliotecas, tendas e enormes 
espaços públicos cobertos com abóbadas e 
decorados com estátuas, mosaicos, pinturas e 
estuques. Entre os diversos projetos de 
construções públicas dos romanos, a rede 
de pontes e calçadas, que facilitaram a 
comunicação através de todo o império e os 
aquedutos, que levavam água às cidades a 
partir dos mananciais próximos (como Pont du 
Gard, ano 19 d.C., próximo a Nimes), são os 
mais extraordinários. 
 Aqueduto romano no sul da atual França. 
 Ruínas do Forum da cidade de Roma, era o centro das 
decisões políticas. 
Escultura 
 Ao longo de toda Roma, as estátuas e 
os relevos escultóricos adornaram os edifícios 
públicos e privados. De fato, algumas 
construções romanas foram pouco mais do que 
suportes monumentais para a escultura. Os 
arcos do triunfo, levantados em todas as partes 
do Império, destacam-se como monumentos 
entre os mais importantes. 
 
Corpo de Heitor sendo levado de volta à Tróia – Alto relevo 
romano em mármore, detalhe de um sarcófago 
 
Auto- relevo do Arco de Tito Representa soldados romanos 
levando o sagrado candelabro do Templo de Jerusalém. 
 
 
Arco do Triunfo de Tito, em Roma 
 Embora quase nenhum dos grandes 
grupos escultóricos instalados nesses arcos 
tenha resistido à passagem do tempo, essas 
construções tinham como finalidade original 
servir de suporte para estátuas honoríficas. 
 
 
 
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 15 
Entre os arcos mais importantes, destacam-se, 
em Roma, o de Tito (c. 81 d.C.), no Foro 
romano, e o de Constantino (315 d.C.). Na 
Espanha. Também foram erguidas colunas 
historiadas, com frisos em baixo-relevo em 
espiral, relatando com grande riqueza de 
detalhes as campanhas militares dos romanos. 
 A primeira e a maior delas foi a do foro 
de Trajano (113 d.C.) construída em Roma pelo 
arquiteto Apolodoro, de Damasco. Os relevos 
históricos adornaram também grandes altares 
como o Ara Pacis de Augusto (fechado em 
Roma do 13 ao 9 a.C.). 
 
A Coluna de Trajano, Séc. I d.C. É um monumento 
em Roma construído sob a ordem do próprio 
imperador, pelo arquiteto Apolodoro de Damasco em 
comemoração às vitórias das campanhas militares 
contra os Dácios. 
 
Relevos presente na coluno de trajano 
Sobre os Relevos de Trajano 
 Antes da própria existência da assim 
chamada arte ou arquitetura românica, nos 
variados países da Europa, Ásia Menor e Norte 
da África, em Roma podemos observar, na 
coluna de Trajano, uma cena que retrata o 
atendimento de soldados feridos em batalha. 
A coluna de Trajano mostra-nos, como num 
documentário em série, em sua linha 
ascensional, a grande saga das legiões 
romanas na guerra levada a cabo pelo do 
Imperador Trajano contra os Dácios. 
Fonte: http://www.crfaster.com.br/Romanicas.htm em 
10/05/2008 
 Restaram poucas estátuas em bronze e 
quase nenhuma em ouro ou prata, já que 
muitas delas foram fundidas na Idade Média e 
períodos posteriores. Uma das poucas que 
existe é a estátua eqüestre em bronze 
(c. 175 d.C.) do imperador Marco Aurélio 
imperador Marco Aurélio na praça do Capitólio 
em Roma. 
 
 
Eqüestre em bronze do Imperado Marco Aurélio. 
 O retrato escultórico romano, em que 
se destaca a estátua de Constantino (c. 315 
d.C.-330 d.C.), compõe um dos grandes 
capítulos na história da arte antiga. O conceito 
simbólico das imagens continuou no período da 
Roma imperial. 
 
Busto de Hadrianus 
 
 
 
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 16 
 Constantino (cabeça e fragmentos de uma estátua 
colossal), em exposição no pátio do Palazzo dei 
Conservatori, Roma, c 313-315 dC 
Pintura 
 Restaram poucos quadros dessa época, 
mas, pela literatura antiga, sabe-se que os 
artistas romanos trabalharam uma grande 
variedade de temas, entre os quais se incluem 
acontecimentos históricos, mitos, cenas da vida 
cotidiana, retratos e natureza-morta. A pintura 
mural está bem documentada, sobretudo em 
Pompéia e nas demais cidades soterradas no 
ano 79 d.C. pela lavas do vulcão Vesúvio. 
 
As Três Graças – afresco da cidade romana de Pompéia – 
séc. I 
 Distinguem-se quatro etapas 
denominadas estilos pompeianos. O primeiro 
estilo (120 a 80 a.C.) baseia-se na decoração 
grega de interiores e às vezes é chamado de 
estilo de incrustação, pois suas pinturas 
sobre o gesso foram utilizadas para imitar o 
aspecto dos muros de mármore polidos. 
 Pintura mural de Pompéia 
 O objetivo do segundo estilo (80 a 
15 a.C.) era criar, através da perspectiva, uma 
ilusão espacial que o prolongava além da 
superfície do mural. 
 
O terceiro estilo (15 a.C. a 63 d.C.) é 
uma pintura delicada na qual o ilusionismo 
do segundo estilo foi suprimido em favor 
de arabescos sobre fundos 
monocromáticos. 
 Vênus em mural de Pompéia do Século I 
 No quarto estilo (63 a 79 d.C.), os 
motivos arquitetônicos voltaram a se tornar 
populares; mas dessa vez a perspectiva lógica 
foi relegada a um plano secundário, sendo 
substituída por estruturas fantásticas, 
impossíveis de construir. 
 
 
 
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 17 
 
 Mosaicos 
 Em todas as partes do Império, 
encontram-se mosaicos romanos. Oscilam dos 
modelos abstratos de tesselas brancas e negras 
até ambiciosas composições figurativas 
policromáticas, como o grande chão da casa de 
Fauno em Pompéia. Recentes escavações 
descobriram as formosas abóbadas em estuque 
na Casa Farnesina (20 a.C.) e na tumba dos 
Pancratii em Roma (160 d.C.). 
 
Mosaico romano do século III reproduz a colheita da uva. 
Alimento que criava entre os povos da Antiguidade Clássica 
Mediterrânea um elo que os ligava aos deuses da 
mitologia, a uva e o vinho eram bebidos adicionando-se 
água para evitar a embriaguez, a não ser quando 
o consumo relacionava-se a rituais religiosos. 
 
Exercícios: 
1. (UFGO) Sobre a arte romana: 
I- Os retratos não foram muito difundidos. 
II- Das construções arquitetônicas destacam-se 
os anfiteatros. 
III- A principal característica que se encontra 
na arquitetura foi a utilização dos arcos. 
a)- Se as alternativas I, II, III são corretas. 
b)- Se as alternativas I, II, III são incorretas. 
c)- Se apenas as afirmativas I e II são corretas 
d)- Se apenas as afirmativas I e III são 
corretas 
e)- Se apenas as afirmativas II e III são 
corretas. 
 
2. Quais as ordens das colunas gregas que 
passaram a ser adotadas nas construções? 
a)- dórica, arcaica e jônica 
b)- jônica, arcaica e coríntia 
c)- persa, dórica e jônica 
d)- jônica, coríntia e dórica 
e)- coríntia, persa e dórica 
 
3. Dê um exemplo de templo grego e de 
templo romano. 
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______________________________________
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Unidade 5 
 
Arte Bizantina 
 O cristianismo não foi a única 
preocupação para o Império Romano nos 
primeiros séculos de nossa era. Por volta do 
século IV, começou a invasão dos povos 
bárbaros e que levou Constantino a transferir a 
capital do Império para Bizâncio, cidade grega, 
depois batizada por Constantinopla. A mudança 
da capital foi um golpe de misericórdia para a 
já enfraquecida Roma; facilitou a formação dos 
Reinos Bárbaros e possibilitou o aparecimento 
do primeiro estilo de arte cristã - Arte 
Bizantina. 
Graças a sua 
localização(Constantinopla) a arte bizantina 
sofreu influências de Roma, Grécia e do 
Oriente. A união de alguns elementos dessa 
cultura formou um estilo novo, rico tanto na 
técnica como na cor. A arte 
bizantina está dirigida pela religião; ao clero 
cabia, além das suas funções, organizar 
 
 
 
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 18 
também as artes, tornando os artistas meros 
executores. 
Mapa Mostrando a região de Constantinopla. 
O regime era teocrático e o imperador possuía 
poderes administrativos e espirituais; era o 
representante de Deus, tanto que se 
convencionou representá-lo com uma auréola 
sobre a cabeça, e, não raro encontrar um 
mosaico onde esteja juntamente com a esposa, 
ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus. 
 
Imperador constantino em mosaico do século V 
 O mosaico é expressão máxima da arte 
bizantina e não se destinava apenas a enfeitar 
as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis 
mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos 
profetas e dos vários imperadores. 
Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se 
assemelha aos mosaicos romanos; são 
confeccionados com técnicas diferentes e 
seguem convenções que regem inclusive os 
afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são 
representadas de frente e verticalizadas para 
criar certa espiritualidade; a perspectiva e o 
volume são ignorados e o dourado é 
demasiadamente utilizado devido à associação 
com maior bem existente na terra: o ouro. 
 
Mosaico Bizantino do Interior de Catedral de Santa Sofia 
(Ayasofya.) 
 A arquitetura das igrejas foi a que 
recebeu maior atenção da arte bizantina, elas 
eram planejadas sobre uma base circular, 
octogonal ou quadrada imensas cúpulas, 
criando-se prédios enormes e espaçosos 
totalmente decorados. 
 A Igreja de Santa Sofia (Sofia = 
Sabedoria), onde hoje atualmente se encontra 
Istambul, foi um dos maiores triunfos da nova 
técnica bizantina, projetada pelos arquitetos 
Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto, ela 
possui uma cúpula de 55 metros apoiada em 
quatro arcos plenos. 
 Tal método tornou a cúpula 
extremamente elevada, sugerindo, por 
associação à abóbada celeste, sentimentos de 
universalidade e poder absoluto. Apresenta 
pinturas nas paredes, colunas com capitel 
ricamente decorado com mosaicos e o chão de 
mármore polido. 
 Vista externa da catedral de santa Sofia (532- 537) 
 
 
 
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 19 
 
Vista Interior da Catedral de Santa Sofia, Percebemos os 
escritos árabes, atualmente esncontra-se em poder dos 
mulçumanos. 
 A arte bizantina teve seu grande 
apogeu no século VI, durante o reinado do 
Imperador Justiniano. Porém, logo se sucedeu 
um período de crise chamado de Iconoclastia. 
Constituía na destruição de qualquer imagem 
santa devido ao conflito entre os imperadores e 
o clero. 
 A arte bizantina não se extinguiu em 
1453, pois, durante a segunda metade do 
século XV e boa parte do século XVI, a arte 
daquelas regiões onde ainda florescia a igreja 
ortodoxa grega permaneceu dentro da arte 
bizantina. E essa arte extravasou em muito os 
limites territoriais do império, penetrando, por 
exemplo, nos países eslavos. 
 
Um pouco mais de Santa sofia 
 "A verdadeira beleza de Santa Sofia, a 
maior igreja de Constantinopla, capital do 
Império Bizantino, encontra-se no seu vasto 
interior. Um olhar mais atento permite ao 
visitante ver o trabalho requintado dos 
artífices bizantinos no colorido resplandecente 
dos mosaicos agora restaurados; no mármore 
profundamente talhado dos capitéis das 
colunas das naves laterais, folhas de acantos 
envolvem o monograma de Justiniano e de 
sua mulher Teodora.No alto, sobre um solo de 
mármore, bordada em filigrama de sombras 
dos candelabros suspensos, resplandece a 
grande cúpula. Embora a igreja tenha perdido 
a maior parte da decoração original de ouro e 
prata, mosaicos e afrescos, há uma beleza 
natural na sua magnificência espacial e nos 
jogos de sombra e luz - um claro-escuro 
admirável quando os raios de sol penetram e 
iluminam o seu interior". 
Fonte: www.posiville.com.br/colegio/Apostila-
de-Artes.doc 
 
Exercícios: 
1) O ÍCONE é outra manifestação da Arte 
Bizantina. Analise a correta: 
a) Ícone vem do grego e significa imagem. 
b) São quadros que representam figuras 
sagradas. 
c) Suas características de representação são 
diferentes da figura do mosaico. 
d) Os motivos de temas encontrados eram aves 
e florais 
e) Ícone significa a mesma coisa que escultura. 
 
2. O Mosaico Bizantino é uma das técnicas 
mais peculiares deste período. Quanto ao 
mosaico assinale a alternativa FALSA: 
a) Eram produzidos com diminutas pedras 
preciosas. 
b) As figuras humanas eram apresentadas 
chapadas. 
c) As pessoas são representadas com a face 
ovalada. 
d) A altura com que as pessoas são 
representadas não era um fator preponderante 
nos mosaicos. 
e) Para representar uma maior espiritualidade, 
as personagens eram apresentadas de frente e 
verticalmente. 
 
3. Escreva as principais características da arte 
no Império Bizantino. 
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Unidade 6 
 
Arte Islâmica 
 No ano de 622, o profeta Maomé se 
exilou (hégira) na cidade de Yatrib e para 
aquela que desde então se conhece como 
Medina (Madinat al-Nabi, cidade do profeta). 
De lá, sob a orientação dos califas, sucessores 
do profeta, começou a rápida expansão do Islã 
até a Palestina, Síria, Pérsia, Índia, Ásia Menor, 
Norte da África e Espanha. De origem nômade, 
os muçulmanos demoraram certo tempo para 
estabelecer-se definitivamente e assentar as 
bases de uma estética própria com a qual se 
identificassem. 
 Ao fazer isso, inevitavelmente devem 
ter absorvido traços estilísticos dos povos 
conquistados, que, no entanto souberam 
adaptar muito bem ao seu modo de pensar e 
sentir, transformando-os em seus próprios 
sinais de identidade. Foi assim que as cúpulas 
bizantinas coroaram suas mesquitas, e os 
esplêndidos tapetes persas, combinados com 
os coloridos mosaicos, as decoraram. 
Aparentemente sensual, a arte islâmica foi na 
realidade, desde seu início, conceitual e 
religiosa. 
 
Mesquita Al Aqsa em Jerusalém 
Os tapetes e tecidos desde sempre 
tiveram um papel muito importante na culturae na religião islâmicas. Para começar, como 
povo nômade, esses eram os únicos materiais 
utilizados para decorar o interior das tendas. À 
medida que os povos foram se tornando 
sedentários, as sedas, brocados e tapetes 
passaram a decorar palácios e castelos, além 
de cumprir uma função fundamental nas 
mesquitas, já que o muçulmano, ao rezar, não 
deve ficar em contato com a terra. 
Diferentemente da tecedura dos 
tecidos, a do tapete constitui uma unidade em 
si mesma. Os fabricados antes do século XVI 
chamam-se arcaicos e possuímos uma trama 
de 80 000 nós por metro quadrado. Os mais 
valiosos são de origem persa e têm 40 000 nós 
por decímetro quadrado. As oficinas mais 
importantes foram as de Shiraz, Tabriz e 
lsfahan, no Oriente, e Palermo, no Ocidente. 
Entre os desenhos mais dássicos estão 
os de utensílios, de motivos florais, de caça, 
com animais e plantas, e os geométricos, de 
decoração. 
 
Tapete Persa, usado pelos mulçumanos para as realizar as 
orações à Meca. 
No âmbito sagrado evitou-se a arte 
figurativa, concentrando-se no geométrico e 
abstrato, mais simbólico do que transcendental. 
 A representação figurativa era 
considerada uma má imitação de uma realidade 
fugaz e fictícia. Daí o emprego de formas como 
os arabescos, resultado da combinação de 
traços ornamentais com caligrafia, que 
desempenham duas funções: lembrar o verbo 
divino e alegrar a vista. As letras lavradas na 
parede lembram o 
neófito, que contempla uma obra feita para 
deus. 
 
 
 
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 21 
 
 Detalhe da mesquita de Sultanahmet 
 Na complexidade de sua análise, a arte 
islâmica se mostra, no início, como 
exclusividade das classes altas e dos príncipes 
mecenas, que eram os únicos economicamente 
capazes de construir mesquitas, mausoléus e 
mosteiros. No entanto, na função de 
governantes e guardiães do povo e conscientes 
da importância da religião como base para a 
organização política e social, eles realizavam 
suas obras para a comunidade de acordo com 
os preceitos muçulmanos: oração, esmola, 
jejum e peregrinação. 
Arquitetura 
 As mesquitas (locais de oração) foram 
construídas entre os séculos VI e VIII, 
seguindo o modelo da casa de Maomé em 
Medina: uma planta quadrangular, com um 
pátio voltado para o sul e duas galerias com 
teto de palha e colunas de tronco de palmeira. 
 A área de oração era coberta, enquanto 
no pátio estavam as fontes para as abluções. A 
casa de Maomé era local de reuniões para 
oração, centro político, hospital e refúgio para 
os mais pobres. Essas funções foram herdadas 
por mesquitas e alguns edifícios públicos. 
 No entanto, a arquitetura sagrada não 
manteve a simplicidade e a rusticidade dos 
materiais da casa do profeta, sendo exemplo 
disso as obras dos primeiros califas: Basora e 
Kufa, no Iraque, a Cúpula da Roca, em 
Jerusalém, e a Grande Mesquita de Damasco. 
Contudo, persistiu a preocupação com a 
preservação de certas formas geométricas, 
como o quadrado e o cubo. O geômetra era tão 
importante quanto o arquiteto. Na realidade, 
era ele quem realmente projetava o edifício, 
enquanto o segundo controlava sua realização. 
 Mesquita do Cairo no Egito. 
 A cúpula de pendentes, que permite 
cobrir o quadrado com um círculo, foi um dos 
sistemas mais utilizados na construção de 
mesquitas, embora não tenha existido um 
modelo comum. As numerosas variações locais 
mantiveram a distribuição dos ambientes, mas 
nem sempre conservaram sua forma. As 
mesquitas transferiram depois parte de suas 
funções aos edifícios públicos: por exemplo, as 
escolas de teologia, semelhantes àquelas na 
forma. A construção de palácios, castelos e 
demais edifícios públicos merece um capítulo à 
parte. 
 Outra das construções mais originais e 
representativas do Islã foi o minarete, uma 
espécie de torre cilíndrica ou octogonal situada 
no exterior da mesquita a uma altura 
significativa, para que a voz do almuadem ou 
muezim pudesse chegar até todos os fiéis, 
convidando-os à oração. A Giralda, em Sevilha, 
era o antigo minarete da cidade.
 
Observe um esquema que mostra as divisões de uma mesquita: 
 
 
 
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 22 
 
Pintura e Gráfica 
 
 A pintura islâmica é basicamente o 
embelezamento de livros graças à caligrafia e 
às ilustrações. Para aumentar a beleza dos 
livros, calígrafos copiavam textos com lindas 
letras e artistas acrescentavam ilustrações. 
 
Surata Al-Fatiha, em escrita Thuluth 
 Os primitivos artistas islâmicos 
decoravam as páginas com desenhos 
rebuscados, porque sua religião proibia a 
reprodução de animais e seres humanos. 
 
Capas do Alcorão ou Corão. 
 Só mais tarde artistas islâmicos, 
principalmente os que viviam na Pérsia, 
começaram a pintar figuras humanas e 
animais. Além do Corão, livro sagrado do 
islamismo, os artistas persas ilustraram 
coleções de fábulas, histórias, poemas de amor 
e obras científicas. 
 
Maomé, nos braços da mãe, Amina, em miniatura turca-
cristã, ambos com o rosto velado. 
 
 
 
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 23 
 
O Profeta orando na Caaba, numa gravura otomana do séc. 
XVI. Seu rosto está vendado, algo comum na arte islâmica 
da época. 
Exercícios: 
1) Assinale a alternativa correta sobre o 
tempo sagrado dos mulçumanos conhecido 
com mesquita: 
a) Nelas possuíam uma entrada retangular com 
uma parte final maior conhecida como nave. 
b) Dentro das mesquitas estavam uma série de 
imagens do profeta com o rosto coberto e 
pegando fogo. 
c) As Janelas sempre possuem um estilo 
agulhado e com vitrais com referências a 
Maomé. 
d) Baseados na planta da casa do profeta, 
geralmente encontramos a fonte e o mirante. 
e) Pouco se sabe, pois a única mesquita 
sobrevivente ao movimento das cruzadas foi a 
mesquita de Santa Sofia. 
 
2) Observe a Imagem: 
 
 
 
O destaque para a arte Islâmica são os 
adornos geométricos nos templos e livros 
sagrados. Explique porque a arte islâmica 
possui essa característica: 
 
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Unidade 7 
 
Arte Medieval 
 
Com a conversão de boa parte da 
Europa ao cristianismo, a partir do século 4, a 
honorável arte clássica, tida como pagã, foi 
abandonada com a vitória da nova crença 
pregada pelos Apóstolos de Jesus. 
Muitos dos templos religiosos e prédios 
públicos dos romanos e dos gregos foram 
destruídos, abandonados ou reaproveitados 
pelos cristãos. 
Lentamente, das ruínas do passado 
mundo pagão, um novo estilo começou a ser 
forjado, uma linha artística e estética que 
melhor expressou o sentimento religioso dos 
povos convertidos à Cruz. 
 
Arte Românica 
 Num primeiro momento, no tempo da Alta 
Idade Média, denominou-se a expressão 
artística daquela época de estilo românico, num 
período posterior, durantea Baixa Idade Média, 
foi chamado de estilo gótico. O cristianismo 
oriental, por sua vez, cuja capital espiritual era 
Constantinopla (Arte Bizantina que vimos na 
unidade 5), e que somente sucumbiu mil anos 
depois da queda de Roma, manteve uma 
identidade estética própria, conhecida como 
Estilo Bizantino, que muito influenciou a arte 
medieval ocidental. 
 
 
 
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 Apostila complementar de História da Arte 
 
 24 
A arte românica foi a arte cristã do 
Ocidente europeu desenvolvida entre os 
séculos XI e XII. Ela marcou a ruptura com o 
período clássico da Era Greco-Romana e serviu 
como ponte para o estilo seguinte, quando 
então evoluiu para formas arquitetônicas ditas 
góticas ou ogivais. 
Tornou-se a expressão artística dos 
tempos dos cruzados, das lutas dos mouros 
contra os cristãos, da proliferação das Ordens 
Religiosas, das constantes refregas travadas 
entre o imperador e o papa, e entre os reis e 
os barões feudais que tanto empobreceram a 
Europa. 
A construção da época foi 
fundamentalmente religiosa, pois somente a 
Igreja cristã e as ordens religiosas possuíam 
fundos suficientes ou pelo menos a organização 
eficiente para arrecadá-los e financiar o 
erguimento de capelas, de igrejas e de 
mosteiros. 
 
 
Mosteiro de Cluny , Construído em 910 na Borgonha 
(Noroeste da atual França) 
 
Expressão de um tempo belicoso e 
inseguro, pobre em atividades comerciais e 
mercantis, os edifícios da época do românico, 
além de toscos, assemelham-se à fortalezas. 
Era uma estética da pedra bruta, de 
paredes expostas quase sem reboco, com um 
diminuto número de janelas e interiores 
geralmente sombrios. 
A planta de uma igreja do estilo 
românico é a mesma da basílica cristã 
primitiva, dominada pelo horizontalismo; os 
materiais eram a pedra e o tijolo; criou-se a 
abóbada para evitar os numerosos incêndios, 
sendo que o teto de madeira foi substituído 
pela abóbada de origem bizantina, exigindo 
paredes espessas para sustentá-la. 
 
Igreja românica de Andorra (Sul da França) 
 
Igreja de Cedofeita, Portugal 
Características gerais do estilo românico: 
 
 substituição do teto de madeira por 
abóbadas. 
 grande espessura das paredes, poucas 
janelas. 
 consolidação das paredes por contrafortes 
ou gigantes para dar sustentação ao prédio. 
 consolidação dos arcos por meio de 
arquivoltas. 
 
Arte Gótica 
 
Período da arte de estilo gótico 
estendeu-se por 400 anos (de mais ou menos 
1.100 até 1.500). A origem do termo gótico 
nada tem a ver diretamente com os godos, a 
antiga nação germânica que invadiu o Império 
Romano no século 5. Todavia é de supor-se 
que gótico de alguma lembra algo como 
"bárbaro", isto é, um estilo do tempo dos 
bárbaros, quando os godos atropelavam a 
civilização romana. 
Originou-se de uma denominação 
utilizada pelos refinados artistas renascentistas 
para designar genericamente um estilo artístico 
que achavam de mau gosto, exótico, carregado 
 
 
 
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 25 
de apelos decorativos e pelo exagero da altura 
das suas torres. O gótico, igualmente como o 
romântico, caracterizou-se predominantemente 
por ser um estilo grandioso de construções 
religiosas, foi a arte por excelência das 
magníficas catedrais européias. 
 
 
Vitral em Rosácea, Catedral de Notre Dame 
A multiplicação delas por toda a Europa 
Ocidental deveu-se ao prestígio universal da 
Igreja Católica e da religião cristã, e resultou da 
competição entre as cidades lentamente 
enriquecidas pela Revolução Comercial, 
transformação econômica que deu seus 
primeiros passos ao redor dos séculos 11 e 12 
(na região do Flandres, ao redor do rio Reno e 
do rio Sena) tendo como conseqüência a 
ressurreição da vida urbana. Cada cidade da 
Europa Ocidental tratou então de erguer uma 
catedral cuja torre fosse a mais alta possível. 
Características arquitetônicas: 
 resistência, repetição de elementos 
construtivos (janelas e colunas geminadas). 
 interior pesado e escuro. Na temática 
decorativa utilizava-se tanto as linhas 
gregas. 
 losangos, pontas de diamante, como 
esculturas de animais e monstros 
assustadores (gárgulas). 
 
 
Catedral de Lincoln , Lincolnshire, Inglaterra 
Construir torres altíssimas não eram 
uma ideia não somente para melhor e atrair o 
olhar protetor de Deus, como para celebrar a 
excelência das suas corporações de ofícios em 
competição com as outras das demais cidades 
vizinhas. 
O gótico, originalmente, foi um estilo 
marcadamente francês. Do território da França 
atravessou o Reno penetrando na Alemanha 
onde, por igual, encontraremos belos exemplos 
dele. 
Todavia bem menos influenciou a 
arquitetura italiana que ainda mantinha seu 
apego ao antigo estilo clássico(a exceção foi a 
arquitetura lombarda, mais sujeita por razões 
geográficas às influencias transalpinas, como se 
verificou na construção da catedral de Milão). 
 
 
Catedral de Notre Dame, Paris, França. 
 
Características Gerais do Gótico: 
 
 Verticalismo. 
 Arco quebrado ou ogival. 
 
 
 
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 Abóbada de arcos cruzados. 
 O vitral. 
 
A Divisão da arte gótica: expressa-se, 
sobretudo, na arquitetura, a qual determina as 
demais artes; sendo que a pintura e a escultura 
(como no período romântico) são apenas 
complementos decorativos. 
 
Pintura na Idade Média 
 
A pintura medieval apresenta-se em 
quatro formas principais; mosaicos, 
miniaturas, murais e vidros pintados. 
Os mosaicos da catedral de São 
Marcos constituem uma obra-prima. O que 
representa a Ascensão, feito no século XII e 
que se encontra na cúpula central, é realmente 
extraordinário. A pintura de mosaicos era uma 
arte que datava quase dois mil anos e de 
certa maneira já se achava em decadência. 
 
 
Mosaicos na Basílica de São Marcos, Veneza, Atual 
Itália. 
 
Por conta dessa decadência temos o 
predominado a iluminura de manuscritos 
com pinturas em miniatura, que foi a arte 
favorita. 
 Os saltérios, os missais , os livros de 
horas, eram adornados pelos miniaturistas, que 
procuravam mais a profundidade e o 
esplendor das cores e a densidade e 
vitalidade da obra do que a ilusão de 
espaço com três dimensões. Os mosteiros se 
mostravam muito férteis nesta arte delicada e 
tranqüila. 
 Os murais demonstraram forte 
influência bizantina. A invasão dos bárbaros e 
as perturbações dos séculos seguintes 
apagaram a tradição da pintura clássica 
romana. No século XIII, os primeiros painéis 
italianos mostraram figuras religiosas, 
simbólicas e místicas, de caráter 
acentuadamente oriental. 
 
 
Recorte de uma Iluminura de uma Bíblia Medieval 
mostrando a Sagrada Família, a técnica ao redor da 
imagem principal é um Fólio do foral manuelino feito 
na vila de Freixo de Espada à Cinta, 1512 
 
 
Mural medieval mostrando a virgem Maria, menino 
Jesus e os ideia de proteção por anjos, a direto do 
observador encontramos um clérigo. 
 
Os vitrais das catedrais exigiam uma 
pintura especial sobre o vidro. Os vitrais, e 
mesmo as grandes rosáceas eram em muitos 
casos, divididos em diversas formas 
geométricas, possibilitando a uma só peçamostrar várias cenas de uma história ou de 
 
 
 
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 27 
um tema religioso. Os mais belos vitrais são 
sem dúvida os da catedral de Notre Dame, que 
também serviram de modelo para os da 
catedral de Lincoln, na Inglaterra. As cores 
brilhantes foram no século XIII harmonizadas 
com a pintura em "grisaille", em linhas finas 
de cor vermelha ou azul. 
 
 
Vitrais de Notre Dame 
 
 Exercícios: 
1) (UEL – 2008) Observe a imagem a seguir 
Com base na imagem, considere as afirmativas 
a seguir: 
 
 
 
I. A cultura medieval caracterizou-se pela 
ausência de uma expressão artística própria, o 
que redundou na retomada dos elementos da 
cultura clássica no Renascimento. 
II. A exemplo da Tapeçaria de Bayeux, manta 
encomendada para cobrir o corpo de Carlos 
Magno, a expressão cultural dos homens do 
período medieval era fundada na confecção de 
objetos menores, fáceis de transportar. 
III. O bordado conservado é um exemplar de 
expressão cultural não voltado para a liturgia 
ou culto cristão, o que não era comum, pois 
grande parte da arte que se conservou está 
relacionada à religiosidade. 
IV. A tapeçaria apresenta um relato da invasão 
normanda na Inglaterra e traz características 
da arte do período como a simplicidade das 
formas e economia de elementos. 
 
A partir da imagem dada e dos conhecimentos 
sobre o tema, assinale a alternativa que 
contém todas as afirmativas corretas. 
a) I e IV. 
b) III e IV. 
c) II e III. 
d) I, II e III. 
e) I, II e IV. 
 
2) Como todo movimento o período Gótico 
tem na arquitetura um de seus grandes 
representantes. Analise e julgue os itens a 
baixo marcando a ÚNICA alternativa 
CORRETA sobre a arquitetura gótica. 
 
a) Bem diferente dos edifícios baixos e 
pesados, a arquitetura gótica é esbelta e muito 
alta. 
b) Os prédios passam a ser decorados com 
inspiração na Antiguidade Clássica. 
c) Os capitéis e colunas marcam este período. 
d) Pela altura suas paredes eram de enorme 
espessura 
e) A Arte Gótica é conhecida pela sua 
predominância na Espanha e Portugal. Países 
puramente católicos. 
 
 
Unidade 8 
 
Renascimento Artístico 
 
 
“La Pietá”, ou “A Piedade” Michelangelo, 1550 
 
 
 
 
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 28 
Sob a influência das idéias humanistas, 
o Renascimento floresceu na Europa 
ocidental. O desenvolvimento renascentista não 
foi homogêneo em todas as regiões. Variou de 
um lugar para o outro, mas seu maior 
esplendor aconteceu na Itália, em especial na 
cidade de Florença, mas também na região de 
Flandres e na Alemanha. De modo geral, eram 
localidades em que o comércio fez surgir uma 
burguesia rica, que se dispôs a financiar a 
produção artística e intelectual da época. 
Famílias de mercadores-banqueiros, os 
próprios reis, ou então a Igreja, contratavam os 
melhores artistas para fazerem em suas 
cidades suntuosos edifícios, palácios, igrejas, 
estátuas, pinturas ou até mesmo para 
produzirem obras de arte em suas residências. 
Conhecidos como mecenas (referência a um 
patrocinador das artes na Roma antiga), essas 
pessoas tornaram-se protetoras da produção 
cultural renascentista, garantindo o sustento 
desses artistas. 
Em Florença, por exemplo, os Médici 
eram a família mais rica da cidade. A fortuna 
deles iniciara-se graças à atividade do 
banqueiro Cosimo di Médici (1389-1464). Ele 
fundou uma academia dedicada aos estudos da 
filosofia de Platão e foi responsável pelo 
sustento de escultores, pintores e arquitetos 
que transformaram Florença em uma 
verdadeira obra de arte a céu aberto. 
 
 
Cosimo di Médici, banqueiro que financiou vários 
artistas. 
 
De modo geral, pode-se dizer que o 
Renascimento ocasionou uma imensa 
renovação nos mais variados campos do 
conhecimento e produziu artistas, pensadores, 
cientistas cujos trabalhos influenciaram toda a 
produção intelectual dos séculos seguintes. 
 Trecento, a primeira fase a 
fé e razão. 
Durante a Alta idade Média (do século 
5 ao 10), vigoraram na arte os estilos 
romanesco e gótico, de caráter essencialmente 
religioso. A arte - sobretudo pintura, escultura 
e arquitetura -, patrocinada pela Igreja visava 
transmitir ao homem as idéias de fé 
teocêntricas (concepção que tem Deus - do 
grego, Théos - como centro de todas as 
coisas), marcadas por um caráter místico que 
procurava afastar o ser humano de seus 
interesses terrenos. 
Na pintura, a transformação teve início 
com Giotto (1267-1337), que apresentava 
trabalhos com motivos naturais e figuras 
humanizadas. Por volta desse mesmo período, 
durante a primeira fase do Renascimento. 
 
 O beijo de Judas, de Giotto 
 Quatrocento, a segunda 
fase, Expansão para a 
Europa. 
 
O século 15, os anos Quatrocentos, 
compreende a segunda fase do Renascimento. 
Trata-se de um período marcado por um maior 
desenvolvimento das artes em geral e do 
comércio. Nesse século, por exemplo, 
aconteceram as grandes navegações, devido às 
 
 
 
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 29 
necessidades de se encontrarem rotas 
marítimas fora do Mediterrâneo. Num ímpeto 
comercial extraordinário, portugueses e 
espanhóis conquistaram o Atlântico, abrindo 
caminho para a Índia e para o Novo Mundo. 
 
A pintura, em Florença, deu-se ao luxo de 
apresentar correntes diversas, que tinham 
como representantes Tommaso Masaccio 
(1401-1428), de estilo naturalista, Fra Angélico 
(1390?-1455), que desenvolveu uma arte mais 
ou menos próxima do estilo gótico, e Sandro 
Botticelli (1445-1510), que sintetizou as 
correntes anteriores. 
 
 
O Nascimento da Venus, 
Sandro Botticelli, 1485. 
 
 Cinquecento, a terceira 
fase, a derradeira fase da 
Renascença, o movimento 
se transforma 
 
O século 16, o dos anos Quinhentos, 
correspondeu à terceira fase do Renascimento. 
Ele foi marcado por uma maior expansão do 
movimento cultural em toda a Europa. Na 
Itália, destaca-se Leonardo da Vinci (1452-
1519), que deu enorme contribuição à ciência e 
à arte. É importante lembrar ainda o nome do 
matemático, físico e astrônomo Galileu Galilei 
(1564-1642), um dos principais responsáveis 
pelo desenvolvimento científico do período. 
Ainda nas artes plásticas, é 
imprescindível considerar o nome de 
Michelangelo Buonarroti (1475-1564), autor 
dos afrescos da capela Sistina, e de esculturas 
como Davi, Moisés, e outras, que por suas 
dimensões gigantescas evidenciam a concepção 
de grandeza do ser humano que vigorou no 
Renascimento. 
 
 
Mona Lisa, Leonardo da Vinci, 1502, óleo sobre 
madeira. 
 
 
“O Dom da vida” Detalhe do teto da Capela Sistina, 
O conhecido escultor Michalangelo, pinta o papa 
Júlio II. 
 
 Outra técnica desenvolvida e amplamente 
utilizada pelos renascentistas para atribuir 
realismo às suas representações deve-se à 
perspectiva, que possibilitou a representação 
de imagens tridimensionais em plano 
bidimensional. 
O renascimento flamengo esteve muito 
ligado ao desenvolvimento da pintura. Suas 
maiores preocupações eram a pesquisa dos 
materiais, o aprimoramento técnico e o esforço 
de fazer representações que parecessem 
naturais. 
 
 
 
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 30 
 
Foram os artistas flamengos que introduziram a 
técnica da tinta a óleo, iniciaram a pesquisa 
sobre perspectiva linear, inventaram a 
perspectiva aérea e desenvolveram os efeitos 
de cor, luz e brilho. 
 
 
Triunfo da morte, Pieter Brugel, 1569 
 
Arquitetura Renascentista 
Os arquitetos do renascimento 
conseguiram, mediante a medição e o estudo 
de antigos templos e ruínas, assim como pela 
aplicação da perspectiva, chegar à conclusão 
de que uma obra arquitetônica completamente 
diferente da que se vira até então não era nada 
mais que pura geometria euclidiana. O módulo 
de construção utilizado era o quadrado, que 
aplicado ao plano e ao espaço deu às novas 
edificações proporções totalmente harmônicas. 
 
As ordens gregas de colunas 
substituíram os intermináveis pilares medievais 
e se impuseram no levantamento das paredes 
e na sustentação das abóbadas e cúpulas. São 
três as ordens mais utilizadas: a dórica, a 
jônica e a coríntia, originadas do classicismo 
grego. A aplicação dessas ordens não é 
arbitrária, elas representam as tão almejadas 
proporções humanas: a base é o pé, a coluna, 
o corpo, e o capitel, a cabeça. 
Exemplo de Igrejas Renascentistas, 
fachada e planta baixa: 
 
Vistos de fora, esses palácios se 
apresentam como cubos sólidos, de tendência 
horizontal e com não mais de três andares, 
articulados tanto externa quanto internamente 
por colunas e pilares. Um pátio central, 
quadrangular, tem a função de fazer chegar a 
luz às janelas internas. A parede externa 
costuma receber um tratamento rústico, sendo 
a almofadilha mais leve nos andares 
superiores. A ordem das colunas varia de um 
andar para outro e costuma ser a seguinte: no 
andar térreo, a ordem toscana, uma variante 
da arquitetura romana; no pavimento principal, 
a jônica; e no superior, a coríntia. A divisão 
entre um nível e outro é feita por diferentes 
molduras e uma cornija que se estende por 
todo o piso de cada andar, exatamente abaixo 
das janelas. Têm geralmente forma retangular 
e são coroadas por uma finalização em arco ou 
triângulo. 
 
Palácio de Carlos V, Granada (Forma Retangular) 
 
 
 
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 31 
Exercícios: 
1. Onde o Renascimento buscou inspiração? 
a)- Na arte românica 
b)- Na arte greco-romana 
c)- Na arte grego-românica 
d)- Na arte gótica 
e)- Na arte egípcia. 
 
2. Quais dos elementos abaixo correspondem a 
descobertas do Renascimento? 
a)- Claro escuro e têmpera 
b)- Perspectiva e têmpera 
c)- Têmpera e pintura a óleo 
d)- Pintura a óleo e pintura mural 
e)- perspectiva e pintura a óleo 
 
3. Quais destes artistas pertencem ao 
Renascimento? 
a)- Da Vinci, Piero della Francesca e 
Rembrandt. 
b)- Da Vinci, Michelangelo e Boticelli. 
c)- Da Vinci e Rembrandt. 
d)- Vitor Brecheret, Da Vinci e Boticelli. 
e)- Boticelli, Da Vinci e Rembrandt. 
 
4. Comente o individualismo surgido durante o 
renascimento? 
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________ 
 
 Unidade 9 
 
Os primeiros artistas no 
Brasil 
 
Após a chegada de Cabral, Portugal 
tomou posse do território e transformou o 
Brasil em sua colônia. Primeiramente, foram 
construídas as feitorias, que eram construções 
muito simples com cerca de pau-a-pique ao 
redor porque os portugueses temiam ser 
atacados pelos índios. Preocupado com que 
outros povos ocupassem terras brasileiras, o rei 
de Portugal enviou, em 1530, uma expedição 
comandada por Martim Afonso de Sousa para 
dar início à colonização. 
A pintura jesuítica se inicia em 1587, com a 
chegada do frei Belchior Paulo, seguido depois 
por pintores jesuítas ou beneditinos 
encarregados de adornar as igrejas: Domingos 
da Conceição, Agostinho da Piedade e 
Agostinho de Jesus. 
 
 
 
 Arte Holandesa no Brasil 
 
Com a invasão holandesa em 1637, 
chegam ao Recife pintores como Frans Post e 
Albert Eckhout, que influenciam artistas 
brasileiros como João dos Santos Simões. Com 
a intenção de documentar a fauna e a flora e 
as paisagens brasileiras, Eckhout e, sobretudo 
Post realizam um trabalho de alta qualidade 
artística. 
 Frans Post (1612-1680)- Pintor 
holandês. Vem ao Brasil durante a dominação 
de Mauricio de Nassau, em Pernambuco. 
 Permanece de 1637 a 1644, 
documentando paisagens e espécimes naturais. 
 
 
 Carro de Boi, 1638 
 
 
 
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 32 
 
 Paisagem do Rio São Francisco , 1641 
 
Albert Eckout (1610-1666)- Pintor e botânico 
holandês. Desembarcou no Brasil com a 
expedição de Mauricio de Nassau e 
permaneceu aqui até 1644. Foi contratado para 
documentar em suas telas os tipos étnicos, os 
costumes e a paisagem local. 
 
 
 
 
Albert Eckhout - 1ª obra: “Mulher Tupuia” 1641 2ª 
Obra: “Homem Mestiço”, sem data 
 
 A obra mais famosa e que mais foge do estilo 
de Eckhout: “A Dança dos Tapuias” 
 
 
Albert Eckhout- “A Dança dos Tapuias”, 1641 
 
 A fascinação pela paisagem tropical era 
evidente nas obras dos tipos presente no Brasil. 
Tanto aos tipos étnicos quanto as Naturezas 
mortas que mostravam a diversidade dos 
produtos do novo Mundo. 
 
 Albert Eckhout- “Abacaxi, Melancias e Outras 
Frutas”, sem data 
 
Exercícios: 
1. Sobre os pintores de Nassau é correto 
afirmar: 
I- como eram católicos, focam sua pesquisa 
nos temas religiosos; 
II – Frans Post valoriza a paisagem em suas 
obras; 
III – suas obras são verdadeiros documentos 
nacionais. 
a)- Se as alternativas I, II, III são corretas. 
b)- Se as alternativas I, II, III são corretas. 
c)- Se apenas as afirmativas I e II são corretas. 
d)- Se apenas as afirmativas I e III são 
corretas. 
e)- Se apenas as afirmativas II e III são 
corretas. 
 
2. Qual a importância dos pintores de Nassau 
para a História da Arte no Brasil? 
a)- Eles introduziram o estilo Barroco no Brasil 
colonial. 
b)- Foram os primeiros pintores no Brasil a fixar 
as paisagens, a fauna e a flora de maneira 
profissional. 
c)- Ajudaram a instaurar o neoclássico no Brasil 
e souberam como ninguém moldar os artistas 
brasileiros. 
 
 
 
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 33 
d)- Não tiveram grande expressão no mundo 
artístico, suas obras não obedeciam a critérios 
estéticos pré-estabelecidos na época. 
e)- Foram os primeiros a registrar a sociedade 
do Rio de Janeiro, fundaram a Academia 
Imperial de Belas Artes. 
 
3. Quais são as diferenças entre os trabalhos 
de Frans Post e de Albert Eckhout? 
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________ 
 
Unidade 10 
 
O Barroco 
 
Contexto Histórico 
 
O final do século XVI e início do século XVII 
caracteriza-se, na Europa, pela ocorrência de 
conflitos de natureza política, econômica, social 
e, principalmente, religiosa. 
São fatos importantes deste período: 
 
 O Término do ciclo das

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