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Falência - 3 e 4 bimestre

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Falência: 
Pressuposto subjetivo: Partes 
- Legitimados para falir: empresário (regular ou irregular) insolvente. 
- Legitimados para pedir falência 
1. O próprio empresário (auto falência) 
2. O conjunge sobrevivente, Espólio ou herdeiros do devedor 
3. Credor (deve possuir título executivo líquido; se for empresário (regularmente 
constituídos), deve provar sua condição e, se o credor for estrangeiro sem domicílio no 
Brasil, deve prestar caução) 
Pressuposto objetivo: Causas 
1. Convolação da recuperação judicial em falência (única hipótese em que a falência pode 
ser decretada de ofício) 
2. Autofalência (insolvência confessada) 
3. Pedido de falência por impontualidade (artigo 94, I): verifica quando o devedor deixa 
de pagar no vencimento sem relevante razão de direito, obrigação líquida materializada 
em título executivo superior a 40 salários mínimos (nacional – o momento de aferição 
do salário mínimo é do momento da distribuição da ação - Admite-se a soma de títulos 
e também o litisconsórcio ativo) devidamente protestado (deve ter sido absolutamente 
regular). – cerca de 85% dos pedidos de falências no Brasil. 
4. Pedido de falência por execução frustrada (artigo 94, II): ocorre quando o devedor 
citado em execução por quantia certa não paga, não deposita e não nomeia bens a 
penhora (esta é a letra de lei, porém, deve-se ler como “não são encontrados bens 
passíveis de penhora”). Na execução o credor deve pedir uma certidão de objeto e pé, 
e com esse documento poderá pedir a falência por execução frustrada (segundo o 
professor, deverá ser extinta a execução, vez que a execução é realizada para devedor 
solvente, enquanto a falência é para o empresário insolvente, portanto, em uma das 
ações haverá falta de interesse. No entanto, existem juízes que autorizam a suspensão 
da execução enquanto tramita a falência). Embora a lei vincule o piso de 40 salários 
mínimos no inciso I, existem juízes que defendem que o piso no inciso I foi colocado de 
forma errada, devendo ser veiculado no caput, portanto, aplicável a todas as hipóteses. 
De outro lado, existe outra corrente que defende que as hipóteses são diferentes, não 
havendo piso mínimo, sendo aplicável a presente hipótese para qualquer valor. Não há 
posição majoritária. 
5. Pedido de falência por atos de falência (artigo 94, III): atos que se praticados pelo 
devedor, presumem sua insolvência. As hipóteses estão elencadas nas alíneas deste 
inciso. É a hipótese menos utilizada atualmente, devido ao seu subjetivismo. 
 
 
 
 
 
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: 
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: 
 a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou 
fraudulento para realizar pagamentos; 
 b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou 
fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, 
credor ou não; 
 c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os 
credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; 
 d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação 
ou a fiscalização ou para prejudicar credor; 
 e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres 
e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento: ação de conhecimento com o intuito da decretação de falência do devedor. 
Petição Inicial: Artigo 282 do CPC + requisitos específicos, dependendo da modalidade da 
falência. 
OBS: Quando você pede a falência de alguém, diz-se que o réu é insolvente, portanto, não se 
pode na petição inicial colocar qualquer coisa que remeta a cobrança, vez que, a cobrança tem 
o seu meio próprio para alcança-la (em nenhum momento pode fazer transparecer a cobrança 
da dívida que originou o pedido). 
OBS 2: Enquanto houver o processamento do pedido de falência, não poderá haver em 
nenhuma hipótese uma negociação por escrito, pois, logicamente, não se pode negociar com 
um insolvente. Logo, se houver, basta apresentar a negociação prévia ou durante o 
processamento, para que o juiz extinga a falência. Do mesmo modo, existem juízes que marcam 
 f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os 
credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou 
de seu principal estabelecimento; 
 g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação 
judicial. 
 
Detalhes não dados em aula a respeito da falta de legitimação absoluta e relativa para a falência: 
 “A primeira diz respeito às empresas públicas e sociedades de economia mista, que estão 
totalmente excluídas do processo falimentar (LF, art. 2º, I). Como são sociedades exercentes de 
atividade econômica controladas direta ou indiretamente por pessoas jurídicas de direito público 
(União, Estados, Distrito Federal, Territórios ou Municípios), os credores têm sua garantia 
representada pela disposição dos controladores em mantê-las solventes. Não é do interesse público 
a falência de entes integrantes da Administração Indireta, ou seja, de desmembramento do Estado. 
Caindo elas em insolvência, os credores podem demandar seus créditos diretamente contra a 
pessoa jurídica de direito público controladora. 
 A segunda hipótese de exclusão absoluta do direito falimentar alcança as câmaras ou 
prestadoras de serviços de compensação e de liquidação financeira. Esses sujeitos de direito terão 
suas obrigações ultimadas e liquidadas de acordo com os seus regulamentos, aprovados pelo Banco 
Central. As garantias conferidas pelas câmaras ou prestadoras de serviços de compensação e de 
liquidação financeira destinam-se, por lei, prioritariamente à satisfação das obrigações assumidas 
no serviço típico dessas entidades (LF, art. 194). Em outros termos, em nenhuma hipótese pode ser 
decretada falência delas, cabendo proceder de acordo com o disposto no regulamento adotado 
pelo respectivo serviço de compensação e liquidação financeira. 
 A terceira hipótese de exclusão absoluta alcança as entidades fechadas de previdência 
complementar, isto é, que organizam planos acessíveis apenas aos empregados de certa empresa, 
servidores públicos de um determinado ente governamental (patrocinadores) ou associados ou 
membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial (instituidores). As 
entidades fechadas de previdência complementar estão sujeitas unicamente à liquidação 
extrajudicial (Lei Complementar nº 109/01, art. 47). Nenhum credor dessa entidade pode requerer 
em juízo a decretação de sua falência. Pode apenas executar o crédito que titula, mediante a 
penhora de bens da devedora. Note-se que as entidades abertas de previdência complementar, 
cujos planos são acessíveis a qualquer pessoa física, estão excluídas relativamente da falência, 
como se verá adiante. 
 As sociedades empresárias relativamente excluídas do direito falimentar são três: 
companhias de seguro, operadoras de planos privados de assistência à saúde e instituições 
financeiras.” COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial: Direito de empresa, vol. 3. 
audiências de conciliação (ou o réu pede a sua designação) e a partir do momento que o autor 
comparece e negocia com o suposto insolvente, esse ato é incompatível com a presunção de 
insolvência, levando assim, a extinção da ação. 
Continuação do procedimento: O réu será citado e terá 10 dias para apresentação de defesa. 
Nesseprazo, o réu poderá ter de 2 a 5 posturas a tomar. 
1. Inércia: será revel, e será decretada a falência. 
2. Apresentar contestação: a partir de então, prosseguirá pelo rito ordinário. 
3. Depósito elisivo: deposito que impede a decretação de falência do devedor, pois ele 
derrubará a presunção de insolvência, pois ele prova que não o é. Nesse caso a lei traz 
uma exigência: custo principal + juros + correção + honorários (assim, o pedido será 
julgado IMPROCEDENTE, pois demonstra que o réu não é insolvente. Isso demonstra 
claramente que a falência é complemente diferente da ação de cobrança). Depósito 
elisivo só poderá ser realizado em pedido de falência fundados em impontualidade ou 
execução frustrada. Se o devedor não tem o valor completo e realiza o deposito parcial, 
existem três correntes: 1. Será decretada a falência (a única com fundamento legal); 2. 
O juiz deve mandar complementar o depósito, sob pena de decretação de falência 
(posição majoritária); 3. Depositado o principal o deposito está elidido, e a ação 
prosseguirá como cobrança. 
4. Contestação com depósito elisivo: o devedor quer se defender, mas quer a garantia de 
não ser decretada a falência, portanto, ele realiza o depósito e ainda assim, contesta o 
feito. Depósito elisivo só poderá ser realizado em pedido de falência fundados em 
impontualidade ou execução frustrada. 
5. Pedir recuperação judicial: no prazo de defesa o devedor pede a recuperação judicial 
nos autos da ação de falência. Só poderá ser realizado se o pedido for por 
impontualidade e se o empresário for regularmente constituído a mais de 2 anos. 
 
 
Terceiro pressuposto: Sentença 
São três as possíveis sentenças no pedido de falência: 
- Terminativa: extingue o processo sem resolução do mérito (art. 267). Recurso cabível: 
apelação. 
- Denegatória: sentença de mérito, que julga improcedente o pedido de falência. Esta 
sentença tem uma particularidade: se o juiz, na sentença, reconhecer que o autor agiu de 
modo doloso, poderá condená-lo ao pagamento de indenização ao réu em valor a ser 
apurado em liquidação. Uma parte da doutrina entende que deve ser pedida a indenização 
pelo réu na contestação. O professor Rui descorda, devido ao atributo punitivo da 
indenização. Se houver culpa, cabe também indenização, porém, em ação própria. Recurso 
cabível: apelação. 
- Declaratória de falência: é a sentença de mérito. Aquela que decreta a falência do devedor. 
Recurso cabível: agravo de instrumento (CPC). A sentença declaratória de falência gera 
efeitos imediatos independentemente da ciência das partes. Todos os atos praticados pelo 
falido a partir da sentença são considerados nulos e ineficazes e, isso decorre de um dos 
efeitos da falência, a perda da capacidade empresarial, ou seja, o falido se torna inabilitado 
para a atividade empresarial. Outro efeito particular dessa sentença é o surgimento do juízo 
universal. 
Juízo universal: o juízo onde se processa a falência atrai para si todas as ações relacionadas a 
patrimônio, nas quais o falido seja parte. As exceções são 3: Execução fiscal, reclamação 
trabalhista e as ações não reguladas pela lei de falência, onde o falido seja autor ou litisconsorte 
ativo. 
Requisitos da sentença declaratória de falência: Essa sentença possui requisitos específicos e 
comuns. Os comuns: Relatório e disposto. Específicos: Artigo 99 da lei de falências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inciso II - Do termo legal da falência, o administrador judicial irá analisar todos os atos realizados 
pelo falido. 
 
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações: 
 I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse 
tempo seus administradores; 
 II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias 
contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro) protesto por 
falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados; 
 III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos 
credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se 
esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência; 
 IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1o do art. 
7o desta Lei; 
 V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as 
hipóteses previstas nos §§ 1o e 2o do art. 6o desta Lei; 
 VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-
os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda 
faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do 
inciso XI do caput deste artigo; 
 VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes 
envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores quando 
requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta Lei; 
 VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro 
do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação 
de que trata o art. 102 desta Lei; 
IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III 
do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 
desta Lei; 
 X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades 
para que informem a existência de bens e direitos do falido; 
 XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o 
administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta 
Lei; 
 XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembléia-geral de credores 
para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê 
eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência; 
 XIII – ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas 
Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que 
tomem conhecimento da falência. 
 Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo a íntegra da decisão que 
decreta a falência e a relação de credores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo 129 - Traz um rol exaustivo de atos que são presumidamente lesivos pelo legislador. Por 
isso, essa ineficácia é denominada objetiva. Durante o termo legal da falência, caso o 
administrador encontre um dos atos previstos nesse artigo, não se perquire culpa ou dolo, o ato 
será declarado ineficaz. A declaração de ineficácia poderá ocorrer de qualquer forma (até de 
ofício – não depende de ação própria). 
 
 
Artigo 130: Devem estar presentes cumulativamente os requisitos de conluio fraudulento 
(ambas as partes devem ter acordado a fraude) e o efeito prejuízo sofrido pela massa falida. 
Nesta hipótese é necessário intentar a ação revocatória, por procedimento ordinário, e seus 
legitimados ativos (de modo concorrente) o administrador judicial, o MP e qualquer credor. 
Como legitimados passivos o falido, aquele que contratou com o falido e qualquer outro que 
tenha participado do ato. Essa ação tem prazo decadencial de 3 anos contados da decretação 
da falência. Da sentença,caberá apelação, recebida em duplo efeito. 
Declarada a ineficácia ou julgada procedente a ação revocatória, as partes voltarão ao 
estado anterior, e se reconhecida a boa-fé do contratante ele terá direito a restituição dos bens 
ou valores entregues ao devedor. 
Reconhecida a boa-fé de terceiros, ele terá direito de receber o valor, nos termos acima, 
antes mesmo dos créditos extra concursais. 
 
Efeitos da decretação: 
- Pessoa do falido: inabilitação para o exercício da atividade empresarial (desde a decretação 
até a declaração de extinção das responsabilidades); o falido sofrerá restrições a liberdade de 
locomoção e sigilo de correspondência (essas são as duas mais polemicas, entre outras); outros 
deveres (prestar depoimento, entregar os documentos ao administrador judicial, etc) 
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do 
estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores: 
 I – o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo devedor dentro do termo legal, por 
qualquer meio extintivo do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio título; 
 II – o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, por qualquer 
forma que não seja a prevista pelo contrato; 
 III – a constituição de direito real de garantia, inclusive a retenção, dentro do termo legal, 
tratando-se de dívida contraída anteriormente; se os bens dados em hipoteca forem objeto de 
outras posteriores, a massa falida receberá a parte que devia caber ao credor da hipoteca revogada; 
 IV – a prática de atos a título gratuito, desde 2 (dois) anos antes da decretação da falência; 
 V – a renúncia à herança ou a legado, até 2 (dois) anos antes da decretação da falência; 
 VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o 
pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao devedor bens 
suficientes para solver o seu passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição dos 
credores, após serem devidamente notificados, judicialmente ou pelo oficial do registro de títulos 
e documentos; 
 VII – os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título 
oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados após a decretação da falência, 
salvo se tiver havido prenotação anterior. 
 Parágrafo único. A ineficácia poderá ser declarada de ofício pelo juiz, alegada em defesa ou 
pleiteada mediante ação própria ou incidentalmente no curso do processo. 
 
 Art. 130. São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, 
provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o 
efetivo prejuízo sofrido pela massa falida. 
- Bens do falido: apresentação do dia 08.09 
- Obrigações do falido: (diretamente ligado aos direitos dos credores). Conduzido pelo princípio 
do tratamento igualitário dos credores. 
Daí advém a 1ª regra quanto a obrigação do falido: a decretação da falência promove o 
vencimento antecipado das obrigações do falido com o abatimento proporcional dos juros 
futuros. 
2ª regra: créditos contratados em moeda estrangeira devem ser convertidos para 
moeda nacional na cotação da data da decretação. 
3ª regra: a falência suspende a fluência dos juros a partir da decretação, salvo se o ativo 
apurado for suficiente para o pagamento do principal de todos os credores. Nesse caso, o valor 
que sobrar da subtração do ativo com o passivo será utilizado tal valor para que volte-se ao 
primeiro credor para que se pague os juros a partir da decretação da falência que estavam 
suspensos. O professor diz que essa regra é apenas para que conste, pois na história ocorreram 
apenas 3 casos, já que se o ativo for maior do que o passivo, há liquidez, não há que se falar em 
falência. 
A regra da suspensão não acontecerá em duas situações: 
1 - Credores debenturistas; 
2 – credores com garantia real, que podem cobrar juros até o limite da garantia. 
 
A partir do momento em que foi decretada a falência, como ficarão os contratos 
celebrados pelo falido? O legislador criou a regra geral (subsidiárias) e específicas. 
A regra geral é que os contratos bilaterais não se resolvem pela decretação da falência. 
Cabe ao contratante (ônus) não falido (aquele que contratou com o falido) interpelar o 
administrador em até 90 dias (decadencial) da nomeação e então o administrador terá até 10 
dias para dizer se cumpre ou não o contrato. No seu silêncio ou resposta negativa, é garantido 
direito a indenização como crédito quirografário. Porém, não se pode confundir o crédito a 
indenização com o crédito advindo do contrato, que pode ser de qualquer outra natureza que 
não quirografária, a depender do contrato. 
Na maioria dos contratos existe uma cláusula que prevê que na hipótese de decretação 
de falência de qualquer das partes, automaticamente o contrato será resolvido. Nessa situação, 
qual disposição prevalecerá? A jurisprudência entende que se a vontade foi de livre disposição, 
prevalecerá a disposição contratual. Caso o contrato seja de adesão, o que valerá será a lei. 
 
Nos contratos unilaterais o administrador judicial poderá dar cumprimento, se isso 
trouxer benefícios ou evitar maiores prejuízos a massa falida. Logo, se não estiver presente uma 
dessas duas hipóteses (a regra) o contrato será resolvido. 
 
Em relação as regras específicas, vale ressaltar 3: 
- Contrato de conta corrente: considera-se resolvido na data da decretação, apurando-
se o respectivo saldo. O contrato celebrado com o banco é um contrato de depósito, e não um 
contrato de conta corrente, porém, a jurisprudência entende a expressão “contrato de conta 
corrente” em sentido amplo, aplicando-se também, ao contrato bancário de depósito. 
 - Contrato de mandato: o mandato negocial se resolve pela decretação e o mandatário 
deve prestar contas. O mandato judicial não se resolve pela decretação da falência. 
- Contrato de locação: 
 Falência do locador: não resolve o contrato. 
 Falência do locatário: o administrador pode denunciar o contrato a qualquer 
tempo. 
 
Realização do ativo: venda dos bens arrecadados. Os bens serão realizados logo após a avaliação 
do bem, o valor é depositado em uma conta remunerada até o momento em que se inicia o 
pagamento dos credores. O legislador coloca uma ordem para a venda (a jurisprudência entende 
que essa ordem não é obrigatória): 
1- A empresa inteira 
2- Filiais e unidades produtivas isoladas 
3- Lotes de bens 
4- Os bens individualmente considerados 
Definidos os bens arrecadados a serem realizados, existem duas foras de se realizar a 
venda: 
 Ordinário: 
o Leilão: arremata o bem quem der o maior lance. No entanto, no leilão 
falimentar existem duas distinções para o leilão do processo civil (não existe 
distinção entre bens móveis ou imóveis, qualquer um se utilizará do leilão; no 
CPC acontecerá em 2 oportunidades, a primeira no valor da avaliação e o 
segundo a qualquer valor desde que não seja preço vil, enquanto na falência só 
será um leilão, sem vinculação ao valor da avaliação, desde que não seja preço 
vil). Pode haver leilão extrajudicial. 
o Alienação por propostas: equivale a uma “licitação”. Um edital é publicado, 
com um prazo, em que interessados apresentam propostas em envelope 
lacrado. Neste edital constará data e horário para abertura dos envelope, o 
administrador selecionará a melhor (melhor não equivale a maior, segundo o 
STJ) e levará para homologação do juiz. 
o Pregão: modalidade híbrida de leilão e alienação por propostas. Alienação por 
propostas é a primeirafase, classificatória, para o leilão. 
 1ª fase: o administrador analisará as propostas. A maior servirá de 
parâmetro para a segunda fase. Todas as propostas entre 90 e 100% da 
maior propostas se habilitarão para a segunda fase. 
 2ª fase: leilão com lance mínimo da maior proposta da segunda fase. 
Aquele que ofereceu a maior proposta ficará vinculado a ela, logo, se o 
bem por algum motivo for vendido por um valor menor ele será 
obrigado a pagar a diferença. 
 
 Extraordinário: qualquer outra forma lícita diversa das ordinárias. 
 
Pagamento de passivos: 
Existem duas regras importantes para o pagamento do passivo. 
1ª regra: No pagamento do passivo deve-se levar em conta a isonomia substancial (divisão da 
ordem de recebimento em classes 
Ordem de pagamento: para a divisão de classes, são levados em conta três critérios, o 
primeiro é o social. O segundo é o critério jurídico (diferenciação de créditos pela lei). O último 
é o critério político, como por exemplo a diferenciação da classificação do crédito com garantia 
real da atual lei para a anterior, que está em 2 posição e antes era encontrado na 5 posição, já 
que normalmente o titular desse crédito são os bancos. 
1º lugar: Artigo 151 – Crédito famélico (crédito de natureza estritamente salarial, vencido nos 3 
meses anteriores a decretação no limite de 5 salários mínimos por cada trabalhador) 
2º Lugar: Após o famélico, serão as restituições em R$. Toda vez que o administrador for 
arrecadar os bens do falido, ele deverá arrecadar todos os bens, mesmo que não sejam do falido 
mas que esteja apenas em sua posse. O terceiro que for proprietário desse vem deverá valer-se 
de uma ação para comprovar a propriedade desse terceiro e evitar o enriquecimento ilícito na 
massa falida. Ingressada com a ação, o bem deverá estar suspenso do processo de falência. Se 
o bem já foi alienado, o proprietário deverá receber o valor do equivalente em dinheiro. 
3º Lugar: Artigo 84 – extraconcursais 
4º Lugar: Artigo 83 – concursais 
1. trabalhistas (até 150 salários mínimos) e acidentários (sem limites) 
2. garantia real (limite do bem) 
3. tributários (não há preferência entre as fazendas) 
4. privilégio especial (definido pelo CC) 
5. privilégio geral (definido pelo CC) 
6. quirografários (sem garantia) 
7. subquirografário (oriundos de atos ilícitos, ou seja, multas contratuais, penas pecuniárias por 
infração de leis penais ou administrativas, inclusive tributárias, que são obrigações acessórias e, 
por isso, são separadas da principal) 
8. subordinadas (haveres do sócio em relação a sociedade e debentures subordinadas) 
2ª regra pagamento é diferente de rateio: o pagamento, para fins falimentares é a quitação dos 
valores totais de uma classe. Paga a dívida de toda a classe, aí sim poderá ser iniciado o 
pagamento ou rateio da classe seguinte. Se o saldo não for suficiente para quitar o crédito de 
todas os integrantes daquela classe, logo, não haverá o pagamento, haverá o rateio. Pagamento 
(100%) e rateio (parcial ou proporcional) 
 
Após findo o saldo da venda do ativo, o credor que não recebeu ou recebeu seu crédito 
parcial, poderá requerer a certidão de saldo creditício, que será título para futura execução. 
Expedida essa certidão, encerra-se o passivo, e o administrador judicial deverá prestar contas 
no prazo de 30 dias (com atuação em apartado), com abertura de prazos sucessivos de 5 dias 
para o falido, credores e MP. Poderá ou não haver instrução, as contas serão julgadas por 
sentença, da qual caberá apelação. 
Se as contas não forem prestadas ou forem rejeitadas, o administrador será destituído 
com todas as consequências daí decorrentes, entre elas, a perda total do direito à remuneração. 
Na sentença de rejeição o juiz pode (faculdade) fixar as responsabilidades do administrador 
decretando a indisponibilidade de seus bens. 
A indisponibilidade do bens será decretada para garantir a indenização dos credores que 
tiveram prejuízos decorrentes dessa conduta. 
Aprovadas as contas, será aberto prazo de 10 dias para apresentação do relatório final 
do processo de falência. 
 
Extinção das obrigações: 
- Quanto ao momento: 
1. Na sentença de encerramento: só é possível se houver pagamento. 
2. Após o termino da falência: pode ser feita pelo pagamento ou pela prescrição. 
Requisitos: 
a. Pagamento: 
a. 100% dos débitos, ou; 
b. Rateio de pelo menos 50% dos créditos quirografários: nessa hipótese, 
quando a arrecadação não atingir esse valor, a lei permite que o falido ou 
terceiros faça um depósito nos próprios autos para complementar o valor 
e, atingindo essa quantia, incidirá essa hipótese de declaração de extinção 
das obrigações. 
b. Prescrição: 
a. 5 anos após o encerramento (transito em julgado), se não houver 
condenação por crime falimentar. 
b. 10 anos após o encerramento (transito em julgado), se houver condenação 
por crime falimentar. 
 
A única forma de se ultrapassar esse óbice é a espera da prescrição desses débitos 
tributários, conseguir a certidão em cada execução fiscal, para que se consiga a extinção das 
obrigações na falência. 
 
 
 
Óbice – art. 
191 do CTN 
CTN, Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos. 
Pedido de extinção Publicação objeção dos credores Sentença apelação 
 30 dias 5 dias 
 
Autuação em DOE E Jornal coisa julgada 
Apartado de grande circulação secumdum eventum 
 litis 
Rejeição – não há coisa 
julgada material 
acolhida – há coisa julgada 
material, com eficácia erga 
omnes

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