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Microeconomia Prof. Saiani Aulas 7 e 8

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Microeconomia – 
Organização Industrial 
Prof. Dr. Carlos C. S. Saiani 
Sala: 1J - 219 
ssaiani@yahoo.com.br 
ssaiani@ie.ufu.br 
 
Aulas 7 e 8 
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Política Ambiental 
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1. Soluções Reguladoras 
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Aulas 7 e 8 
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Degradação Ambiental 
• caso de externalidade negativa 
 
• diminuição da quantidade existente ou 
deterioração da qualidade dos bens e 
serviços providos pelo meio ambiente 
(recursos ambientais) 
 
• produz efeitos físicos, químicos, biológicos 
e fisiológicos prejudiciais aos agentes 
econômicos 
 
• exemplos: poluição da água, do ar e do solo; 
redução da biodiversidade ... 
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Soluções Reguladoras 
• externalidade: agentes não incorporam 
os custos (ou benefícios) de suas ações 
 
•possível solução: internalização 
 
• fazer com que os agentes assumam 
integralmente a responsabilidade dos 
seus atos 5 
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Soluções Reguladoras 
• mecanismos para incentivar as empresas a 
reduzirem seus níveis de emissões 
 
• fixação de um padrão para a emissão de 
poluentes 
 
• imposição de tributos (corretivos) sobre essa 
emissão 
 
• permissões transferíveis de emissão 
 
• 2 últimas também chamadas de soluções 
baseadas no mercado (influência sobre 
incentivos privados) 
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Padrão de Emissão de Poluentes 
• limite legal da quantidade de poluentes 
que uma empresa está autorizada a emitir 
 
• se ultrapassar o padrão definido, pode 
sofrer multas e/ou outras penalidades 
 
• pode assegurar que a empresa produza 
eficientemente (ponto de vista social) 
 
• exemplo: instalação de filtros 
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Padrão de Emissão de Poluentes 
• despesa maior (para redução da emissão 
dos poluentes) eleva a curva de custo 
médio da empresa (= custo médio da 
redução de emissão de poluentes) 
 
• empresas considerarão lucrativa a entrada 
apenas se P ≥ CMg + CMgRedução 
 
• definição dos padrões 
 
• análises de Custo-Efetividade (ACE) e 
Custo-Benefício (ACB) 
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Taxa sobre a Emissão de Poluentes 
• solução/tributação de Pigou (ou Pigouviana) 
 
• internalização dos custos externos 
 
• princípio poluidor-pagador 
 
• imposição, pelo governo, de um tributo 
incidente sobre cada unidade produzida 
(~ cada unidade de poluente emitida) 
 
• igual à diferença entre o custo marginal social 
e o custo marginal privado (valor da 
externalidade = custo marginal externo) 
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Taxa sobre a Emissão de Poluentes 
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• limitações: 
 
• autoridade ambiental deve ter profundo 
conhecimento da relação entre a emissão de 
poluentes pelo setor e o valor pelo qual 
outros setores produtivos e/ou consumidores 
são afetados por tal emissão 
 
• elasticidades-preço da demanda e da oferta 
=> “custo” sobre produtores ou 
consumidores? Nesse caso, é um problema? 
11 
Taxa sobre a Emissão de Poluentes 
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• vantagens e desvantagens dependem do 
volume de informações disponíveis ao 
formulador de políticas e do custo de controle 
das emissões 
 
• suposições 
 
• formuladores de política possuem informação 
incompleta 
 
• necessário aplicar o mesmo padrão ou imposto a 
todas as empresas 12 
Padrões versus Taxas 
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• vantagens dos impostos 
 
• em comparação com padrões iguais para 
todas as empresas, atingem o mesmo 
nível de emissão a um custo mais baixo 
 
• podem incentivar a instalação de 
equipamentos que permitam reduzir 
ainda mais os níveis de emissão 13 
Padrões versus Taxas 
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• os impostos propiciam maior grau de 
certeza a respeito do custo e menor grau 
de certeza com relação às emissões 
 
• a preferência entre as duas políticas 
depende da natureza da incerteza e das 
inclinações relativas das curvas de custo 
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Padrões versus Taxas 
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• adoção de padrão 
 
• se custos e benefícios da redução de emissões e se 
os custos de todas as empresas fossem idênticos 
 
• adoção de taxas 
 
• se os custos de redução variam entre as empresas 
 
• se os custos das empresas variam e os custos e 
benefícios não são conhecidos, nem o padrão 
nem a taxa podem gerar um resultado eficiente 
 
• permissões transferíveis para emissões podem 
reduzir as emissões de forma eficiente 
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Padrões versus Taxas 
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• sistema de permissões (direitos) negociáveis 
“distribuídas” entre as empresas 
 
• certificados negociáveis de poluição (CNPs) 
 
• especificam o nível máximo de emissões que 
podem ser geradas 
 
• é estabelecido um nível máximo de emissões 
 
• se uma empresa emitir poluentes e não possuir 
permissão, deve sofrer multa 
 
• permissões podem ser negociadas entre as 
empresas 
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Permissões Transferíveis 
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• número total de emissões => padrão 
 
• permissões combinam os benefícios 
associados a um sistema de padrões com 
as vantagens em termos de custo de um 
sistema de taxas 
 
• possibilita que a redução da poluição 
ocorra a um custo mínimo 17 
Permissões Transferíveis 
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2. Soluções Negociadas 
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Padrões, Taxas e Permissões 
• formas por meio das quais a 
regulamentação governamental pode 
lidar com as ineficiências decorrentes 
das externalidades negativas 
 
• alteram os incentivos 
 
• custos externos passam a ser levados 
em conta nas decisões (internalização) 
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Soluções Negociadas 
• em algumas circunstâncias, a 
regulamentação governamental não é a 
única forma de lidar com externalidades 
 
• negociação coasiana 
 
• sistema judiciário 
 
• agente prejudicado movendo ações 
judiciais para recuperar os danos sofridos 
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Negociação Coasiana 
• negociações particulares entre as 
partes envolvidas 
 
• outra maneira por meio da qual, em 
algumas circunstâncias, é possível 
lidar com as ineficiências decorrentes 
das externalidades 
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Direito de Propriedade 
•Coase 
 
• o que se negocia não são os bens, mas 
sim os direitos de propriedade sobre 
dimensões dos bens 
 
• propriedade 
 
• conjunto de direitos sobre um ativo que o 
proprietário está livre para exercer 
 
• protegidos da interferência de outros 
agentes 
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Negociação Coasiana 
•direito de propriedade 
 
• conjunto de regras (p.e., leis) que 
descreve o que as pessoas e as 
empresas podem fazer com suas 
respectivas propriedades 
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Negociação Coasiana 
• negociação e eficiência econômica 
 
• eficiência econômica pode ser obtida sem 
intervenção governamental quando: 
 
• a externalidade envolve relativamente 
poucas pessoas (problema do carona) 
 
• o direito de propriedade é bem definido 
 
• informação perfeita 
 
• custos de transação são baixos (Teorema 
de Coase) 
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Exemplo 
• usina de aço despeja seus efluentes em um 
rio utilizado por pescadores 
 
• se a usina tiver o direito de usar o rio para o 
despejo de seus efluentes 
 
• pescadores não têm o direito de pescar em 
um rio “sem efluentes” 
 
• usina não tem incentivo para considerar o 
custo dos efluentes nos seus custos de 
produção 
 
• externaliza os custos de seus efluentes 
 
 
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Exemplo 
• se os pescadores tiverem o direito de 
propriedade sobre a água limpa 
 
• podem exigir que a usina pague para ter o 
direito de despejar efluentes no rio 
 
• usina teria que parar sua produção ou 
pagar os custos relacionados a seus 
efluentes 
 
• internalização dos custos dos efluentes na 
decisão de produção da usina 
 
• alocação eficiente de recursos seria atingida 
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• efluentes da usina reduzem os lucros dos 
pescadores 
 
• as ações dos agentes poderão ser escolhidas 
entre as combinações de 2 alternativas: 
 
• instalação de filtro e/ou tratamento da água 
 
• usina pode instalar um sistema de filtros para 
reduzir os efluentes 
 
• pescadores podem pagar pela instalação de uma 
estação de tratamento de água 
 
• solução eficiente?: maximização do lucro 
conjunto da usina e dos pescadores 
 
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Exemplo 
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Lucros (diários) com formas alternativas de emissões de 
poluentes ($) 
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Sem filtro, sem tratamento de água 500 100 600
Com filtro, sem tratamento de água 300 500 800
Sem filtro, com tratamento de água 500 200 700
Com filtro, com tratamento de água 300 300 600
Lucro Lucro dos Lucro
da Empresa Pescadores Total 
Exemplo 
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a) se o direito de propriedade sobre o rio 
for atribuído à usina 
• pode despejar efluentes 
 
• inicialmente: o lucro da usina é $500 e o dos 
pescadores é $100 
 
• lucro conjunto: $600 
 
• instalação de uma estação de tratamento: 
aumenta o lucro dos pescadores ($200) e o 
da usina continua o mesmo ($500) 
 
• lucro conjunto: $700 
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Exemplo 
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• os pescadores estariam dispostos a pagar 
até $300 para que a usina de aço instale 
um filtro 
 
• diferença entre o lucro de $500 com um 
filtro e o lucro de $200 sem (com 
tratamento) 
 
• como a usina perde apenas $200 de seus 
lucros ao instalar um filtro, compensa 
para ela a instalação 
 
• ganhos adicionais: $100 
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Exemplo 
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• se a usina e os pescadores concordarem 
em dividir igualmente o ganho 
(cooperação), a solução é eficiente 
 
• pescadores pagam $250 para a usina 
instalar o filtro 
 
• sem cooperação: pescadores obtêm lucros 
de $200 e a usina de $500 
 
• com cooperação: o lucro de cada agente 
aumenta $50 
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Exemplo 
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b) se o direito de propriedade sobre o rio 
for atribuído aos pescadores 
• direito à água limpa 
 
• usina deve instalar filtro 
 
• usina obteria lucro de $300 
 
• pescadores obteriam lucro de $500 
 
• nenhuma das partes se beneficiaria de 
negociações 
 
• solução eficiente? 
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Exemplo 
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Negociação Coasiana 
•Teorema de Coase 
 
• quando as partes envolvidas puderem 
negociar sem custos (de transação) e 
com possibilidade de obter benefícios 
para todos os envolvidos, o resultado 
será eficiente, independentemente de 
como estejam alocados os direitos de 
propriedade 33 
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Solução Legal 
• ação de indenização 
 
• em muitas situações envolvendo externalidades, 
a parte prejudicada tem o direito de mover um 
processo judicial contra a outra parte 
 
• se for bem-sucedida, pode recuperar totalmente os 
prejuízos sofridos 
 
• supondo: baixo custos de transação, certeza sobre o 
veredicto e acesso igualitário ao sistema judiciário 
 
• ao contrário da taxa sobre emissões de poluentes, a 
vítima é quem recebe o pagamento e não o governo 
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Exemplo 
• suponha que o direito de propriedade sobre 
águas limpas foi atribuído aos pescadores 
 
• usina é responsável pelos danos causados aos 
pescadores caso não faça a instalação do filtro 
 
• dano causado aos pescadores: $400 
 
• diferença entre o lucro que eles obtêm quando 
não há despejo de efluentes no rio ($500) e o 
lucro que obtêm quando há despejo ($100) 35 
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Exemplo 
• opções da usina 
 
• não instalar o filtro e pagar os prejuízos 
 
• lucro = $100 (= $500 - $400) 
 
• instalar o filtro e evitar os prejuízos 
 
• lucro = $300 (= $500 - $200) 
 
• usina perceberá que é melhor instalar o filtro 
(maximiza seu lucro) 
 
• solução eficiente será atingida 36 
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Exemplo 
• suponha que o direito de propriedade sobre 
o rio foi atribuído à usina 
 
• de acordo com a lei, os pescadores teriam o 
direito de exigir que a usina instalasse o 
filtro, mas teriam que ressarcir o lucro 
perdido (não pelo custo do filtro) 
 
• lucro perdido pela usina: $200 
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Exemplo 
• opções dos pescadores 
 
• instalar uma estação de tratamento de água 
 
• lucro = $200 
 
• fazer a usina instalar o filtro, mas pagar uma 
compensação a ela 
 
• lucro = $300 (= $500 - $200) 
 
• não construir a estação de tratamento de água e 
não fazer a usina instalar o filtro 
 
• lucro = $100 
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Exemplo 
• pescadores maximizam o lucro se optarem 
pela segunda alternativa 
 
• exigem que a usina de aço instale o filtro, 
mas ressarcem seu lucro perdido ($200) 
 
• esse resultado também é eficiente: o filtro é 
instalado 
 
• lucro dos pescadores ($300) é 
significativamente menor do que os 
pescadores obteriam se tivessem o direito a ter 
água limpa ($500) 
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Solução Legal 
• elimina a necessidade de negociação, 
pois especifica as consequências das 
opções que cada parte pode escolher 
 
• o direito que a parte prejudicada tem de 
receber uma compensação da parte 
responsável pelos danos assegura um 
resultado eficiente (supondo 
informações perfeitas) 40 
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3. Política Ambiental 
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Aulas 7 e 8 
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Política Ambiental 
• conjunto de metas e instrumentos que 
buscam reduzir os impactos negativos da ação 
humana sobre o meio ambiente 
 
• internalização dos custos externos ambientais 
 
• interfere nas atividades dos agentes 
econômicos 
 
• composição da produção e do consumo com 
impactos sobre o meio ambiente 42 
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Primeira Fase das Políticas 
• século XIX até a II Guerra Mundial 
 
• disputa em tribunais: forma preferencial 
de intervenção estatal 
 
• vítimas das externalidades negativas 
ambientais entravam em juízo contra os 
agentes poluidores ou devastadores 
 
• crescimento econômico => aumento da 
poluição => necessária maior intervenção 
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Segunda Fase das Políticas 
• década de 1950 
 
• política de comando-e-controle 
 
• autoridade ambiental impõe padrões de 
emissão incidentes sobre a produção final 
do agente poluidor 
 
• ou sobre o nível de utilização de um 
insumo básico 
 
• além disso, determina a melhor 
tecnologia para o abatimento da poluição 
e cumprimento do padrão de emissão 
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Terceira Fase das Políticas 
• atualmente 
 
• “mista” 
 
• comando-e-controle (+) instrumentos 
econômicos de internalização de custos 
ambientais 
 
• padrões de emissão deixam de ser 
meios e fins de intervenção estatal 
 
• passam a ser instrumentos de políticas 
ambientais 
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Terceira Fase das Políticas 
• adoção de padrões de qualidade como 
metas de políticas (ACE ou ACB) 
 
• percepção de que o que mais importa não 
é a quantidade total de emissões, mas sim 
as concentrações dos poluentes nos 
corpos receptores 
 
• passa-se a discutir e a estabelecer padrões 
desejáveis de qualidade 
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Terceira Fase das Políticas 
 
• instrumentos econômicos 
 
• em complementação aos padrões de 
emissão 
 
• objetivo: induzir os agentes a 
combaterem a poluição e a moderarem 
a utilização dos recursos naturais, 
respeitando os padrões de qualidade 
 
• PPP e CNPs 
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Instrumentos de Política 
• podem ser diretos ou indiretos 
 
• diretos 
 
• aqueles elaborados para resolver 
questões ambientais 
 
• indiretos 
 
• desenvolvidos para resolver outros 
problemas, mas acabam colaborando 
para as soluções ou o agravamento dos 
problemas relativos ao meio ambiente 
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FUInstrumentos de Política 
• 3 grupos 
 
• instrumentos de comando-e-controle 
 
• instrumentos econômicos 
 
• instrumentos de comunicação 
 
• experiência internacional: combinação 
dos 3 grupos de instrumentos 49 
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Instrumentos de Política 
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Comando-e-Controle Econômicos Comunicação 
- Controle ou 
proibição de produto 
- Taxas e tarifas 
- Fornecimento de 
informação 
- Controle de 
processo 
- Subsídios - Acordos 
- Proibição ou 
restrição de 
atividades 
- Certificados de 
emissão 
transacionáveis 
- Criação de redes 
- Especificações 
tecnológicas 
- Sistemas de devolução 
de depósitos 
- Sistemas de 
gestão ambiental 
- Controle do uso de 
recursos naturais 
- Selos ambientais 
- Padrões de poluição 
para fontes 
específicas 
- Marketing 
ambiental 
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Instrumentos de 
Comando-e-Controle 
• ou instrumentos de regulação direta (não 
econômicos) 
 
• implicam o controle direto sobre as fontes de 
emissão de poluentes 
 
• órgão regulador estabelece normas, controles, 
procedimentos, regras e padrões a serem 
seguidos pelos agentes poluidores 
 
• também são definidas penalidades (multas, 
cancelamentos de licenças ...) para o caso de 
descumprimento do estabelecido 
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Instrumentos de 
Comando-e-Controle 
• determinados legalmente 
 
• não dão, aos agentes econômicos, outras 
opções para solucionar o problema 
 
• aplicadas a fontes específicas e determinam 
como e onde, por exemplo, reduzir a poluição 
 
• formas de regulação direta e indireta, via 
legislação e normas (regulação) 
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Instrumentos de 
Comando-e-Controle 
•necessária fiscalização contínua e efetiva 
dos órgãos reguladores 
 
• elevados custos de implementação e 
monitoramento 
 
• eficazes no controle de danos ambientais 
 
• podem ser injustos por tratar todos os 
poluidores da mesma maneira 
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Instrumentos de 
Comando-e-Controle 
• exemplos 
 
• padrões e controles 
 
• exigência de filtros em chaminés 
 
• fixação de cotas para extração de recursos 
naturais 
 
• concessão de licenças para funcionamento 
 
• zoneamento 
 
• obrigatoriedade de substituição de fontes 
enérgicas ... 
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Instrumentos de 
Comando-e-Controle 
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Diretos 
 
• padrões de emissões 
 
• cotas não transferíveis 
 
• zoneamento 
 
Indiretos 
• controle de 
equipamentos, 
processos, insumos e 
produtos 
 
• rodízio de 
automóveis no 
município de São 
Paulo) 
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Instrumentos Econômicos 
• ou instrumentos de mercado 
 
• objetivo 
 
• internalização das externalidades ou de 
custos que não seriam normalmente 
incorridos pelo poluidor ou usuário 
 
• ex: PPP e CNPs 56 
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Instrumentos Econômicos 
• vantagens em relação aos de comando-e-controle 
 
• possibilidade de geração de receitas por meio da 
cobrança de taxas, tarifas ou emissão de certificados 
(duplo-dividendo ambiental) 
 
• custos de controle, para a sociedade, inferiores aos 
que seriam incorridos se todos os poluidores ou 
usuários fossem obrigados a atingir os mesmos 
padrões individuais 
 
• considera diferenças de custos de redução entre os 
agentes (alocação mais eficiente) 
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Instrumentos Econômicos 
• incentivo a tecnologias menos intensivas em 
capitais naturais 
 
• redução em dispêndios com pendências 
judiciais para aplicação de penalidades 
 
• implementação de um sistema de taxação 
progressiva ou de alocação inicial de 
certificados segundo critérios distributivos 
em que a capacidade de pagamento seja 
considerada 
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Instrumentos Econômicos 
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Diretos 
 
• taxas e tarifas 
 
• cotas e permissões 
transferíveis 
 
• subsídios à produção 
menos poluente 
 
• sistemas de restituição 
de depósitos 
Indiretos 
 
• impostos e subsídios 
a equipamentos, 
processos, insumos e 
produtos 
 
• subsídios a produtos 
similares nacionais 
 
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Instrumentos de Comunicação 
• objetivos 
 
• conscientizar e informar os agentes 
poluidores e as populações atingidas sobre 
temas ambientais 
 
• p.e.: danos ambientais causados; atitudes 
preventivas; mercados de produtos 
ambientais e tecnologias menos agressivas 
 
• facilitar a cooperação entre os agentes 
poluidores para buscar soluções ambientais 
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Instrumentos de Comunicação 
• exemplos 
 
• educação ambiental 
 
• divulgação de benefícios para as 
empresas que respeitam o meio ambiente 
 
• selos ambientais 
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4. Comércio Internacional e 
Política Ambiental no Brasil 
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Aulas 7 e 8 
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• políticas ambientais dos países podem influenciar 
os fluxos de comércio internacional 
 
• produto e/ou seu método de produção causam 
problemas ambientais, o país importador pode 
definir barreiras ao comércio internacional 
 
• barreiras verde 
 
• restringem o comércio internacional com a finalidade 
de proteger o meio ambiente 
 
• podem reduzir, nos exportadores, as exportações, a 
produção industrial, o produto, a renda e o emprego 
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Comércio Internacional 
• por muito tempo, a questão ambiental foi relegada a 
“último” plano 
 
• relativo “atraso” no estabelecimento de normas 
ambientais e agências especializadas no controle da 
poluição 
 
• estratégia de crescimento com industrialização 
substitutiva de importações, privilegiando setores 
intensivos em emissão de poluentes 
 
• heterogeneidade das agências regulatórias nos níveis 
estaduais e municipais 
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Política Ambiental no Brasil 
Política Ambiental no Brasil 
• até 1970 
 
• questão ambiental não era uma das 
prioridades da política pública 
 
• não existia um órgão com a função 
específica de controlar questões 
ambientais 
 
• legislações existentes tratavam da 
exploração de alguns recursos naturais 
por meio de medidas isoladas 
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Política Ambiental no Brasil 
• Código Florestal de 1934 (Decreto nº 23.793): 
tratava das matas nativas, reformulado em 1965 (Lei 
nº 4.771) 
 
• Código das Águas de 1934 (Decreto nº 24.643): 
estabelecia normas para uso dos recursos hídricos, 
com atenção para seu aproveitamento hidroelétrico 
 
• Comissão Executiva da Borracha de 1947 (Lei nº 
86), reestruturada em 1967 
 
• Superintendência do Desenvolvimento da Pesca 
(SUDEPE), de 1962 
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Política Ambiental no Brasil 
• 1973 
 
• questão ambiental passou a ser tratada 
com uma estrutura independente 
 
• recomendação da Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
 
• criação da Secretaria Especial do Meio 
Ambiente (SEMA) 
 
• modelo de gestão norte-americano: (i) 
descentralização e (ii) viés regulatório, 
baseado nos instrumentos de comando-e-
controle 
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Política Ambiental no Brasil 
• 1981 
 
• promulgação da Lei nº 6.938 
 
• recomendação da Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
 
• estabeleceu os objetivos, as ações e os 
instrumentos da Política Nacional do 
Meio Ambiente 68 
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Instrumentos da Lei nº 6.938 
• princípios mantidos na Constituição de 1988 
 
• estabelecimento de padrões de qualidade 
ambiental 
 
• zoneamento ambiental 
 
• avaliação de impactos ambientais 
 
• licenciamento e revisão de atividades efetiva 
ou potencialmente poluidoras 
 
• criação do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente (SISNAMA) e do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) 
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Política Ambiental no Brasil 
• atualmente: 
 
• todas as esferas de poder com 
responsabilidades regulatórias sobre o meio 
ambiente 
 
• no âmbito federal, destacam-se 3 órgãos 
 
• Ministério do Meio Ambiente (MMA) 
 
• Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA) 
 
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) 
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Responsabilidades 
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MMA CONAMA Ibama 
- planejamento 
da Política 
Nacional de 
Meio 
Ambiente 
- órgão consultivo e 
deliberativo do Sistema 
Nacional de Meio 
Ambiente (SISNAMA) 
 
- órgão colegiado, com 
representantes do 
governo e da sociedade 
civil 
 
- composto por 10 câmaras 
técnicas permanentes e 8 
temporárias 
 
- determina os padrões 
ambientais 
- órgão operacional do 
MMA 
- controla e fiscaliza 
atividades com potencial 
de degradação ambiental 
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Responsabilidades 
• âmbitos estadual e municipal 
 
• controle e fiscalização de atividades que 
têm impactos negativos sobre o meio 
ambiente são de responsabilidade dos 
órgãos ou entidades estaduais e municipais 
 
• exemplos: 
 
• Rio de Janeiro: Fundação Estadual de 
Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) 
 
• São Paulo: Companhia de Tecnologia de 
Saneamento Ambiental (CETESB) 
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Política Ambiental no Brasil 
• 1986: Programa de Controle da Poluição 
do Ar por Veículos Automotores 
(Proconve) 
 
• 1991 (Paraná): ICMS Verde (ou Ecológico) 
 
• ICMS: Imposto sobre a Circulação de 
Mercadorias e Serviços 
 
• compensação fiscal por áreas de 
preservação 
 
• 1997: Licenciamento Ambiental para 
Atividades Econômicas 
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Política Ambiental no Brasil 
• 1997: Política Nacional de Recursos Hídricos 
(Lei nº 9.433) 
 
• Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos e Conselho Nacional de 
Recursos Hídricos 
 
• outorga e cobrança do uso da água 
 
• 1998: Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 
9.605) 
 
• sanções penais e administrativas às condutas e 
atividades lesivas ao meio ambiente 
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Política Ambiental no Brasil 
• 2007: Lei do Saneamento Básico (Lei nº 
11.445) 
 
• diretrizes nacionais para o saneamento 
básico 
 
• 2010: Lei dos Resíduos Sólidos (Lei nº 
12.305) 
 
• institui a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos 
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Bibliografia 
• BIDERMAN, C.; ARVATE, P. (orgs). Economia 
do Setor Público no Brasil. Campus, caps. 2 e 3. 
 
• KUPFER, D.; HANSENCLEVER, L. Economia 
industrial: fundamentos teóricos e práticas no 
Brasil, 2013, caps. 26 
 
• MAY, P. H. Economia do Meio Ambiente: Teoria 
e Prática. Campus, caps. 4 e 7. 76 
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