Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nutrição Animal Prática – Aula 10 (02/06/16) Exigência Energética Controle do Consumo: Fome: sensação manifestada pelo animal que se encontra em déficit energético. Saciedade: sensação manifestada pelo animal, quando satisfaz suas necessidades energéticas. Apetite: é a disposição fisiológica manifestada pelo desejo de comer. Consumo voluntário: é o limite máximo do apetite quando o alimento é fornecido à vontade (ad libitum). Consumo Voluntário de Alimentos Mecanismos que regulam o consumo estão associados a respostas a curto e longo prazo. Curto: relacionado ao início e ao término de cada ingestão. Longo: Manutenção do balanço energético. Nem toda energia consumida é de fato usada, perdemos energia no metabolismo pelas fezes, urinas, gases, incremento calórico. O que restar disso é o que será usado pelo animal e isso determina o equilíbrio energético. Quando ele atinge o equilíbrio dizemos que o animal se encontra em estado de mantença, pois ele já atingiu a fase adulta e apenas mantém o peso, o equilíbrio energético. Não avisamos a alimentação para a mantença em animais de produção. Devemos então prover um excedente energético, que é o balanço energético positivo, garantindo assim a eficiente produção (ganho de peso, ovos, produção de leite). A exigência nutricional de um animal de produção é a energia de mantença + a energia necessária para produção. Ingestão de Alimentos Regulação a curto prazo Sinais quimiostáticos – A absorção de nutrientes no trato digestivo, assim como a presença de hormônios no sangue circulante, constituem uma série de sinais primários que influem no SNC e constituem a base de algumas teorias: Teoria glicostática Insulina x glucagon - O processo de digestão do amido vai liberar glicose na luz intestinal que, na corrente sanguínea, vai induzir a liberação de insulina. Na falta de glicose sanguínea ocorre a liberação do glucagon, esses dois horômios fazem um equilbrio no set point da energia corporal do animal. Teoria aminostática Felinos – A teoria glicostática não funciona com os felinos, pois eles são carnívoros restritos e não têm a ingestão de amido com mesma resposta. Nos felinos a concentração de aac sanguíneo é que “informa” ao SN que o felino deve comer ou parar de comer. Regulação a longo prazo Peso relativamente constante Fatores fisiológicos Os animais comem para obter calorias Consomem mais para regular Ruminantes Regulação quimiostática – a curto prazo. Glicostática? Naturalmente hipoglicêmicos Qual o mecanismo mais ativo? Injeção intra-ruminal de AGVs específicos O sinal que controla o consumo em ruminantes é a concentração de AGVs, principalmente o propiônico, porque é o único gliconeogênico e que tem a capacidade de se transformar em glicose no fígado. A avaliação do pH ruminal também informa: pH ácido indica um processo fermentativo, pH básico informa que o animal pode estar há um período sem se alimentar. A presença do alimento dentro do rumem é um sinal físico que indica ao SNC que pode ser iniciada ou foi terminada a fermentação. O ruminante principalmente no período de estiagem tem que se alimentar de gramíneas muito fibrosas, pois a planta muda seu metabolismo e começa a incorporar muita lignina como mecanismo de resistência. Esse mecanismo físico vai atuar quando o consumo do animal muda devido ao consumo de fibra de baixa qualidade. O ruminante vai passar a gastar muito tempo mastigando e não atinge o tamanho da partícula necessária para essa mesma sair do rumem e o animal continua a se alimentar. Assim o rumem acaba dilatando, enchendo, o chamado efeito FILL que faz o estiramento da parede e despolariza o mecanorreceptor indicando ao SNC que não cabe mais alimento fazendo o animal parar de consumir e muitas vezes ele não atinge suas necessidades nutricionais. Assim, a longo prazo, esse animal mantido nessa pastagem vai acabar perdendo peso e diminuindo ou cessando os índices de produção. Controle de ingestão de MS Mecanismos físicos Dieta de baixa qualidade, rica em fibra Mecanismos químicos Dieta de alta qualidade, rica em concentrado; pH, AGV’s. Energia Líquida (EL) Parte da EMetabolizavel será eliminada como calor produzido pela utilização dos nutrientes e resultará na ELíquida, que é retida pelo corpo para ser utilizada na: EL= EM – incremento calórico MANTENÇA PRODUÇÃO Exigência de Energia Líquida (EL) Energia efetivamente utilizada pelo organismo para sua manutenção e produção (quando necessário). Exigência EL/dia = Energia Lmantença + Energia Lprodução Energia de Mantença O total de energia dietética necessária para prevenir mudanças no total de energia contida no corpo do animal, isto é, não se ganha ou perde peso. É a primeira energia utilizada pelo organismo para a manutenção das funções vitais. Energia de Produção Leite, Carne, Lã, Crescimento Atividade física Gestação Forma de estimar a energia Estimada na base do peso vivo metabólico, usualmente PV 0,75 Peso Metabólico = PV 0,75 A necessidade de energia não varia de acordo com o PV, mas diretamente relacionado ao PV metabólico. “se os animais ingerem os alimentos de acordo com o teor de energia, é fundamental sabermos o quanto de energia consome um animal por dia, para que dentro desta porção energética, sejam distribuídos todos os nutrientes que o animal necessita diariamente...”. Controle do Consumo Alimentar e manutenção do peso vivo Controle pelo ganho de peso - Pesagem - Escore corporal Avaliação da dieta; conteúdo energético/Kg de MS de Concentrado Determinar a espécie e raça, categoria; Categorias Crescimento Gestação Lactação Adultos Idosos Exigência Energia Metabolizável de Mantença Cães (adulto) Exigência EMMantença (Kcal/dia)= 130 x (PV em Kg) 0,75 Varia no caso de atividade física O fator (130) pode variar entre 95 – 200 Gatos (adulto) EMMantença (Kcal/dia)= 100 x (PV em Kg) 0,67 Digitem (Peso vivo) ^ 0.75 (Peso vivo) xy 0.75 Assim teremos: Exemplo: (70) ^ 0.75= 24,20 Escore Corporal É uma avalição visual e toque. Programa de redução de peso: De 20 a 50% de restrição energética baseada nas necessidades energéticas diárias do animal Definição do peso ideal final Definir como está o animal no momento Sobrepeso: até 20% acima do seu peso normal Obeso: de 20 – 30% acima do seu peso normal Obesidade mórbida: 30% acima do seu peso normal Exemplo de Definição da Obesidade ECC= 8;Pseo ideal 3kg; Peso atual 5,2kg 3/5,2 = 0,58 PV (kg) % 3 x 5,2 100 X = 57,69% aprox. 58% 100 = 58 + x X = 100-58 X = 42% acima do peso ideal (obesidade mórbida) Pressão de emagrecimento Cães: 2 – 8% do peso vivo Gatos: até 4% do peso vivo Fatores que influenciam a pressão PV = peso vivo; PE = pressão de emagrecimento; PPm= perda de peso mensal (kg); PPd = perda de peso diário (g) PM = peso metabólico = PV0,75 NEM = necessidade energética de manutenção PEd= perda energética diária no programa; NErp = necessidade energética para redução de peso; TMB = taxa metabólica basal; QRd = quantidade de ração diária na matéria natural
Compartilhar