Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROCESSO DE ENFERMAGEM SAE E CLASSIFICAÇÕES Prof.: Patrícia Mara Andrade PROCESSO DE ENFERMAGEM INTRODUÇÃO O processo de enfermagem é a dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência ao ser humano. Caracteriza-se pelo inter- relacionamento e dinamismo de suas fases ou pontos (HORTA, 1979). PROCESSO DE ENFERMAGEM INTRODUÇÃO O processo de enfermagem é um método sistematizado para realização da ação de enfermagem independentes (SPARKS & TAYLOR, 2005) O processo de enfermagem serve como uma estrutura sistematizada na qual o enfermeiro busca informações, responde a indicações clínicas, identifica e responde as questões que afetam a saúde do paciente (GALLO, 1997) PROCESSO DE ENFERMAGEM INTRODUÇÃO É um método de solução de problemas. É organizado para ajudar o enfermeiro(a) a abordar de forma lógica as situações que podem causar problemas. Ajudará o profissional a considerar outras possibilidades e a não chegar a uma conclusão muito rapidamente. (CARPENITO,2007) Etapas do Processo de Enfermagem Investigação Diagnóstico Planejamento Implementação Avaliação 1 2 3 4 5 Fazer: Entrevista/anamnese, Exame Físico,Consulta ao Prontuário, Observação Interpretar :os dados obtidos Estabelecer: Prioridades, Metas,Intervenções – Prescrição de Enfermagem Realizar o que foi planejado Conferir o que foi obtido frente às metas EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO PROCESSO DE ENFERMAGEM (Pesut & Herman, 1999) • Primeira Geração – 1950 – 1970 – Problemas e Processo • Segunda Geração – 1970 – 1990 – Diagnóstico e Raciocínio • Terceira Geração – 1990 – – Especificação e teste de resultados Primeira Geração 1950-1970 • Estrutura para o pensamento na enfermagem • Antecipação e solução de problemas dos pacientes • 4 etapas (levantamento dos dados, planejamento, intervenção e avaliação) Primeira Geração 1950-1970 • Necessidade de classificar e padronizar os problemas que freqüentemente requeriam assistência de enfermagem Segunda Geração 1970-1990 • Destaque da fase diagnóstica (4 para 5 fases) • Mudança de ênfase – identificação de problemas para raciocínio diagnóstico • Conceitos do processamento de informações e da tomada de decisão • O sistema de saúde – Atenção sobre problemas e diagnósticos passa a focalizar resultados • Novas “idéias” sobre a natureza do pensamento e raciocínio – Papel da especificação de resultados esperados – Maior interesse nos resultados do que nos problemas Terceira Geração 1990 - hoje • Focaliza resultados • Análises complexas de múltiplas condições • Pensamento crítico • Contexto do cuidado • Perspectiva das pessoas sob cuidados • Vocabulários para o raciocínio clínico (diagnósticos, intervenções e resultados) SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • A Sistematização da Assistência de Enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro, que através de um método e estratégia de trabalho científico realiza a identificação das situações de saúde/doença, subsidiando a prescrição e implementação das ações da assistência de enfermagem, que possam contribuir para promoção, prevenção, recuperação e reabilitação em saúde, do indivíduo, família e comunidade. Sessão I Das relações com a pessoa, família e coletividade Direitos Art 25 Registrar no prontuário do paciente as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar. ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA SAE Sessão IV Das relações com organizações empregadoras Direitos Art 68 Registrar no prontuário, e em outros documentos próprios da enfermagem, informações referentes ao processo de cuidar da pessoa. ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA SAE ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA SAE • RESOLUÇÃO 272/2004 • Dispõe sobre a SAE nas instituições de saúde brasileiras. • Art 1º Ao Enfermeiro incumbe: • 1.Privativamente: • A implantação,planejamento, organização,execução e avaliação do processo de enfermagem ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA SAE • RESOLUÇÃO 272/2004 • Dispõe sobre a SAE nas instituições de saúde brasileiras. • Parágrafo único: Em caso de Home Care o prontuário deve permanecer junto ao cliente, objetivando otimizar o andamento do processo, bem como atender o dispositivo no Código de Defesa do Consumidor. RESOLUÇÃO 358/2009 • Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes. Etapas da SAE LEVANTAMENTO DE DADOS LEVANTAMENTO DE DIAGNÓSTICO PLANEJAMETO DAS INTERVENÇÕES IMPLEMENTAÇÃO AVALIAÇÃO 1 2 3 4 5 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM: Entrevista, Exame Físico, Observação,investigação Interpretar :os dados obtidos e levantar os diagnósticos de enfermagem Estabelecer: Prioridades, Metas,Intervenções – Prescrição de enfermagem Realizar o que foi planejado. Conferir o que foi obtido frente às metas.Registros:evoluções, entrevista diária QUAIS OS BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS POR ESSE PROCESSO? Permite utilizar o conhecimento de forma organizada e orientada para a meta final capacita a comunicação sobre os aspectos profissionais com colegas de todas as especialidades clínicas e setores da prática Importante para o avanço da maior autonomia profissional Enfatizar a idéia de que a prática de enfermagem não é baseada apenas na realização das prescrições médicas. INVESTIGAÇÃO- HISTÓRICO DE ENFERMAGEM Primeiro passo da SAE pra identificar os problemas de enfermagem!!! É o roteiro sistematizado para o levantamento de dados do ser humano (significativos para a enfermeira) que tornam possível a identificação de seus problemas (HORTA, 1947). Os dados a serem coletados devem ser definidos de acordo com a TEORIA DE ENFERMAGEM utilizada como marco conceitual. Passos para realizar a investigação sistemática e ordenada, de acordo com Alfaro-LeFrevre (2005): • Coleta de dados • Validação dos dados • Agrupamento dos dados • Identificação de padrões • Comunicação e registro de dados ENTREVISTA DADOS SUBJETIVOS EXAME FÍSICO DADOS OBJETIVOS EXAMES LABORATORIAIS Os dados são coletados de maneira DIRETA e INDIRETA CATEGORIA DOS DADOS VALIDAÇÃO DOS DADOS • Verificar se a informação é factual e completa. EX.: As indicações e inferências obtidas a partir da base científica de conhecimento de enfermagem auxiliam a enfermeira a interpretar os dados. INDICAÇÃO - constitui um componente de informação sobre um cliente em particular, obtido durante o processo de elaboração do histórico, mediante a obtenção de dados subjetivos e objetivos. Temperatura de 38.8ºC, 1.82m, 95kg, glóbulos brancos 24.000/mm (normal 5.000 a 9.000/mm) INFERÊNCIA - é o ato de conferir um significado a uma indicação. Uma inferência constitui um julgamento, feito pela enfermeira, com base em sua formação e experiência. AGRUPAMENTO DE DADOS • Exige o raciocínio crítico do enfermeiro • Julgamento X evidências • Realizar inferências corretas • • Determinar o que é e o que não é relevante, e descobrir como e por que o padrão se criou (buscar os fatores causais) • Ex.: Paciente com problema respiratório, o enfermeiro deve inferirquais são os fatores relacionados c/ o aparecimento das evidências apresentadas IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES COMUNICAÇÃO E REGISTRO DOS DADOS • Comunicar e registrar os dados significativos • O registro dos dados promove: - Continuidade da assistência - Exatidão das anotações - Pensamento crítico COLETA DE DADOS VALIDAÇÃO DOS DADOS AGRUPAMENTO DOS DADOS IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES REGISTRO DE DADOS INVESTIGAÇÃO Os cinco passos da fase de investigação segundo Alfaro-LeFevre. Quais as finalidades do histórico de enfermagem? 1.Identificar problemas, percepções e expectativas que demandam ações de enfermagem; 2.Estabelecer uma relação interpessoal; 3.Conhecer hábitos individuais que facilitam a sua adaptação à unidade e ao tratamento; 4.Tentar abranger a totalidade do paciente nos seus aspectos biopsicossocioespirituais; 5.Individualizar a assistência de enfermagem; 6.Fornecer subsídios para a tomada de decisão quanto às condutas de enfermagem; 7.Avaliar a evolução das condições do paciente para detectar alterações ou tendências na sua situação saúde-doença; 8.Esclarecer dúvidas ou falhas no entendimento, reforçando as informações já prestadas; 9.Reduzir o nível de ansiedade do paciente; 10.Aumentar o grau de satisfação profissional da enfermeira através desse contato direto. Quais fatores interferem na coleta de dados? RELACIONADOS AO CLIENTE: Condição ou estado geral do cliente Idade Sexo Cultura Escolaridade Tempo de permanência no hospital Padrões de comunicação RELACIONADOS AO PROFISSIONAL: Preparo e o treino Auto-conhecimento Tempo disponível RELACIONADOS À INSTITUIÇÃO: Filosofia da instituição Filosofia do serviço de enfermagem Quantidade e qualidade do pessoal DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM De acordo com a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), o diagnóstico de enfermagem é um “ julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, família ou comunidade aos problemas de saúde reais ou potenciais ou processos vitais. Os diagnósticos de enfermagem proporcionam a base para seleção das prescrições de enfermagem que levam ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira é responsável ”. NANDA Iniciou um projeto formal para classificar os diagnósticos de enfermagem Proporcionou às enfermeiras um direito legal e uma obrigação profissional de realizar diagnósticos de enfermagem. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM É a identificação das Necessidades Humanas Básicas que precisa de atendimento e a determinação pelo enfermeiro do grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão. • Para realizar diagnósticos de enfermagem, o enfermeiro precisa ter: - Capacidade de análise - De julgamento - De síntese - e de percepção ao interpretar dados clínicos PROCESSAMENTO DOS DADOS - PRIMEIRO PASSO DADOS CLASSIFICAÇÃO INTERPRETAR (indicação) (Inferência) Apendicectomia há três anos Histórico médico passado Vômito durante três dias Histórico de doença atual Risco para desidratação Vermelhidão na região do sacro Sistema tegumentar Risco para UP ou UP Temperatura 38,8 oC Sinais vitais Temperatura elevada 1.70 m, 95kg Biotipo Obesidade Glóbulos brancos 24.000/mm Exames laboratoriais Provável infecção Exemplo de inferência por coleção ou agrupamento Coleção Inferência Temperatura 38.8o Glóbulos brancos 24.000 Incisão infectada Incisão avermelhada Drenagem purulenta CLASSIFICAR impresso-coleta de dados INTERPRETAR indicações e inferências CONFIRMAR verificar a precisão na interpretação dos dados ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM SEGUNDO PASSO Os diagnósticos possuem enunciado, definição, características definidoras e fatores relacionados ou fatores de risco. ENUNCIADO DIAGNÓSTICO expressa em termos claros e concisos a área onde está ocorrendo a alteração, dando nome ao diagnóstico; A DEFINIÇÃO expressa uma descrição clara e precisa da condição que está sendo enfocada; AS CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS são os sinais e sintomas ou manifestações clínicas observados que compõem o diagnóstico OS FATORES RELACIONADOS são os fatores causais ou etiológicos que podem ser de natureza fisiológica,psicológica,sociocultural,ambiental e espiritual Os FATORES DE RISCO exprimem condições que aumentam a vulnerabilidade de um indivíduo, uma família ou uma comunidade para um evento anormal. EXEMPLO DE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM REAL • Integridade tissular prejudicada relacionada a imobilização física e circulação alterada, evidenciada por ferida em área de solapamento (8cm) na região trocantérica direito. ENUNCIADO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS TIPOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM SEGUNDO A NANDA Diagnósticos Reais (ou atuais) Diagnósticos De Risco ESTRUTURA DOS DIAGNÓSTICOS REAIS Enunciado diagnóstico Fator Relacionado Características definidoras Enunciado diagnóstico Fator de risco (ou relacionado) TIPOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM REAL É um diagnóstico de enfermagem atual ou vigente. Descreve respostas humanas a condições de saúde / processos vitais que existem em um indivíduo, família ou comunidade. É sustentado pelas características definidoras (manifestações, sinais e sintomas) que se agrupam em padrões de sugestões ou inferências relacionadas; Ex.: Integridade tissular prejudicada, relacionada à imobilidade física e circulação alterada, caracterizada por ferida com área de solapamento (8cm) na região trocantérica direita. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DE RISCO Descreve um julgamento clínico em que um indivíduo / grupo está mais vulnerável ao desenvolvimento de um problema do que outros na mesma situação ou em situação similar. É sustentado por fatores de risco que contribuem para uma vulnerabilidade aumentada. Ex.: Risco para integridade da pela prejudicada, relacionada à imobilização física e circulação alterada. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DE BEM-ESTAR Descreve respostas humanas a níveis de bem estar em um indivíduo, família ou comunidade que têm um potencial de aumento para um estado mais alto. Neste a enfermeira irá promover ações que promovam o bem-estar Ex.: Comportamento de busca de saúde relacionado à autoestima elevada, caracterizado por desejo expresso de buscar um nível mais elevado de bem-estar DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DE PROMOÇÃO DE SAÚDE É o julgamento clínico de motivação e desejo do indivíduo, família ou comunidade de aumentar o bem-estar e concretizar o potencial de saúde humana, conforme manifestado em sua disposição para melhorar comportamentos específicos de saúde , como alimentação e exercícios. Ex.: Disposição para aumento da esperança relacionada à crenças de saúde e de apoio de pessoas significativas caracterizado pelo relato de desejar reforçar a resolução dos problemas para alcançar a meta De ter uma melhor condição de saúde. O QUE SÃO PROBLEMAS COLABORATIVOS? São complicações fisiológicas que as enfermeiras monitoram para detectar oestabelecimento ou a modificação subseqüente em seu estado. As enfermeiras controlam os problemas colaborativos usando intervenções prescritas pelo médico e/ou ela própria, para minimizar as complicações dos eventos. No diagnóstico de enfermagem a enfermeira prescreve o tratamento definitivo, para atingir o resultado desejado; para os problemas colaborativos, entretanto, a prescrição do tratamento definitivo procede tanto da enfermagem quanto da medicina CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO - TERCEIRO PASSO Após a elaboração do diagnóstico, a enfermeira deve confirmar o diagnóstico com o cliente, descrevendo aquilo que ela percebe serem as reações. Deve ser perguntado ao cliente se há algo que o preocupa. Caso as preocupações do cliente e da enfermeira não combinem, deve ser dada seqüência ao diálogo, até que se chegue a um consenso. O enfermeiro necessita desenvolver habilidades e competências cognitivas, técnicas, afetivas e sociais para ser capaz de desenvolver o raciocínio clinico. DOCUMENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO - QUARTO PASSO Documentado no prontuário do cliente, pela enfermeira; O local pode variar de acordo com a instituição, devendo serem seguidos os trâmites ou orientações institucionais. O mais comum é que o diagnóstico fique documentado no plano de cuidados, nas anotações da enfermeira, nas anotações sobre a evolução, nos resumos de alta e em formulários de encaminhamento inter-instituições. -O diagnóstico de Enfermagem é ação privativa do enfermeiro; -deve ser enumerado; -e o enfermeiro deve assinar o instrumento utilizado para anotação dos diagnósticos de Enfermagem e colocar número do COREN sob o qual está inscrito. -Caso não dentifique o fator relacionado ou a característica definidora listados na NANDA, o enfermeiro deverá utilizar o pensamento crítico. NÃO ESQUECER!!!!!!!!!!!!!! COMO EMNCONTRAR OS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NA NANDA ? DOMÍNIOS CLASSES DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM • 13 • 106 • 155 PROMOÇÃO DA SAÚDE NUTRIÇÃO ELIMINA- ÇÃO/TROCA ATIVIDADE /REPOUSO PERCEPÇÃO/ COGNIÇÃO AUTO- PERCEPÇÃO Hidratação Metabo- lismo Absorção Digestão Ingestão Consciênci a da saúde Controle de saúde Sistema urinário Sistema GI Sist. integume n-tar Sist. Respira- tório Sono repouso Atividade exercício Equilíbri o de energia Respostas Cardiovas- culares/pul monares Auto- cuidado Senso- perce- pção atenção cognição Comunica- ção Orienta- ção Autocon- ceito Auto- estima Imagem corporal 1 2 3 4 5 5 Relaciona- mento de papel Sexualida- de Enfrentamento Tolerância estress Princípios de vida Segurança/ Proteção Conforto Reprodu- ção Função sexual Idoneida- de sexual Papéis do cuidador Relacio- namentos familiares Resposta pós- trauma Resp.de enfrenta -mento Estresse Neuro- comporta mental Valores Crenças Coerência entre valores/cr enças Ação Violên- cia Infecção Riscos ambientais Processos defensivos Lesão física C. físico C. ambiental C. social CD Cresc iment o desen volvim ento Desem- penho de papel Termorregu- lação 7 11 12 13 9 8 10 PLANEAMENTO DAS INTERVENÇÕES • É a determinação global da assistência de Enfermagem que o cliente deve receber diante do Diagnóstico de enfermagem estabelecido, é o resultado da análise do Diagnóstico, examinando as alterações, necessidades afetadas e o grau de dependência. • Observação: Verbos mais utilizados • F (fazer) • A (ajudar) • O (orientar) • S (supervisionar) • E (encaminhar) PLANEAMENTO DAS INTERVENÇÕES • As intervenções planejadas devem ser destinadas a alcançar os resultados esperados e a prevenir, resolver ou controlar as alterações encontradas durante o Diagnóstico. OS RESULTADOS ESPERADOS (RE) Os resultados esperados são metas mensuráveis focalizadas no paciente que derivam do próprio diagnóstico de enfermagem do paciente. Essas metas podem ser de curto ou longo prazo. NOC (Nursing Outcomes Classification): linguagem padronizada dos resultados dos pacientes OS RESULTADOS ESPERADOS (RE) Itens necessários : -Ser claro e conciso -Ser centrado no paciente -Estar relacionado ao título (enunciado) diagnóstico -Ser alcançável -Conter limite de tempo -Ser mensurável OS RESULTADOS ESPERADOS Exemplo: Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada com a secreção excessiva na árvore traqueobrônquica caracterizada por dispnéia e estertores. Resultados esperados: O paciente expectorará o escarro em 6 horas Os sons respiratórios adventícios desaparecerão em 10 dias. NOC Exemplo: Diagnóstico médico: Pneumonia. Problemas colaborativos: Sepse Insuficiência respiratória Diagnósticos de enfermagem: 1.Intolerância à atividade relacionada à função respiratória comprometida 2. Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada à dor, secreções traqueobrônquicas e exsudato. IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM • É a concretização do plano de atendimento ou assistencial pelo roteiro aprazado. •Quando realizar? • Admissão • Complementação diária • Na alta IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM •Quanto a autonomia? • Independente: • Ex.:higiene, repouso, curativo, orientação, controle de SSVV • Dependente: • Ex.: medicamentos, exames, cirurgia. IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM •Algumas diretrizes: • Deve ser numerada de acordo com o diagnóstico de enfermagem • Verbo no infinitivo e de ação ( Fazer, encaminhar, aplicar, banhar, orientar, ministrar, esclarecer, controlar, avaliar,explicar, informar, lubrificar, acompanhar, etc.); • Divisão de trabalho por período • Datar, assinar e colocar nº do conselho (carimbar) IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM •Algumas diretrizes: • Deve ser numerada de acordo com o diagnóstico de enfermagem • Verbo no infinitivo e de ação ( Fazer, encaminhar, aplicar, banhar, orientar, ministrar, esclarecer, controlar, avaliar,explicar, informar, lubrificar, acompanhar, etc.); • Divisão de trabalho por período • Datar, assinar e colocar nº do conselho (carimbar) IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM •COMO REDIGIR UMA PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM? IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM • Verbo no infinitivo • Itens necessários : • O que fazer • Como fazer • Quando fazer • Onde fazer • Com que frequência fazer • Por quanto tempo fazer ou quando fazer Diagnóstico de enfermagem Integridade tissular prejudicada relacionada a imobilização física e circulação alterada, evidenciada por ferida com área de solapamento de 8 cm na região trocantérica direita. Resultado esperado O paciente apresentará melhora no aspecto da lesão da região trocantérica D e com redução da área de solapamento em até 15 dias. Prescrição de enfermagem Horário 1. Realizar mudança de decúbito de 2/2 h. Não posicionar o paciente em decúbito lateral direito 8-10-12-14-16-18-20-22-24-02-04-062. Instalar colchão piramidal hoje. 8h 3. Realizar curativo em lesão trocantérica D com SF 0,9% em jato alginato de cálcio, ocluindo-o com gaze e fita hipoalergênico a cada 3 dias (hoje) 8h 30min PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM • É o relato aprazado das mudanças sucessivas que ocorrem co cliente enquanto está sob a assistência profissional. • Anotar inicialmente a avaliação do global do plano de cuidado. Determina se os resultados foram atingidos, se as intervenções foram efetivas e se são necessárias modificações. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM • É o relato aprazado das mudanças sucessivas que ocorrem co cliente enquanto está sob a assistência profissional. • Anotar inicialmente a avaliação do global do plano de cuidado. Determina se os resultados foram atingidos, se as intervenções foram efetivas e se são necessárias modificações. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM EVOLUÇÃO/ AVALIAÇÃO: CONTEÚDO • Data; hora; tempo da internação motivo da internação; diagnóstico médico; dia pós- operatório; discriminação sequencial do estado geral; sinais vitais; procedimentos invasivos e uso de cateteres e dispositivos; descrição de eliminações; exames laboratoriais; orientações para o autocuidado; queixas, assinatura e número do COREn. EVOLUÇÃO/ AVALIAÇÃO • Sr. J.S.S., 71 anos, no 12° DIH para tratamento de tumor em reto, no 6°DPO de amputação/ ressecção de reto, portador de DM e HAS. Cursa com estado geral regular, em sedação contínua, níveis pressóricos diminuídos, P.A. = 100x60 mmHg, taquicárdico, FC=112 bpm, em ventilação mecânica, modo controlado, FR= 12 ipm, SatO2= 99%, diurese em fluxo regular por SVD, glicemias elevadas, entre 200 e 300 mg/DL, em uso de insulina regular de demanda, dejeções presentes. Ao exame: sedado, ramsay 6, com edema generalizado, couro cabeludo sem alterações, pupilas mióticas, pouco fotorreagentes, mucosas hipocoradas, cavidade oral com presença de moniliase, dentição incompleta, língua saburrosa, tórax simétrico, expansivo, abdome globoso flácido, genitália com edema de bolsa escrotal, dorso com pequena lesão, grau I, em região sacra, extremidades aquecidas, perfundidas e com edema. Em uso: de SNE, para alimentação com dieta pausada; acesso venoso central, duplo lúmen, em subclávia à direita, por onde fluem sedação, com sol. de midazolam 10 ml/h, solução fisiológica, 42 ml/h, controlados por bomba de infusão. Exames laboratoriais evidenciam melhora da função renal (Cr=0,8; Ur=45)... CLASSIFICAÇÕES DE ENFERMAGEM • NANDA –North American Nursing Diagnoses Assiciation • NIC- Nursing Intervencions Classification- INTERVENÇÕES • NOC- Nursing Outcome Classification:RESULTADOS • CIPE- Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem CLASSIFICAÇÕES DE ENFERMAGEM • NIC- Nursing Intervencions Classification • Estabelecem intervenções e ações de enfermagem. • Estão relacionados aos diagnósticos de enfermagem da NANDA,aos resultados da classificação de resultados da NOC. • INTERVENÇÕES • “ qualquer tratamento baseado no julgamento ou no conhecimento realizado por um enfermeiro para melhorar os resultados do paciente.” CLASSIFICAÇÕES DE ENFERMAGEM • NOC- Nursing Outcomes Classification • A taxonomia da NOC determina a condição de saúde de um paciente, do cuidador , da família, da comunidade, com o propósito de verificar as mudanças apresentadas por eles após as intervenções de enfermagem. REFERÊNCIAS ALFARO-LEFREVE, Rosalinda. Aplicação do Processo de Enfermagem – um guia passoa passo, 4. Ed. , Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2000. CAMPEDELLI, Maria Coeli et all. Processo de Enfermagem na Prática. 2. Ed., ,São Paulo, Ática, 1992. CARPENITO, Lynda Juall. Manual de diagnósticos de Enfermagem, 8. Ed., Porto Alegre, Artmed, 2001. Disponível em: http://www.ebah.com.br/sae-sistematizacao-da-assistencia-de- enfermagem-doc-a32948.html GEORGE, Julia B. e Colaboradores. Teorias de Enfermagem – Os Fundamentos à Prática Profissional. 4. ed., Porto Alegre: Artmed, 2000. HORTA, Wanda de Aguiar. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPU., 1979. IYER, Patrícia W.; TAPTICH, Barbara J.; BERNOCCHI – LOSEY, Donna. Processo e Diagnóstico em Enfermagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. NANDA, Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação – 2001-2002, Porto Alegra, Artmed, 2002. TANURE, M.C.;PINHEIRO,A.M. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia Prático. RJ: Guanabara Koogan, 2011.
Compartilhar