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13 03 2013 Direito Previdenciario Resumo da Aula 6

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Direito Previdenciário 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Aposentadoria Especial .......................................................................................... 2 
1.1 Aposentadoria Especial em Virtude de Atividades em Condições Especiais ... 2 
1.1.1 Necessidade Social....................................................................................... 4 
1.1.2 Exigências Pessoais ...................................................................................... 7 
1.1.3 Carência ....................................................................................................... 8 
1.1.4 Valor ............................................................................................................. 8 
1.1.5 Data de Início do Benefício .......................................................................... 8 
1.1.6 Observações ................................................................................................ 8 
1.2 Aposentadoria Especial da Pessoa com Deficiência ....................................... 10 
2. Salários .................................................................................................................. 11 
2.1 Salário-Família ................................................................................................. 11 
2.2 Salário Maternidade ....................................................................................... 15 
3. Benefícios Devidos aos Dependentes .................................................................. 20 
3.1 Pensão por Morte ........................................................................................... 20 
 
 
 
Direito Previdenciário 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Aposentadoria Especial 
A melhor forma de compreender a aposentadoria especial é imaginar a 
aposentadoria voluntária, porém com condições especiais, com fincas a facilitar o acesso do 
segurado ao benefício. 
Menciona-se o art. 201, parágrafo primeiro, CRFB: 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os 
casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos 
definidos em lei complementar. 
O dispositivo explicitado traz a igualdade formal enquanto regra no regime geral de 
previdência social, assim como também ocorre no regime próprio. Há que se dar tratamento 
idêntico a todos os segurados, portanto. Existem, contudo, duas exceções a tal regra, no 
sentido da possibilidade do tratamento diferenciado: (i) quando o segurado exerce sua 
atividade laboral em condições especiais, sujeito a agentes nocivos que prejudiquem sua 
saúde ou sua integridade física; e (ii) quando a pessoa é deficiente, nos termos definidos em 
lei complementar. 
 
1.1 Aposentadoria Especial em Virtude de Atividades em Condições Especiais 
A despeito de a aposentadoria especial ser matéria exclusiva de lei complementar, o 
detalhe inicial que precisa ser destacado é que, atualmente, o tema em comento está regido 
tão somente na lei ordinária de n. 8.213, especificamente nos arts. 57 e 58, conforme 
exposto abaixo: 
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida 
nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte 
e cinco) anos, conforme dispuser a lei. 
§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistirá numa 
renda mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício. 
§ 2º A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da aposentadoria 
por idade, conforme o disposto no art. 49. 
Direito Previdenciário 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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§ 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, 
perante o Instituto Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho permanente, 
não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física, durante o período mínimo fixado. 
§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes 
nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à 
integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. 
§ 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser 
consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva 
conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios 
estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de 
concessão de qualquer benefício. 
§ 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da 
contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, 
cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a 
atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de 
aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, 
respectivamente. 
§ 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a 
remuneração do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput. 
§ 8º Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo 
que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos 
constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. 
 
Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de 
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física considerados para fins de concessão 
da aposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo Poder 
Executivo. 
§ 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita 
mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social -
 INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições 
ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do 
trabalho nos termos da legislação trabalhista. 
§ 2º Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informação sobre a 
existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do 
agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo 
estabelecimento respectivo. 
Direito Previdenciário 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aulaministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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§ 3º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes 
nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir 
documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo 
estará sujeita à penalidade prevista no art. 133 desta Lei. 
§ 4º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo 
as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do 
contrato de trabalho, cópia autêntica desse documento. 
Note-se, ademais, que apenas com o advento da Emenda n. 20 de 1998 é que se 
passou a exigir lei complementar para tratar de aposentadoria especial. Sob esse viés, como 
a lei que regula o tema é de 1991, não há falar-se em inconstitucionalidade formal ulterior, 
eis que, quando elaborada, à época, preencheu todos os requisitos legais para tratar do 
tema da aposentadoria especial. Assim sendo, os dois artigos acima mencionados foram 
recepcionados como lei complementar. O art. 15 da EC. n. 20 de 1998 assim o faz 
expressamente: 
Art.15 – Até que a lei complementar a que se refere o art. 201, parágrafo primeiro, da 
Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos arts. 57 e 58 da 
Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta 
Emenda. 
O fundamento legal para a aposentadoria especial consta desses dois dispositivos. 
 
1.1.1 Necessidade Social 
Quanto à necessidade social, identifica-se esta como sendo o trabalho de forma 
especial, exercido em condição de exposição efetiva e permanente a um agente nocivo. 
Ressalta-se que esse ponto do tópico ora tratado é objeto de inúmeras controvérsias 
jurisprudenciais. 
No tocante aos agentes nocivos, tem-se que podem ser químicos, físicos ou 
biológicos. De acordo com o entendimento do INSS, apenas as atividades insalubres dão 
direito à aposentadoria especial. O STJ, todavia, já decidiu que elementos perigosos também 
dão direito à aposentadoria especial. Assim sendo, para o mencionado tribunal de 
sobreposição, o elenco destacado na definição de agentes nocivos é meramente 
exemplificativo. 
Exemplo: para o INSS, o trabalho com exposição à eletricidade não dá direto à 
aposentadoria especial, eis que não se trata de elemento insalubre, mas sim perigoso. Isso é 
diferente de algo que, com o passar do tempo, desgasta o organismo. O problema da 
exposição à eletricidade é outro. De acordo com o STJ, contudo, a exposição à eletricidade, 
mesmo sendo elemento perigoso, e não insalubre, dá direito à aposentadoria especial. 
Direito Previdenciário 
 
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A relação exemplificativa dos agentes nocivos consta do Anexo IV do Decreto 3.048 
de 1999 (Regulamento da Previdência Social). 
Exemplo1: ruídos, temperatura, pressão etc (agentes físicos). 
Exemplo2: mercúrio, hidrocarbonetos, amianto etc (agentes químicos). 
Exemplo3: exposição a vetores de doença, micro-organismos capazes de prejudicar a 
saúde (agentes biológicos). 
Não obstante, a exposição ao agente nocivo precisa ser permanente, ou seja, não 
ocasional e não intermitente. O conceito de exposição permanente, atualmente, é no 
sentido de ser indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. Esse conceito é 
aceito tanto administrativamente quanto nos tribunais. 
O conceito significa que em toda vez da realização do serviço ou da produção do bem 
que lhe compete haverá exposição ao agente nocivo, ainda que não seja durante toda a 
prestação do serviço, quer-se dizer, durante toda a jornada de trabalho. 
Exemplo: em uma indústria de tinta, há determinada pessoa que faz os testes de 
qualidade das tintas produzidas. Para tanto, expõe-se a agente tóxico durante duas horas 
diariamente, sendo certo que passa as demais seis horas da jornada de trabalho fazendo o 
relatório das análises. Note-se que, a despeito de a exposição não se dar durante toda a 
jornada, é indissociável da sua prestação do serviço, existindo, portanto, exposição 
permanente. 
A exposição efetiva, por sua vez, é aquela comprovada, e não presumida. Não se 
pode presumir a insalubridade ou periculosidade. A comprovação deve se dar para fins 
previdenciários, não bastando que o segurado esteja recebendo adicional de insalubridade 
ou periculosidade do empregador. 
Exemplo: um mergulhador se aposenta mais cedo não em virtude de sua categoria 
profissional, mas sim desde que prove exposição efetiva e permanente a agente nocivo à 
saúde. 
A comprovação deve ser feita por meio de formulário preenchido com base em laudo 
técnico. Isso se dá da seguinte forma: é contratado pelo empregador um médico do trabalho 
ou um segurança do trabalho, para elaboração do Laudo Técnico das Condições Ambientais 
de Trabalho (“LTCAT”). Usando tais informações oriundas do LTCAT, preenche-se formulário 
para cada empregado. Esse formulário, hoje, chama-se perfil profissiográfico previdenciário 
(“PPP”) 
 Observe-se que o LTCAT não contemporâneo ao exercício da atividade pode servir 
como prova da atividade especial do segurado, desde que traga elementos sobre a época em 
Direito Previdenciário 
 
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que se quer fazer prova, conforme disposto na súmula 68 da Turma Nacional de 
Uniformização: 
O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da 
atividade especial do segurado. 
A sistemática de comprovação explicitada existe desde o ano de 1997. Entre os anos 
de 1995 e 1997, não havia exigência de laudo técnico, mas apenas de formulário. Ademais, 
antes do ano de 1995, a exigência era tão somente de comprovação da categoria 
profissional. 
A forma de comprovar a atividade especial é aquela vigente no momento em que o 
serviço foi prestado. Isso consta do art. 70, parágrafo primeiro, Decreto 3.048 de 1999: 
§ 1o A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais 
obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço. 
Uma exceção a isso tudo, é caso do agente nocivo ruído. Para este, em todas as 
épocas havidas, exige-se sempre o laudo técnico. 
Quanto ao ponto, destaca-se a súmula 70, TNU: 
A atividade de tratorista pode ser equiparada à de motorista de caminhão para fins de 
reconhecimento de atividade especial mediante enquadramento por categoria 
profissional. 
Lembre-se que antes do ano de 1995 bastava a comprovação da categoria 
profissional e o motorista de caminhão fazia jus à aposentadoria especial. Com a 
mencionada súmula, também o tratorista tinha tal direito, em virtude a equiparação com o 
motorista de caminhão. Repise-se que tal sistemática foi alterada. 
Outra questão importante decidida pela TNU consta da súmula 71, no sentido de que 
a exposição do pedreiro ao cimento não é permanente e efetiva: 
O mero contato do pedreiro com o cimento não caracteriza condição especial de 
trabalho para fins previdenciários. 
Ainda no tocante à necessidade social, por quanto tempo se precisa trabalhar em 
exposição efetiva e permanente ao agente nocivo à saúde? Segundoo art. 57 da Lei n. 8.213 
de 1991, a depender do agente nocivo, pode-se trabalhar mais ou menos tempo, para, 
então, ter-se direito à aposentadoria especial. 
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida 
nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte 
e cinco) anos, conforme dispuser a lei. 
Direito Previdenciário 
 
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De todos os agentes nocivos à saúde, somente três dão ensejo à aposentadoria com 
menos de vinte e cinco anos: (i) asbestos ou amianto, cujo período é de vinte anos; (ii) 
mineração subterrânea na linha de frente, cujo período é de quinze anos; e (iii) mineração 
subterrânea não estando na linha de frente, cujo período é de vinte anos. Ressalta-se que 
todos os demais agentes nocivos previstos ensejam aposentadoria aos vinte e cinco anos de 
atividade. 
 
1.1.2 Exigências Pessoais 
O INSS afirma que apenas três segurados têm direito à aposentadoria especial: (i) 
empregados; (ii) trabalhadores avulsos; e (iii) contribuintes individuais cooperados. Isso é 
sustentado pela Administração, pois a aposentadoria especial está relacionada à 
contribuição chamada SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) ou RAT (Riscos Ambientais de 
Trabalho). 
A contribuição ora tratada consta da Lei n. 8.212 de 1991, especificamente no art. 22, 
II: 
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do 
disposto no art. 23, é de: 
I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a 
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que 
lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, 
inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos 
decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo 
tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do 
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. 
A lei n. 10.666 de 2003 também traz a temática da contribuição em comento. 
Ocorre que tal contribuição incide sobre a folha de pagamento de empregados e 
trabalhadores avulsos, bem como sobre as quantias que as cooperativas pagam aos 
cooperados. Assim sendo, somente esses três têm direito à aposentadoria especial, eis que a 
contribuição vem deles. 
Isso não quer dizer, contudo, que os recursos vão custear apenas a aposentadoria 
especial desses mencionados segurados. E é nesse sentido a jurisprudência majoritária hoje. 
É possível que o contribuinte individual não cooperado, por exemplo, possa fazer jus à 
aposentadoria especial. Isso quer dizer que o entendimento do INSS não se sustenta. Tal 
matéria consta da súmula 62, TNU: 
Direito Previdenciário 
 
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O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade especial 
para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à 
saúde ou à integridade física. 
Com isso, já sabemos as exigências pessoais. 
 
1.1.3 Carência 
É igual à carência da aposentadoria por idade. 
 
1.1.4 Valor 
A aposentadoria especial é de cem por cento do salário de benefício, que, no caso, é 
calculado sem fator previdenciário. 
 
1.1.5 Data de Início do Benefício 
Igual à data de início da aposentadoria por idade. 
 
1.1.6 Observações 
Observação1: a aposentadoria especial, na lógica do legislador, é concedida com o 
objetivo de permitir que o segurado deixe de exercer a atividade prejudicial à saúde ou à 
integridade física. O legislador, então, embora isso seja contestável, se sente no direito de 
impedir que o trabalhador continue a exercer atividades em condições especiais. Desse 
modo, proíbe-se quem obtém a aposentadoria especial de continuar a trabalhar nessas 
condições, sendo certo que somente o exercício de trabalho não exposto a agentes nocivos 
à saúde, de forma nociva e permanente, pode ser levado a efeito. 
 Observação2: a aposentadoria especial vai ser devida aos quinze, vinte ou vinte e 
cinco anos de atividade especial, trabalhando-se todo o tempo nessas condições. A maior 
parte dos casos, contudo, envolve parcial exposição a agentes nocivos, ou seja, não 
completando o tempo de atividade especial prevista em lei. Assim sendo, o art. 57, 
parágrafo quinto, da Lei 8.213 de 1991, autoriza a conversão do tempo de atividade especial 
em tempo de atividade comum: 
§ 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser 
consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva 
conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios 
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estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de 
concessão de qualquer benefício. 
A operação será feita utilizando-se simples “regra de três”. Como, por exemplo, 
menciona-se uma determinada pessoa que labora por dez anos praticando atividade nociva 
à saúde, sendo certo que se exige para a aposentadoria especial relacionada a esta atividade 
exatos quinze anos de serviços ininterruptos. Esta pessoa, então, resolve não mais trabalhar 
nessas condições e obter outro emprego. Desse modo, para saber o tempo de atividade que 
possui, aplica-se a regra de três, lembrando que dez anos de trabalho estão para X (número 
que se quer descobrir), assim como quinze anos (tempo exigido para aposentadoria especial) 
estão para trinta anos (tempo exigido para aposentadoria da mulher em razão de atividade 
comum). O resultado dará vinte anos de serviço. Assim sendo, os dez anos em condição 
especial serão convertidos em vinte anos de atividade comum. 
O art. 70, parágrafo segundo, do Decreto 3.048 de 1999, determina ser, sim, possível 
a conversão do tempo de atividade em condições especiais em tempo de atividade comum, 
conforme abaixo: 
§ 2o As regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de 
atividade comum constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer 
período. 
No mesmo sentido, há a súmula 50, TNU: 
É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em 
qualquer período. 
Em razão da necessidade de realizar a operação matemática acima explicitada, que 
pode criar dificuldade, foi criado o art. 70 do Decreto 3.048 de 1999, de modo a facilitar a 
conversão: 
Art. 70. A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de 
atividade comum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela: 
TEMPO A CONVERTER 
MULTIPLICADORES 
MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35) 
DE 15 ANOS 2,00 2,33 
DE 20 ANOS 1,50 1,75 
DE 25 ANOS 1,20 1,40 
Tabela de conversão não é regra jurídica, mas serve apenas para facilitar o cálculo. 
Sob esse viés, ofator de conversão a ser aplicado é sempre o da data da concessão do 
benefício. Isso consta da súmula 55, TNU: 
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A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do 
fator multiplicativo em vigor na data da concessão da aposentadoria. 
 
1.2 Aposentadoria Especial da Pessoa com Deficiência 
A EC. 47 de 2005 inseriu a aposentadoria especial das pessoas com deficiência no rol 
do art. 201, parágrafo primeiro, CRFB, que é o fundamento constitucional de tal forma de 
aposentadoria especial: 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os 
casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos 
definidos em lei complementar. 
Essa previsão foi regulamentada pela lei complementar n. 142 de 2013. 
O que interessa, aqui, é a condição pessoal da deficiência, e não a atividade exercida 
pelo indivíduo. 
Aos termos do art. 3 da LC 142, há quatro formas para a pessoa com deficiência se 
aposentar de modo especial: 
Art. 3o É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com 
deficiência, observadas as seguintes condições: 
I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se 
mulher, no caso de segurado com deficiência grave; 
II - aos 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 (vinte e quatro) 
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; 
III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 (vinte e oito) 
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve; ou 
IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, 
se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo 
mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência 
durante igual período. 
Parágrafo único. Regulamento do Poder Executivo definirá as deficiências grave, 
moderada e leve para os fins desta Lei Complementar. 
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Note-se que existe redução do tempo de contribuição a depender da gravidade da 
deficiência. Também é possível a aposentadoria especial nos casos de deficiência, por idade, 
em tempo reduzido em cinco anos para o homem e para a mulher, desde que se tenha, no 
mínimo, quinze anos de contribuição e quinze anos de deficiência. 
Observe-se que não se podem cumular as reduções da aposentadoria especial 
tradicional com a aposentadoria especial em razão da deficiência. Não é possível reduzir 
além das previsões legais de uma ou de outra forma de aposentadoria especial, escolhendo-
se somente uma delas. 
Quanto à renda, nas aposentadorias especiais em razão de deficiência, por tempo de 
contribuição, haverá direito a cem por cento do salário de benefício. Se por idade, haverá 
direito a setenta por cento, mais um por cento a cada grupo de doze contribuições, bastante 
semelhante à aposentadoria por idade tradicional. O detalhe, aqui, é que o fator 
previdenciário só será aplicado se for favorável ao segurado deficiente, tanto na 
aposentadoria especial por tempo de contribuição quanto na aposentadoria especial por 
idade. 
 A lei autoriza, também, a conversão do tempo especial em tempo comum. Pode-se 
converter uma em outra para somar o tempo de contribuição. Essa conversão também será 
feito por “regra de três”. 
Como o tema é recente, as controvérsias jurisprudenciais ainda não existem. 
Uma pessoa com deficiência que obteve aposentadoria por tempo de contribuição 
poderia converter, na vigência da lei nova, em aposentadoria especial, utilizando-se da regra 
do benefício mais vantajoso? A princípio, não haveria proibição a tal conversão, 
principalmente em se admitindo a tese da desaposentação. 
 
2. Salários 
2.1 Salário-Família 
O fundamento de validade constitucional do salário-família consta do art. 201, IV, 
CRFB: 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa 
renda; 
Direito Previdenciário 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Ressalta-se que o salário-família não é destinado aos dependentes do segurado, mas 
levado a efeito em razão deles. Isso fica claro quando da análise do art. 7, XII, CRFB: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos 
termos da lei; 
O objetivo do salário família é auxiliar o segurado no sustento dos seus dependentes 
A Lei n. 8.213 de 1991 trata do salário-família nos arts. 65 e seguintes: 
Art. 65. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, exceto ao 
doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de 
filhos ou equiparados nos termos do § 2º do art. 16 desta Lei, observado o disposto no 
art. 66. 
Parágrafo único. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 
65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos 
ou mais, se do feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente com a 
aposentadoria. 
 
Art. 66. O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, 
até 14 (quatorze) anos de idade ou inválido de qualquer idade é de: 
I - Cr$ 1.360,00 (um mil trezentos e sessenta cruzeiros) , para o segurado com 
remuneração mensal não superior a Cr$ 51.000,00 (cinqüenta e um mil 
cruzeiros); (*)Nota: Valores atualizados pela Portaria MPAS nº 4.479, de 4.6.98 a partir 
de 1º.6.98, para respectivamente, R$ 8,65 (oito reais e sessenta e cinco centavos) e R$ 
324, 45 (trezentos e vinte e quatro reais e quarenta e cinco centavos). 
II - Cr$ 170,00 (cento e setenta cruzeiros), para o segurado com remuneração mensal 
superior a Cr$ 51.000,00 (cinqüenta e um mil cruzeiros). (*)Nota: Valores atualizados 
pela Portaria MPAS nº 4.479, de 4.6.98 a partir de 1º.6.98, para respectivamente, R$ 
1,07 (um real e sete centavos) e R$ 324, 45 (trezentos e vinte e quatro reais e quarenta e 
cinco centavos). 
 
Art. 67. O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de 
nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido, e à 
apresentação anual deatestado de vacinação obrigatória e de comprovação de 
freqüência à escola do filho ou equiparado, nos termos do regulamento. (Redação dada 
pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) 
 
Direito Previdenciário 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Art. 68. As cotas do salário-família serão pagas pela empresa, mensalmente, junto com o 
salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições, 
conforme dispuser o Regulamento. 
§ 1º A empresa conservará durante 10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e as 
cópias das certidões correspondentes, para exame pela fiscalização da Previdência 
Social. 
§ 2º Quando o pagamento do salário não for mensal, o salário-família será pago 
juntamente com o último pagamento relativo ao mês. 
 
Art. 69. O salário-família devido ao trabalhador avulso poderá ser recebido pelo 
sindicato de classe respectivo, que se incumbirá de elaborar as folhas correspondentes e 
de distribuí-lo. 
 
Art. 70. A cota do salário-família não será incorporada, para qualquer efeito, ao salário 
ou ao benefício. 
O auxílio ao segurado, no entanto, é apenas no sustento do filho. E daí surge a 
necessidade social, que é a existência de filho até catorze anos ou inválido, assim como o 
menor tutelado, enteado (equiparados a filho) ou o sob guarda (há controvérsia quando ao 
ponto). Ver discussão sobre dependentes. 
No tocante às exigências pessoais, a primeira delas é ser segurado. Outrossim, o 
salário-família é apenas para o empregado, trabalhador avulso e alguns aposentados. Por 
força da Emenda Constitucional dos Domésticos tem-se que os empregados domésticos em 
breve integrarão esse rol, faltando apenas a lei regulamentadora entrar em vigor. 
Observação: não confundir salário-família com a “bolsa família”. 
Quanto aos aposentados, temos os por idade, por invalidez e qualquer outro 
aposentado a partir dos sessenta e cinco anos para o homem e sessenta para a mulher. 
Esses fazem jus ao salário-família, conforme art. 65, parágrafo único da Lei n. 8.213 de 1991: 
Parágrafo único. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 
65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos 
ou mais, se do feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente com a 
aposentadoria. 
Observe que, para ter direito ao salário-família, o segurado precisa ser de baixa 
renda. O valor de baixa renda atual é de R$ 1.025,81 (mil e vinte e cinco reais e oitenta e um 
centavos). Se o segurado receber mensalmente esse valor, ou menos, faz jus ao salário-
família. 
Direito Previdenciário 
 
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Em se preenchendo a necessidade social e as exigências pessoais, não há carência 
para o benefício em comento, conforme art. 26, I, Lei 8.213 de 1991: 
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; 
No tocante ao valor do salário-família, será calculado por quotas. Nesse sentido, cada 
filho menor de quatorze anos ou inválido dá direito a uma cota de salário família ao 
segurado. Se existem três filhos nessas condições, por exemplo, o segurado possui direito a 
três cotas. Atente-se, pois um só filho pode dar o direito ao benefício tanto para o pai 
quanto para a mãe, desde que observados todos os requisitos. 
Se o segurado for de baixíssima renda, ou seja, perceba até R$ 682,50 (seiscentos e 
oitenta e dois reais e cinquenta centavos), fará jus à quantia de R$ 35, 00 (trinta e cinco 
reais) por quota. Caso perceba entre R$ 682,50 (seiscentos e oitenta e dois reais e cinquenta 
centavos) e R$ 1.025,81 (mil e vinte e cinco reais e oitenta e um centavos), ganhará R$ 24,66 
(vinte e quatro reais e sessenta e seis centavos) por quota. Lembre-se que esse benefício é 
indenizatório, e não remuneratório, no sentido de que não pretende substituir-se à renda, 
mas tão somente complementá-la. 
Frise-se que a baixíssima renda é praticamente inexistente na prática, eis que o limite 
encontra-se abaixo do salário mínimo. 
Atente-se, ainda, pois o somatório das eventuais quotas recebidas pelo segurado está 
submetido ao teto da previdência, embora seja de quase impossível percepção prática. 
Ocorre que isso pode ser cobrado em questões teóricas e por isso precisa ser mencionado 
de forma pormenorizada. 
O salário-família, para o empregado, será antecipado pelo empregador, para, após, 
ser ressarcido pela previdência social. No mesmo sentido ocorre com o trabalhador avulso. 
Essa é a chamada compensação tributária. Quanto ao aposentado, o próprio INSS paga o 
salário-família desde o início. Dito isso, ressalta-se que a data de início do benefício será a 
data do requerimento, mudando onde será feito o requerimento a depender do segurado. 
Para o empregado, a data de início do benefício será a que entregar os documentos ao 
empregador. Para o trabalhador avulso, a data de apresentação dos documentos ao OGMO 
(“Órgão Gestor de Mão de Obra”) ou ao sindicato. Já para o aposentado será na data do 
requerimento administrativo. 
 Observação1: o salário-família é benefício precário, cessando quando o filho ou 
equiparado ultrapassar os quatorze anos ou quando do término da invalidez. 
Observação2: o benefício é pago ao segurado em razão do dependente e, para 
protegê-lo, exige-se que o segurado comprove que seu filho está sendo vacinado ou 
Direito Previdenciário 
 
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frequentando a escola. Se for até seis anos, faz-se prova de vacinação; a partir dos sete anos, 
faz-se prova de frequência à escola. Em não o fazendo, o benefício é suspenso. 
 
2.2 Salário Maternidade 
Inicialmente, diferencia-se salário maternidade, que é a garantia previdenciária, da 
licença-gestante, que é garantia trabalhista. Estão em âmbitos distintos, embora sejam 
complementares. 
Quanto à licença maternidade, o art. 7, XVIII, CRFB, determina que a mulher tenha 
direito a licença de cento e vinte dias, sem prejuízo do emprego e do salário. 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento 
e vinte dias; 
Não se esclarece, contudo, quem pagará o salário. 
O fundamento constitucional de validade do salário maternidade, contudo, consta do 
art. 201, II, CRFB: 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
O legislador previdenciário, por sua vez, nos arts. 71 e seguintes da Lei n. 8.213 de 
1991, determina que se conceda salário maternidade, com duração de cento e vinte dias. 
Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 
(cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a 
datade ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no 
que concerne à proteção à maternidade. 
Ocorre que o salário maternidade não se confunde com licença-gestante. 
Exemplo: uma contribuinte individual tem direito ao salário maternidade, mas não à 
licença gestante. 
O salário maternidade terá como necessidade social a própria maternidade e/ou 
também a gestação. 
Em outros casos, haverá apenas a proteção da maternidade, e não gestação, como 
no caso da adoção por exemplo. No caso do natimorto, exemplificativamente, haverá 
gestação, mas não a maternidade. 
Direito Previdenciário 
 
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No tocante às exigências pessoais, a primeira delas é a necessidade de o indivíduo ter 
qualidade de segurado, mas não necessariamente trabalhando, de acordo com o que o INSS 
entendeu por algum tempo. A mulher, por exemplo, no período de graça, tem direito ao 
salário maternidade, embora não esteja trabalhando. Isso consta do Decreto 3.048 de 1999, 
especificamente no art. 97, parágrafo único: 
Art. 97. O salário-maternidade da segurada empregada será devido pela previdência 
social enquanto existir relação de emprego, observadas as regras quanto ao pagamento 
desse benefício pela empresa. 
Parágrafo único. Durante o período de graça a que se refere o art. 13, a segurada 
desempregada fará jus ao recebimento do salário-maternidade nos casos de demissão 
antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causa ou 
a pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela previdência social. 
 A segunda exigência pessoal é que tão somente a mulher pode receber salário 
maternidade, mas, de acordo com o entendimento atual, o homem, em algumas hipóteses, 
também fará jus ao benefício em comento. Vejamos as hipóteses: (i) adoção por casal 
homoafetivo; (ii) adoção monoparental; (iii) falecimento da mulher no curso do pagamento 
do salário maternidade. 
O que era uma hipótese apenas no plano do debate jurisprudencial e doutrinário, a 
Lei n. 8.213 de 1991 trouxe algumas alterações recentes relacionadas ao tema e materializou 
tais debates, como no art. 71-B: 
Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento 
do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo 
restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a 
qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, 
observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 
2013). 
Assim sendo, modernamente, tanto o homem quanto a mulher podem receber o 
salário maternidade, desde que tenham a qualidade de segurado. Sob esse viés, se, por 
exemplo, com o falecimento da mãe o pai já não trabalhava e, portanto, não era segurado, 
não haverá o recebimento de qualquer quantia a título de salário maternidade, mas sim 
pensão por morte. O recebimento, então, se dá pela qualidade de segurado, e não por 
eventualmente ser dependente do falecido ou não. 
No tocante à carência, será de dez contribuições mensais. Se a criança nascer 
prematura, reduzem-se proporcionalmente as contribuições mensais, conforme art. 25 da 
Lei 8.213 de 1991: 
Direito Previdenciário 
 
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Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social 
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: 
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais; 
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria 
especial: 180 contribuições mensais. 
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o 
art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 
desta Lei. 
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o 
inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em 
que o parto foi antecipado. 
Note-se que só se exige a carência do contribuinte individual, do segurado facultativo 
e do segurado especial. Consequentemente, os outros três segurados não possuem carência, 
quais sejam: empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso. Ressalta-se que causa 
certa estranheza o fato de se exigir carência do segurado especial, que é corrigida no art. 39, 
parágrafo único, Lei 8.213 de 1991: 
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica 
garantida a concessão: 
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário-
maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de 
atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente 
anteriores ao do início do benefício. 
O entendimento que prevalece é que consta erro material da lei, quando se refere 
aos dozes meses, sendo o correto comprovar apenas dez meses de exercício de atividade 
rural de forma descontínua, aos termos do que dispõe o art. 93, parágrafo segundo, Decreto 
3.048 de 1999: 
Art. 93. O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante cento 
e vinte dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do 
parto, podendo ser prorrogado na forma prevista no § 3o. 
§ 2o Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o 
exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores à data do 
parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de 
forma descontínua, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no parágrafo único do 
art. 29. 
No tocante ao valor do salário maternidade, o art. 72 da Lei 8.213 de 1991 diz como 
se faz o cálculo: 
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Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa 
consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral. 
 § 1o Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada 
gestante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da 
Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha 
de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física 
que lhe preste serviço. 
§ 2o A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os comprovantes dos 
pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela fiscalização da 
Previdência Social. 
§ 3o O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do 
microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 
14 de dezembro de 2006, será pago diretamente pela Previdência Social. 
Para o empregado e ao trabalhador avulso, o salário maternidade corresponde a sua 
remuneração integral. Essa previsão já é antiga. Até o advento da EC 20 n. de 1998, o tetoprevidenciário não estava previsto na Constituição Federal, mas era tão somente previsão 
legal. Trabalhava-se, então, no conflito de leis de mesma hierarquia, sem se submeter ao 
teto constitucional. Quando da mencionada EC, contudo, todos os benefícios passam a se 
submeter ao teto. 
O Supremo Tribunal Federal, após a destacada alteração, posicionou-se no sentido de 
que, em razão do princípio da igualdade, o teto do regime geral não se aplica ao salário 
maternidade. Isso se deu, pois caso houvesse o respeito a teto, o empregador teria que 
custear o valor remanescente do salário do empregado, o que poderia gerar discriminações 
contra a mulher no mercado de trabalho. 
Para não deixar completamente sem teto, aplica-se outro limitador, qual seja o 
previsto no art. 248, CRFB: 
Art. 248. Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo regime 
geral de previdência social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao 
limite máximo de valor fixado para os benefícios concedidos por esse regime observarão 
os limites fixados no art. 37, XI. 
Assim sendo, o subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal serão os limites 
aplicados ao salário maternidade. 
O art. 73, Lei 8.213 de 1991, traz o valor dos demais segurados: 
Art. 73. Assegurado o valor de um salário-mínimo, o salário-maternidade para as demais 
seguradas, pago diretamente pela Previdência Social, consistirá: 
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I - em um valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, para a 
segurada empregada doméstica; 
II - em um doze avos do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual, para a 
segurada especial; 
III - em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em 
um período não superior a quinze meses, para as demais seguradas. 
Portanto, para o empregado doméstico, será o último salário de contribuição 
(limitação ao teto). Quanto ao segurado especial, será, em regra, de um salário mínimo. Em 
existindo contribuições, contudo, o que é raro, o cálculo será feito em um doze avos da 
produção rural anual. No tocante ao contribuinte individual e ao segurado facultativo, o 
salário maternidade será a média dos últimos doze salários de contribuição. O 
desempregado, por sua vez, tem o cálculo feito da mesma forma do que o contribuinte 
individual. 
No tocante ao custeio, exclusivamente quanto ao segurado empregado, o 
empregador antecipa tal pagamento que depois é ressarcido pela previdência social. Todos 
os demais segurados recebem diretamente do INSS, inclusive o segurado desempregado, e 
não do ex-empregador. 
Detalhe importante ocorre no caso de adoção, em que o salário maternidade é pago 
diretamente pelo INSS, mesmo o segurado sendo empregado. 
O empregador recebe o salário maternidade de volta, a título de reembolso, por 
meio de compensação tributária. Se, contudo, faz a compensação tributária e não paga ao 
empregado, ocorre o crime de apropriação indébita previdenciária, previsto no art. 168-A do 
Código Penal: 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos 
contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência 
social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou 
arrecadada do público; 
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas 
contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem 
sido reembolsados à empresa pela previdência social. 
Direito Previdenciário 
 
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 Se o empregador for microempreendedor individual, estará dispensado de antecipar 
o salário maternidade para o seu empregado. Assim sendo, este receberá seu salário 
maternidade diretamente do INSS. 
A data de início do benefício será de vinte oito dias antes do parto, até noventa e um 
dias após o parto, sendo certo que terá duração fixa de cento e vinte dias, podendo ser 
prorrogado em duas semanas antes ou depois, em razão de grave risco de vida para a mãe 
ou para a criança. 
A data de início varia entre vinte e oito dias antes do parto e o próprio parto, a 
depender da escolha do segurado. 
Observação1: o salário maternidade também é devido em caso de adoção e variava 
de acordo com a idade do adotando. Hoje, ademais, é devido salário maternidade de cento e 
vinte dias, não interessando mais a idade da criança adotada, conforme art. 71-A da Lei 
8.213 de 1991: 
Art. 71-A. Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda 
judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 
(cento e vinte) dias. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013). 
Observação2: não se pode ter o pai e a mãe recebendo salário maternidade, mas 
apenas um deles. 
Observação3: se a mãe biológica tiver recebido o salário maternidade, não haverá 
impedimento ao pagamento do benefício ao adotante. 
Observação4: o aborto também dá direito ao salário maternidade, que será de duas 
semanas. O aborto, para fins previdenciários, é a interrupção da gestação até a vigésima 
quarta semana (sexto mês de gestação). Isso consta da Instrução Normativa n. 45 de 2010. 
Após tal termo, haverá não aborto, mas sim parto de natimorto, que dá direito a salário 
maternidade integral. O aborto que está sendo tratado é tão somente nos casos autorizados 
pelo legislador. 
 
3. Benefícios Devidos aos Dependentes 
Os dependentes têm direito à pensão por morte e ao auxílio reclusão. 
 
3.1 Pensão por Morte 
O fundamento de validade constitucional da pensão por morte é o art. 201, V, CRFB: 
Direito Previdenciário 
 
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contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes, observado o disposto no § 2º. 
A pensão por morte consta dos arts. 74 e seguintes da Lei n. 8.113 de 1991. 
A pensão por morte será recebida pelos dependentes. Assim sendo, importante rever 
tal ponto na matéria. 
A necessidade social da pensão por morte é a própria morte do segurado. A 
previdência, então, substitui o segurado no sustento de sua família. A morte ora em 
comento pode ser tanto comprovada quanto presumida. A última pode ser com declaração 
de ausência ou sem declaração de ausência. Ambas estão previstas no art. 78 da Lei n. 8.113 
de 1991: 
Art. 78. Por morte presumida do segurado, declarada pela autoridade judicial 
competente, depois de 6 (seis)meses de ausência, será concedida pensão provisória, na 
forma desta Subseção. 
§ 1º Mediante prova do desaparecimento do segurado em conseqüência de acidente, 
desastre ou catástrofe, seus dependentes farão jus à pensão provisória 
independentemente da declaração e do prazo deste artigo. 
§ 2º Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessará 
imediatamente, desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos, salvo 
má-fé. 
Ajuíza-se, então, após seis meses do desaparecimento, ação que vai declarar a morte 
presumida em razão da ausência. Não se ajuíza ação condenatória de plano, mas sim 
declaratória de morte presumida em razão da ausência. A autoridade judicial competente 
para tal ação, que é exclusiva para fins previdenciários, é a Justiça Federal. Imperioso, por 
isso, fazer remissão ao art. 109, I, CRFB: 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de 
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho; 
Mediante prova do desaparecimento do segurado em consequência de acidente, 
desastre ou catástrofe, junto ao INSS, não se precisa aguardar os seis meses e nem mesmo 
ajuizar qualquer ação para fazer jus à pensão provisória, que possui o mesmo valor, cálculo 
etc. da pensão por morte. 
Direito Previdenciário 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Se o suposto falecido reaparecer, não haverá necessidade de reembolso das quantias 
recebidas, salvo má-fé. 
Os demais requisitos serão analisados na próxima aula.

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