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o processo de renovaçao do serviço social

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	O PROCESSO DE RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGIOS DO SERVIÇO SOCIAL
TEMA: A Renovação do Serviço Social sob a Autocracia Burguesa
Fonte: NETTO.In Ditadura e Serviço Social, Cap. 2, 1991, S.P. Cortez Editora.
FARIAS, A.B.Entre Explicação e Compreensão: resgate histórico dos modelos teóricos no serviço social(entre 1936-1985) 
1 A Renovação e o Serviço Social.
1.1. A renovação expressa um conjunto de características novas que durante a repressão da autocracia burguesa o serviço social, articulando elementos de sua tradição e tendências do pensamento social contemporâneo , procura mostrar legitimidade na pratica , na medida em que, responde as demandas sociais, sistematiza e tenta a validação teórica mediante a remissão as teorias e disciplinas sociais( NETTO, 1991, p.113).
1.2. Traços característicos da renovação. O debate interdisciplinar se constitui uma das características do processo de Renovação do Serviço Social. Esta característica se expressa:
Na instauração do pluralismo teórico, ideológico e político no marco profissional, deslocando uma sólida tradição de monolitismo ideal.
Na crescente diferenciação das concepções profissionais (natureza, funções,objetivos e praticas do Serviço Social ), derivada do recurso diversificado a matrizes teórico- metodológicas alternativas, rompendo com o viés de que a profissionalidade implicaria uma homogeneidade(identidade) de visões e de praticas.
A sintonia da polemica teórico-metodológica profissional com as discussões em curso no conjunto das ciências sociais, inserindo-o como protagonista que tenta cortar com a subalternidade(intelectual)posta por funções meramente executivas.
A constituição de segmentos de vanguarda, sobretudo mas não exclusivamente, inserido na vida acadêmica, voltados a investigação e a pesquisa(NETTO, 1991,pp.135-136).
2 . Direções do processo de renovação: o processo de renovação configura um movimento cumulativo, com estágios de dominância teórico-cultural e ideopolítico distintos, porém se intercruzando, sobrepondo-se e criando dificuldades de qualquer esquema para representá-lo.
2.1 - Momentos privilegiados do processo de Renovação:
O 1º cobre a segunda metade dos anos 60 - organismos que sustentam o processo de renovação nesse momento – impulso organizador e praticamente monopolizado pelas iniciativas do CBCISS, que abre uma série de Seminários de Teorização, Araxá 67, Teresópolis 70, Sumaré 78 , Alto da Boa Vista 1984.
2º momento cobre a segunda metade dos anos 70. Além da presença do CBCISS, unifica-se a objetivação das magnitudes sistematizadas no âmbito dos cursos de pós-graduação.
O 3º momento localiza-se na abertura dos anos 80 – CBCISS, Pós-Graduação e ABESS e posteriormente os sindicatos.
2. 2- A renovação se inicia mediante a ação organizadora de uma entidade que passa a aglutinar profissionais e docentes, em seguida tem o seu centro de gravitação transferindo para o interior das agências de formação e, enfim espalha-se nesses núcleos para organismos de clara funcionalidade na imediata representação da categoria.
OBS. Esta é uma evolução que leva da ação exclusiva do CBCISS ao debate nas escolas (principalmente nos cursos de pós-graduação)
2.3 – Dados significativos desses movimentos:
1. Alargamento do elenco dos interlocutores, em função da pluralidade dos organismos envolvidos e da ampliação da categoria profissional, modalidade de (ampliação da categoria profissional) difusão dos conteúdos de renovação ( NETTO, 1991, p. 153.)
2. O grupo restrito das estrelas consagradas da profissão vai sendo deslocado por um segmento maior de profissionais, que participaram do debate em tom de polêmica profissional (NETTO,1991.pp. 153-154).
2.4. Direções principais do Processo de Renovação no Pós 64
Modernização conservadora cujo fundamento teórico metodológico é a sociologia funcionalista;
“Um esforço no sentido de adequar o Serviço Social, enquanto instrumento de intervenção inserido no arsenal de técnicas sociais a ser operacionalizado no marco das estratégias de desenvolvimento capitalista, às exigências postas pelos processos sóciopolíticos emergentes no pós-64” (NETTO, 1991, p.154);
1- Modernização conservadora cujo fundamento teórico metodológico é a sociologia funcionalista; 
A profissão moderniza seu caráter missionário, através do status de técnico, ao mesmo tempo em que, na perspectiva estrutural-funcionalista, moderniza e inova seu instrumental técnico-operativo.
Os profissionais com um perfil tecnocrático deixam os morros, favelas, obras sociais e passam a ocupar cargos nas instituições públicas e privadas e implementam os novos programas sociais da nova política social. Os documentos de Araxá e Teresópolis expressam o pensamento dos tecnocráticos dessa direção.
2. Reatualização do Conservadorismo perspectiva teórico-metodológica - a Fenomenologia
“...recupera os componentes mais estratificados da herança conservadora da profissão, nos domínios da (auto) representação e da prática, e os repõem sobre uma base teórico- metodológica que se reclama nova, repudiando, simultaneamente, os padrões mais nitidamente crítico-dialético, de raiz marxiana” (NETTO, 1991,p.157).
O seminário de Sumaré realizado em 1978 entre 20 e 24 de novembro, trabalhou a cientificidade do Serviço Social. Nele foram feitas reflexões acerca da Fenomenologia e a questão da dialética no Serviço Social. 
3. Intenção de Ruptura com o Serviço Social conservador - interlocução com o marxismo sem Marx pela via Maoísta e Althusseriana( Momento da Emersão 1972-1975).
3.1. O Método de Belo Horizonte ( PUCMG)- Relação Teoria- Pratica no Trabalho Social -MBH
A proposta de Belo Horizonte afirma-se como “(...) uma alternativa que procura romper com o tradicionalismo no plano teórico-metodológico, no plano da concepção e da intervenção profissionais e no plano da formação” (ibidem, p.263). Este processo foi interrompido, em 1975, por pressões externas e internas à Escola de Serviço Social, que culminaram com a demissão em massa dos gestores principais dessa proposta.
Critica global ao tradicionalismo nos aspectos ideológicos, teórico -metodológicos e da pratica.
Conforme Iamamoto (1998, p.211), o encontro do Serviço Social com a tradição marxista “Deu-se predominantemente por manuais do ‘marxismo oficial’. Aliou-se a isso a contribuição de autores ‘descobertos’ pela militância política, como Lenin, Trotsky, Mao, Guevara,- cujas produções foram seletivamente apropriadas, numa ótica utilitária, em função de exigências prático-imediatas, prescindindo-se de qualquer avaliação crítica. A esse universo teórico eclético, somam-se, ainda, pela via predominantemente acadêmica, rudimentos do estruturalismo marxista de Althusser, em especial suas análises dos ‘aparelhos ideológicos do Estado’ e seu debate sobre a ‘prática teórica”.
Segundo Netto(ABESS 4, 1995, p.85) dois elementos merecem destaquem. Em primeiro lugar, “a interlocução do Serviço Social com o Marxismo só se estabelece efetivamente no curso dos anos 60, quando esta profissão já alcançara, depois de três décadas da sua implantação entre nós - um significativo patamar de institucionalização. [...]O segundo elemento é que a interlocução com a tradição marxista , salvo na entrada dos anos 80( como veremos ), operou-se basicamente sem a referência direta à teoria social de Marx, valendo-se especificamente de interpretes e de manuais de divulgação de qualidade discutível”.
Ainda afirma Netto (ABESS 4, 1995.p.86) “que as relações entre a tradição marxista e o Serviço Social só adquirem inteligibilidade se a considerarmos no quadro mais amplo da renovação profissional que se efetiva entre os meados dos anos 60 e o início da década de 80” .
Para Netto (ABESS 4.1995,p89) também, a interlocução do Serviço com o Marxismo não foi com as fontes originais- quando de sua emersão, na experiência belo-horizontina, ele caldeava o neopositivismo altusseriano com vieses maoísta, valendo-se mesmo de impostações própriasda dogmática do marxismo-lenilismo; quando de sua afirmação acadêmica, nela sobressai uma abordagem que privilegia aspectos epistemológicos, mas onde se surpreende uma ampliação das referências teóricas[...]; e somente com sua consolidação que se opera um referência cuidadosa às fontes clássicas, recuperando-se até mesmo a natureza ontológica do pensamento marxiano.
3.2. A Intenção de Ruptura em seu momento de autocrítica e busca das fontes originais da teoria social crítica. Consolidação Acadêmica- ultimas nos da década de 70 e os primeiros anos da década de 80- processo de democratização da sociedade brasileira- abertura política 
3.2.1.Dois patamares segundo Netto: 
1. Patamar -Analise critica das principais propostas de renovação- critica ao MR- brasileira e da América latina. Estudos que resgatam o projeto de ruptura. Netto,p.265/Farias,p.43,44,45.; 
2. Patamar -Analises criticas mais abrangentes . As elaborações teórico-metodológicas, a partir de então, avançam em suas análises críticas, numa postura sócio-histórica, recorrendo às fontes originais dos clássicos da teoria social. Maioridade intelectual do Serviço Social 
Afirma Netto(ABESS 4, 1995, pp. 89-90), que “a partir de 1980, a intervenção desta tendência beneficiou-se do acúmulo antes realizado, resgatado nas condições favoráveis que só as liberdades políticas oferecem. Seus protagonistas se ampliam e diferenciam, alguns de seus autores – afastados da vida brasileira por força das suas convicções democráticas – puderam retomar suas produções ( Faleiros e Nobuco Kameyama) no país e, especialmente, seus influxos fazem-se sentir sobre elaborações que, embora sem expressa filiação marxista, seriam impensáveis, não fora o seu desenvolvimento anterior”.
1 Patamar -Analise critica das principais propostas de renovação- critica ao MR- brasileira e da América latina. Estudos que resgatam o projeto de ruptura e submetem a discussão a propostas modernizadoras Netto,p.265/Farias,p.43,44,45.; 
Trabalho de Josefa batista- Objeto e especificidade do Serviço Social;
Maria Guadalupe- Serviço social e a Realidade Brasileira;
Myrtes de Aguiar Macedo- Reconceituação;
Alba Pinho de Carvalho- A Questão da Transformação e o Trabalho Social.
Safira Bezerra Ammann- ideologia e Desenvolvimento de Comunidade.
Em quase todas essas obras encontra-se a influencia da Miriam Limoeiro e dos seus trabalhos. 
Alem de Althrusser, encontra-se fundamentado as discussões na profissão a busca de autores como Marx e outros marxistas como Gramsci, Goldman, Lefebvre e autores da inovação brasileira( como Florestan Fernades, Octavio Ianni, Francisco Weffort, Chico de Oliveira, Paul Singer, Jose de Souza Martins, Boris fausto e outros.
2. Patamar -Analises criticas mais abrangentes . As elaborações teórico-metodológicas, a partir de então, avançam em suas análises críticas, numa postura sócio-histórica, recorrendo às fontes originais dos clássicos da teoria social. Maioridade intelectual do Serviço Social 
Neste contexto, ressalta-se a importância das discussões desencadeadas a partir de 1982, sobre a prática de Serviço Social enquanto uma das especializações na divisão sociotécnica do trabalho. 
As análises de Iamamoto (1982) demarcaram o estatuto de trabalho no exercício profissional do assistente social, situando a profissão como uma das especializações do trabalho coletivo. 
As contribuições desta autora foram se somando estudos e publicações de outros pesquisadores, ampliando o veio analítico e ensejando significativos avanços neste meio acadêmico-profissional. Essas discussões, segundo a própria Iamamoto (1998, p.83-84), têm início na sua Dissertação de mestrado sob o título Legitimidade e crise do serviço social. Piracicaba, ESALQ/USP, 1982. A seguir passa a ser divulgada por meio dos livros: Iamamoto, M.V e Carvalho, R, Relações Sociais e Serviço Social no Brasil:  esboço de uma interpretação histórico-metodológico. São Paulo, Cortez/Celats 1982 - traduzido para o espanhol sob o título de Relaciones Socialis y Trabajo Social. Lima, Celats, 1983 -, em Iamamoto, M.V. Renovação e Conservadorismo. Ensaios Críticos. São Paulo, Cortez, 1992.
Foram publicados nos países de língua espanhola, aquela perspectiva analítica difundida por Iamamoto, M.V. Serviço Social y División de trabajo. São Paulo, Cortez, Col. Biblioteca Latinoamericana de Serviço Social, vol. 2, 1997. Destacam-se aqui, também, as produções de Netto (1991-1992-1994-1996);  Sposati (1985-1988-1989-1991);  Yazbek (1985-1993); Carvalho (1990);   Potyara (1981-1986-1989); Kameyama (1986); Mota (1985-1992-1995-1998).
Terceiro momento . O espraiamento na categoria profissional
Terceiro momento da intenção de ruptura .Entre 1982 e 1983, numa conjuntura marcada pela transição democrática, a intenção de ruptura e de compromisso com a classe trabalhadora pretendida pelo Serviço Social torna-se de tal forma mobilizadora, que passa a aglutinar diferentes grupos, não só nas Universidades, mas no espaço profissional mais amplo (Netto, 1991, p.267). A partir daí terá início a terceira direção do processo de intenção de ruptura, pois o debate extrapola, definitivamente, o espaço acadêmico, e passa a ser discutido no conjunto da categoria. No dizer de Iamamoto (1994, p.37) 
“A ruptura com a herança conservadora expressa-se como uma procura, uma luta por alcançar novas bases de legitimidade da ação profissional do Assistente Social, que, reconhecendo as contradições sociais presentes nas condições do exercício profissional, busca colocar-se, objetivamente, a serviço dos interesses dos usuários, isto é, dos setores dominados da sociedade”.
Em função desses posicionamentos, que implicam numa postura crítica e na busca de nova legitimidade para a profissão, torna-se necessário enriquecer todo o instrumental técnico-científico de leitura e análise da realidade social, ao mesmo tempo em que sensibilizar, nesse profissional, a formação de um comportamento atento, questionador e problematizador da dinâmica conjuntural.
a partir dele desencadeou-se um processo de revisão crítica do Serviço Social em todo o continente. Se hoje tem-se um debate intelectual e plural com as fontes clássicas e contemporâneas do pensamento social na modernidade, direcionando a consolidação de um projeto ético-político-profissional, deve-se ao Movimento de Reconceituação iniciado a partir de 1965, com a participação de cinco países da América Latina. No Brasil, na conjuntura do anos 60 e 70, em virtude das condições sóciopolíticas de repressão e autoritarismo, só foi permitido ao Serviço Social modernizar as técnicas e estratégias de intervenção, sob a orientação conservadora.
4. Trabalhos e eventos que representam o início da interlocução do Serviço Social com outras correntes de pensamento.
Método de Belo Horizonte, a partir de l972 - experiência que inicia interlocução do Serviço Social com a tradição Marxista pela academia; aproximação do Serviço Social não orientada pelas fontes clássicas e contemporâneas, e sim por manuais de divulgação do “marxismo oficial”.
Ausência completa do próprio Marx. Aproximação sem Marx. Resulta em fortes traços ecléticos, cedendo lugar a “uma invasão as ocultas do positivismo no discurso marxista do Serviço Social’(Quiroga: 1989);
Reflexão de Quiroga( 1998,p. 90). A abordagem da perspectiva marxista, sua inclusão, vista como uma dimensão importante dentro de uma visão pluralista, em algumas situações, passam a ser consideradas componente de uma visão eclética da formação profissional. Ao contrário da perspectiva pluralita, que capta as diferentes possibilidades de explicação da realidade e não as trata amalgamando-as, historicamente a profissão do Serviço Social, foi marcada pelo ecletismo no trato das várias formulações de pensamento. Quando se fala de ecletismo, na verdade está-se fazendo referência a uma tendência sincrética á tolerância e a conciliação de posições heterogêneas e contrárias, assumidas como se fossem concordantes. Esse mosaico, que o Serviço Social sempre fez, tende a garantir umaposição moderada permanente, até mesmo de respeito à aceitação do próprio sincretismo.
Em função desses posicionamentos, que implicam numa postura crítica e na busca de nova legitimidade para a profissão, torna-se necessário enriquecer todo o instrumental técnico-científico de leitura e análise da realidade social, ao mesmo tempo em que sensibilizar, nesse profissional, a formação de um comportamento atento, questionador e problematizador da dinâmica conjuntural.
Seminário de Sumaré realizado em 1978 em 20 e 24 de novembro, no qual foi trabalhada a cientificidade do Serviço Social, nele foram feitas reflexões acerca da Fenomenologia e a questão da dialética no Serviço Social. Este foi uma série de 04 que começou com Araxá em 67, Teresópolis em 70 e Boa Vista em 78.
O livro de Marilda Iamamoto e Raul de Carvalho - Relações Sociais e Serviço Social no Brasil, que segundo José Paulo Netto, representa o nível de maturidade intelectual da interlocução do Serviço Social com Marxismo pela via do Estudo Marxista em Marx.
A produção de Iamamoto, segundo Netto, naquele momento sinaliza, “(...) a maioridade intelectual da perspectiva da intenção de ruptura - ponto de inflexão no coroamento da consolidação acadêmica do projeto de ruptura e mediação para o seu desdobramento para além das fronteiras universitárias. Trata-se de uma elaboração que, exercendo ponderável influência no meio profissional, configura a primeira incorporação bem-sucedida, no debate brasileiro, da fonte 'clássica' da tradição marxiana para a compreensão profissional do Serviço Social” (Ditadura e Serviço Social1991, p p. 275-276).
Outras produções se sucederam mantendo o mesmo nível de maturidade interlocutiva com a tradição marxista, a exemplo do trabalho de Iamamoto. Entre elas encontram-se as de Netto (1989, 1991, 1992, 1996), Martinelli (1989), Yazbek (1993, 1998), Sposati (1985, 1989, 1991), Mota (1985, 1987, 1995), Guerra (1995), Carvalho (1995b), Quiroga (1991), Pereira (1985).O Outras produções de grande peso foram produzidas, cada uma, na especificidade da obra, forneceu, e permanece fornecendo, grandes contribuições ao repensar constante do saber-fazer profissional do assistente social, mediante um diálogo crítico com o pensamento clássico e contemporâneo, numa perspectiva pluralista.Ver a proposito Farias, p. 47/48
5. Contribuição resultante da interlocução do Serviço Social com a tradição marxista para o Serviço Social. Para Netto( ABESS,4,1995, p. 90) é possível observar :
A ampliação do universo temático do debate profissional, com introdução de discussões acerca da natureza do estado, das classes e dos movimentos sociais, das políticas e dos serviços sociais, da assistência;
O desvelamento crítico do lastro conservador (teórico e prático) do Serviço Social;
O reconhecimento da necessidade de explicar, com a máxima clareza, as determinações sóciopolíticas das práticas profissionais;
A ênfase na análise histórico-crítica da evolução do serviço Social no país.
5. O Marxismo na Formação Profissional
Netto( ABESS,4,1995, p. 93) visualiza que na próxima década, a tradição marxista se inserirá fortemente na formação dos assistentes sociais, mesmo sob forte pressão negativa sobre a tradição marxista, em função da crise de implementação da prática política da tradição marxista. Esta inserção, para Netto, depende de três condições:
Do próprio desenvolvimento teórico-profissional do serviço Social, assegurando e aprofundando a sua pertinência às instâncias acadêmicas;
Do desenvolvimento específico das correntes profissionais que se reclamam legatárias da tradição marxista (especialmente no que toca a sistematização de pautas para a intervenção profissional);
Das condições em que se operar o ensino dos conteúdos pertinentes à tradição marxista. 
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