Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UFC – Departamento de Matema´tica – UFC Ca´lculo II Prof. Cleon S. Barroso 1 Modelagem Matema´tica - Parte I Problema 1. Suponha que um objeto esta´ caindo na atmosfera, perto do n´ıvel do mar. Formule uma equac¸a˜o ”diferencial”que descreva o movimento. Soluc¸a˜o Como trata-se de um movimento de queda livre pro´ximo do n´ıvel do mar, de- vemos usar a 2a Lei de Newton, que e´ um lei f´ısica que rege o movimento em questa˜o. A 2a Lei de Newton pode ser descrita pela seguinte equac¸a˜o: F = m · a (1) em que F representa a intensidade da forc¸a resultante das forc¸as que atuam no objeto em queda, m e´ a massa do objeto e a representa a acelerac¸a˜o da gravidade. Conclu´ı-se enta˜o que: F = P −R, onde P e´ a forc¸a Peso e R e´ a forc¸a de resisteˆncia do ar. Por um lado, sabe-se que P = m · g onde g e´ a acelerac¸a˜o da gravidade, que e´ aproximadamente igual a g ≈ 9, 8. Por outro lado, devido a variabilidade das poss´ıveis caracter´ısticas do objeto, devemos considerar uma hipo´tese razoa´vel para o ca´lculo de R. Hipo´tese sobre R: A forc¸a de resisteˆncia do ar e´ proporcional a` velocidade do objeto Em resumo, tem-se: R = κ · v, onde κ e´ a constante de proporcionalidade relacionada a`s caracter´ısticas do objeto. Por fim, sabe-se que a acelerac¸a˜o do objeto em queda e´ a derivada de sua velocidade, i.e., a = dv dt Apo´s estas considerac¸o˜es podemos concluir a resoluc¸a˜o do problema. Substituindo estas equac¸o˜es na equac¸a˜o (1), obtemos: m · dv dt = m · g − κ · v Problema 2. Uma gota de chuva esfe´rica evapora a uma taxa proporcional a` a´rea de sua superf´ıcie. Escreva uma equac¸a˜o diferencial para o volume de uma gota de chuva esfe´rica em func¸a˜o do tempo. Soluc¸a˜o. Como a gota de chuva e´ esfe´rica precisamos inicialmente recordar duas in- formac¸o˜es ba´sicas sobre uma esfera de raio r: • Volume: V = 4pir 3 3 • A´rea da Superf´ıcie Esfe´rica: A = 4pir2 Conve´m agora lembrar que do ponto de vista do Ca´lculo I, a palavra taxa significa derivada. De acordo com o texto, obtemos a seguinte relac¸a˜o: dV dt = −λA (2) Agora um ca´lculo simples fornece a seguinte relac¸a˜o entre A e V : A = θ · V 2/3 onde θ e´ um nu´mero constante. Para concluir a resoluc¸a˜o, precisamos substituir esta u´ltima equac¸a˜o na equac¸a˜o (2), donde obte´m-se: dV dt = −λθ · V 2/3 2 Comenta´rios adicionais Os problemas acima sa˜o exemplos concretos de situac¸o˜es pra´ticas onde as EDOs podem ser usadas para Modelar matematicamente os fenoˆmenos descritos. Observem que em ambos os casos obtivemos equac¸o˜es diferenciais de primeira ordem, ou seja, equac¸o˜es do tipo: dX dt = f(t,X) que e´ a forma mais geral de uma EDO de Primeira Ordem. Observac¸a˜o. Ambos os problemas acima foram extra´ıdos do livro dos autores Boyce & DiPrima. 2
Compartilhar