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Filosofia do Direito resumo

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Filosofia do Direito 
-Finalidade da Filosofia do Direito 
Filo / Sophia / Eros
Filósofo é um detentor de conhecimentos, um sábio, literalmente, um amante da Filosofia. 
- Formas de Verdades
Verdades de Evidências: devem ser demonstradas por experiências científicas.
Verdades filosóficas: são criadas pelo intelecto. É a verdade argumentativa, construída dentro do universo jurídico, sendo limitadas pela lei.
Verdades Religiosas: são dogmas, que determinam o que é e deve ser sem alteração. São construídos no mundo dos dogmas. São amplos (basta observar a quantidade de religiões existentes).
Todas as formas de verdade são importantes para se alcançar a verdade filosófica, especialmente para se construir o Direito.
- Filosofia: três dimensões
Especulativa (metafísica) → Ontologia: ocupa-se da natureza das coisas, visando metas para o futuro.
Ética → Axiologia: ocupa-se da dignidade da vida.
Racional (lógica) → Epistemologia: ocupa-se da ordem dos argumentos. É a que a Filosofia se utiliza.
-Ontologia: estudo das essências. 
-Ética: refere-se aos relacionamentos humanos.
-Axiologia: estudo dos valores.
-Epistemologia: estudo da ciência.
As leis existentes foram elaboradas com base nos valores da sociedade.
- Nova atribuição da Filosofia
Cultura moderna altera a função da filosofia.
Da sabedoria e saber universal que era, reduz-se a uma das muitas áreas do saber humano.
Deixa de ser uma forma de buscar a verdade e fica a serviço de fins utilitaristas, de prazer ou de poder.
-buscar a verdade: ideia de justiça;
- fins utilitaristas: inserida na educação pela portaria do MEC, nos cursos de ensino médio e superior;
-prazer: a Filosofia é vista como forma de prazer e não como busca de raciocínio. 
- Atualmente
Utilitarismo
Troca da causa pela finalidade: substituição da pergunta “por quê?”, pela “para que”? 
Busca pelo que é prático, como a utilização do CC na prática.
- Filosofia do Direito
A filosofia do Direito não é só uma disciplina jurídica, é a Filosofia aplicada ao Direito.
Filosofia do Direito Constitucional / Penal 
Inicia-se o estudo do Direito Penal pelos seus Princípios. É um exemplo da aplicação da Filosofia ao Direito.
A noção de Direito está ligada à ideia de justiça.
Justiça, no conceito filosófico, significa a Jurisprudência ultrapassando a lei, permitindo a comunicação com os valores sociais. 
- Fenômeno Jurídico
Compreensão do fenômeno jurídico por meio dos olhos das correntes filosóficas;
A realidade do Direito não se limita à dogmática jurídica.
-Fenômeno: tudo o que é perceptível ao ser humano.
O Direito é mais do que a letra da lei. Ele nasce dos costumes de um povo.
- Maneiras de Ver / Analisar
a) Como se conhece (vê) o Direito? 
Através da:
-Gnosiologia: teoria do conhecimento jurídico;
- Epistemologia: teoria da ciência jurídica. 
b) O que é (o Direito)? (analisar, pensar)
- Ontologia.
c) Qual o fundamento (do Direito)?
- Axiologia (valores da sociedade). 
- Direito e Moral
O Direito vai além da lei.
Os preceitos jurídicos contrários à moral tendem ao desaparecimento.
O Direito – uma realidade que não se encontra somente na presença formal dos códigos. 
Harmonia: o embasamento do Direito repousa na ideia de justiça.
- Reflexão 
Existência de situações de crises sociais (como a que a Alemanha viveu)
Inexistência de uma significação ética
Onde está a sociedade, aí está o Direito.
- Conclusão
Vivemos em um mundo que é físico, mas também social;
O sistema de valores socialmente vigente comanda nossa estrutura mental e moral.
A Filosofia nos ajuda a entender o contexto em que vivemos: porque devemos agir de um modo e não de outro, nos induzindo à reflexão.
Ciência
É o conjunto de demonstrações / argumentos.
-Demonstrações / argumentos: é o conjunto de proposições.
-Proposições: é o conjunto de conceitos / termos.
	Toda ciência tem uma estrutura lógica mínima. O Direito tem seus conceitos (termos) que formam as proposições que resultam na Ciência do Direito.
- Visão Crítica do Direito: mercado ou norma? 
Balança: necessidades x valores
-Mercado: economia. Esta influencia nas normas.
O conflito da decisão (dicotomia): necessidades/ interesses X valores
Muitas vezes o econômico se sobrepõe aos valores.
JACQUES MARITAIN – filósofo universal
Ajudou na elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.
Documento que muda a história da interpretação do Direito.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o maior documento do século XX (em importância). É composta de 30 artigos.
Antes da formulação deste documento Maritain já havido escrito uma obra sobre o tema da Declaração. Ele levou a Declaração ao conhecimento de muitos líderes da época. 
O Brasil adota a Declaração na CF/88, mas com maior efetividade a partir de 1992.
A partir deste documento mudou-se a forma de interpretar, mudando-se a sociedade.
Hoje se percebe grande importância atribuída aos princípios, o que não era comum a tempos atrás.
- Estado de Direito: sistema democrático
Já conhecido pelos gregos
Para existência da democracia é necessário o Estado de Direito (para os gregos democracia era = 50% + 1)
O Estado de Direito é pressuposto para a existência da democracia.
- Hoje / Estado de Direito
Tem como pressuposto uma democracia participativa
Considera a presença de todos os segmentos sociais (por isso a CF/88 é extensa) 
- A Economia
Economia proporciona a otimização de resultados (ex: ganhar um dinheiro e emprega-lo bem - bons resultados serão colhidos)
Mas também compatibilização com o bem comum (ex: preocupação com o meio ambiente) 
Hoje o espaço público se dá prioritariamente na área econômica
Mas também nas área social-política-cultural
O crescimento e o desenvolvimento econômicos – de qualquer país – passam pela atenção a todos os segmentos da sociedade.
Globalização: não é diferente para os grupos de países.
- O Direito no processo de globalização
Para entende-lo é necessário ver a história
Século das guerras XX
A guerra não é apenas luta armada entre nações
Ela tem consequências sociais e culturais imprevisíveis
-Primeira Guerra Mundial
Da luta pelos mercados internacionais surgiu a 1ª guerra
Coroamento da época do otimismo (Belle Époque – feira realizada na França em 01/01/1900)
Pensamento filosófico dominante – positivismo (Comte) (positivismo jurídico: dar atenção ao que está escrito na lei)
Reduz toda a sabedoria humana à ciência positiva, físico-matemática (pensamento positivista)
E pretende ser o estado definitivo da humanidade (como a humanidade já havia encontrado respostas não deveria mudar)
AUGUSTE COMTE (1798 – 1857)
Pai do positivismo e da sociologia
Tentativa de concentrar toda a ciência na sociologia, caindo no reducionismo semelhante ao de Marx (economia) e Freud (sexo)
O desenvolvimento da sociedade humana em três etapas:
- estagio Teológico: quando se atribuíam às forças sobrenaturais os acontecimentos naturais.
- estágio Metafísico: seria caracterizado pela utilização de conceitos abstratos para explicar os fenômenos (forma de pensar)
- estágio Positivo: supremacia da ciência para explicar a realidade (estágio definitivo. O que está na lei deve ser considerado como é).
- Consequências
com a guerra, a ciência e a técnica passaram a produzir armamentos 
da euforia da Belle Époque ao pesadelo 
milhares de jovens perderam a vida de forma estúpida
As pessoas se deram conta de que a Alemanha queria dominar o comércio internacional, oferecendo tecnologia que era utilizada para produzir armas para matar pessoas. Os jovens se viram então em um pesadelo, perdendo a vida à toa. Começaram a questionar.
- As novas gerações tomaram consciência da falência dos ideais do séc. XIX e ergueram-se em protesto.
Iniciaram-se uma série de manifestações, inclusive no Brasil → semana de arte moderna de 1922.
- Manifestação Artística
1915 – Dadaísmo
Contra os valores da sociedade industrial, do dinheiro, de progresso material e da moralde aparências.
Em Paris surge o movimento surrealista 
O que a sociedade civilizada chama de realidade é apenas aparência.
“O surrealismo procura conjugar arte, sonho e realidade na tentativa de compreender além da realidade empírica”. (Jorge Luiz Borges)
- Segunda Guerra mundial
	A experiência totalitária, com os horrores do nazismo e do estalinismo, provocam uma RESPOSTA AFIRMATIVA de valores éticos em escala mundial: DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. 
- CONCEPÇÕES DO DIREITO – FILOSOFIA DO DIREITO
Diálogo
Nas lutas habituais, não exija a educação do outro. Demonstre a sua.
As correntes filosóficas existem e continuam a existir por causa do diálogo, que é um instrumento para a manutenção delas.
Nas tarefas do bem, não aguarde colaboração. Colabore, por sua vez, antes de tudo.
Humanismo Jurídico
Realismo Jurídico
Positivismo Jurídico
- Realismo Jurídico – Miguel Reale
Para o positivismo o direito só é necessário quando há mais de uma pessoa.
 Para o humanismo o direito visa garantir a dignidade à pessoa.
-Humanismo (jus naturalismo – ôntico – valorativo)
Ôntico: exprime a ideia de ser, pessoa.
Direito não é produto do Estado nem da sociedade e sim do próprio ser humano.
Positivismo – produto do Estado
Direito – produto do humano
A corrente tradicional do pensamento jurídico, que sustenta a existência de um direito natural, superior ao direito positivo. (Jus naturalismo já era presente na Grécia. No Brasil, o pensamento é extremamente positivista).
O Direito Natural cria direitos subjetivos e seus deveres correspondentes que recebem sua força imperativa não de uma deferência do Estado ou de sanções por ele impostas, mas da própria natureza livre, racional e social dos seres humanos.
“A ideia do direito natural é uma herança do pensamento cristão e do pensamento clássico. Ela não decorre da Filosofia do séc. 18 que mais ou menos a deformou; procede antes de Grotius (sec. 16) e antes dele, de Suarez e Francisco de Vitória (sec. 14); e mais longe, de S. Tomás de Aquino (sec. 13), de S. Agostinho (sec. 15) e dos padres da Igreja (sec. 2 a 4), e de S. Paulo (sec. 1)”. 
A ideia do direito natural é uma herança... e mais longe ainda, de Cícero, dos Estóicos, dos grandes poetas, de Sófocles, em particular. Antígona é a heroína eterna do direito natural, a que os antigos chamavam de a lei não escrita, nome, aliás que melhor lhe convém”.
Não pode ser direito o que é injusto.
É direito tudo o que é justo.
Reconhece-se o direito através do seu conteúdo.
Ideal da tendência – justiça.
- Realismo (sociológica – realista)
Considera o positivismo uma concepção estreita;
O direito procede da sociedade – não necessariamente do Estado, ou da sociedade política;
Considera o direito como fenômeno social;
Ideal na tendência:
Fidelidade à realidade social e às suas exigências e aspirações.
Surgimento: sec. XIX
Após a 2ª G.M. na Europa
Após a década de 60 maior incidência em países da América latina
- Positivismo (estatal – formalista)
Reconhece-se o direito através da sua origem;
O Estado determina o direito;
Ideal da tendência: obediência à norma superior (CF)
Positivismo Jurídico Frances
Identifica o direito com a lei ou com o código (vontade do legislador)
Positivismo Jurídico Americano
Identifica o direito com os precedentes judiciais
Positivismo Jurídico Formal
Identifica o direito com o direito estatal, escrito e não escrito (Brasil) 
-Características
O positivismo jurídico se caracteriza por ser:
-antijusnaturalista
-afasta do estudo do cientifico do direito os valores
-considera o direito positivo e único objeto da filosofia e ciências jurídicas
DIREITO COMO FUNÇÃO PROMOCIONAL
Aplicação das correntes filosóficas na prática.
JACQUES MARITAIN
RESPOSTA AFIRMATIVA: DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS DA ONU
Mudança no processo de interpretação
-Estrutura lógica das ciências
Conceito: construído com o tempo.
Proposição
Raciocínio: decisão.
SER
Proposições: são sempre descritivas ou enunciativas;
(ser) ÔNTICA – podem ser V / F
Ser = relação de causa / efeito
Ex: água ferve a 100°; giz cai se solto no ar
DEVER SER
Proposições prescritivas / normativas
(dever ser) DEÔNTICA – serão Válidas / Inválidas
Dever ser = relação de imputação (antecedente / consequente)
Obs: deôntica = necessidade / dever / obrigação
Código deontológico da Advocacia (ética)
Descrição da Parte Sancionadora da Norma (Positivismo)
Kelsen
Dada a não prestação, dever ser a sanção.
F ˃ NP ˃ S
Exemplo – eleitor não votou: multa
-Consideração da realidade social (Realismo) 
Carlos Cóssio (autor da teoria ecológica do Direito)
Endonorma: dado o fato X, deve ser a prestação. (igual a Kelsen)
				Ou
Perinorma: dada a não prestação, deve ser a sanção. 
Endo= dentro ; Peri = ao lado
F ˃ P ou NP ˃ S
-Múltiplos Efeitos da norma (negativos)
Abrangência das consequências jurídicas negativas e positivas da norma
Endonorma negativa
Se F não votou, F deve ser multado.
Perinorma
Uma ou + consequências jurídicas negativas. (Ideia de Cossio: a perinorma é negativa se a lei não é cumprida)
Não poderá tirar passaporte; inscrever-se em concurso público;
-Múltiplos Efeitos da Norma (positivos)
Perinorma
Uma ou + consequências jurídicas positivas.
Se F votou, F deve ter seu título assinado pelo presidente da mesa.
Poderá tirar passaporte, inscrever-se em concurso público.
-Múltiplos Efeitos da Norma – Esquema
Se H é ˃ dever ser P ˃ (se hipótese é, deve ser prestação – Kelsen)
					Ou
Se P não é ˃ deve ser (consequências negativas)
Se P é ˃ devem ser (consequências positivas)
H = hipótese
B – P = prestação
- Direito como função promocional da pessoa humana
Uma maneira de utilizar mais os estímulos positivos das normas em lugar de processos de punição e castigo.
- Sec. XXI – Novo Modelo de Desenvolvimento 
Sistema de quotas (ações afirmativas)
Desenvolve processo de conscientização do empresário e do segmento
-Instrumentos de Participação na Lei 
No Brasil: agencias ; iniciativa popular
-Direito como instrumento de gestão governamental
Antes o Estado exercia basicamente a função garantidora da ordem pública. 
Hoje o papel primordial do Estado é regulamentar a economia.
-Democracia Participativa
Maior atenção aos segmentos sociais.
-Conclusões
“O Direito não é pura teoria, mas uma força viva. Todos os direitos da humanidade foram conseguidos na luta. O Direito é um trabalho incessante, não somente dos poderes públicos, mas da nação inteira.” (Ihering, A luta pelo Direito)
Sec. XXI (lemas da Revolução Francesa)
Igualdade (sec. XIX)
Liberdade (sec. XX)
Fraternidade (sec. XXI)
Preambulo CF / 88
-Direito Fraterno 
Carece aplicar os novos conceitos no Direito.

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