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APS ALVENARIA ESTRUTURAL

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Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Pratica Supervisionada 
 
 Alvenaria Estrutural 
 
 
 
Trabalho De Conclusão De 
Semestre À Universidade 
Paulista – UNIP para 
complementação de atividade 
pratica supervisionada 5º e 4º 
semestre de graduação em 
engenharia civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIBEIRAO PRETO 
2016
Camila Baldo Jorge T483352 
Lucas Sanches dos santos C1631H9 
Micheli Santos de Souza C16CIE6 
Wandson da Rocha Moreira C3435j2 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Pratica Supervisionada 
 
Alvenaria Estrutural 
 
 
 
 
Trabalho De Conclusão De 
Semestre À Universidade 
Paulista – UNIP para 
complementação de atividade 
pratica supervisionada 5º e 4º 
semestre de graduação em 
engenharia civil. 
 
Orientador: Prefº. João Ailton Brondino 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIBEIRAO PRETO 
2016 
Camila Baldo Jorge T483352 
Lucas Sanches dos santos C1631H9 
Micheli Santos de Souza C16CIE6 
Wandson da Rocha Moreira C3435j2 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O sucesso nasce do querer, da determinação e 
persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não 
atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no 
mínimo fará coisas admiráveis. ” 
 
(José de Alencar) 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Pratica Supervisionada 
 
Alvenaria Estrutural 
 
 
 
 
Trabalho De Conclusão De 
Semestre À Universidade 
Paulista – UNIP para 
complementação de atividade 
pratica supervisionada 5º e 4º 
semestre de graduação em 
engenharia civil. 
 
 
 
 
Aprovado em: 
 
 
 
 
 
 
 
__________________________________ ___/____/____ 
 
 Prof. João Ailton Brondino 
 Universidade Paulista – UNIP 
Camila Baldo Jorge T483352 
Lucas Sanches dos santos C1631H9 
Micheli Santos de Souza C16CIE6 
Wandson da Rocha Moreira C3435j2 
5 
 
Resumo 
 
 Alvenaria Estrutural é o mais antigo sistema construtivo usado pela humanidade. Nos 
tempos bíblicos, o pessoal da Babilônia já construía com tijolos de barro seco, os antigos 
egípcios usavam alvenaria de pedra, e na idade média foram construídas pontes e catedrais 
que estão de pé até hoje, e estarão por lá durante muitos séculos. Mais recentemente, na era 
da industrialização na construção civil, a alvenaria estrutural está em uso já há mais de um 
século. No Brasil, existem edifícios com mais de três décadas cuja estrutura foi executada 
usando blocos de concreto, como o próprio nome diz, a alvenaria estrutural substitui dois 
principais sistemas de uma construção: a estrutura de concreto armado e os fechamentos de 
alvenaria. Portanto, na alvenaria estrutural as paredes da edificação são também a estrutura 
que suporta todas as cargas: além do peso próprio, também das lajes, coberturas e carga, 
além de fatores externos como o vento. 
6 
 
Abstract 
 
 Structural masonry is the oldest building system used by mankind. In biblical times, 
people of Babylon already built with mud bricks dried, the ancient Egyptians used stone 
masonry, and the average age cathedrals and bridges were built to stand up to today, and 
will be there for many centuries. 
 More recently, in the era of industrialization in construction, structural masonry is already 
in use for over a century. In Brazil, there are buildings with more than three decades whose 
structure was performed using concrete blocks as the name says, the structural masonry 
replaces two main systems of a building: the structure of reinforced concrete and masonry 
locks. Therefore, the structural masonry walls of the building are also the structure 
supporting all loads: besides the weight itself, also slabs, roofs and load, plus external 
factors like wind. 
7 
 
 
Sumário 
 
 
1. História e Conceitos básicos da Alvenaria Estrutural .............................. 8 
1. Blocos e Tipos de tijolos ................................................................................. 13 
2. Tipos de amarração .......................................................................................... 16 
3. Forma, Armação E Instalações ...................................................................... 20 
3.1. Concretagem Da Laje .................................................................................. 21 
4. Patologia em Alvenaria Estrutural ................................................................ 23 
5. Conforto Ambiental e Sustentabilidade ...................................................... 30 
6. Conforto Térmico .............................................................................................. 30 
7. Conforto Lumínico (Luz) ................................................................................. 31 
8. Conforto Acústico ............................................................................................. 32 
9. Conforto Visual .................................................................................................. 32 
10. Conforto Acústico ............................................................................................. 33 
11. Conforto Visual .................................................................................................. 33 
12. Dados Das Obra E Imagens Da Visita Técnica .......................................... 34 
13. Bibliografia .......................................................................................................... 37 
 
 
 
8 
 
1. História e Conceitos básicos da Alvenaria Estrutural 
 
 
 “A eficiência da indústria de Construção Civil é tão importante para a nação como 
o é para o industrial individualmente. Uma indústria eficiente se caracteriza por um 
reduzido volume de desperdício dos recursos localmente disponíveis, de toda 
ordem: materiais, humanos, energéticos, financeiros, temporais. ” (SABBATINNI-
2007) 
 
”Processos nos quais as técnicas organizacionais utilizadas nas indústrias 
manufatureiras são empregadas na construção, sem que disto resultem mudanças 
radicais nos métodos de produção em uso" [Foster,1973]. Processos que 
incorporam princípios de planejamento e controle tendo como objetivo: eliminar 
desperdícios de mão de obra e materiais; aumentar a produtividade; planejar o 
fluxo de produção e centralizar e programar as decisões [Taralli, 1984]. 
 
A alvenaria estrutural é usada desde a antiguidade, porém hoje alcança maior 
racionalização uma vez que existe visão sistêmica do processo, onde os 
projetistas compatibilizam os demais subsistemas: instalações, caixilharia, 
vedações, tornando sua produção altamente industrializada, permitindo ainda a 
redução da utilização de fôrmas, armaduras e produção excessiva de entulhos. 
Uma obra de alvenaria bem planejada destaca-se pela total ausência de “rasgos” 
nas paredes para as instalações elétricas e hidro-sanitárias e também pela 
inexistência de retrabalhos. A alvenaria estrutural foi o principal material de 
construção até o início do século XX, sendo utilizada desde a Antiguidade, quando 
foram erguidas as pirâmides do Egito. Podem ser citadas várias construções com 
esse sistema construtivo, a exemplo da Muralha da China (215 a.C.), Coliseu em 
Roma (82 d. C.), mostrado na Figura 1, e as catedrais de Toledo (1226 a 1493) e 
Notre Dame (1163). Um exemplo marcante desse tipo de edificação é o edifícioMonadnock Building, construído em Chicago, entre 1889 e 1891, com 16 andares, 
65 m de altura e a espessura das paredes do térreo era de 1,80 m mostrado na 
Figura 2. Se o mesmo fosse construído nos dias de hoje, suas paredes somente 
precisariam ter 30 cm de espessura. (FRANCO,2009) 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo CAMACHO (2006), conceitua-se de Alvenaria Estrutural o processo 
construtivo no qual, os elementos que desempenham a função estrutural são de 
alvenaria, sendo os mesmos projetados, dimensionados e executados de forma 
racional em um sistema que alia alta produtividade com economia, desde que 
executado de maneira correta. 
 
Para Sabbatini (2002) é um específico modo de se construir edifícios que se 
caracterizam por empregar como estrutura suporte paredes de alvenaria e lajes 
enrijecedoras, por também serem dimensionados segundo métodos de cálculo 
racionais e de confiabilidade determinável e ter um alto nível de organização de 
produção de modo a possibilitar projetos e construção racionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este tipo de processo construtivo também é chamado de alvenaria autoportante, 
pois são destinadas a absorver as cargas das lajes e sobrecarga, sendo 
necessário para o seu dimensionamento à utilização da NBR 10837 e NBR 8798, 
observando que sua espessura nunca deverá ser inferior a 14,0 cm (espessura do 
bloco) e resistência à compressão mínima fbk ±4,5 MPa. (NASCIMENTO, 2002). 
De acordo com a ABNT NBR-10837 (1989), alvenaria estrutural não-armada de 
blocos vazados de concreto é “aquela construída com blocos vazados de 
concreto, assentados com argamassa, e que contém armaduras com finalidade 
construtiva ou de amarração, não sendo esta última considerada na absorção dos 
esforços calculados”. Por outro lado, a alvenaria estrutural armada de blocos 
vazados de concreto, de acordo com a mesma referência, é “aquela construída 
com blocos vazados de concreto, assentados com argamassa, na qual certas 
cavidades são preenchidas continuamente com graute, contendo armaduras 
envolvidas o suficiente para absorver os esforços calculados, além daquelas 
armaduras com finalidade construtiva ou de amarração”. 
 
11 
 
Segundo relata PRUDÊNCIO et al. (2002), apesar de alguns avanços na área, tal 
como o advento dos blocos de concreto criados e patenteados por Gibbs na 
Inglaterra, em 1850. É creditada a Paul Haller (Suíça) a responsabilidade por esta 
revolução na área, quando em 1951 dimensionou e construiu na Basiléia um 
edifício de 13 andares (41,4 m de altura) sendo 12 andares em alvenaria não 
armada, com paredes internas resistentes de 15 cm de espessura e externas de 
37,5 cm. Nessa mesma época, nos Estados Unidos, a produção de blocos 
vazados de concreto já superava a de tijolos cerâmicos, impulsionada pelo 
desenvolvimento das máquinas vibro prensas automáticas concebidas por Jesse 
Besser em 1904. A partir de 1950, vários códigos de obras e normas contendo 
procedimentos de cálculo surgiram na Europa e América do Norte, fazendo com 
que a alvenaria estrutural experimentasse um crescimento marcante em todo o 
mundo. No Brasil, o Estado de São Paulo foi o grande precursor deste sistema 
construtivo. Em 1966, foram construídos os primeiros prédios com 4 pavimentos 
em alvenaria armada de blocos de concreto, no Conjunto Habitacional "Central 
Parque da Lapa". Já em 1968 foi fundada a Reago, primeira indústria de blocos de 
concreto no Brasil e, em 1972, construíram-se 4 edifícios com 12 pavimentos 
neste mesmo conjunto, representando um marco nacional na utilização desta 
técnica. Em 1977, ergueu-se o "Edifício Jardim Prudência" em alvenaria estrutural 
não armada com 9 pavimentos utilizando blocos sílico-calcários de 24 cm de 
largura. Estima-se que tenham sido construídos no Brasil, entre 1964 e 1976, mais 
de dois milhões de unidades habitacionais em alvenaria estrutural. Porém, os 
resultados não eram os almejados quanto à qualidade e à durabilidade do produto, 
tornando-se necessárias pesquisas para dirimir as dúvidas existentes com relação 
a este tipo de construção (ARAÚJO, 1995). Em dezembro de 1977, o Instituto 
Brasileiro de Concreto (IBRACON) realizou um colóquio sobre produção de 
blocos, controle de qualidade, normalização, processos construtivos, métodos de 
dimensionamento, entre outros tópicos abordados, reunindo os principais 
projetistas, calculistas, fabricantes de blocos e construtoras (SÁNCHEZ, 2002). A 
presença de tantos profissionais expressou o grande interesse pelo conhecimento, 
não só dos materiais, como também de todo o sistema de alvenaria estrutural. Em 
14 de dezembro de 1977, em São Paulo, a partir de contatos entre profissionais 
do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), das indústrias produtoras de blocos 
12 
 
de concreto e do Comitê Brasileiro de Construção Civil (CB-2) da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi oficializada uma Comissão de Estudos 
para desenvolver as normas nacionais de alvenaria estrutural (SÁNCHEZ, 2002). 
 
As carências de pesquisas aliadas à falta de conhecimento e à inexperiência dos 
profissionais apresentavam-se como os principais obstáculos a serem superados 
na época. A alvenaria estrutural atingiu seu apogeu no Brasil na década de 80, 
quando diversas construtoras e produtoras de blocos investiram nesta tecnologia 
para torná-la mais vantajosa. O primeiro trabalho expressivo foi realizado pelo 
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) em parceria 
com a Cerâmica Selecta e conduzido pelo Engenheiro Nelson dos Santos Gomes 
(IPT). Logo a seguir, o Prof. Fernando Henrique Sabbatini da Escola Politécnica 
da Universidade de São Paulo (EPUSP), realizou estudos para a Cerâmica Tebas 
de São Paulo, auxiliando no desenvolvimento do processo produtivo da referida 
indústria. Posteriormente, o mesmo professor firmou um convênio com a 
Construtora Encol para o desenvolvimento de um sistema construtivo que envolvia 
desde a produção dos blocos de concreto até a manutenção dos edifícios. Este foi 
o maior trabalho de pesquisa científica de sistemas construtivos já realizado no 
país até então (PRUDÊNCIO et al., 2002). 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1. Blocos e Tipos de tijolos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante que haja uma interação do projetista estrutural com o arquiteto 
durante a fase de elaboração do projeto arquitetônico, pois a escolha da 
modulação define as dimensões possíveis a serem utilizadas no projeto 
(ACCETTI, 1998). 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1- Exemplo da família de blocos de concreto. Fonte: RAUBER, 2005. 
 
Conforme Accetti (1998) a primeira definição a ser feita é o tipo de bloco que será 
utilizado. Para tanto, devem ser consideradas todas as características dos 
materiais e produtos existentes no mercado onde será construído o edifício, para 
que seja tomada uma decisão segura, econômica e com um conforto ambiental 
adequado à finalidade a que se destina. Existem vários tipos de blocos, sendo os 
principais: os blocos de concreto (ver Figura 01), os blocos cerâmicos (ver Figura 
02), os blocos sílico-calcários, com as mais variadas dimensões e resistências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15Figura2- Exemplo da família de blocos cerâmico. Fonte: PALLOTTI, 2003 apud 
RAUBER, 2005. Os Blocos de concreto, tal como ilustrado na Figura 02, são 
obtidos por prensagem e vibração de concretos com consistência seca, dentro de 
formas de aço com 25 
 
Dimensões regulares, devendo ser curados em ambiente com alta umidade por 
pelo menos 7 dias. Normalmente são assentados na posição em que os furos 
estejam na vertical, contribuindo para que pequenas áreas de argamassa entrem 
em contato para a colagem entre os blocos. Utilizados há muitos anos para 
alvenaria autoportante e de vedação, deve-se evitar o uso quando se 
apresentarem ainda com umidade elevada, devido ao alto índice de retração e 
variação dimensional (ABNT - NBR 7173,1982). 
 
 
16 
 
2. Tipos de amarração 
 
Em uma construção de alvenaria estrutural, o método que irá utilizar para um 
encontro de parede é de grande importância, pois à grande concentração de 
tensões e transferências de cargas que ocorre de parede para parede. Para isso 
deve-se realizar a amarração entre as paredes que se encontram, de forma a 
garantir um adequado funcionamento da alvenaria estrutural. 
Existem dois tipos de amarração a direta e a indireta. Na amarração direta ocorre 
o Inter travamento dos blocos de concreto. Já na amarração indireta a junta 
vertical do encontro das duas paredes fica “a prumo” é permitida desde que 
devidamente ligada com armadura normalmente constituída por grampos 
metálicos ancorados em furos verticais adjacentes grauteados. 
Foi observado durante a visita técnica que o tipo de amarração utilizado é de 
amarração indireta, onde a modulação da parede é em T com blocos de 29 e para 
a amarração da parede blocos de 44. 
 
 
 
É comum em um projeto de alvenaria estrutural que existam paredes que são 
definidas como possíveis de serem removidas, sendo consideradas como paredes 
17 
 
de vedação no cálculo estrutural. Essas paredes não deverão estar amarradas 
com as paredes definitivas (paredes estruturais), devendo assim adotar juntas a 
prumo nesses casos para que não exista a transmissão de tensões da parede 
estrutural para a de vedação. Assim a utilização de grampos nos encontros de 
paredes estruturais e vedação, onde o programa gera o detalhamento de forma 
automática de acordo com as configurações definidas pelo usuário. Quando se 
adota pela solução de grampos podemos definir o diâmetro da armadura, o 
comprimento e a distribuição nas fiadas a ser utilizado no detalhamento. O grampo 
é indicado tanto nas elevações das paredes estruturais quanto nas paredes de 
vedação, sendo que nessa última também sai a relação do aço, apresentando 
assim o quantitativo das armaduras de amarração. 
 
 
 
18 
 
Para a parte de amarração é utilizado nos encontros das paredes os grampos 
onde descem nas extremidades das paredes se obtendo um vácuo que se dá 
origem do primeiro pavimento. No vácuo é feito uma limpeza para que possa 
assim colocar o graute que fixa no aço, tornando assim, uma espécie de pilar para 
a estrutura de alvenaria e também é adicionado o graute nas canaletas de 
concreto. O graute é todo industrializado, somente precisando da adição de água, 
que é adicionada de acordo com as instruções do fabricante. 
 
 
 
Outra coisa importante na modulação das alvenarias é a definição do tipo de junta 
entre as fiadas e os componentes. Pode-se usar a chamada “junta amarrada”, em 
que cada fiada fica defasada meio comprimento do tijolo ou bloco em relação à 
fiada de baixo, ou a “junta a prumo”, em que todas as juntas ficam alinhadas. A 
junta a prumo é usada em condições especiais, quando a alvenaria fica aparente e 
19 
 
pretende-se conseguir um efeito visual, sendo necessário, no entanto, alguns 
reforços, para evitar trincas nas juntas. 
 
http://meloalvenaria.com.br/plus/modulos/conteudo/?tac=publicacoes 
http://www.qibuilder.com.br/qialvenaria/detalhe-amarracao-paredes-estruturais-e-
vedacao/ 
http://construfacilrj.com.br/wp-content/uploads/2013/07/tipos-juntas-alvenaria.jpg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
3. Forma, Armação E Instalações 
 
 O tipo de laje utilizado nesse edifício é laje maciça e a armadura já é comprada 
cortada e dobrada. Inicialmente para iniciar o serviço tiravam o nível da laje e 
localizavam o ponto mais alto e a partir desse ponto determinavam o nível que a 
laje deveria ser localizada 52 para que o pé direito do projeto seja respeitado. O 
desnível que geralmente apresenta era pequeno sendo de 1 a 2 centímetros. Com 
o nível da laje determinado deve-se iniciar a fixação dos escoramentos, que nessa 
obra foi utilizado escoramento de eucalipto. O escoramento é espalhado com uma 
distância de no máximo um metro para que a laje esteja segura e suporte o peso 
da laje durante e posteriormente a concretagem evitando que cause flexão na laje. 
Depois de fixados todos os escoramentos começa a colocação dos caibros nos 
dois sentidos para que os escoramentos fiquem travados nos dois sentidos 
evitando qualquer tipo de movimentação e também para aumentar a resistência da 
forma da laje. Em seguida o assoalhamento da laje e executado com a colocação 
de chapas de maderite. 
 Finalizado o assoalhamento da laje inicia-se a colocação da armadura positiva. 
Os locais onde devem ser fixadas as armaduras são demarcados com um pedaço 
de gesso para que os espaçamentos entre as barras sejam respeitados na hora 
da fixação da malha. Com toda a armadura positiva colocada corretamente, o 
eletricista e o encanador entra na laje para a fixação das tubulações e locais de 
passagem das instalações elétricas e hidráulicas. Só depois de finalizada todas as 
passagens elétricas e hidráulicas, os armadores voltam na laje para a colocação 
da armadura negativa. O mesmo procedimento utilizado na armadura positiva é 
utilizado na armadura negativa, ou seja, primeiro marca-se o local onde a armação 
deve ser localizada e posteriormente a malha negativa deve ser amarrada. Depois 
de pronta a laje, essa é verificada pelo mestre de obra e pelo estagiário, detectado 
qualquer problema ou erro comunica-se imediatamente e esse é corrigido 
imediatamente. A concretagem só pode acontecer com a laje verificada e 
aprovada. É colocado as mestras para auxiliar os pedreiros na hora da 
concretagem, as mestras são colocadas a cada 1,5 metros ou 2,0 metros. As 
mestras são metálicas com largura de 2 centímetros e altura de 3 centímetros e o 
apoio em plástico rígido e regulável para várias alturas diferentes de laje. 
21 
 
Essas mestras e os apoios são retirados após concretado a laje e antes de iniciar 
a pega do concreto. Nos dutos de ventilação e no duto do elevador é colocada 
uma malha de armação para a proteção contra queda na hora da concretagem e 
na marcação da primeira fiada. 
 
3.1. Concretagem Da Laje 
 
A concretagem é realizada apenas depois de toda armadura e tubulações 
hidráulicas e elétricas conferidas. Toda concretagem é acompanhada pelo mestre 
de obras e pelo estagiário que realiza a paginação da laje, anotando os locais que 
são descarregados cada caminhão de concreto. Para realizar a concretagem 
utiliza-se uma pessoa vibrando, três pessoas espalhando o concreto, duas 
pessoas sarrafeando, cinco pessoas para segurar a mangueira quando é bomba 
estacionária ou apenas uma quando é bomba lança. Toda concretagem deve ser 
acompanhada por um armador, um eletricista e um encanador. No caso da bomba 
lança a mangueira não encosta na laje precisando apenas de um funcionário para 
conduzir a mangueira e evitar que fique acumulado concreto no mesmo ponto. No 
caso da bomba estacionária a mangueira fica apoiadana laje 55 passando por 
cima de armadura, tubulação hidráulica e elétrica e por esse motivo precisa de 
cinco pessoas para levantar a mangueira e evitar que ela apoie nos elementos e 
retire esses do local correto. A escolha do tipo de bomba é devido à 
disponibilidade na concreteira e da altura que encontra-se a laje porque a bomba 
lança tem um limite de altura que a lança alcança. Todas as concretagens são 
acompanhadas por uma empresa especializada em controle tecnológico, esse 
agendamento com a empresa é feito pelo estagiário e só inicia a concretagem 
com algum representante dela na obra. Para fazer o controle tecnológico o 
funcionário verifica primeiramente junto ao estagiário se o concreto que consta na 
nota fiscal é o mesmo que foi solicitado, estando correto libera o início da 
concretagem. Iniciado a concretagem ele retira uma quantidade necessária de 
concreto para moldar dois corpos de prova e para fazer o abatimento do troco de 
cone para verificar o “slump – test” do concreto, verificando se o resultado desse 
está de acordo com o pedido na obra. Depois de finalizado esses ensaios ele 
retira uma quantidade do meio do caminhão betoneira e molda mais dois corpos 
22 
 
de prova, e para finalizar ele retira mais uma quantidade do final do caminhão 
betoneira para moldar mais dois corpos de prova. Esse corpo de prova fica na 
obra por 3 dias e depois disso a empresa pega na obra para que esse seja 
rompido com 7, 14 e 28 dias. Todos os carregamentos de concreto são feitos esse 
acompanhamento pelo controle tecnológico. O controle tecnológico da obra é 
realizado pela empresa Falcão Bauer Centro Tecnológico de Qualidade. Os 
relatórios são emitidos com resultados de 7dias, 14 dias e 28 dias corridos após a 
data da concretagem, caso aconteça de um concreto não ser aprovado com 28 
dias ele deve ser quebrado e refeito, por isso a importância da paginação da laje. 
Após o lançamento do concreto esse é espalhado, vibrado, sarrafeado com o 
auxílio de uma régua metálica, e retirado as mestras e seus suportes. Após 
finalizada a concretagem inicia-se o processo de cura do concreto, ou seja, a laje 
é molhada pela primeira vez após 5 horas do termino da concretagem e depois 
disso a laje é molhada toda manhã no início do dia e todo almoço pelos próximos 
três dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
4. Patologia em Alvenaria Estrutural 
 
Inicialmente pesadas, de grande espessura e rígidas, as alvenarias foram 
evoluindo, ganhando novos materiais, elementos vazados e de menor peso, 
menores custos, mais continuam atendendo aos aspectos de residência, vedação 
as intempéries e acústicas. 
A alvenaria estrutural, apesar de ser bastante parecida com a alvenaria 
convencional, sofre basicamente dos mesmos tipos de anomalias, que são em sua 
maioria fissuras, por se tratar de um elemento estrutural, que resiste a tensões, 
esses problemas são agravados, surgindo a necessidade de estudos específicos 
para a alvenaria estrutural. 
Nota-se que com algumas alterações construtivas e uma pequena melhora na 
qualidade de sua execução, pode ser corrigida grande parte das anomalias que 
correm nas alvenarias estruturais. 
Os riscos de Edificações são inúmeros, os problemas patológicos que afetam as 
edificações, sejam eles residenciais, comerciais ou institucionais, particularmente 
importante é o problema das trincas, devido a três aspectos fundamentais: o aviso 
de um eventual estado perigoso para a estrutura, o comprometimento do 
desempenho da obra em serviço, e o constrangimento psicológico que a 
fissuração da edificação exerce sobre seus usuários. Do ponto de vista físico uma 
edificação nada mais é do que a interligação racional entre diversos materiais e 
componentes. 
As patogenias são problemas que se instalam nas edificações e que a tornam 
doentia. Na sua evolução, pode ocorrer uma deterioração das partes afetadas e 
até mesmo a ruptura, comprometendo a estabilidade da edificação. Em outras 
palavras, às vezes, uma simples mancha ou uma pequena trinca pode ser o sinal 
de que algo grave está acontecendo com o prédio. 
Muitas das patogenias originam-se durante a elaboração do projeto. Profissionais 
mal preparados ou com formação em outro país não conhecem as características 
climáticas, de insolação e regime dos ventos do Brasil onde encontramos uma 
variedade climática muito diversificada. Além disso os materiais e os processos 
construtivos diferem muito, nosso cimento é muito diferente do europeu, nossas 
casas são construídas com tijolos ou blocos e nos EUA as casas e sobrados são 
24 
 
todas de madeira e assim por diante existem muitas diferenças. Outras patogenias 
surgem ao longo da vida do prédio - materiais como madeira apodrecem, ficam 
fracos e caem. Até o concreto, dependendo das circunstâncias, apodrece. 
Vamos tomar o cuidado de não chamar de "patologia" qualquer problema no 
prédio. Patologia de prédio é o estudo das patogenias (doenças) que se instalam 
no prédio e que precisam receber uma profilaxia (tratamento) para serem 
erradicadas. Da mesma forma com que uma pessoa com o braço quebrado não 
está "doente", uma viga trincada não é patogenia e muito menos uma patologia. 
Não existe nenhum material infinitamente resistente; todos eles irão trincar-se ou 
romper-se sob ação de um determinado nível de carregamento, nível este que não 
deverá ser atingido no caso de não se desejar na edificação componentes 
trincados ou rompidos. 
Fissuras: é o estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta 
aberturas finas e alongadas na sua superfície; em geral, a fissura não representa 
sinal de gravidade na estrutura; em alguns casos, porém, podem ser o sinal de 
uma possível rachadura em alguma peça estrutural (laje, viga ou pilar); ex: A 
aplicação de uma argamassa rica em cimento, após a cura, muitas fissuras em 
direções aleatórias; as fissuras são, geralmente, superficiais e não implicam, 
necessariamente, em diminuição da segurança de componentes estruturais; 
As fissuras podem ser causadas por: movimentações térmicas; movimentações 
higroscópicas; atuação de sobrecargas; deformabilidade excessiva de estruturas 
de concreto armado; 
 
 
25 
 
Recalques de fundação; retração de produtos à base de cimento; alterações 
químicas dos materiais de construção 
As fissuras são muito comuns, mas isto não significa que são normais; portanto 
não devem ser aceitas passivamente; muitas vezes são bem pequenas, quase 
invisíveis, mas podem ser sintomas de algo muito grave que está acontecendo 
com a estrutura da sua edificação; em diversos casos de desabamentos de 
prédios, moradores já haviam desconfiados de trincas que teriam aparecido dias 
antes do desabamento, mas que não tinha sido dada a importância que o caso 
merecia; se tivessem feito a evacuação preventiva do prédio muitas mortes 
poderiam ser evitadas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trincas: é o estado em que um determinado objeto ou parte dele se apresenta 
partido, separado em partes; ex: A parede está trincada, isto é, está separada em 
26 
 
duas partes; em muitas situações a trinca é tão fina que é necessário o emprego 
de aparelho ou instrumento para visualizá-lo; as trincas, por representarem a 
ruptura dos elementos, podem diminuir a segurança dos componentes estruturais 
de uma edificação, de modo que mesmo que seja quase imperceptível deve ter as 
causas minuciosamente pesquisadas; lembre-se: no caso do Edifício Pálace II, no 
Rio de Janeiro, que caiu matando diversas pessoas, um dos moradores Havia 
solicitadoa opinião de um engenheiro uma semana antes e este havia dito: “Isto é 
normal”; 
 
 
 
 
As trincas, em geral, são ocorrências muito comuns nas casas e prédios; surgem 
em função de muitas causas diferentes e são conhecidas também como fissuras 
ou rachaduras; entretanto, existe uma diferença conceitual entre fissura, trinca e 
rachadura; 
Antes de pensar em “tampar” uma trinca, é importante descobrir e eliminar a 
causa, isto é, aquilo que está causando a trinca, pois a trinca é apenas uma 
consequência, um sintoma de algum coisa ruim que está acontecendo com a sua 
casa ou prédio; 
 
27 
 
São muitas as causas que provocam o aparecimento de trincas; as mais comuns 
são: 
–RETRAÇÃO: A argamassa de revestimento, a tinta e outros materiais que são 
aplicados úmidos, diminuem de tamanho (retração) ao secar; 
–ADERÊNCIA: As pinturas e os revestimentos que precisam ficar bem "grudados" 
na parede, por algum motivo, apresentam perda de aderência e começam a 
descascar; 
–DILATAÇÃO: Os materiais aumentam e diminuem de tamanho em função da 
variação da umidade do meio ambiente; 
–MUITO CIMENTO: A argamassa de revestimento, quando tiver um alto teor de 
cimento, sofre uma grande retração e fica toda fissurada; 
-AMARRAÇÃO: As paredes devem ficar bem "amarradas" na estrutura do prédio; 
 
 
28 
 
–TREPIDAÇÃO: Elevadores, compressores e mesmo os veículos que trafegam 
na rua, produzem vibrações que afetam as partes do prédio; 
–RECALQUE: O excesso de peso, a acomodação do prédio, a fraqueza do 
material ou do terreno fazem com que a peça se deforme ou afunde; 
–CAPACIDADE: Por erro de cálculo ou por deficiência na hora da confecção, as 
peças podem ficar fracas; 
–MUDANÇA DO USO: Um prédio que foi projetado para uso residencial, está 
sendo usado como comércio, por exemplo; 
–VIZINHANÇA: Construíram um "baita" prédio de 30 andares que alterou o fluxo 
de água subterrânea da região; 
–ERRO DE PROJETO: Por falha na concepção da estrutura do prédio, há partes 
em desarmonia com o resto; 
–INFILTRAÇÃO: Água e outros elementos podem se infiltrar 
causando danos; MANUTENÇÃO: Falhas, imperícias, falta de 
conhecimento; 
Obs.: A recuperação de componentes trincados só deverá ser procedida em 
função de um diagnóstico seguramente firmado, e somente após ter-se pleno 
conhecimento da implicação das trincas no comportamento da edificação como 
um todo. 
Rachaduras: é o estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta 
uma abertura de tal tamanho que ocasiona interferências indesejáveis; ex: pela 
rachadura da parede entra vento e água da chuva; as rachaduras, por 
proporcionarem a manifestação de diversos tipos de interferências, devem ser 
analisadas caso a caso e serem tratadas do seu fechamento; 
Corrosão de armaduras: As reações de corrosão, independentemente de sua 
natureza, produzem óxido de ferro, cujo volume é muitas vezes maior do que o 
original do metal são; essa expansão provoca o fissuramento e o lançamento do 
concreto nas regiões próximas às armaduras; 
Destacam-se como meios agressivos ao concreto: ambientes marinhos (ricos em 
íons cloro), solos com elevado teor de matéria orgânica em decomposição 
(presença de ácido carbônico), solos contaminados, atmosferas poluídas de 
grandes cidades (íons enxofre provenientes da queima de combustíveis de 
motores a explosão) e diversas atmosferas industriais (refinarias de petróleo, 
29 
 
indústrias de papel e celulose, cerveja, etc.); também as paredes de galerias de 
esgotos domésticos são bastante suscetíveis de ataque, particularmente acima do 
nível do efluente; nesse caso, o gás sulfídrico que se desprende do esgoto 
combina-se com o hidrogênio do ar, transformando-se sucessivamente em ácido 
sulfuroso e ácido sulfúrico. 
Nas vistorias de corrosão das armaduras, deve ater-se mais às regiões da 
estrutura que estiverem submetidas a ciclos de molhagem e secagem, à estrutura 
voltada para a fachada, lajes descobertas, pés de pilares e locais confinados, 
como as garagens; muitas vezes existe a necessidade de remoção e do concreto 
para melhor visualização da manifestação patológica. A vistoria em edificações 
deve levar em consideração aspectos importantes como infiltrações de água, 
corrosão de armaduras, fissuras e deformações em elementos estruturais, fissuras 
em alvenarias, descolamentos nos revestimentos; deve ser feito o registro por 
meio de fotografias e croquis; 
Os leigos, por terem dificuldade de compreenderem os fenômenos físicos e 
mecânicos relacionados com os diversos componentes construtivos preferem 
diferenciar as aberturas dizendo que fissura é uma abertura bem pequenina, que 
trinca é uma abertura mediana e rachadura uma abertura bem grande; 
Estruturas colapsadas: são estruturas que, por algum motivo, deixaram de atender 
às funções para as quais foram construídas apresentando, eventualmente, risco 
para usuários residuais, ou mesmo, nos casos emergenciais, para as ações de 
resgate” 
 
30 
 
 
5. Conforto Ambiental e Sustentabilidade 
 
Para quem busca um ambiente que ao mesmo tempo seja agradável e 
eficiente (em termos de economia de energia), deve sempre procurar 
profissionais que tenham pleno domínio do assunto. 
O conforto ambiental nada mais é do que adequar os princípios físicos 
envolvidos e as necessidades do ambiente. Necessidades estas que se 
dividem em temperatura, luz, acústica e visual. A seguir entrarei em maiores 
detalhes sobre cada uma destas necessidades apontando as razões, 
benefícios, de se avaliar bem estas enquanto se faz o projeto de reforma ou 
construção de um imóvel, seja ele residencial ou comercial. 
 
6. Conforto Térmico 
 
No sistema em alvenaria estrutural existe uma ampla variedade de blocos que 
servem para o emprego na transmissão de esforços e visam atender às 
necessidades técnicas da edificação. Os blocos de concreto são unidades 
estruturais vazadas, vibro compactadas e produzidas por indústrias de pré-
fabricação de concreto, encontrados no Brasil apenas com paredes maciças. 
Os blocos estruturais cerâmicos classificam-se em: bloco cerâmico de paredes 
vazadas; bloco cerâmico com paredes maciças; bloco cerâmico com paredes 
maciças (paredes internas vazadas) e bloco cerâmico perfurado. 
Foi feito um estudo no qual aborda os diferentes tipos de desempenho térmico 
dos diferentes tipos de unidades de bloco usados na Arábia Saudita, que 
devido ao deserto é caracterizado como um clima quente de dia e frio à noite. 
31 
 
 
 
 
A tabela apresenta a resistência térmica dos blocos cerâmicos, de acordo com 
os tipos de materiais empregados nos estudos de 9. Verifica-se que os blocos 
tipo 1 a 9 e com isolamento obtiveram uma resistência térmica maior em 
relação aos blocos tipo 10 e 11. O bloco de concreto com argamassa 
convencional foi o que apresentou a menor resistência térmica em relação aos 
demais. 
O bloco que foi utilizado é o de concreto, que como podemos ver foi o que 
menos apresentou resistência térmica. No entanto a questão de ter escolhido o 
bloco de concreto para ser colocado na obra deverá ser por questões 
financeiras, devido ser de um preço mais vantajoso para a obra. 
 
7. Conforto Lumínico (Luz) 
 
"[...] o processo da visão é bastante complexo e implica em uma série de 
fatores. Por isso mesmo é de grande importância tanto para a segurança das 
pessoas como para a qualidade do produto que a iluminação do posto de 
trabalho seja adequada as exigências da tarefa. Iluminação insuficiente 
implicam diretamente na perda de desempenho e no aumento do número de 
acidentes. 
 
32 
 
Um antigo e interessante estudo feito por Dall em 1973 – mostravaa influência 
da intensidade luminosa sobre o desempenho, refugo e acidentes: 
A qualidade da iluminação dos postos de trabalho não é definida apenas pelo 
nível de iluminação. Deve-se levar em conta também a distribuição da 
densidade luminosa, a limitação do ofuscamento, a direção da luz e da sombra 
e a cor da luz e reprodução das cores. Sempre que possível deve-se buscar 
também uma iluminação uniforme 
 
8. Conforto Acústico 
 
O conforto acústico é uma condição importante a procurar para alcançar bem-
estar. A ausência de conforto acústico condiciona fortemente a nossa saúde e 
a nossa produtividade. Condições acústicas desfavoráveis acarretam 
problemas como: dificuldade de comunicação, irritabilidade e efeitos nocivos à 
audição e saúde. 
O tratamento acústico visa atenuar o nível de energia sonora, através de 
isolamento atenuador, tratamento absorvente ou os dois combinados. 
 
9. Conforto Visual 
 
Os efeitos danosos resultantes dos impactos visuais causados por 
determinadas ações e atividades, a ponto de: prejudicar a saúde, a segurança 
e o bem-estar da população; criar condições adversas às atividades sociais e 
econômicas; afetar desfavoravelmente a biota; afetar as condições estéticas ou 
sanitárias do meio ambiente. Em forma de poluição se apresenta através das 
pichações, da disposição inadequada do lixo, da extensão de redes aéreas, 
dos monumentos malcuidados, bem como, pelo elevado número de cartazes 
publicitários, placas, painéis e letreiros, os quais se multiplicam pela cidade 
encontrando-se espalhados por todos os cantos e paredes, com propagandas 
das mais diversas origens que acabam por agredir, de uma forma ou de outra 
às outras pessoas, gerando diversos malefícios. 
Pode-se presumir então que, a busca pelo equilíbrio entre temperatura, sons 
e ruídos, luminosidade e estudo visual do ambiente, são primordiais em um 
projeto arquitetônico, pois com estes fatores bem casados é possível 
33 
 
desenvolver ambientes que cada vez fiquem personalizados e agradáveis a 
quem irá desfrutá-lo. 
 
10. Conforto Acústico 
 
O conforto acústico é uma condição importante a procurar para alcançar bem-
estar. A ausência de conforto acústico condiciona fortemente a nossa saúde e 
a nossa produtividade. Condições acústicas desfavoráveis acarretam 
problemas como: dificuldade de comunicação, irritabilidade e efeitos nocivos à 
audição e saúde. 
O tratamento acústico visa atenuar o nível de energia sonora, através de 
isolamento atenuador, tratamento absorvente ou os dois combinados. 
 
11. Conforto Visual 
 
Os efeitos danosos resultantes dos impactos visuais causados por 
determinadas ações e atividades, a ponto de: prejudicar a saúde, a segurança 
e o bem-estar da população; criar condições adversas às atividades sociais e 
econômicas; afetar desfavoravelmente a biota; afetar as condições estéticas ou 
sanitárias do meio ambiente. Em forma de poluição se apresenta através das 
pichações, da disposição inadequada do lixo, da extensão de redes aéreas, 
dos monumentos mal cuidados, bem como, pelo elevado número de cartazes 
publicitários, placas, painéis e letreiros, os quais se multiplicam pela cidade 
encontrando-se espalhados por todos os cantos e paredes, com propagandas 
das mais diversas origens que acabam por agredir, de uma forma ou de outra 
às outras pessoas, gerando diversos malefícios. 
Pode-se presumir então que, a busca pelo equilíbrio entre temperatura, sons 
e ruídos, luminosidade e estudo visual do ambiente, são primordiais em um 
projeto arquitetônico, pois com estes fatores bem casados é possível 
desenvolver ambientes que cada vez fiquem personalizados e agradáveis a 
quem irá desfrutá-lo. 
 
 
 
 
34 
 
12. Dados Das Obra E Imagens Da Visita Técnica 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
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36 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
13. Bibliografia 
 
 
RAUBER, F. C.. Contribuições ao Projeto Arquitetônico de Edifícios em Alvenaria. 
Tese de Mestrado, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil, 2005. 
ROMAN, H; FILHO, S. P, Manual de Alvenaria Estrutural com Blocos Cerâmicos, 
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABGP8AF/manual-
alvenaria-estrutural>. Acesso em 02 set. 2011. 
SABBATINI, F. H., Requisitos e Critérios Mínimos a Serem Atendidos para 
Solicitação de Financiamento de Edifícios em Alvenaria Estrutural Junto à Caixa 
Econômica Federal, Brasília, DF, 2002. 
TAUIL, C. A. Alvenaria Armada, 1ª Ed. São Paulo, Projeto Editores Associados, 
1981. VENTURINI, J. “Casas com Paredes de Concreto” Equipe de Obras. V. 37, 
n. VII, pp 38-43, 2011. VILATÓ, R. R.; FRANCO, L, S,. Racionalização do Projeto 
de Edifício em Alvenaria Estrutural, São Paulo, SP, Brasil, 2000. 
ACCETTI, K. N.. Contribuições ao Projeto Estrutural de Edifícios em Alvenaria. 
Tese de Mestrado, Escola de Engenharia de São Carlos da USP, São Carlos, SP, 
Brasil, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 
7173/82: Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria sem Função 
Estrutural. Rio de Janeiro, 1982. 
BONACHESKI, V.. Alvenaria Estrutural. Trabalho de Conclusão de Curso, PUC-
RS. Porto Alegre: 2006. 
BRICKA, Alvenaria Estrutural. Disponível em: <http://www.bricka.com.br 
/downloads/alv-exe.pdf>. Acesso em 16 out. 2011. 
CAMACHO, J. S., Projetos de Edifícios de Alvenaria Estrutural, 2001. Disponível 
em: 
<http://www.4shared.com/document/jYMHwiEe/Projeto_de_edificios_de_alvena.ht
ml> Acesso em 16 out. 2011. 
COÊLHO, R. S. A... Alvenaria Estrutural. UEMA. São Luís: 1998. 
COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO. “Paredes de Concreto” Disponível em: 
<http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/2/concreto 
http://meloalvenaria.com.br/plus/modulos/conteudo/?tac=publicacoes 
http://www.qibuilder.com.br/qialvenaria/detalhe-amarracao-paredes-estruturais-e-
vedacao/ 
http://construfacilrj.com.br/wp-content/uploads/2013/07/tipos-juntas-alvenaria.jpg

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