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Citologia do Trato Genital Feminino Normal Profa Mariana Félix de S. Prudente Elementos encontrados na citologia normal Células escamosas Células endocervicais Células endometriais Outros elementos normais Células Escamosas Células superficiais Células intermediárias e naviculares Células parabasais Células basais Células superficiais células grandes e maduras área mais superior do epitélio núcleo picnótico citoplasma abundante transparente cianofílica (azul) ou eosinofílica (vermelha) Diâmetro de 40 a 60m Núcleo picnótico – 5 a7µm Citoplasma transparente (acidófilo ou basófilo) Grânulos lipídicos Células intermediárias É a parte mais espessa do epitélio normal Núcleo arredondado Citoplasma grande e cianofílico Células naviculares – menos amadurecidas (menores), núcleo deslocado, espesso limite citoplasmático (comuns na gravidez) Diâmetro de 30 a 40m Núcleo – 8 a 10µm Céls arredondadas ou elípticas Citoplasma rico em glicogênio Células Naviculares Células parabasais camada fina de células de forma arredondada núcleo volumoso citoplasma escasso Menores que as naviculares, elevada relação núcleo citoplasma Núcleo – 8 a 10µm Diâmetro de 15 a 30m Céls de formato esférico Esfregaços inflamatórios Células Escamosas Metaplásicas Células semelhantes às parabasais Pequenas, elevada relação núcleo-citoplasma Citoplasma cianófilo denso, com aspecto irregular ou alongado. Citoplasma denso e cianofílico Bordas irregulares Distribuição em mosaico Células endocervicais A forma visualizada depende da posição da célula: alongada ou achatada Células isoladas ou em grupos – paliçada Citoplasma transparente Núcleo esférico, basal Morfologia muda de acordo com a fase do ciclo Comprimento - 20 a 30m Citoplasma transparente Diâmetro - 8 a 10m “Favo de mel” Células Endometriais Podem ser colunares ou cúbicas Presentes até 12o dia do ciclo Semelhantes às células endocervicais Apresentam-se isoladas ou em grupos Circundadas por células estromais Diâmetro - 10 a 15m Núcleo esférico - 7 a 10m Limites citoplasmáticos irregulares e não nítidos Citoplasma cianofílico e com vacúolos Endocervicais X Endometriais Céls endocervicais são maiores Grupamento de céls endocervicais não apresentam sobreposição de núcleos (planos) com limites distintos Endometriais estão presentes até 12o dia do ciclo Presença do êxodo (histiócitos). Elementos não epiteliais da citologia Polimorfonucleares Neutrófilos Coloração cianofílica Histiócitos Macrófagos Célula gigante de corpo estranho (multinucleada) – inflamação crônica e menopausa Macrófagos Neutrófilos Histiócitos Hemácias Célula gigante Cél epitelial Elementos não epiteliais Linfócitos Pequenos Pouco citoplasma, núcleo esférico Hemácias Se coram de vermelho a laranja Linfócitos Espermatozóides Não são comuns Flora microbiana Normal ou aumentada Bactérias – lactobacilos gram positivos Elementos não epiteliais Citologia Hormonal Epitélios da vagina e colo uterino como espelhos da atividade hormonal. Fase proliferativa (estrogênica) 6o ao 14o dia Fase progestacional (secretora) 16o ao 28o dia Hipotálamo secreta o hormônio Liberador das Gonadotrofinas (GnRH) A Hipófise secreta: Hormônio Foliculo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH) Nos ovários: FSH estimula secreção de estrógenos LH estimula a formação do corpo lúteo – produtor de estógenos e progesterona Endométrio Sob a ação dos hormônios ovarianos sofre alterações cíclicas – Ciclo Menstrual 1) Fase proliferativa (estrogênica): Proliferação celular para reconstituir a mucosa uterina Coincide com o desenvolvimento dos folículos ovarianos e produção de estrógenos Termina no momento da ovulação(fase pré ovulatória) Endométrio 2) Fase secretora (progestacional, lútea): Inicia-se após a ovulação e depende da formação do corpo lúteo, o qual secreta progesterona Fase em que o endométrio atinge sua espessura máxima (5 mm), grande quantidade de glicogênio O endométrio está receptivo à implantação do ovo 3) Fase menstrual queda brusca de estrógenos e progesterona no sangue. O endométrio entra em colapso, sendo parcialmente destruído. Resposta vaginal ao ciclo ovariano A ação de hormônios ovarianos sobre o epitélio vaginal permite avaliar a ação hormonal, especialmente a estrogênica Os espécimes citológicos devem ser acompanhados de dados clínicos (idade, DUM, tratamento hormonal, cirúrgico, radioativo) Emprego da citologia como método de avaliação da atividade hormonal Avaliação da função ovariana em mulheres histerectomizadas Avaliação da função ovariana em mulheres com desordens menstruais (ex. amenorréia) Avaliação da função ovariana na infância Avaliação da função ovariana em mulheres climatéricas e pós menopausadas Diagnóstico de ovulação Diagnóstico de tumor produtor de hormônio na infância e pós menopausa Avaliação de prognóstico e guia de conduta de gravidez (abortos habituais) CITOLOGIA HORMONAL Emprego da citologia como método de avaliação da atividade hormonal - A colheita deve ser feita no terço superior da parede lateral da vagina Inflamação, infecção, tratamentos hormonais, irradiações, cirurgias invalidam o método Repetidas coletas durante o mesmo ciclo (4 a 8 coletas) Dados clínicos Aspectos citológicos nas diversas faixas etárias As variações hormonais do ciclo menstrual se refletem na estrutura das mucosas escamosas e endocervicais. Os padrões variam de acordo com a idade da mulher e a fase do ciclo menstrual. Período pré pubertário e puberdade: Recém - nascida - atividade hormonal materna (CS, CI, CN) Após o 15º dia - padrão atrófico (CP) Proximidade da puberdade- maturação gradual do epitélio – atividade estrogênica Período do ciclo menstrual Fase menstrual ( 1º ao 5º dia) Esfregaços hemorrágicos, detritos celulares, leucócitos (difícil de ser interpretado) Células: intermediárias (CI), endocervicais, endometriais 2) Fase estrogênica (proliferativa) (6º ao 14º dia) No início da fase os esfregaços são compostos por CI e poucas células superficiais (CS) Aumento gradativo das CS (aumento da eosinofilia e picnose nuclear), raras endometriais (observadas até o 10º -12º dia do ciclo) Leucócitos e histiócitos abundantes no princípio, raros no final. Raras hemácias. 3) Fase ovulatória (14º ao 15º dia) CS eosinofílicas, isoladas Raros leucócitos, muco abundante. 4) Fase lútea ou progestacional (secretora) (16º ao 28º dia) CS diminuem, aumentam CI cianófilas que passam a predominar Raras células naviculares, vão aumentando com o decorrer do ciclo Degeneração citoplasmática (citólise), leucócitos em número crescente (esfregaço “sujo”) Citólise Menopausa e pós menopausa: Diminuição dos hormônios esteróides. A mucosa sofre atrofia gradual. Início - Atividade estrogênica menos pronunciada, predominam CI Regressão mais marcada da atividade estrogênica, predomínio de intermediárias, poucas parabasais Maioria de células parabasais (indicativo de baixíssima atividade estrogênica), modificações degenerativas. Atrofia profunda (ausência de maturação). Freqüentes fenômenos inflamatórios. Diminuição do muco (ressecamento das mucosas). As células endocervicais são raras em esfregaços atróficos. Gravidez (acentuação progressiva da atividade progestacional) Número crescente de células intermediárias, em aglomerados, grande quantidade de glicogênio e citólise Células naviculares Diminuem os aglomerados de células naviculares e a citólise Células parabasais e intermediárias = quadro de atrofia Puerpério Índices Hormonais Índices: orientação diagnóstica Índice Picnótico: % de células com núcleos picnóticos, independe da afinidade tintorial da célula Índice eosinófilo - % de células maduras eosinófilas Índice de maturação (Frost): relação entre CP/CI/CS (PIS) Atualmente quase não são usados, variações. Substituídos por dosagens hormonais no plasma sanguíneo. PERÍODOS HORMONAIS RECÉM-NASCIDO Atividade hormonal da mãe INFÂNCIA Esfregaço atrófico PUBERDADE Ciclos regulares GRAVIDEZ Estímulo progestacional PÓS-PARTO Quadro de atrofia até o fim do aleitamento (estrógeno retorna) MENOPAUSA Atrofia por diminuição hormonal
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