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Cervicobraquialgia - Clínica Cirúrgica I

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Cervicobraquialgia
Introdução
Manifestação clínica das doenças da coluna cervical:
Três síndromes: dor cervical, sintomas radiculares e sintomas de mielopatia;
O paciente pode apresentar essas síndromes de modo isolado ou associado;
Dor cervical axial: dor ao longo da coluna cervical e sua musculatura para vertebral;
Sintomas radiculares: distribuição ao longo da raiz nervosa e são caracterizados pelas alterações sensoriais ou motoras;
Sintomas de mielopatia: relacionados com as funções dos tratos menores e sensoriais da medula espinhal.
Dor Cervical
Manifestação clínica de doenças intrínsecas ou extrínsecas:
Intrínsecas: podem ser de origem traumática, inflamatória, degenerativa ou infecciosa;
Extrínsecas: representadas pelas doenças da articulação do ombro ou do membro superior, que podem apresentar manifestação clínica semelhante à das doenças degenerativas;
Doenças inflamatórias: artrite reumatoide;
Proliferação do tecido sinovial destrói a cartilagem articular, ligamentos e tecido ósseo instabilidade;
Subluxação atlantoaxial, assentamento da crânio e subluxação subaxial: formas mais frequentes de artrite reumatoide;
Tratamento: cirúrgico por artrodese;
Lesões tumorais primárias podem ser malignas ou benignas:
Benignas: mais frequentes nas crianças e adolescentes;
Malignos: mais frequentes em idosos;
Dor é o sintoma inicial e pode ser acompanhada de sintomas radiculares ou medulares, dependendo da extensão da lesão e da compressão das estruturas nervosos adjacentes;
Diagnóstico: radiografia simples – nas fases inicias, pode não mostrar a lesão;
Tratamento: cirúrgico, na maioria das vezes, associado à quimio e radioterapia;
Tumores intramedulares: raros – dor noturna durante decúbito, com melhora na posição sentada;
Lesões infecciosas: raras e acometem crianças e pacientes mais idosos;
Manifestação clínica: dor que aumenta com a compressão axial, acompanhada de rigidez e limitação acentuada dos movimentos;
Dor subaxial: na maioria, está relacionada aos músculos e ligamentos e ao disco intervertebral.
Dor cervical pode estar relacionada à degeneração do disco vertebral:
Terminações nervosas sensoriais da borda posterior do disco intervertebral, relacionadas com a inervação do nervo sinovertebral e o desencadeamento da dor das facetas articulares pode meio das injeções articulares e da dor discal por meio da discografia evidencias da participação desses componentes do segmento vertebral na gênese da dor;
Dor cervical axial relacionada com os músculos e o disco intervertebral deve ser tratada de modo conservador.
Diagnósticos diferenciais da dor cervical:
Tendinite occipital;
Neurodinia occipital;
Artrite suboccipital;
Tendinite do ligamento nucal e do esternocleidomastóideo;
Osteoartrite cervical;
Espondilite ancilosante;
Torcicolo (espasmódico e histérico);
Anomalias congênitas;
Degeneração do disco intervertebral;
Compressão da artéria vertebral;
Infecção;
Tumores;
Fibromialgia;
Lesões traumáticas;
Doenças extrínsecas da coluna cervical.
Radiculopatia
Resultado final de um processo inflamatório no interior ou ao redor da raiz nervosa, que ocorre como resultado da irritação química ou pressão mecânica sobre essa raiz.
Sintomas:
Manifestam-se clinicamente nos dermátomos e miótomos da raiz acometida, podendo estar associados à dor cervical;
Diagnóstico diferencial: muito amplo e muitas doenças neurologias simulam o quadro clínico da radiculopatia cervical relacionada com a compressão da raiz nervosa pelo osteófito ou hérnia do disco;
Síndromes compressivas dos nervos periféricos;
Doenças do manguito rotador;
Inflamação do plexo braquial;
Herpes-zóster;
Síndrome de desfiladeiro torácico;
Distrofia simpática;
Tumores intra e extramedulares;
Infecção e abscessos epidurais;
Isquemia do miocárdio;
EM;
Doenças desmielinizantes do SNC;
ELA;
Neuropatias metabólicas.
No grupo de pacientes com hérnia de disco ou compressão da raiz nervosa pelos osteófitos, os sintomas sensoriais e motores estão relacionados com a raiz acometida – geralmente apresentam dor cervical e no membro superior, acompanhada de sinais e sintomas sensoriais e motores ao longo do dermátomo e do miótomo da raiz acometida. Os sintomas são agravados pela extensão e rotação lateral da cabeça para o lado dos sintomas. A elevação do membro superior com o cotovelo flexionado e o punho ou o antebraço apoiando sobre a cabeça, geralmente, provoca o alívio dos sintomas (estes ocorrem mias frequentemente no nível dos segmentos vertebrais mais móveis – C5-C6, C6-C7 e C4-C5).
Exames de imagem são essenciais para confirmar o diagnóstico:
Radiografia simples: permite a observação do estreitamento do espaço intervertebral, dos osteófitos e dos sinais de artrose do segmento vertebral;
Eletroneuromiografia e exames de estudo da condução nervosa: úteis para o diagnóstico diferencial das radiculopatias cervicais, neuropatias periféricas e compressões dos nervos periféricos
Tratamento cirúrgico é indicado na presença de grande déficit neurológico, de compressão da medula espinhal ou dos sintomas de um período de 6 a 12 semanas.
Mielopatia
Mielopatia cervical espondilótica é a forma mais frequente de disfunção da medula espinhal em pacientes acima de 55 anos.
Achados clínicos:
Dependem do nível e do grau de compressão;
Lesão do NMS ocorre abaixo do nível da compressão. Manifestação do NMI é no nível da lesão;
Reflexos: geralmente exacerbados abaixo do nível da compressão e diminuídos no nível da compressão nervosa;
Lesão do NMS: caracterizada pela presença dos reflexos patológicos, como o reflexo de Hoffman e Babinski, e a alteração do controle dos esfíncteres também pode ser observada.
Diagnóstico diferencial:
Deve ser realizado com outras formas de mielopatia cuja etiologia não está relacionada co a compressão da medula espinhal (EM, infecções virais, tuberculose, sífilis, sarcoidose, entre outros).
Indicação para tratamento cirúrgico: condições clínicas para suportar o procedimento e se caso haja evidencia de mielopatia cervical compressiva.

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