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Princípios do Direito Ambiental

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*
AULA DO DIA 25.03.2013
Princípios do Direito Ambiental
Prof. João Hélio
*
Princípio da participação democrática – Assegura ao cidadão a possibilidade de participar das políticas públicas ambientais (informação e participação).
Princípio da Responsabilização – Aquele que causa danos ao meio ambiente deve responder por suas ações.
Princípio do Poluidor-Pagador – “O poluidor deverá arcar com os prejuízos causados ao ambiente”
Princípio da Precaução – Aplicável a impactos desconhecidos.
Princípio da Prevenção – Aplicável a impactos conhecidos.
Princípios do Direito Ambiental (síntese)
*
Princípios do Direito Ambiental (síntese)
Princípio do Desenvolvimento sustentável – Procura conciliar a proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socio-econômico.
Princípio da Ubiquidade - Princípio que evidencia que o objeto de proteção do meio ambiente deve ser levado em consideração toda vez que uma política, atuação ou legislação sobre qualquer tema for adotada.
Princípio da Universalidade - As regras do direito ambiental tem como finalidade proteger o meio ambiente (agua, solo, flora, fauna e outros) como um bem das gerações presentes e futuras.
*
Princípios ordenadores do Estado Ambiental de Direito: 
O princípio da participação democrática
“A participação pública reprime a tendência dos órgãos administrativos, quando ninguém mais participa do processo decisório, de favorecer as indústrias que fiscalizam. O administrador público, até de boa fé, agride o ambiente ou é conivente com a degradação ambiental em razão de não ter à sua disposição elementos informativos que contrariem os dados e os fatos unilateralmente trazidos pelos agentes econômicos”
(BENJAMIN, Antonio Hermam V. Objetivos do Direito Ambiental. Revista de Ciência e Cultura: Atas do I Congresso Internacional de Direito do Ambiente da Universidade de Lusíada. Porto: Lusíada, 1996. p. 31-33)
A efetividade do princípio da participação pressupõe o acesso adequado dos cidadãos às informações relativas ao meio ambiente de que disponham os órgãos e entidades do Poder Público. 
Mais bem informados os cidadãos têm melhores condições de participar ativamente nas decisões sobre matéria ambiental.
PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA  INFORMAÇÃO  EDUCAÇÃO
*
O princípio da participação democrática
Esses elementos se completam e efetivam com a informação e educação ambiental. 
A participação sem informação adequada não é credível nem eficaz, mas um mero ritual.
Como “pode(direito)” ou de que forma o cidadão deve cumprir o seu “dever” de participar das decisões em matéria ambiental, em face do sistema normativo brasileiro?
 ATRAVÉS DE 3 MECANISMOS:
1) criação de direito ambiental  iniciativa popular para abertura de processo legislativo com vistas à criação de normal ambiental – art. 61, caput CF)
2) participação na formulação e execução de políticas ambientais  atuação direta na tutela ambiental junto a órgãos responsáveis pela elaboração de diretrizes e pelo acompanhamento da execução de políticas públicas (Ex. discussão do Estudo de Impacto Ambiental em audiências públicas – art. 11, §2º da Resolução 001/86 CONAMA)
3) por meio da participação via Poder Judiciário  Ação Popular, Ação Civil Pública.
*
O princípio da responsabilização
Exigência social da atualidade  responsabilização do poluidor  diferentemente do que ocorria no passado  momento histórico em que prevalecia o uso ilimitado dos recursos naturais e culturais.
Responsabilização por danos ambientais  civil, administrativa e criminal  papel importante para a edificação do Estado Ambiental de Direito.
O princípio da responsabilização encontra-se adequadamente contemplado no ordenamento jurídico brasileiro  Constituição Federal, art. 225, § 3º  preceitua que as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados 
PRINCÍPIO DO POLUIDOR-PAGADOR
*
O princípio da responsabilização e poluidor pagador
Princípio da responsabilização + Princípio do poluidor-pagador  visa a internalização dos custos externos de deterioração ambiental  resultando numa maior prevenção e precaução em virtude de um conseqüente maior cuidado com situações de potencial poluição.
 através desse princípio o causador da poluição arca com os custos necessários a diminuição, eliminação ou neutralização do dano  não se trata de mera compensação de danos, não se trata da fórmula poluiu-pagou  inclui os custos de prevenção, reparação e repressão ao dano ambiental. 
 é um princípio que possui reflexos na economia e ética ambiental, bem como, na administração pública pois tenta imputar na economia de mercado e no poluidor os CUSTOS AMBIENTAIS visando combater a crise ambiental. 
“O princípio do poluidor pagador constitui uma autêntica pedra angular no direito ambiental: sua efetividade pretende eliminar as motivações econômicas da contaminação ambiental, aplicando-se imperativos de ética redistributiva”. (MATEO, Ramón Martín. Manual de Derecho Ambiental. p. 55.)
*
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
Suas origens encontram guarida na idéia de “cuidado antecipado”
 (Vorsorge) que foi uma das políticas ambientais desenvolvidas na Alemanha (início dos anos 70) 
 Seu reconhecimento e incorporação ao ordenamento jurídico alemão, ocorreu em 1976 (Vorsorgeprinzip).
Posteriormente, também foi incorporado na ordem internacional, merecendo destaque:
•	2ª Conferência Internacional Sobre Proteção do Mar do Norte – 1987
•	Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – 1992 (Eco-92) – Princípio 15 da Declaração do Rio
Princípios do Direito Ambiental
*
O princípio da precaução
Princípio 15: De modo a proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser aplicado amplamente pelos Estados de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaças de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental.
*
O princípio da precaução
Princípio da precaução  novo paradigma para o direito  decisão tomada mesmo diante da incerteza  o risco faz parte do processo decisório 
 novos modelos de regulação jurídica devem ser observados  crise da certeza e segurança jurídica diante da realidade da sociedade de risco
* PRESSUPOSTOS:
a) possibilidade de as condutas humanas causarem danos coletivos de modo a causar situações catastróficas (risco ambiental);
b) falta de evidência científica (incerteza);
A INCERTEZA ABRANGE: 
 dúvidas sobre o nexo entre o ato e as conseqüências; 
 realidade do dano, medida do risco ou do dano
*
O princípio da precaução
Elementos de concretização [1]
1) necessidade de atuação ante a falta de evidência científica ainda que ausentes elementos seguros que estabeleçam nexo de causalidade entre a atividade e seus prováveis efeitos.
ou seja: agir de uma forma ativa, antecipatória, inibitória, cautelar em face da ameaça de dano.
2) possibilidade de inversão do ônus da prova; cabe àquele que deseja explorar determinada atividade demonstrar que inexistem riscos ou que os mesmos são aceitáveis
3) agir in dúbio pro ambiente visando implementar imediatamente as medidas de precaução
4) estabelecer limites de tolerância ambiental aceitáveis para a sociedade mas tendo consciência de que o risco zero não existe.
5) promover e estimular o desenvolvimento científico através da realização de estudos complexos e exaustivos sobre efeitos e riscos potenciais.
 [1] elaborado a partir de diversas obras mas, em especial: HAMMERSCHMIDT, Denise. O risco na sociedade contemporânea e o princípio da precaução no Direito Ambiental. Revista Seqüência. n. 45, p. 97-122. dez. de 2002.
*
O princípio da precaução
“O princípio da precaução, paraser aplicado efetivamente, tem que suplantar a pressa, a rapidez insensata e a vontade de resultado imediato. (...) 
O princípio da precaução não significa a prostração diante do medo, não elimina a audácia saudável, mas equivale à busca de segurança do meio ambiente, indispensável para dar continuidade à vida”. (Paulo Affonso Leme Machado, 1999)
“(...) a precaução objetiva prevenir já uma suspeita de perigo ou garantir uma suficiente margem de segurança da linha do risco. Seu trabalho é anterior à manifestação de perigo e, assim, prevê uma política ambiental adequada a esse princípio” (CANOTILHO; LEITE, p. 177).
*
O princípio da prevenção
“O objetivo fundamental perseguido na atividade de aplicação do princípio da prevenção é, fundamentalmente, a proibição da repetição da atividade que já se sabe perigosa” (LEITE e AYALA, 2004. p. 71).
CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS ENTRE PREVENÇÃO X PRECAUÇÃO
*
Atualidades envolvendo o princípio da precaução e prevenção: tutela de inibitória e a revisão do processo civil brasileiro
A idéia de cuidado advinda do princípio da precaução pode ser efetivada por intermédio de ações cautelares ou da antecipação de tutela nas ações de conhecimento.
SEGURANÇA E CERTEZA JURÍDICA  necessidade de mudança para lidar com probabilidades na solução de lides. 
Na sociedade de risco tais critérios jurídicos são insuficientes para garantir uma efetiva proteção do ambiente  substituição do critério da certeza pelo da probabilidade.
MUDANÇA NA TUTELA DO MEIO AMBIENTE
DIREITO DE DANOS  para  DIREITO DE RISCOS 
(agir imediatamente)
*

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