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FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) Bacharelado em Direito Direito da Criança e do Adolescente Prof. Ms. Paulo de Lima Faculdade Dom Bosco FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) Doutrina da Proteção Integral FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) I. Introdução a) Doutrina: “Conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso, político, filosófico, científico, etc.”. Doutrina da Proteção Integral b) Princípios: “enunciados lógicos admitidos como condição ou base de validade das demais asserções que compõem dado campo do saber”. Verdades fundantes de um sistema. c) Sistema: “conjunto de normas dependentes entre si, reunidas sob um critério lógico de organização, fundado em um princípio-base”. FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) I. Introdução “Doutrina da Proteção Integral é formada por um conjunto de enunciados lógicos, que exprimem um valor ético maior, organizada por meio de normas interdependentes que reconhecem criança e adolescente como sujeitos de direitos.” Doutrina da Proteção Integral FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) I. Introdução Constituição Federal 1988: Artigo 227 Doutrina da Proteção Integral É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) I. Introdução Lei 8.069/1990: 3 pilares; Doutrina da Proteção Integral 1) Criança e adolescente são sujeitos de direitos; 2) Afirmação de sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, e, portanto, sujeito a uma legislação especial; 3) Prioridade Absoluta na garantia de seus direitos; FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) II. Documentos Internacionais Doutrina da Proteção Integral 1) 1924: Declaração dos Direitos da Criança de Genebra: Liga das Nações. 2) 20/11/1959: Declaração Universal dos Direitos da Criança: ONU 3) 20/11/1989: Convenção dos Direitos da Criança: ONU / Resolução n. 44. Brasil: Decreto n. 99.710, 21/11/1990. 4) 1969: Pacto San Jose da Costa Rica: tratamento judicial especializado; Brasil: Decreto n. 678/92. 5) 1985: Regras para a Administração da Justiça Juvenil: Regras Mínimas de Beijing. Resolução n. 40/33 ONU: procedimentos relativos ao adolescente em conflito coma lei; 6) 1990: Diretrizes de RIAD: regras preventivas da delinquência juvenil/ONU; (Base das Medidas socioeducativas presentes no ECA); FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) II. Documentos Internacionais Doutrina da Proteção Integral 20/11/1989: Convenção dos Direitos da Criança: ONU / Resolução n. 44. Brasil: Decreto n. 99.710, 21/11/1990. 1) Reconhecimento da peculiar condição da criança e jovem como pessoa em desenvolvimento, titular de proteção especial; 2) Crianças e jovens têm direito à convivência familiar; 3) As Nações subscritoras obrigam-se a assegurar os direitos insculpidos na Convenção com Absoluta Prioridade; FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) III. Da Situação Irregular à Proteção Integral Doutrina da Proteção Integral a) Doutrina Situação Irregular: Código Mello Mattos (1927); Código de Menores (1979); Limitava-se a tratar daqueles que se enquadravam no modelo predefinido pelo art. 2º do Código de Menores; Binômio carência-delinquência; Não havia limites para a atuação do Juiz de Menores; FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) III. Da Situação Irregular à Proteção Integral Doutrina da Proteção Integral b) Doutrina da Proteção Integral: absorve os valores da Convenção dos Direitos da Criança; Crianças e adolescentes tem direitos fundamentais como qualquer ser humano; CF: 88: art. 227; ECA: arts. 7 ao 69; Solidariedade entre Família, Sociedade e Estado na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) III. Da Situação Irregular à Proteção Integral Doutrina da Proteção Integral b) Doutrina da Proteção Integral: É para todas as crianças e adolescentes, indistintamente, respeitada sua condição peculiar de pessoa em desenvolviment;. Fins protetivos: art. 98 da lei 8.069/1990: quebra com o paradigma da situação irregular; Descentralização político-administrativo: ECA: arts. 86 a 97; Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA) Conselho Tutelar: ECA: arts. 131 a 140; art. 136 Juiz: apenas julgar – ECA: arts. 148-149; FACULDADE DOM BOSCO DE PORTO ALEGRE Instituto Salesiano de Pesquisa sobre a Criança e o Adolescente (INSAPECA) III. Da Situação Irregular à Proteção Integral Quadro comparativo ASPECTO ANTERIOR ATUAL Doutrinário Situação Irregular Proteção Integral Caráter Filantrópico Política Pública Fundamento Assistencialista Direito Subjetivo Centralidade Local Judiciário Município Competência Executória União/Estados Município Decisório Centralizador Participativo Institucional Estatal Cogestão Sociedade Civil Organização Hierárquica Rede Gestão Monocrática Democrática
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