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Notas da aula de Equações diferenciais


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Equações Diferenciais 
2ª ordem, ordem 
Superior e Aplicações 
Prof. Dr.Jorge L.P. Felix 
Equações Diferenciais I 
Tipos de EDO 2ª Ordem 
 
ED Homogênea 
Uma equação linear de segunda ordem chama-se de homogênea 
quando tem a seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
ED Não Homogênea 
Uma equação linear de segunda ordem chama-se de não 
homogênea se tem a forma seguinte, com 
 
2
2
0
d y dy
a b cy
dx dx
  
2
2
( )
d y dy
a b cy Q x
dx dx
  
( ) 0Q x 
 
ED com Coeficientes constantes 
A função y e suas derivadas são multiplicados por constantes. 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
ED Coeficientes Variáveis 
A função y e suas derivadas são multiplicados por constantes e 
funções em x. 
 
Exemplo: 
4 3y y y x   
xyyeyx x 2)1(3 
Tipos de EDO 2ª Ordem 
Equação Diferencial Linear com Coeficientes Constantes 
0'''  cybyay
A fórmula geral: 
xey 
Para resolver assumimos que a solução tem 
a forma de função exponencial: 
xey  xey '
Se então 
Substituindo na ED: 
02  cba 
Após de dividir por eλx obtemos: 
02  xxx ecebea  
0)( 2  cbae x 
Chama-se de equação 
característica. As raízes: 
xey 2'' 
e 
a
acbb
2
42
12


?)( xy
Existe 3 tipos de Soluções de 
acordo ao discriminante D acbD 42 
1) Se D>0, as raízes λ1, λ2 
são reais e distintas 
xx
eCeCy 21 21
 
2) Se D=0, As raízes são 
reais e iguais λ12 =λ xx xeCeCy  21 
3) Se D<0, as raízes são 
complexas conjugadas λ1, λ2 
onde α e ω são a parte real e 
imaginária da raiz 

i
i


2
1
xixxixxx eKeKeKeKy    2121 21
)( 21
xixix eKeKey  
]sin)(cos)[( 2121 xKKixKKey
x  
cos sin
 
i xe x i x
Fórmula de Euler
    
)();( 212211 KKiCKKC 
]sincos[)( 21 xCxCexy
x  
Se substituimos 
obtemos 
Usando : 
 cos;sin 21 ACAC 
]sincoscossin[)( xAxAexy x  E então 
 sincoscossin)sin( considerando 
Finalmente 
)sin()(   xAexy x
onde a amplitude A e fase φ são constantes na qual podem ser 
determinados pelas condições iniciais e ω é a frequência angular. 
Este exemple leva a movimento oscilatório. 
Solução geral desta forma, porem … 
Equação Característica 
2
2
0
d y dy
a b by
dxdx
  
2 0a b c   
Casos:
Raizes diferentes e reais
Raizes iguais e reais
Raizes Complexas





Resolver 
065
2
2
 y
dx
dy
dx
yd
Equação característica 
2 5 6 0   
1
2
2
3




2 3
1 2
x xy C e C e 
Resolver 
096
2
2
 y
dx
dy
dx
yd
Equação característica 
2 6 9 0   
1 2 3   
3
1 2( )
xy C C x e 
Solve 
054
2
2
 y
dx
dy
dx
yd
Equação característica 
2 4 5 0   
2 i  
2
1 2( cos sin )
xy e C x C x 
ED com condição Inicial 
0
2
2
 Ry
dx
dy
Q
dx
yd
P
0(0)y y
0(0)y v 
2
2
4 0
d y
y
dx
 
Exemplo: 
(0) 1y  (0) 1y 
1 1 2 2( ) ( )y C y x C y x 
Resumo de 3 casos – Homogênea 
Caso Raízes Solução Geral 
1 Reais 
2 Reais 
3 Complexos 
 
Equação Característica 
Equação Diferencial 
2
2
0
d y dy
a b cy
dx dx
  
2 0a b c   
xx
eCeCy 21 21
 
1 2( )
rxy C C x e 
i   
1 2( cos sin )
xy e C x C x   
1 2 
1 2 r  
Caso I Não Homogênea 
2
2
( )
d y dy
a b cy Q x
dx dx
  
Seja a equação diferencial não homogênea de segunda 
ordem linear: 
A solução geral seria da forma: 
h py y y 
Solução Homogênea: Solução Particular-similar do lado 
direito: 
2
2
0h h h
d y dy
a b cy
dx dx
  ( )py Q x
Os termos de yh não Aparece em Q(x) 
2
2
Ache a solução para 5 6 15 7,
Dada SP da forma y ( )
Sol.
p
d y dy
y x
dx dx
x Ax B
   
 
Exemplos 
Calculando as constantes A e B.
Temos y ( )
Suas derivadas :
y ( )
y ( ) 0
p
p
p
x Ax B
x A
x
 
 
 
Substituindo na equação original
Temos :
(0)-5(A)+6(Ax+B) 15 7x 
2
2
Ache a solução para 5 6 3sin 2 ,
Dada SP da forma y ( ) cos2 sin 2p
d y dy
y x
dx dx
x A x B x
   
 
Exemplos 
Sol.
y ( ) cos2 sin 2 ; y ( ) 2 sin 2 2 cos2
y ( ) 4 cos2 4 sin 2
p p
p
x A x B x x A x B x
x A x B x
    
   
( 4 cos2 4 sin 2 5( 2 sin 2 2 cos2 )
6( cos2 sin 2 ) 3sin 2
A x B x A x B x
A x B x x
      
   
Tabela de Soluções Particulares 
Lado Direito Q(x) Escolha 
py
0( )
n
nP x a x a  
0( )
n
p ny Q x A x A   
xce xAe
cos sina x ou b x cos sinA x B x 
( ) axP x e ( ) axQ x e
( )cos ( )sinP x x ou P x x ( )cos ( )sinQ x x R x x 
( ) cos ( ) sinx xP x e x ou P x e x  ( ) cos ( ) sinx xQ x e x R x e x  
Exercícios 
Caso II Não Homogênea 
2
2
( )
d y dy
a b cy Q x
dx dx
  
Seja a equação diferencial não homogênea de segunda ordem linear 
A solução geral seria da forma: 
h py y y 
A solução Homogênea de: A solução Particular (SP)-similar do lado direito 
2
2
0h h h
d y dy
a b cy
dx dx
  ( )p hy Q x y 
Os termos de yh Aparece em Q(x) 
2
2
Ache a solução para 2 3 8 ,
Dada SP da forma y ( ) ?
x
x
p
d y dy
y e
dx dx
x Ae
  

Exemplos 
2
3
1 2
Eq. Caract. 2 3 0 3; 1
 y ( ) x xh x C e C e
   

      
  
1a Tentativa xpy Ae não 
2a tentativa y simxp Axe 
As derivadas y ( )
 y ( )
substituindo na equação original.
x x
p
x x x
p
A e xe
A e e xe
  
   
CI: (0) 1; (0) 0y y  
      (2 ) 2 ( ) 3 8
4 (3 3 ) 8
4 8 2.
A solução particular: 2
x x x x x x
x x x
x
p
A e xe A e xe Axe e
Ae A A xe e
A A
y xe
    
  
   

Exemplos 
3
1 2 2
x x x
h py y y C e C e xe
    
3(0) (0) (0)
1 2(0) 1 1 2(0)y C e C e e
      
3(0) (0) (0) (0)
1 2(0) 0 0 3 2( (0) )y C e C e e e
        
1 21 C C  
3
1 23 2( )
x x x xy C e C e e xe     
1 22 3C C   
1 21/ 4; 5 / 4C C  
31 5 2
4 4
x x x
h py y y e e xe
    
A solução geral: 
Achando a solução particular 
2
2
( ) com ( ) 0
d y dy
a b cy Q x Q x
dx dx
   
Quando o(s) termo(s) da solução homogênea aparece na 
solução particular 
2
 = ( )
Quando o termo de y ( ) é similar de 
( )
Se continua similar
( )
p
p h
p
p
escolha y Q x
x y
y xQ x
y x Q x

 
 
2
2
Ache a solução para 9 sin3
Dada SP da forma y ( ) cos3 sin3 ?
Sol.
p
d y
y x
dx
x A x B x
 
 
Exemplos 
2
1 2
Eq. Caract. 9 0 3
cos3 sin3h
i
y C x C x
     
 
1a Tentativa cos3 sin3 py A x B x não  
2a tentativa y cos3 sin3 simp Ax x Bx x  
Determine as constantes A e B.
Calcule y ; yp p 
Principio de Superposição 
2
2
( ) i
d y dy
a b cy Q x
dx dx
  
Se for solução particular de cada equação não 
homogênea: 
ip
y
Então é solução particular 
da equação não homogênea: 
1 2 np p p p
y y y y   
2
1 22
( ) ( ) ( ) n
d y dy
a b cy Q x Q x Q x
dx dx
     
Principio de Superposição 
1 2 np p p p
y y y y   
2
1 22( ) ( ) ( ) ( ) n
d y dy
a b cy Q x Q x Q x Q x
dx dx
      
1
2
2
12
2
22
2
2
( )
( )
( )
n
p
p
n p
d y dy
a b cy Q x y
dx dx
d y dy
a b cy Q x y
dx dx
d y dy
a b cy Q x y
dx dx
   
   
   
2
2
Resolver 1 sin
Sol.
d y
y x
dx
  
Exemplo 1 
1
2
2
Resolver 1 p
d y
y y A
dx
   
2
2
2
2
a
Resolver sin cos sin
1 Tentativa ( cos sin )
p
p
d y
y x y B x C x
dx
y x B x C x
    
  
2
1 2
Eq. Caract.: 1 0
cos sinh
i
y C x C x
     
 
2
2
Resolver 1 sin
Sol.
d y
y x
dx
  
Exemplo 1 
1 2
A solução particular:
( cos sin )p p py y y A x B x C x    
1 2
A solução homogêa:
cos sinhy C x C x 
As derivadas da solução particular:
( cos sin ) ( sin cos )
( sin cos ) ( sin cos ) ( cos sin )
p
p
y B x C x x B x C x
y B x C x B x C x x B x C x
     
         
1
1 cos
2
py x x   1 2
1
cos sin 1 cos
2
y C x C x x x   
2
2
Resolver 2 2
Sol.
xd y y x e
dx
  
Exemplo 2 
Como Q(x)= 2 ( )x xpx e y Ax B Ce    
O termo polinomial mult. por ( ) xpx y x Ax B Ce   
2 2
1 22 0; 0 2
x
hy C C e          
1O termo constante C de tem const. de h py B y
Princípio 
de 
superposição
Exercícios 
Determine a solução de cada equação diferencial: 
Exercícios 
Determine a solução particular de cada equação diferencial: 
EXEMPLO(CONT.) 
3Resolver 4 4cos2xy y e x   
2
1 2
Eq. Caract. 4 0 2
cos2 sin 2h
i
y C x C x
     
 
1a Tentativa cos2 sin 2 xpy Ae B x C x não   
2a Tentativa y cos2 sin 2 simxp Ae Bx x Cx x   
(cos2 2 sin 2 ) (sin 2 2 cos2 )xpy Ae B x x x C x x x     
( 2sin 2 2(sin 2 2 cos2 ))
 (2cos2 2(cos2 2 sin 2 ))
x
py Ae B x x x x
C x x x x
     
  
EXEMPLO(CONT.) 
3Resolver 4 4cos2xy y e x   
( 2sin 2 2(sin 2 2 cos2 ))
 (2cos2 2(cos2 2 sin 2 ))
x
py Ae B x x x x
C x x x x
     
  
y cos2 sin 2xp Ae Bx x Cx x  4
4 5 4 sin 2 4 cos2
5 1 1/ 5
4 0 0
4 4 1
x
p py y Ae B x C x
A A
B B
C C
     
  
   
  
3 4cos2xe x
1
y sin 2
5
x
p e x x 
1 2
1
cos2 sin 2 sin 2
5
xy C x C x e x x   
EXEMPLO(CONT.) 
3Resolver 6 13 4 cos2xy y y e x   
2
3
1 2
Eq. Caract. 6 13 0 3 2
( cos2 sin 2 )xh
i
y e C x C x
       
 
3
1 21a Tentativa ( cos2 sin 2 ) 
x
py e C x C x não  
3
1 22a Tentativa y ( cos2 sin 2 ) sim
x
p e C x x C x x  
    
3
1 2
3
1 2
y 3 ( cos2 sin 2 )
 cos2 2 sin 2 sin 2 2 cos2
x
p
x
e C x x C x x
e C x x x C x x x
   
  
Método de Variação de Parâmetros 
2
2
( ) com ( ) 0
d y dy
a b cy Q x Q x
dx dx
   
Quando não é possível determinar a solução particular 
diretamente de Q(x) ou seja não sejam similares da tabela de 
soluções particulares 1 1 2 2
1 1 2 2
 = C ( ) C ( )
u ( ) ( ) u ( ) ( )
h
p
y y x y x
y x y x x y x
 
  
1 2As constantes ( ) e ( ) são funções a determinaru x u x
Método de Variação de Parâmetros 
1 2
1 1 2 2
1 1 2 2
Resolver o sistema em e :
0
( )
u u
u y u y
u y u y Q x
 
  
    
2
2
1
1 2
1 2
0
( )
y
Q x y
u
y y
y y

 
 
1
1
2
1 2
1 2
0
( )
y
y Q x
u
y y
y y

 
 
Usando Método de Cramer para determinar as incógnitas 
Método de Variação de Parâmetros 
2
1
1 2 2 1
( )y Q x
u dx
y y y y


 
1 2Integrar para determinar ( ) e ( )u x u x
1
2
1 2 2 1
( )y Q x
u dx
y y y y

 
Resolver 2
2
Sol.
xe
y y y
x
   
Exemplo 1 
1 2
A solução particular:
x x
py u e u xe 
2
1,2
1 2 1 2
1 2
2 1 0; 1
( )
;
x x x
h
x x
y C C x e C e C xe
y e y xe
     
   
  
1 2;
( )
2
x x x
x
y e y e xe
e
Q x
x
    
 
1 2
1 1 2 2
1 1 2 2
Resolver o sistema em e :
0
( )
u u
u y u y
u y u y Q x
 
  
    
Resolver 2
2
Sol.
xe
y y y
x
   
Exemplo 1 
1
2
1 2
2
(1 )
1 1 1
1
2 2 2
x
x
x x x x
x
x
e
xe
xu dx
e x e xe e
e
u dx dx x
e


 
     

 
1 2
1 1 2 2
1 1 2 2
Resolver o sistema em e :
0
( )
u u
u y u y
u y u y Q x
 
  
    
Resolver 2
2
Sol.
xe
y y y
x
   
Exemplo 1 
2
2
2 2
2
(1 )
1 1 1 1
ln
2 2 2
x
x
x x x x
x
x
e
e
xu dx
e x e xe e
e
u dx dx x
xe x

 
  

 
Resolver 2
2
Sol.
xe
y y y
x
   
Exemplo 1 
1 2
A solução particular:
1 1
ln
2 2
x x
p
x x
y u e u xe
xe x xe
 
  
Exercícios 
Determine a solução de cada equação diferencial: