Buscar

Aula A Política de Hobbes

Prévia do material em texto

A Política de Thomas Hobbes	Comment by Samuka Brun: LEITURA: “Leviatã” Capítuloss: 13,14,15,17,18,19,21,26,29
Hobbes e o Estado absolutista
 INSOCIABILIDADE NATURAL		 SOCIABILIDADE NATURALESTADO NATURAL
ESTADO CIVIL/ POLÍTICO
	 CONTRATO SOCIAL
 
 LEIS NATURAIS
 DIREITO NATURAL	 LEIS CIVIS 
 (HOMEM NATURAL)						 (HOMEM ARTIFICIAL)
Hobbes pretende em seu pensamento responder a seguinte questão: “Qual é a origem e a natureza do Estado? O homem é naturalmente egoísta, naturalista, maldoso de modo que ele não é capaz de viver em sociedade. O homem visa a satisfação de seus desejos, e essa busca por satisfação não tem limites, ou seja, o homem possui em si o desejo infindável de posse. Hobbes analisa o homem de seu tempo como aquele que não mede esforços para adquirir posses. O pano de fundo do pensamento hobbesiano é a igualdade econômica entre os indivíduos.	Comment by Samuka Brun: É egoísta, maldoso, violento, interesseiro, individualista... são uma ameaça a si mesmo. Os homens podem ser diferentes uns dos outros nos aspectos físicos, porém iguais naturalmente em liberdade e razão – nascem livres e dotados de inteligência – esta é a condição que igualiza os homens
Não há no homem algo que pudesse o inclinar para a vida em sociedade. Ao contrário o homem tende a desunião, aos conflitos de interesses que só pode ser resolvida por meio da guerra. O homem é individualista, ou seja, age de acordo com suas próprias necessidades, não levando em conta aquilo, ou aqueles, que lhe barra, desde que alcance sua finalidade – ou o fim que satisfaça sua vontade (desejos). Neste sentido há uma liberdade e igualdade entre os indivíduos, porém esses atributos do estado natural são apenas teóricos, visto que aquele que é habilidoso poderá acumular mais bens. 	Comment by Samuka Brun: Violência, subjugação do menor, domínio da terra. A guerra é formada por causa da desconfiança mutua, a vanglória (querer ser mais que o outro), e a competição, no sentido de um querer ter mais do que o outro,
Desta compreensão entende-se uma das razões para os conflitos entres os indivíduos e seu individualismo exacerbado. O homem é dominado pelo seu interesse individual. “O HOMEM É O LOBO DO PRÓPRIO HOMEM”: o homem é/ ou representa para si mesmo, ou para a própria espécie uma ameaça. Ele é uma contínua ameaça à medida que busca apenas seus próprios interesses. Antes de ingressar na vida política ele vivia no estado natural (apolítico). Fora do convívio social o homem está como uma besta, ou seja, ele age instintivamente, como os animais selvagens. Não se trata o estado de natureza de um estado cronologicamente anterior ao estado civil, mas um estado lógico – uma hipótese.	Comment by Samuka Brun: É um estado hipotético (imaginário), porém analogicamente real. O estado de natureza desconhece a ideia de Justiça, igualdade econômica, de bem moral, sem lei, nem juízo comum, permissividade, sem limites de ambições, O outro é o obstáculo. Cada um é juiz de seus próprios atos e dos atos alheios. É O ESTADO EM QUE CADA UM PODE FAZER O QUE QUISER. Todavia, tal excesso de liberdade deixa o homem vulnerável com relação aos demais homens, visto que eles também possuem a mesma condição de liberdade e de deliberação de suas ações – um homem reconhece o outro como inimigo. O estado de natureza é o estado em que encontram todos os indivíduos gananciosos, que vivem em vista de seus interesses, ganancias, valores, poder. Não é o homem selvagem, porém não civilizado: é o burguês – o nobre – que anda de acordo com as próprias leis e não respeita nenhum limite; por isso vive sob desavenças. Contudo, em detrimento de forças, um homem unir-se-á a outro homem para combater um mais forte, ou defender seus interesses. Se todos os homens agem tão somente por seus próprios interesses, a vida será insuportável, impraticável, porquê o outro indivíduo tornar-se-á um problema. Ora este é um estado de selvageria, ele anula ou impede que nós desenvolvamos nossas faculdades humanas: inteligência, razão, moral, artes. É um estado “bestial”, por agir conforme os instintos, tal qual um animal selvagem. A autopreservação é o único motivo pelo qual o homem vive. As demais dimensões são impossíveis de serem desenvolvidas. 
Porque os homens estão dispostos a viver em sociedade, uns com os outros? ão poderia render-se aos seus apelos. Desse modo de pensamento, compreende a impossibilidade de corrupção poderia render-se aos seus apelos. Desse modo de pensamento, compreende a impossibilidade de corrupçTal estado natural (estado de natureza) é uma ameaça a vida, logo é forçado a sair desse estado visto a possibilidade de morte. O instinto de autopreservação se revela mediante algum risco. A busca por uma segurança à vida é proposta a existência do Estado Civil. No estado de natureza o homem só tem direitos e não deveres: é preciso frear ou limitar as ações dos indivíduos. O medo da morte violenta, constante; o desejo e a esperança de conseguir a paz, além das leis naturais contidas na razão, induz os indivíduos a abandonarem o estado de natureza. A razão natural diante da situação aconselha o homem a sair do estado natural – o medo (sentidos, instintos, auto preservação) e a razão natural (consciência). O contrato social é o acordo em que os indivíduos (todos) transferem para as mãos de um soberano o direito individual em troca de segurança. A sociedade não é um produto da natureza, mas uma invenção humana para a própria salvação. 	Comment by Samuka Brun: O medo aliado a um princípio da razão – a lei natural, implantada pela natureza ou por Deus – é o que nos leva a pactuar, celebrar um contrato com outros indivíduos com a venalidade de preservar a vida.
A morte aqui não se trata da morte natural ou por doença, mas de ser vítima da violência de outro indivíduo.	Comment by Samuka Brun: A razão sugere adequados estados de paz.	Comment by Samuka Brun: Trata-se de um pacto implícito, tácito, mediante a razão (consentimento) e medo. É um consentimento e uma submissão. Pelo pacto o indivíduo se orna subordinado ao poder comum chamado Estado, cuja ação tem na lei sua legitimidade, na qual sendo coercitiva o indivíduo deverá querendo ou não obedecer. Todavia, a lei é o meio pela qual os indivíduos mantem uma ordem de convívio.O pacto implica a transferência mutua de tudo que tenho para a proteção da própria vida. De modo que eu não posso me pactuar a alguém vendendo-se ou tornando-se escravo de outro.
O Estado civil é considerado o homem artificial, o novo deus mortal, ao qual o homem transfere seus direitos. O monopólio da força, da qual o governante é detentor, está para a garantia da paz na sociedade e na própria nação. A paz não implica apenas a ausência de luta, ou guerra, mas também, a ausência da disposição para fazê-la. 
Leis de Natureza:
Devo me esforçar ao máximo para não fazer a guerra e manter a paz;
Renúncia dos direitos naturais: Somente não se pode renuncia o direito a própria vida.
Que os homens cumpram os pactos que celebram;
Justiça, é dar a cada um o que é seu; Para Hobbes os homens são iguais no que diz respeito à justiça. 
Absolutismo em Hobbes quer dizer que o Estado Civil político não pode estar subordinado a nenhuma condição econômica ou religiosa. O poder do Estado é absoluto; seus soberanos não poder propor influencia-lo de alguma forma. Partindo desse pensamento compreende-se a impossibilidade de haver corrupção. O Estado é o poder máximo na sociedade de Hobbes: “Sem um Estado absolutista não pode haver Estado”. Essa concepção hobbesiana deu margem às interpretações equivocadas como o totalitarismo político. 	Comment by Samuka Brun: Contrato e leis. 
O Estado é o deus mortal, referente às leis a que os homens devem se curvar. Todo aquele que está subjugado ao estado são os súditos. Acima do estado está a lei natural (leis inscritas na razão, por exemplo: “Se queres a paz, evites, então, a guerra”), de modo que o governante também sendohomem (visto a condição natural humana) não pode ser arbitrário mediante o governo do Estado, haja vista que as leis que são criadas por ele devem estar em concordância com as leis naturais, não agirá por emoção mas pela razão. A lei (natural e civil), como é subproduto da razão e não da emoção. Assumir o Estado Civil é abdicar do estado natural. Viver a margem da lei civil, é assumir sua condição natural e fora da organização da sociedade. O estado civil é vantajoso pois dá aos indivíduos segurança quanto à vida. Todavia, compreender-se-á que se trada de uma liberdade limitada.	Comment by Samuka Brun: Hobbes utiliza de uma figura mitológica bíblica (Livro de Jó), o Leviatã, para representa a figura do Estado Civil que propunha. Tal qual Leviatã, monstro dos mares que defende os animais marinhos menores dos predadores médios e grandes, o Estado serviria de proteção aos indivíduos menores que são prejudicados pelos poderosos. O estado leviatã é a garantia que os indivíduos terão longa vida, proteção pública. É a diante dessa necessidade que os homens trocam a vida natural pela vida social civil.	Comment by Samuka Brun: Quando o governante usurpa o poder do Estado obrigando os indivíduos a viver conforme suas vontades Neste caso ele não age racionalmente. Em Hobbes não há essa possibilidade teórica, mas prático. Caso ocorra os súditos pode entrar em resistência, haja vista que a má conduta do governante reflete a um perigo ao súdito. 
O conceito de povo para Hobbes: diferente de multidão que compete ao conjunto de indivíduos (população), povo se trata da união da vontade dos indivíduos (cap. 12, Livro: “Do cidadão”). O povo é uno, tendo uma só vontade (a busca do bem comum), nesse sentido só é possível a tal concepção a existência da sociedade, ou vice versa, haja vista que para ser povo é necessária ter uma consciência e ideais políticos dos outros indivíduos. O conceito de povo sempre será uma categoria política, no sentido de que diz respeito ao Estado (nível particular); multidão, população, e humanidade (nível universal) não significa partilhar dos mesmos ideais.
O direito do soberano político (governante, representantes de todos) em relação aos súditos: (1) Os atos praticados pelos soberanos são os mesmos praticados pelos súditos – no sentido que ao representar todos, seus atos se torna os atos de todos, as decisões do soberano é a decisão de todos, uma vez que governa no lugar de todos com a permissão destes que o elegeu. O contrato não é celebrado entre o súdito e o soberano, portanto não há injustiça. O contrato que existe é entre os indivíduos que se pactuam entre si, pois se reconhecem iguais, de modo que o parecer de justiça se dá quando um respeita o direito do outro. 	Comment by Samuka Brun: Princípio Geral. O soberano representa o indivíduo, seus atos é ato comum daqueles que o elegeu. Faz em nome daqueles que o elegeu.
A responsabilidade do soberano é a responsabilidade daqueles que o elegeu: as leis naturais impedem que o soberano aja com injustiça para com os eleitores, ou tornar-se um tirano. O poder do soberano pode não estar nas mãos apenas de um soberano. Com isso Hobbes aparenta não se opor à monarquia, entretanto, critica a possibilidade de tirania, absoluto despótico. O Estado hobbesiano é um estado absolutista, porém não despótico, ou seja, o poder político está acima, no sentido de independência, autossuficiência com relação aos diferentes modos políticos (economia, por exemplo).
A liberdade do súdito está limitada pela lei. A liberdade em determinado aspecto se mistura com os interesses ou necessidades. A liberdade do súdito está em comprar e vender, realizar novos contratos mútuos, escolher seu emprego, a forma de educar os filhos, o local onde morar. O soberano se torna um déspota quando age segundo a sua vontade ao invés de agir por meio da razão: a razão age em favor de todos, pelo “Bem”; a racionalidade é o guia, o grande princípio natural. Acima do soberano está Deus – aqui o soberano se torna súdito – que é o autor das leis naturais que são preceitos da nossa razão.	Comment by Samuka Brun: A Liberdade civil limita nossa liberdade natural. A lei obriga, se impõe contra a vontade natural: ser súdito significa obedecer leis. Elas garantem direitos e deveres: ninguém pode desrespeitar as leis. Viver em sociedade é submeter-se às leis.	Comment by Samuka Brun: É a inteligência, o entendimento. 
O poder do soberano não é ilimitado: o súdito deve respeitar o soberano até o momento que ele o protege. O direito de resistência – de rebelião – é possível diante de uma possível negligência da proteção coletiva por parte do governante. Ninguém transfere o direito a proteção à própria vida, portanto diante do imediato risco à morte, o indivíduo poder-se-á rebelar-se contra o soberano, em vista de salvar a própria vida. Se o soberano ordenar que o indivíduo se mutile, se mate, ou atente a integridade da própria vidaeus apelos. Desse modo de pensamento, compreende a impossibilidade de corrupç, este poderá desobedecer a esta lei: justa ou injusta causa. O direito de defender-se não é transferível.

Continue navegando