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DISCURSIVA FUNDAMENTOS HISTORICOS DA EDUCAÇAO BRASILEIRA ETNICO RACIAIS(coletanea2)

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Questão 1/5
"Tudo por um filho. Nove em cada dez casais brasileiros inférteis conseguem ter filho com a ajuda da medicina"
Revista Veja, capa, (nº 1699, 9/5/01).
A frase acima revela uma crença bastante arraigada no senso comum brasileiro contemporâneo. Isso posto, descreva o que se entende por fertilidade prescritiva: “só não tem filho quem não quer”.
O conceito refere-se à crença na infalibilidade da ciência e uma fertilidade prescritiva. Ver no livro-base: “Luna chama a atenção para a emergência do que denomina fertilidade prescritiva, pois as novas tecnologias reprodutivas estão criando uma aura de infalibilidade da ciência” (pgs. 73 e 74)
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Questão 2/5
A partir de 1964, a educação brasileira da mesma forma que os outros setores da vida nacional passou a ser vítima do autoritarismo que se instalou no pais.
PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Ática, 2010 (p. 114)
Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas tele aulas e no livro da disciplina, discorra sobre o período da Ditadura Civil Militar (1964 – 1985.
As preocupações em relação ao desenvolvimento do país e a segurança nacional refletiram na escola, destacando-se a criação de disciplinas de ênfase cívica. A Lei n 5692/71, que reorganizava e renomeava o ensino primário e secundário, estabeleceu a obrigatoriedade da formação profissionalizante no segundo grau. A Lei n 5540/1968 foi elaborada sob forte influência de diretrizes estabelecidas pela Escola Superior de Guerra e pelos acordos MEC/Usaid (p. 142-148)
 
Questão 3/5
O estudo da história da educação nos permite avaliar como foi entendida e praticada a educação em épocas e sociedades diferentes. Possibilita-nos ainda entender a educação como um processo dinâmico, histórico e por isso mutável.
PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Ática, 2010 (p. 8)
Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas tele aulas e no livro da disciplina, discorra sobre as diferenças existentes entre a História Tradicional e da Nova História.
História Tradicional - Interesse essencial pelo tema política e pela história mundial. História compreendida como uma narrativa dos acontecimentos, factual e linear. Volta-se aos grandes feitos de “grandes homens”, como políticos ou militares. Valoriza somente documentos oficiais como fontes validas para a história. Restrita a questões objetivas: porque, como, o que levou, buscando “a” resposta correta, e pressupondo que há uma única resposta correta. A história é objetiva, ou seja, o historiador deve apresentar os fatos como eles acontecem.
Nova História - Interesse por toda a atividade humana, daí a expressão história total, relacionada aos annales. Preocupa-se em realizar análise das estruturas que envolvem as permanências, mudanças e transformações históricas. Busca compreender a vida, as experiências e o pensamento das pessoas comuns. Aceita uma maior variedade de documentos e registros, escritos, visuais e orais, por exemplo como fontes. Busca articular elementos individuais e coletivos, tendências e acontecimentos para a compreensão do evento. Não é possível absoluta objetividade na construção de explicação histórica, tanto por parte dos sujeitos envolvidos no evento quanto do historiador (p. 16 e 17)
Questão 4/5
“A visão etnocêntrica faz com que o grupo do “eu” se perceba como melhor, o grupo que é natural, correto, superior, sendo o seu espaço apresentado como o espaço da cultura e da civilização em oposição ao ´outro` selvagem, bárbaro, atrasado, estigmatizado com toda a sorte de representações negativas.
BATISTA, JULIANA DE PAULA. Cultura e etnocentrismo: os direitos territoriais indígenas em uma perspectiva contra-hegemônica. 2010. P. 2-3.
Conforme explicitado no excerto, ao longo do século XIX, alguns pensadores sociais encaravam as diversidades étnico, sociais, econômica, a partir de uma idéia de estágios de desenvolvimento dentro de uma escala evolutiva. Explique como esta ideia se articula se articula com o etnocentrismo?
Segundo o livro-base: “Durante muito tempo os europeus pensaram que as suas sociedades estavam no patamar mais desenvolvido da escala evolutiva, enquanto as demais encontravam-se em estágios primitivos de civilização, já que não possuíam a mesma organização e costumes que o deles.” Pg 145.
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Questão 5/5
“No dia 11 de agosto de 1971 foi promulgada a Lei nº 5.692, que regulamentava o ensino de primeiro e segundo graus. Entre outras determinações, ampliou a obrigatoriedade escolar de quatro para oito anos, aglutinando o antigo primário com o ginasial, suprimindo o exame de admissão e criando a escola única profissionalizante. A legislação complementar que acompanhou a Lei de Diretrizes e Bases foi imediatamente organizada pelo Conselho Federal de Educação (CFE), por meio da Resolução nº 8, e fixava o núcleo comum para os currículos do ensino de 1º e 2º graus, definindo seus objetivos e amplitude, e o parecer 853 do CFE, que definiu a doutrina de currículo, indicando os conteúdos de núcleo comum, apresentando o conceito de matéria, orientando suas formas de tratamento e integração, indicando os objetivos das áreas de estudo e os do processo educativo e remetendo-os ao objetivo geral do ensino de 1o e 2o graus e aos fins da educação.”
LIRA, Alexandre Tavares do Nascimento. Reflexões sobre a legislação de educação durante a ditadura militar (1964-1985). In.: Revista Histórica. Ed. nº 36, junho de 2009. Disponível em: http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao36/materia01/Num primeiro momento a lei nº 5692/1971 recebeu poucas críticas. À medida em que ocorreu sua implantação, no entanto, diversos problemas foram evidenciados. A partir dos conteúdos trabalhados nas teleaulas e no livro base da disciplina, apresente três consequências da implantação da lei para a educação brasileira.
Perda de espaço na matriz curricular das disciplinas da área de humanas como História e Geografia; A introdução obrigatória de disciplinas de conteúdo cívico, como educação moral e cívica e organização social e política brasileira; A precariedade de recursos humanos e materiais para a implantação das habilitações profissionais; A retirada de conteúdo do 2º grau que eram solicitados em vestibulares – em seus lugares foram colocadas disciplinas profissionalizantes; O favorecimento da expansão da rede privada de ensino por meio de subsídios políticos; A formação mais rápida de professores com a introdução das licenciaturas curtas. (p. 147)
Questão 1/5
“De acordo com Dumont, a teoria da casta possui três tipos explicativos distintos (a explicação histórica, a voluntarista e a compósita), distribuídos em três épocas diferentes (século XIX, final do século XIX e a partir de 1945, respectivamente). A primeira delas, a explicação histórica – a que mais nos interessa –, se caracteriza pela predominância da atitude explicativa, pois, sendo as castas, segundo tal teoria, algo taxativamente exótico, surpreendente e escandaloso, busca-se explicar sua existência.”
 
OLIVEIRA, Arilson Silva. A sacralidade das castas indianas sob o olhar dumontiano. Revista ANTHROPOLÓGICAS, v. 19, n. 2, 2011. P. 9.
 
Tendo em vista o excerto acima, explique qual a posição de Mahatma Gandhi frente a ação afirmativa na Índia?
segundo o livro-base (pg. 163) ele se opôs as medidas, argumentando que mudanças nas relações entre as castas, se impostas por lei levariam a um conflito e que a situação só poderia se modificar com a mudança de mentalidade e a independência do país.
Questão 2/5
Leia a poesia abaixo
 
Nós. Branco – verde – preto:/ simplicidades –indolências – superstições./ (...) Nós. O clã fazendeiro. Sombra forte de mangueiras pelo chão; recorte nítidode bananeiras pelo ar;/ (...) ladrões de beijo nas esquinas das morenas de jambo/ entre rótulas sob os beirais dos casarões/ (...) Violões nos morros mulatos – maxixes políticos, tosses, pitos e pinga na luz dos candeeiros.
 
Guilherme de Almeida Apud. DA SILVA, Márcia Rios. As mais belas poesias patrióticas e de exaltação ao Brasil: inventando uma nação. O olho da nação. n. 15, Salvador (BA), dezembro de 2010 p. 8.
 
O texto acima elucida uma aparente comunhão étnico-racial vigente no Brasil. Tal comunhão encontra sua expressão conceitual no termo “democracia racial”. Isso posto, busque apontar uma das razões que levaram à existência desse pensamento de “democracia racial” em nosso país.   mito da democracia racial.
segundo o livro-base “A inexistência de ‘conflitos raciais abertos’ no período pós-abolição levou muitos a pensarem numa sociedade harmônica em termos raciais ...” (p. 133)
Questão 3/5
“(...) no fim do século XVII a região do sertão nordestino já se encontra em grande parte incorporada ao domínio colonial. Esta conquista provocou ´o aniquilamento ou expulsão de milhares de indígenas que povoavam essas terras. Foi a substituição do gentio pelo gado`”.
 
DE OLIVEIRA, Tomas Paoliello Pacheco. A longa permanência da violência como valor no sertão central pernambucano.
 
  Os conceitos de aniquilamento e expulsão podem ser entendidos como formas de discriminação? Justifique sua resposta.
O aluno deve indicar que sim  explicando que oAniquilamento: assassinato dos membros de um grupo.
Expulsão: quando os membros de um grupo são forçados a migrar.
São consequências do preconceito.
Ver páginas 168 e 169 do livro-base.
	
Questão 4/5
Considere a seguinte citação:
 
“A análise dos relacionamentos entre professor/aluno envolve interesses e intenções, sendo esta interação o expoente das consequências, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros da espécie humana”.
 SILVA, João Paulo Souza. A relação Professor/Aluno no processo de ensino e aprendizagem 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, o mesmo encontra-se disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/052/52pc_silva.htm. Acesso em 04/05/2016.
 
De acordo com o trecho de texto citado e o texto-base da aula 2 desta disciplina sobre a relação professor-aluno, responda:
 
- O que significa a expressão “relação de contratualidade”?
“a relação de contratualidade está relacionada à colaboração mútua entre professor e aluno” (artigo-base aula 2, p. 4).
Questão 5/5
Discutindo o matrimônio em Minas Gerais, na primeira metade do século XIX, Botelho afirma que:
 
“O matrimônio é um momento crucial dentro das estratégias de reprodução social. Ao estabelecer laços entre grupos familiares, ele torna-se o garantidor da perpetuidade de tais grupos ao mesmo tempo em que amplia as redes sociais dos indivíduos envolvidos. Em razão dessa sua enorme importância, as decisões em torno da escolha dos nubentes sempre recaíram sobre o grupo familiar mais amplo.”
 
BOTELHO, Tarcísio R. Estratégias matrimoniais entre a população livre de Minas Gerais: Catas Altas do Mato Dentro, 1815-1850. ABEP-XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Caxambu: Associação Brasileira, 2004. P. 2.
 
Após ter lido o excerto busque explicar  como o casamento pode ser um fator de mobilidade social.
 são duas as maneiras que o casamento pode ensejar mobilidade social: de maneira horizontal, ou seja, o novo casal pode ir morar em lugar diferente do que moravam ao constituir família, ou mobilidade vertical, quando os nubentes estão em estratos sociais diferentes. Ver livro-base: “o casamento aparece relacionado com frequência à mobilidade horizontal das populações, uma vez que pode ser acompanhado da constituição de novas unidades domésticas em outras localidades. Também pode ser vinculado à mobilidade vertical, quando se estabelece uma relação matrimonial com uma pessoa de um estrato superior.” 
(p. 38).
	
Questão 1/3
Tema: Raça
 O uso do termo Raça, tem sido objeto de inúmeras discussões na atualidade no nível acadêmico, político e social. Uma vez que o uso desta palavra está ligada em determinados momentos histórico a justificação de desigualdades. 
Destaque o porquê da importância da discussão sobre a questão racial.
O atual estado de discussões sobre “raça” dialoga com um quadro de posicionamentos políticos, científicos e ideológicos do passado. As discussões sobre desigualdade social colocam o termo raça como ponto de partida de infindáveis questionamentos. As posições teóricas, políticas e ideológicas estiveram fortemente imbricadas na construção das noções de raça, ecoando de diferentes maneiras nos dias atuais. 
(Carvalho, 2012, p. 99)
Questão 2/3
Tema: Escravidão
Giddens (2005), citado por Carvalho (2012), apresenta que na história da humanidade identificamos quatro formas básicas de definir o nível de importância da pessoa em uma sociedade, a estratificação social: escravidão, casta, estamentos e classes.
Neste contexto, explique o que é a escravidão como estratificação social.
Vincula-se às culturas do subcontinente indiano, as quais se fundamentam no reconhecimento de status e prestígio atribuídos por hereditariedade. A mais antiga forma de estratificação caracterizou-se como uma forma extrema de desigualdade social e estabelecia que certos indivíduos eram propriedades de outros. Os escravos eram considerados o estrato social mais baixo no tipo de formação social. A mobilidade se realizava pela apropriação forçada de indivíduos por meio da conquista e escravização de povos derrotados em batalhas. Era rara a conquista da liberdade ocorrida pela vitória em guerras de libertação. (Carvalho, 2012, p. 30 - 31)
Questão 3/3
Tema: Raça
Sobre o estudo da raça, temos a escola etnológica-biológica, a escola histórica e a escola darwinista social.
Escreva sobre o que defendia a escola etnológica-biológica referente a questão de raça.
Apostava na ideia de que múltiplas raças seriam o resultado de mutações que acabariam por acarretar diferenças sociais. O traço fundamental dessa escola é a ideia de uma superioridade da raça branca em relação aos índios e negros. A presença de um tipo híbrido da mistura seria um perigo para a superioridade branca. (Carvalho, 2012, p. 102)
Questão 1/5
Leia o fragmento de texto a seguir:
Art. 3o Educação das Relações Étnico-Raciais e o estudo de História e Cultura Afro-brasileira e História e Cultura Africana será desenvolvida por meio de conteúdos, competências, atitudes e valores, a serem estabelecidos pelas Instituições de ensino e seus professores, com o apoio e supervisão dos sistemas de ensino, entidades mantenedoras e coordenações pedagógicas atendidas as indicações, recomendações e diretrizes explicitadas no Parecer CNE/CP 003/2004.
 
ANEXO II, Resolução CNE/CP n. 1 de 17 de junho de 2004. In.: ABRAMOWICZ, Anete; BARBOSA, Lucia Maria de Assunção; SILVÉRIO, Valter Roberto (orgs). Educação como prática da diferença. Campinas: Armazém do Ipê, 2006. (p. 181)
 
De acordo com o livro-base da disciplina, o estudo da história do nosso país (Brasil) deve considerar a diversidade étnica e cultural para a formação do povo brasileiro. Nesse contexto, de que modo é determinado, para a LDBEN, o estudo da história e cultura dos povos indígenas e afro-brasileira?
O estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena foi determinado do seguinte modo: os conteúdos referentes à história c cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasi1eiras (LDBEN, art. 26-A, § 2°). Portanto, não são inserções pontuais de conteúdos, mas um conjunto de ações que atua em todo o currículo.(p. 183)
Questão 2/5
O estudo da história da educação nos permite avaliar como foi entendida e praticada a educação em épocas e sociedades diferentes. Possibilita-nos ainda entender a educação como um processo dinâmico, histórico e por isso mutável.
PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Ática, 2010 (p. 8)
Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas tele aulas e no livro da disciplina, discorra sobre como se compreende a pesquisa e a escrita da história e da história da educação atualmente.
A história da educação se utiliza de referenciais e métodos próprios da história, aperfeiçoando-os de acordo com seus objetos de estudo. Embora diferentes versões sobre um mesmo evento possam ser reconhecidas como possíveis, não é qualquer explicação que tem validade histórica (p. 16-22)
Questão 3/5
O estudo da história da educação nos permite avaliar como foi entendida e praticada a educação em épocas e sociedades diferentes. Possibilita-nos ainda entender a educação como um processo dinâmico, histórico e por isso mutável.
PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Ática, 2010 (p. 8)
Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas tele aulas e no livro da disciplina, discorra sobre as relações e pontos relevantes existentes entre a pesquisa, a história e a história da educação.
As diferentes versões sobre um mesmo acontecimento podem ser reconhecidas pelo historiador como possíveis, porém nem toda explicação é válida. A história na nova perspectiva questiona os fatos históricos e considera importante o tempo e o espaço para compreender a sociedade (p. 16 – 20)
Questão 4/5
Leia o fragmento de texto a seguir:
A democracia era absolutamente e sempre ameaçada. Tanto pela esquerda quanto pela direita. Mas paradoxalmente esta ameaça fazia bem para a democracia. Se vocês observarem o que foi a social-democracia de uma forma muito simplista, pode- se dizer que a social-democracia foi a resposta desta chamada democracia burguesa às ameaças. PINTO, Céli Regina Jardim. Teorias da democracia: diferenças e identidades na contemporaneidade. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004. (p. 25)
De acordo com o conteúdo das aulas e o livro-base da disciplina, o modelo político conhecido como Estado de bem-estar esteve embasado em duas teorias: o keynesianismo e a social-democracia. Nesse sentido, responda: o que é a “social-democracia”?
A social-democracia foi uma corrente política que reuniu partidos de esquerda (com denominações diversas, tais como social-democratas, socialistas e trabalhistas). Na Europa, diversos partidos social-democratas, quando no comando de governos, impulsionaram a constituição de Estados de bem-estar claramente orientados para a desmercantilização7 dos bens sociais. Instituíram simultaneamente mecanismos de redistribuiço de renda, como forma de relativizar as diferenças sociais. (p. 52-53)
Questão 5/5
“No dia 11 de agosto de 1971 foi promulgada a Lei nº 5.692, que regulamentava o ensino de primeiro e segundo graus. Entre outras determinações, ampliou a obrigatoriedade escolar de quatro para oito anos, aglutinando o antigo primário com o ginasial, suprimindo o exame de admissão e criando a escola única profissionalizante. A legislação complementar que acompanhou a Lei de Diretrizes e Bases foi imediatamente organizada pelo Conselho Federal de Educação (CFE), por meio da Resolução nº 8, e fixava o núcleo comum para os currículos do ensino de 1º e 2º graus, definindo seus objetivos e amplitude, e o parecer 853 do CFE, que definiu a doutrina de currículo, indicando os conteúdos de núcleo comum, apresentando o conceito de matéria, orientando suas formas de tratamento e integração, indicando os objetivos das áreas de estudo e os do processo educativo e remetendo-os ao objetivo geral do ensino de 1o e 2o graus e aos fins da educação.”
LIRA, Alexandre Tavares do Nascimento. Reflexões sobre a legislação de educação durante a ditadura militar (1964-1985). In.: Revista Histórica. Ed. nº 36, junho de 2009. Disponível em: http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao36/materia01/
 
Num primeiro momento a lei nº 5692/1971 recebeu poucas críticas. À medida em que ocorreu sua implantação, no entanto, diversos problemas foram evidenciados. A partir dos conteúdos trabalhados nas teleaulas e no livro base da disciplina, apresente três consequências da implantação da lei para a educação brasileira.
Perda de espaço na matriz curricular das disciplinas da área de humanas como História e Geografia; A introdução obrigatória de disciplinas de conteúdo cívico, como educação moral e cívica e organização social e política brasileira;  A precariedade de recursos humanos e materiais para a implantação das habilitações profissionais; A retirada de conteúdo do 2º grau que eram solicitados em vestibulares – em seus lugares foram colocadas disciplinas profissionalizantes; O favorecimento da expansão da rede privada de ensino por meio de subsídios políticos; A formação mais rápida de professores com a introdução das licenciaturas curtas. (p. 147)
Questão 1/5
“Li que numerosas questões sobre o gênero são colocadas: a pesquisa pode fazer economia do gênero? Como correlacionar sexo e gênero? Que gênero para a igualdade? O gênero tem impacto sobre as políticas? Quais são os efeitos do gênero? Que recortes podem ser feitos entre sexo e gênero? Qual é o futuro do gênero? É preciso falar em identidade de sexo, identidade sexuada ou identidade de gênero? Pode-se pensar a ciência sem uma consciência de gênero? Gênero ou sexo, quem se beneficia com isso?...”
 
LOUIS, Marie-Victoire. Diga-me: o que significa gênero?. Soc. estado. [online]. 2006, vol.21, n.3, pp. 711-724. ISSN 0102-6992. P. 713.
 
O excerto acima comenta dois conceitos muito presentes no debate intelectual, nas redes sociais, enfim dois conceitos que estão na ordem do dia. Há uma diferença efetiva entre estes dois conceitos? Justifique sua resposta.
O aluno deve responder afirmativamente explicando que sexo é um conceito ligado ao biológico, ao tipo de órgão sexual que se possui. Gênero é uma construção social, um conceito relacional, ligado ao papel que se espera que cumpram na sociedade homens e mulheres (mas não só). No livro-base: “O sistema sexo-gênero (...) tinha como objetivo separar os dois níveis, o biológico e o social.” (p. 52)
Questão 2/5
“De acordo com Dumont, a teoria da casta possui três tipos explicativos distintos (a explicação histórica, a voluntarista e a compósita), distribuídos em três épocas diferentes (século XIX, final do século XIX e a partir de 1945, respectivamente). A primeira delas, a explicação histórica – a que mais nos interessa –, se caracteriza pela predominância da atitude explicativa, pois, sendo as castas, segundo tal teoria, algo taxativamente exótico, surpreendente e escandaloso, busca-se explicar sua existência.”
 
OLIVEIRA, Arilson Silva. A sacralidade das castas indianas sob o olhar dumontiano. Revista ANTHROPOLÓGICAS, v. 19, n. 2, 2011. P. 9.
 
Tendo em vista o excerto acima, explique qual a posição de Mahatma Gandhi frente a ação afirmativa na Índia?
segundo o livro-base (pg. 163) ele se opôs as medidas, argumentando que mudanças nas relações entre as castas, se impostas por lei levariam a um conflito e que a situação só poderia se modificar com a mudança de mentalidade e a independência do país.
Questão 3/5
A primeira República é o período no qual se colocou em questão o modelo educacional herdado do império, que privilegiava a educação da elite.
PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Ática, 2010 (p. 54)
 
Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas teleaulas e no livro da disciplina, discorra sobre o panorama educacional do início da República no Brasil.
Ideias positivistas foram utilizados e defendidos por muitos dos participantes do movimento pela proclamação da República. A Constituição de 1891 foi inspirada no modelo derepública federativa norte-americano. A Primeira Guerra Mundial teve implicações políticas, econômicas e sociais no Brasil (97- 105). Muitos intelectuais debatiam a educação naquele contexto, como por exemplo, por meio das conferencias nacionais, organizadas pela Associação Brasileira de Educação. Embora a Educação não tenha sido tema central de discussão na primeira assembleia constituinte republicana, ela esteve relacionada ao debate de outras questões, como na definição de quem não teria direito a voto.  Houve grande empenho e investimento, no início da Republica, para a organização e expansão do sistema público de ensino no pais (p. 110-116) A escola era compreendida como instituição fundamental no esforço de moralizar e civilizar a população do pais e de estabelecer uma ordem social necessária para o progresso (p. 112)
Questão 4/5
A trajetória do ensino de história no Brasil sofreu com um longo período de estagnação, no mesmo momento em que é aberta a educação pública para todos, as políticas do regime militar, reprimiu e prejudicou a formação de bons historiadores e professores, seja pela falta de incentivo financeiro, cursos de curta duração ou manipulação das matérias estudas.
FONSECA, Selma Guimaraes. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. São Paulo: Papirus, 2003 (p. 18)
 
Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas teleaulas e no livro da disciplina, discorra sobre a educação no Brasil.
Atualmente, os municípios são os principais responsáveis pelo atendimento a educação infantil e aos anos iniciais do ensino fundamental. A formação de professores é um desafio presente para toda a educação básica, sendo mais sério nas fases iniciais da educação/escolarização. No ensino superior os professores com título de especialistas estão mais concentrados nas instituições de ensino. (p. 152-163)
Questão 5/5
O estudo da história da educação nos permite avaliar como foi entendida e praticada a educação em épocas e sociedades diferentes. Possibilita-nos ainda entender a educação como um processo dinâmico, histórico e por isso mutável.
PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Ática, 2010 (p. 8)
 
Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas teleaulas e no livro da disciplina, de que forma a nova compreensão da história se relaciona com a produção do conhecimento na história da educação?
Embora com ênfase a mudanças em suas proposições iniciais ao longo do tempo, podemos afirmar que hoje a nova história, ou os princípios e indagações inerentes a ela, como a história cultural, trem sido predominantemente na produção da história e da história da educação. Esta última, por sua vez, não é compreendida como uma nova ciência, pois se utiliza do arcabouças teóricos-metodológico desenviolado na história, embora o aperfeiçoamento e refinando-o em relação aos objetos específicos relativos a educação (p. 19-20)
Questão 1/5
A historiografia europeia, numa época em que só havia História científica na Europa, escreveu, desde meados do século XIX e em boa parte do século XX, a História do homem como história da civilização cristã ocidental e, embora menos abertamente, do processo de formação dos principais estados-nações europeus.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882004000200002 acesso em 12/07/15
Com a criação dos grupos escolares no século XIX, começou a ser instituído o ensino simultâneo, em que o professor lecionava para vários alunos ao mesmo tempo. A respeito do modelo de ensino simultâneo, descreva quais foram as dificuldades encontradas para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
Resposta certa: As deficiências encontradas existentes na época foram a formação de professores, os materiais didáticos e o mobiliário escolar, a exigência de construção de edifícios adequados para a instalação dos grupos escolares foi uma preocupação dos governantes, considerando o ideal de uma escola civilizadora, moralizadora e, portanto, com a função de ensinar bons hábitos. (p,114).
Questão 2/5
A trajetória do ensino de história no Brasil sofreu com um longo período de estagnação, no mesmo momento em que é aberta a educação pública para todos, as políticas do regime militar, reprimiu e prejudicou a formação de bons historiadores e professores, seja pela falta de incentivo financeiro, cursos de curta duração ou manipulação das matérias estudas.
FONSECA, Selma Guimaraes. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. São Paulo: Papirus, 2003 (p. 18)
 
Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas tele aulas e no livro da disciplina, discorra sobre a educação no Brasil.
Resposta certa: Atualmente, os municípios são os principais responsáveis pelo atendimento a educação infantil e aos anos iniciais do ensino fundamental. A formação de professores é um desafio presente para toda a educação básica, sendo mais sério nas fases iniciais da educação/escolarização. No ensino superior os professores com título de especialistas estão mais concentrados nas instituições de ensino. (p. 152-163)
Questão 3/5
A História aprendida na universidade deveria ser para auxiliar o professor em suas aulas, pois a umas grandes diferenças dos conteúdos e fontes das escolas para universidades. Está é uma ampla dificuldade encarada pelos professores de história, pois como fazer a história se torna didática e interessante para os alunos de ensino fundamental e médio. As repostas desta problemática começam a serem respondidas na Europa no século XIX, quando História se torna uma ciência, ela começa e ser ensinadas para alunos, e em universidades europeias.
 
FONSECA, Selma Guimaraes. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. São Paulo: Papirus, 2003 (p. 55)
 
Com o surgimento dos Estados- nações houve um profundo impacto na educação e na escolarização da Europa. Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas teleaulas e no livro da disciplina, discorra sobre os fatores que influenciaram a educação e a escolarização na Europa.
O estado mantinha seus interesses econômicos e políticos ao fornecer os benefícios à educação. Uma contribuição dos estados para a educação o responsabilizou pela instrução elementar universal gratuita, leiga e obrigatória. O pensamento liberal foi predominante para o período e culminou com a menor responsabilidade do Estado em relação à economia (p. 70-73). Nos séculos XVII e XVIII existiram pedagogos preocupados em propor uma educação mais aproximada da realidade, como Comenius. Nos séculos XVII e XVIII existiram pedagogos preocupados em propor uma educação mais aproximada da realidade, como Comenius. (p. 68-72) Em geral, a ampliação nesse contexto está associada a urbanização. A crescente demanda da população pela escola indica uma valorização da cultura escrita. Havia interesse de governos e intelectuais europeus em civilizar o povo por meio da escola (p.92 – 95). As iniciativas de ensino se articularam ao debate a respeito das ciências e da razão, que repercutiu na defesa da educação para a autonomia do pensamento (p. 92)
Questão 4/5
“A passagem do reconhecimento pacífico, por parte dos agentes sociais, de que se inserem em processos diferenciados de devir comunal – aquilo a que certos analistas chamam uma etnicidade do quotidiano – para formas de relacionamento étnico violentas ou fortemente discriminatórias, que assentam sobre atitudes radicais de othering (outramento?), não pode ser compreendida se partirmos da diferença, naturalizando-a.”
 
CABRAL, João de Pina. Crises de fraternidade: literatura e etnicidade no Moçambique pós-colonial. Horiz. antropol.[online]. 2005, vol.11, n.24, pp. 229-253. ISSN 1806-9983. P. 250.
 
A partir da leitura do excerto, discorra sobre qual o significado da expressão etnicidade:
Resposta certa: Segundo o livro-base “... etnicidade é percebidacomo um processo de elaboração interna positiva da diferença, que pretende alcançar outros níveis de representação política...” (p. 120)
Questão 5/5
“Mais uma vez o cientista apela para uma relatividade evolucionista e revela como crimes são ´involuntários`, em certas raças inferiores, e não se pode julgá-los com os códigos de “povos civilizados”. A crítica dirige-se, assim, aos códigos ditos universais, pregando-se a aplicação condicional em função dos diferentes estágios de civilização. A saída seria estudar as raças existentes no Brasil (e não um modelo geral); arma dessa ´geração realista` que procurou analisar a realidade a partir dos elementos que encontrava.”
 
SCHWARCZ, Lilia Katri Moritz. Quando a desigualdade é diferença: reflexões sobre antropologia criminal e mestiçagem na obra de Nina Rodrigues. Gazeta Médica da Bahia, v. 76, n. 2, 2008. P. 50.
Conforme o excerto se vê que ao longo do século XIX os cientistas tentaram buscar explicações empíricas para os fenômenos sociais. Muitas vezes, menos do que a expressão de resultados científicos confiáveis, estas pesquisas simplesmente davam o estatuto de científico para preconceitos arraigados na sociedade. Nesse sentido, explique qual a principal crença da chamada a antropologia criminal?
Resposta: Que a criminalidade seria um “fenômeno físico e hereditário”. Ver pg 104.
Questão 1/3
A História Tradicional é de caráter positivista, com embasamento em documentos escritos e história de grandes homens. O modelo
de história tradicional e do marxismo ortodoxo peca a privilegiar somente uma linha de aspectos chaves, causando pouca vontade nos alunos em aprender, pois esta história fica distante de sua realidade, e após um determinado tempo nem sequer lembra-se do que foi estudado.
	FONSECA, Selma Guimarães. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. São Paulo: Papirus,
2003 (p. 9)
Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas tele aulas e no livro da disciplina, discorra sobre os paradigmas da história conhecida como tradicional.
Resposta: Na história tradicional os fatos são apresentados pelo historiador de forma objetiva, como aconteceram, valorizando somente documentos oficiais como fontes válidas para a história. A história tradicional está voltada para os grandes acontecimentos e
“grandes homens”. O interesse principal está centrado em aspectos políticos e da história mundial. (p. 16 e 17)
Questão 2/3
(...) pode-se a firmar que o objetivo das reformas Pombalinas, de criar a escola útil aos fins dos Estados, passaria a ser concretizado, mas apenas o que diz respeito ao ensino superior.
PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Ática, 2010 (p. 42)
As reformas pombalinas para o contexto educacional foram influenciadas pelo pensamento iluminista e correntes européias. Com base no texto apresentado acima, nos conteúdos abordados nas tele aulas e no livro da disciplina, discorra sobre a Reforma Pombalina e a escolarização no Brasil
Resposta: A função da educação foi influenciada pelo pensamento iluminista sendo a organizar recursos para o reconhecimento 
legítimo das
Leis e dos costumes do estado seu principal objetivo. (p. 75) Houve o estabelecimento do ensino por meio das aulas régias (p. 76)
Questão 3/3
No Brasil os Jesuítas se dedicaram a duas tarefas principais: a pregação da fé católica e o trabalho educativo. Com seu trabalho missionário, procurando salvar as almas, abriram caminho a penetração dos colonizadores, com seu trabalho educativo, ao mesmo tempo em que ensinavam as primeiras letras e a gramática latina, ensinavam a doutrina católica e os costumes europeus.
PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Ática, 2010 (p. 33)
Para entender a influência da educação jesuítica no Brasil, é importante destacar a formação almejada pelos jesuítas não somente quanto à escolarização, mas também quanto à doutrinação católica e comportamental. Nessa perspectiva, discorra sobre o modelo educativo desenvolvido pelos jesuítas, dando ênfase à ação educativa jesuítica no Brasil colonial.
Resposta: A ação educativa jesuítica refletiu sobre um modelo que era lusitano e expressava valores e conteúdos vigentes em Portugal ainda que aplicados no Brasil. As características da educação colonial estiveram associadas às mudanças religiosas da época, as discussões humanistas e científicas às organizações políticas das monarquias absolutas, à expansão da burguesia mercantilista
e à composição Igreja-Estado. (p,63)
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