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Direito Administrativo

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UNIDADE I: INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO 
CONTEXTO HISTORICO:
A disciplina do direito administrativo, veio com a análise do Caso Blanco. O Dir.-ADM surge como limitação para o Estado, e se firmou com o acontecimento na França, pois ocorreu a revolução francesa, e outros casos que fincaram o Dir.-ADM, sendo assim necessário para o controle do Estado.
Caso Blanco !
Menina que saiu da vigilância dos pais e caiu em uma ferrovia, passou o trem e quebrou a suas pernas; No período onde o Estado não se responsabilizava com os danos causados a terceiros, pois o estado NÃO ERRA, com isso era irresponsável na pratica de seus atos, causando dano a terceiros e não responsabilizando o mesmo, pois colocaria o Estado na mesma posição de um particular, tratando em pé de igualdade, e ferindo a isonomia, e a soberania do Estado perante aos outros países. ESSE ERA A FUNDAMENTAÇÃO PARA NÃO RESPONSABILIZAR O ESTADO.
Como só existia o Dir.- Privado, o Estado respondia de acordo com essas regras, RESPONSABILIDADE SUBJETIVA.
Em relação a menina, o pai entendia que o Estado não responderia pelas consequências do ato, por conta da teoria que vigorava, porém, passa a questionar a teoria perante o tribuna francês, para que surgisse outra teoria própria para o Estado, ou seja esse sentimento nasce com o caso concreto, para que houvesse a criação de outra teoria específica para tratar o Estado, pois o Estado é diferente do indivíduo, de forma que se tratasse de forma os iguais e desigualmente os desiguais, pois o Estado detém um poder econômico e informações diferente do indivíduo. 
Com isso esse pai, questiona o Poder judiciário, para que o Estado responda de acordo teoria da RESPONSABILIDADE OBJETIVA, de forma mais severa, e ganha a ação, nesse momento surge a noção de REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO.
A ideia de Regime Jurídico, é que o Estado em uma relação jurídica deve se submeter a um conjunto de regras própria para ele, (regime- submeter a regras) com natureza de Dir.- Público própria pra tratar o Estado. 
Quando o Estado estiver presente na relação, se afasta o Dir.- Privado, e aplicasse regras próprias para ele.
Obs.: Caso Blanco, marca o surgimento do conjunto de regras que regem o Dir.- ADM
Responsabilidade civil do Estado, onde se aplica responsabilidade objetiva, e o surgimento da noção de regime jurídico administrativo, que se caracteriza como conjunto de regras próprias (diversas das que se aplica ao direito privado) que regula as relações onde o Estado está presente.
Em Regra o Estado se submete ao Dir.- Público, na falta dela, será aplicada de forma complementar e subsidiária, o Estado será submetido ao Dir.- Privado. O Dir.- ADM é uma forma de garantia para o indivíduo perante a atuação do Estado. Protege o indivíduo.
Formação do direito administrativo:
Países que influenciaram a formação do Dir. - ADM
Direito Francês:
-Ocorreu o surgimento do Estado moderno, estabeleceu o Estado de Direito; 
-O Caso Blanco. Surge a ideia de regime jurídico administrativo, com a ideia de decisões caso a caso, pelas jurisprudências, vai se formando de forma aleatória, de forma concreta; 
-Jurisdição dual: sistema do contencioso administrativo, onde o modelo de jurisdição é dual;
Direito alemão:
-Analisa o sistema francês, com sua contribuição assistemática pois, criando caso a caso;
-Já a Alemanha, contribui de forma abstrata, concepção doutrinária, de acordo com as teorias. Uma concepção mista, um pouco de doutrina e jurisprudência;
Direito EUA e Inglês:
-Fundado nos precedentes, direito costumeiro, onde um só direito irá resolver tudo;
-Common Low (Direito comum);
-Jurisdição Uma; 
-Separação dos poderes;
Direito Italiano: (Direito Francês + Direito Alemão)
-Acata a ideia de regime jurídico e jurisprudência, aliado ao desenvolvimento doutrinário.
1. Sistema administrativo (sistema de controle):
Existe dois sistemas administrativos ou sistemas de controle;
Europeu-Continental
Ideia de regime jurídico administrativo.
Formado por:
França 
Alemanha
Itália 
Anglo-saxão
Rejeitam a ideia de regime jurídico e adotam a ideia de Direito comum;
EUA
Inglaterra
O Brasil filia ao sistema administrativo europeu continental, uma vez que adota a ideia de regime jurídico administrativo, quanto ao modelo de jurisdição, o Brasil seguiu o modelo inglês de monopólio da jurisdição, para o poder judiciário, ou seja, jurisdição una
O Brasil recebeu maior influência do Direito Francês, mas o Brasil não se filiou ao Dir.- Francês puro, adota o regime jurídico ADM, mas não recai sobre ele a dualidade de jurisdição, pois adotou o modelo Inglês.
Se adota só o NOME (só a expressão) do CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO, mas não se aplica o conteúdo na totalidade, o contencioso é aplicado o nome em algumas esferas do Direito, batizando alguns processos administrativos, mas não há jurisdição dual.
*Características do Brasil:
-EUR- CONTINENTAL
-Regime jurídico ≠ Francês Puro 
-Una jurisdição
-Contencioso ADM, não adota o modelo, só adota o nome, a expressão.
 3. Fontes
-lei;
-súmula vinculante;
-jurisprudência; 
-doutrina;
-costumes e princípios gerais do Direito;
 
 4. Relação com outras disciplinas:
Sim, o Dir.- ADM se aproxima muito do Dir.- Constitucional (pois é estático, distribuiu a competência organizou a estrutura, diferente de Dir.- ADM que é dinâmico.) organizou, tributário, penal, processual penal (crimes contra a administração pública), civil...
 
 5. Objeto de estudo do Dir.- ADM:
-0bjeto de estudo é o Estado;
-O modelo de Estado é dinâmico, varia de acordo com o modelo de Estado, varia no espaço e no tempo. Variações específicas de cada povo.
 6. Função Administrativa: 
Concreta: Pois administrar é aplicar, Direito dinâmico, pois o administrador decide de acordo com a lei (age na legalidade), a vontade é normativa, o cidadão age na licitude, pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe; Com isso a função de administrar parece com a função do judiciário, pois o administrador analisa a lide e aplica a norma, é uma vontade normativa. Produz efeitos jurídicos imediatos.
Imediatos: É a aplicação da norma;
Parcial: É a ideia de parte, onde os interessados buscam algo perante a administração, e a mesma parte, decide a relação, ou seja o Estado pois também é interessado, pois faz parte de um dos polos. A relação é decidida por uma das partes. A função de julgar é imparcial, onde o juiz é um terceiro NÃO interessado, tendo uma relação piramidal, sendo que na relação administrativa é horizontal.
 
 7. Atividade Administrativa:
Serviço público;
Poder de polícia ADM;
Fomento;
Intervenção do Estado na propriedade privada;
Intervenção da Economia;
 8. Conceito
Vários critérios: varia de acordo com o critério.
 Do Serviço Público: a ideia que é voltado apenas para o serviço público; Não deixa de estar correto, porém incompleto, pois a atividade de administrar é mais abrangente. 
Do Poder Executivo: não é apenas ele que desempenha a função;
Legalista ou Exegético: noção de interpretar as leis; 
Residual:
Da administração Pública, critério misto: foi adotado no Dir.- Brasileiro, pois a palavra administração Pública tem dois sentidos; De modo que as duas formas se desenvolve do Dir.- ADM. De forma mista:
Sentido Subjetivo: vem de sujeito, é analisado a estrutura administrativa, é chamada também de orgânica ou formal, o Estado organiza, de onde vem;
Sentido Objetivo: é estudada a atividade administrativa, também chamado de material ou funcional, analisado a atividade em si, olha a atividade.
Ou seja o Dir.-ADM estuda a atividade em si, e aqueles que praticam. É o ramo do Dir.- Público interno, que por meio de um regime jurídico administrativo, estuda a atividade administrativa e aqueles que a exercem, a fim de concretizar o interesse público.
 
UNIDADE II: REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO E PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
Regime jurídico ADM, é um conjuntoharmônico de regras, que disciplinam uma matéria jurídica, aplicada ao Dir.- Público, no sentido misto, para concretização de seus fins.
 1.1. Características:
-O Direito ADM é desequilibrado, por natureza, é necessário. Em momentos o Estado tem privilégios e em outros momentos há limitações. O Direito privado é coordenado, relações equitativas, enquanto que o Direito Público funciona como uma gangorra.
- A grande característica do Direito ADM, é a coexistência (desequilíbrio) de prerrogativas e sujeições.
 1.2. Fundamentos:
-Princípio da Supremacia do interesse público, perante o individual. O Direito ADM é exorbitante do Direito comum, além do normal do que é Direito privado. A relação é de subordinação.
-Princípio da indisponibilidade do interesse Público. A vontade do Estado é normativa, não pode dispor do interesse Público. Não é negociável, é indispensável.
 
-Princípio da exigibilidade dos atos ADM. Alguns atos ADM, uma vez editados pela ADM, produzem efeitos jurídicos imediatos, pois a ADM vincula o indivíduo, ou seja o Estado exige de forma unilateral, diferente do Direito privado que se vincula a autonomia da vontade sendo assim bilateral.
Exigíveis de plano.
Ex: o agente ADM deve esperar o judiciário para apreender uma comida estragada no carvalho? Não.
 2. Princípios Administrativos: 
 2. 1. Espécies:
 2. 1. 1. Explícitos: art. 37, caput, CF.
Legalidade ADM:
-Licitude: é voltada para todas as práticas que não sejam proibidas por lei. Há mais liberdade.
-Legalidade: o indivíduo só pode fazer o que está previsto na norma. Há como listar os comportamentos. O servidor não tem liberdade no desempenho de suas funções, pois deve observar a lei.
Sentido Amplo: Visão moderna, não precisar ser exatamente uma lei, pode ser observado a legalidade de acordo com a norma. É uma noção de juridicidade (do que é jurídico, pode ser algumas espécie de norma, até mesmo os princípios.) essa é a visão dominante.
LEGALIDADE 
Sentido Restrito: Visão clássica, a legalidade é baseada na lei, em sentido formal e material, produzida pelo legislativo.
Reserva legal X Legalidade: A primeira está relacionada ao normatizador da conduta (quem vai fazer a norma), ou seja pode ser feito lei ou por lei complementar, ou por lei ou norma, é algo relativo. Na segunda também verifica a ideia do normatizador, mas, vincula o destinatário da norma, para que seja observada, e venha a agir de acordo com a lei, vincula aquele que vai cumprir a norma.
 A legalidade é relativa, por conta de suas variantes no sentido amplo, pois aceita lei e norma para disciplinar as condutas no direito ADM, a maioria das matérias da reserva legal é relativa, pois admite a legalidade no sentido amplo, a doutrina moderna.
Impessoalidade:
 A. Noções:
-O administrador quando realizar um, não pode privilegiar e nem perseguir ninguém; tem que agir com ISONOMIA (tratar com igualdade). Obedecendo o princípio da FINALIDADE, que busca a satisfação do interesse público, baseado na norma.
Obs:. Desvio de Finalidade:
Ocorre quando o administrador edita um ato perseguindo finalidade diversa da prevista em norma para aquele ato. Portanto o ato viciado por desvio é nulo.
 B. Relação do servidor com o Estado/ 3 sentidos:
A doutrina buscou explicar a relação do Estado com o Servidor, em relação ao fundamento da atuação do servidor público.
-Teoria da representação do Estado: A ideia de que o servidor seria o representante do Estado, porém, não foi aceita, pois representação pressupõe incapacidade, configurando que o Estado seria incapaz.
-Teoria do mandatário: A ideia que o servidor é um procurador do Estado, tendo um mandato, assim o servidor tem sua atuação limitada, conforme o mandato, e se exorbitar em sua atuação respondera por seus atos, livrando o coro do Estado.
-Teoria do órgão: Aplica a ideia de que o servidor é o Estado, o servidor atua como se o Estado fosse, é imputado a ele. É uma relação de imputação pois o que o servidor fizer no exercício da função será aplicado ao Estado, reflexo do princípio da impessoalidade.
Ex: Art. 100, CF; a licitação, concurso;
Moralidade:
-Moral Comum: É interna, é variável, é subjetiva. Não produz efeitos jurídicos. O particular não é obrigado a exercer.
-Moral ADM: Moral jurídica, juridicização da moralidade, o servidor é obrigado a desempenhar. É invariável, objetiva, externa.
Art.:. 37, Ş​ 4°, CF- lei 8429/92;
 5°, LXXIII, CF – lei 4717/ 65;
 129°, III, CF ACP;
Publicidade: 
-Todos os atos administrativos devem ser públicos. Diferente de que todos os atos devem ser publicados, pois este é um instrumento, dentre vários outros, ex: diário da união, internet.
De ofício: Aquela publicação ordinária. Ex: A ADM vai gastar, tem que publicizar.
Pode ser: 
Por provocação: Ocorre quando o cidadão procura saber, como ocorreu, direito de provocação. Direito de certidão, de petição. O efeito jurídico a ausência de publicidade provocada, é a instauração de Habeas data e Mandado de segurança. 
Atenção: A exceção é o sigilo, art. 5°, X, XXXIII, LX, CF
-Situações onde a publicação irá ferir a honra a imagem, a intimidade, a segurança do Estado e da sociedade.
-Lei de acesso a informação: lei 12.527/11; LEITURA.
*Propaganda oficial é autorizada art. 37, CF. Ressalvada a ideia de auto promoção.
Teoria tradicional: A ausência de publicidade provoca a inexistência do ato. Pra essa teoria a publicidade é requisito de existência do ato.
Ausência se publicidade:
Há duas teorias.
Teoria moderna: A ausência de publicidade, não torna o ato inexistente, só torna ele ineficaz. O ato existe, mas não produz efeitos (teoria utilizada atualmente).
*Art. 61, parágrafo único, lei 8.666/93: o contrato se não publicado, é ineficaz, e não inexistente.
Eficiência: 
Não estava no rol do art. 37°, CF/ 88 foi adicionado posteriormente com a emenda 19/98 inserido 10 anos depois da CF. Antes de 88 a eficiência era exigida, mas não de forma constitucional, pois a legislação infra constitucional já se adaptava, não é uma inovação. Vem com influência do setor privado;
-Surge na época das privatizações, modelo neo liberal, diminuição da intervenção estatal, tem-se o surgimento das agências reguladoras.
-O princípio da eficiência tenta estabelecer um modelo.
-Administração gerencial: Tentativa de afastar o modelo formal, burocrático de administração, inspirado no direito privado, além de trazer economicidade e maior produtividade privado, além de trazer economicidade e maior produtividade.
-Reflete na atuação do agente público, e na forma de organização da administração;
-Instrumentos complexos: Ex: Contrato de gestão, agência reguladora, agência executiva, a obrigatoriedade em regra de concurso, o estágio probatório, avaliações periódicas de desempenho;
-Art. 169, CF, o constituinte trouxe uma orientação nas situações que a administração estiver gastando muito, com despesa de pessoal.
-Art. 5°, CF ideia da duração razoável do processo. O serviço público deve ser adequado.
Obs.:. A eficiência juntamente com a moralidade, são meios de controle, norteando a atuação do administrador, é um conjunto, não só a legalidade como meio de controle.
IMPORTANTE !!!
Súmula vinculante n°13 STF: Trata sobre o nepotismo, a proibição de contratar parentes (cônjuge, companheiro, na linha reta e colateral até 3°) não surge com essa súmula, pois o ato é imoral, ferindo a impessoalidade, isonomia, finalidade, eficiência que estão previstos no texto original da CF/ 88. A designação reciproca é o nepotismo cruzado, um contrata o parente do outro. Relaciona-se aos cargos que devem ser preenchidos por concurso público, para a coletividade, a qualquer poder e membro federativo. A exceção é dada pelo próprio supremo, é de natureza política, trata dos cargos de natureza política, envolve os ministros, secretários estaduais, secretários municipais, estes podem ser indicados por parentes e não se considera nepotismo,cargos em comissão e confiança.
 2. 1. 2. Implícitos: são todos os demais.
Implícito não é sinônimo de não positivado, pois o primeiro equivale a todos os princípios que não estiver no art. 37, CP, abrangendo os positivados ou não positivados, pois terá implícitos na lei geral, ou leis específicas, norma.. É um rol aberto, exemplificativo. 
Abrange também os fundamentos do regime jurídico ADM, como princípios implícitos.
P. Licitação: É um procedimento administrativo, que busca a melhor proposta para que a ADM celebre o contrato com o vencedor da licitação. Impede que o administrador disponha livremente do seu patrimônio. No fundo recai a ideia de indisponibilidade do interesse público.
P. dá impenhorabilidade do bem público: Limita o direito do credor, em prol da supremacia do interesse público.
P. da limitação do direito de greve do servidor: O servidor tem direito a greve, mas com as devidas restrições, é condicionado. Pois não pode fazer uma greve ilimitada, a ideia da continuidade, da supremacia do interesse público.
P. dá continuidade dos serviços públicos: Reflete na indisponibilidade do interesse público e limitação do direito de greve do servidor.
 
P. do concurso público: A mesma ideia da licitação, o uso da impessoalidade, evita o direcionamento de pessoas, pois o concurso faz uma seleção.
P. da responsabilidade objetiva: É uma teoria que deu o surgimento do regime jurídico. Art. 37, §6°, CF. ATENÇÃO, o causador do dano responde pelo dano independente de dolo ou culpa, essa teoria aplicasse ao Estado como regra nas ações que causam danos. Na omissão não é responsabilidade objetiva.
P. da finalidade: Baseado na norma, que em sentido amplo é invariável pois busca concretizar o interesse público.
P. da isonomia: A ideia de igualdade na forma material, tratar os desiguais na medida das suas desigualdades. Em relação as Discriminações, (entenda discriminar é diferenciar, pode ser feita para privilegiar, ou para afastar) é acetada na igualdade material, mas deve ser discriminações instrumentais, ou seja relacionada com a finalidade percebida, deve ser justificada. Não pode ser feita de forma absoluta, existe as discriminações que privilegiam, a ex: as cotas.
P. do devido processo legal: É a ideia de restrições a direito, mas que tem fundamentação na lei.
P. da ampla defesa: É a devida condição de rebater as restrições,
P. do contraditório: Contrapor as acusações. 
P. da proibição das provas ilícitas:
P. dá coisa julgada ADM: Coisa julgada significa algo imutável, onde aquela decisão não será revista por ninguém. Mas, é importante ressaltar que o único que faz coisa julgada é o poder judiciário. O processo ADM não faz coisa julgada, porque não é jurisdição. Mas a expressão coisa julgada administrativa, que dizer que percorreram-se todas as instâncias de recurso e foi tomada a última decisão administrativa que não cabe mais recurso administrativo. Ocorre quando essa decisão se torna irretratável, mas não quer dizer que é imutável, porque o judiciário pode rever essa decisão; 
Palavra-chave: coisa julgada ADM é irretratável; Coisa julgada judiciária é imutável.
P. do controle: Todos os atos da administração são controlados pela própria administração ou seja é feito um controle interno, feito pelos seus próprios atos, mas pode sofrer o controle do poder judiciário e poder legislativo, desempenhando suas funções de forma externa. 
P. da motivação: É a exposição dos motivos, que justificam os atos praticados pela ADM. Exposição dos fatos e dos direitos, para a pratica do ato. Fincado na legalidade. No Dir.- Público o entendimento majoritários é que todos os atos devam ser expostos, deve ser apresentado a motivação. A REGRA é a motivação, RESSALVADA os casos de livre nomeação e exoneração, dos cargos em comissão, não é obrigado, pois a própria CF que estabelece.
 Diferente disso é o MOTIVO, pois este configura-se a motivação em si.
P. da razoabilidade/proporcionalidade: O STJ, adota como expressões sinônimas, ideia de adequação de meios e fins, utilizar os meios necessários e suficiente para atingir sua finalidade. 
Obs: Caput do art. 37, CF. Destinatários dos princípios: Natureza do rol é exemplificativo, a ideia de destinatário a qualquer poder, nível federativo, ou seja, é voltado a todos que estiverem exercendo atividade administrativa. 
UNIDADE III- PODERES ADMINISTRATIVOS 
Introdução:
Passamos agora a estudar os instrumentos que o administrador ira utilizar para a realização dos seus atos. São as suas ferramentas básicas utilizada para desempenhar suas funções.
“Poder- dever ou dever- poder “
A ideia de poder, traz a noção de dever, natureza dúplice, onde todo poder dado ao administrador, tem uma contraprestação de dever, sempre fundamentado no interesse público. 
O poder na esfera pública é um dever. O poder é reflexo da função do administrador, conferido a ele como uma obrigação, podendo o cidadão rever a atividade, exigir do algo administrador, contando que esteja na sua esfera de competência.
- A característica do poder administrativo, que é conferido ao administrador, é de ser indisponível, irrenunciável. Não pode ainda, o poder, ir além dos limites da lei, observância ao princípio da legalidade. O poder é limitado, pois decorre da lei, só pode ser exercido nos limites previsto na norma.
Poder Administrativo X Poder Estatal:
Os poderes estatais (executivo legislativo, judiciário) são a estrutura do Estado, é estudado no Direito constitucional. Os poderes administrativos são exercidos por servidores que estão dentro dos poderes estatais, desde que exerçam a função de administrar, são instrumentais.
 
Características:
- Indisponíveis;
- Inegociáveis;
- Normativo;
- Limitado;
Poderes ADM:
Poder Vinculado: É o poder conferido pela lei a administração para a pratica de ato de sua competência, devendo ela agir nos estritos termos da lei sem nenhuma margem de liberdade. 
- Os elementos vinculados do ato administrativo são sempre a competência, a finalidade e a forma. O princípio da legalidade impõe que o agente público observe fielmente todos os requisitos expressos na lei cômoda essência do ato vinculado.
Poder Discricionário: É a manifestação de vontade que tem cinco requisitos, todos previstos na norma, sendo três deles previstos e preenchidos, e em dois deles (motivo e objeto) a norma trará alternativas de escolha.
- É aquele mediante o qual o administrador tem liberdade de ação administrativa, escolhendo da conveniência, oportunidade, necessidade e conteúdo do ato, de acordo com os limites da lei.
- A conveniência se identifica quando o ato interessa, convém ou satisfaz ao interesse público.
- Há oportunidade quando o ato é praticado no momento adequado a satisfação do interesse público. São juízos subjetivos do agente competente que levam a autoridade a decidir nos termos da lei que se incube a indicar quando é possível essa atuação por meio das expressões “ será facultado”, “poderá o poder público”.
	VINCULADO
	DISCRICIONÁRIO
	Quanto a liberdade para realizar o ato:
	Ato regrado;
	Ato discricionário;
	Não a liberdade alguma para a pratica do ato.
	Há uma certa liberdade vigiada, para a pratica do ato.
	Para o ato ser valido precisa de 5 requisitos previsto na norma: forma, sujeito, objeto, motivo e finalidade;
	Para o ato ser valido precisa de 5 requisitos previstos na norma: forma, sujeito, objeto, motivo e finalidade;
	A lei previamente prevê os 5 requisitos, e preenche todos;
	A lei prevê os 5 requisitos, preenche 3 deles, e nos outros 2 elementos (motivo e objeto), a norma traz alternativas para exercer um pouco de liberdade;
	O ato vinculado não tem mérito. Pois o administrador não tem liberdade de escolha. 
	A liberdade na edição dos atos é analisado de acordo com a conveniência e oportunidade nos requisitos motivo e objeto,
dentro das alternativas que o administrador tem. Essa análise (de conveniência e oportunidade) é chamada de MÉRITO.
Obs:Não existe ato inteiramente discricionário, pois mesmo no ato discricionário existe elementos vinculados. A fonte de liberdade no direito público é a norma.
	Discricionário
	Arbitrário 
	É o ato editado de acordo com a lei, tento o servidor uma certa liberdade;
	É agir contra a lei;
	Editar ato legal;
	Editar ato ilegal; Que exorbita a lei;
Poder Hierárquico: Decorre da distribuição escalonada de competência oriunda do ordenamento.
	
- Fiscalizar.
- Dever de mando/ obediência: relação de subordinação, autoridade.
- Estrutura horizontal, distribuída de maneira coordenada.
- Competências distribuídas de forma escalonada, permitindo maior sistematização, racionalidade.
- Princípio da legalidade: só tem atribuições se a lei lhe conferir.
Relação de autoridade e subordinação: 
A partir dessa relação surge reflexos:
- Dar ordens;
- Obedecer;
- Rever/ Fiscalizar;
- Delegar: LEITURA do art. 11 ao 15 da lei 9784/99. Ato da competência da chefia que determina a execução do subordinado. O ato é de competência do superior, mas ele determina que o subordinado execute o ato.
- O subordinado pode se recusar a executar um ato que ele recebeu por meio da delegação? Não pode ser recusado. O subordinado responde pelas consequências que surgirem no decorrer da execução. Quem faz responde, e não o competente originariamente.
* Exceções a delegação:
Não é ilimitado; 
- Os atos de competência exclusiva do superior, não podem ser delegados, a lei determina quem vai executar.
- Atos de normatização, são os atos de caráter normativo.
- Decisão de recurso administrativo.
- Avocar: A competência é do subordinado e o superior chama para si a execução do ato. Aqui vale a ideia de quem pode mais pode menos, não pode o superior retirar tudo do subordinado, tem suas restrições.
* Exceção da avocação: 
- Os atos da competência exclusiva do subordinado;
- Não pode ser objeto quando for injustificada;
- De caráter total ou permanente;
- Para que ocorra a avocação deve ser sempre justificada, temporária, e parcial. Não se pode avocar o conjunto das atribuições.
Obs: Existe uma exceção, onde o subordinado pode se recusar a obedecer o superior hierárquico, quando se tratar de ordem manifestamente ilegal. Atos que afronte a lei. 
 - Dirimir conflitos de competência: resolver as controvérsias em torno da competência.
Princípio da Especialidade:
É um princípio implícito da administração, a noção de quando a ADM cria uma pessoa jurídica, ela cria especialmente para um fim, ideia de finalidade e atuação, que vem definida na norma, ligados ao princípio da legalidade. 
Não existe hierarquia entre a ADM direta e indireta. 
Hierarquia é a ideia de subordinação.
Existe vinculação ou tutela, baseado no princípio da especialidade, a ADM direta fiscaliza- controle finalístico.
Poder Disciplinar: O poder de punir do Estado, é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores.
- É exercido no âmbito dos órgãos e serviços da administração. É considerado como supremacia especial do Estado. O poder disciplinar decorre do poder hierárquico, mas o poder disciplinar não se confunde com o mesmo. No uso do primeiro a administração pública distribui e escalona as funções executivas. Já no uso do poder disciplinar, a administração simplesmente controla o desempenho dessas funções e a conduta de seus servidores, responsabilizando-os pelas faltas porventura cometidas.
- O poder disciplinar tem sua origem e razão de ser no interesse e na necessidade de aperfeiçoamento progressivo do serviço público.
- Não se confunde com o direito de punir do Estado, pois este trata da jurisdição, realizado pela justiça penal. O disciplinar é interno à Administração, enquanto o penal visa proteger os valores e bens mais importantes do grupo social em questão.
- Jus puniendi= jurisdição.
- O poder disciplinar está voltado pra apurar, punir, no âmbito administrativo, os autores de infrações do decorrer da pratica de seus atos. Natureza funcional; Não é jurisdição.
Um ato do servidor público tem a POSSIBILIDADE de repercutir em 3 (administrativo, penal e civil) esferas, em 3 instâncias de responsabilidade. O fundamento dessa responsabilização que pode ocorrer nas 3 esferas é o princípio da independência de instancias, essa é a REGRA, também chamado de incomunicabilidade de instância. 
REGRA: uma instância não se comunica com a outra, a decisão de uma não influência na decisão da outra. Podem ocorrer simultânea ou separadamente.
EXCEÇÃO: É a da comunicação, que pode ocorrer APENAS na esfera PENAL, nas decisões absolutórias que tem que ser necessariamente em relação aos fundamentos:
- Decisão penal absolutória por negativa de autoria;
- Decisão penal absolutória pela presença de excludente de licitude: legitima defesa, estado de necessidade, exercício regular de direito.
- Essas são as decisões capazes de vincular as demais decisões, só ocorrem na esfera penal
 
Sindicância: Parece com inquérito policial, 
Utilizado para investigar, é aberto em razão de ocorrências administrativas.
- Não é obrigatório;
- Não existe contraditório;
Infração administrativa:
 PAD (Processo Administrativo Disciplinar): Pode 
 Ocorrer com ou sem a sindicância. É por meio 
 Dele que se aplica as penalidades ao servidor.
 - faz menção ao devido processo legal. 
Características: 
- Não é jurisdição;
- É gratuito, ou seja não oneroso, uma forma de incentivar a via administrativa para resolução dos conflitos;
- É mais informal que o processo judicial;
- Não faz coisa julgada, pois não é jurisdição, podendo ser recorrível ao poder judiciário.
Poder Normativo: A administração cria mecanismos de complementação das leis. Pode normatizar, mas não pode legislar, pois é de competência privativa do poder legislativo;
REGRA GERAL: é dado à administração para editar normas que permitam a fiel execução da lei – art.84, IV, CF. Normatizar é diferente de legislar. Norma é gênero a qual lei é espécie. O poder normativo é o poder que o administrador tem de normatizar condutas previstas em lei. Ele não pode criar direitos, ira aplicar, em conformidade com a lei, nunca estendendo ou restringindo. Só a lei tem o poder de inovar, criando e extinguindo direito. 
- Art.84, IV, CF. Na primeira parte é o poder político e a segunda administrativa. Aplica-se o princípio da simetria, ou seja, o poder que se dá ao chefe da União, tem que dar para o Estado e Município. 
Poder normativo e as divisões:
- Função legislativa/ Residual: só é conferido ao poder legislativo, só leis (novidade);
- Função Regulatória: se refere a todas as outras esferas de norma, ex: circulares, portarias, resolução, instrução normativa e etc.
- Função Regulamentar: só edita regulamento, geralmente os decretos, dec. Regulamentares quem edita é o chefe do poder Executivo, está concentrado a ele. (art. 84, IV, CF.
O poder normativo da administração é a capacidade de normatizar por meio da função regulatória e regulamentar.
Obs: Todos estão privados de editar decretos regulamentares, menos os chefes.
 DECRETO REGULAMENTAR: secundário, pois regula a lei, não pode inovar. Complementa o que a lei não disse.
É A NORMA DE 1° GRAU: norma primária ou ordinária, encontra seu fundamento na CF;
É A BASE
 - Os decretos que fazem a execução da lei, é a regra do poder administrativo, o detalhamento não pode:
Ir além;
Ser menos; Se isso ocorrer, o decreto estará ferindo o princípio da 
E ser contrário a lei; legalidade; Art. 84, IV, CF.
 
- EXCEÇÃO: É o decreto autônomo, ou decreto independente, tem como características de ser norma de 1° grau,norma originaria ou primaria, é a exceção a ideia de inovar, sem regulamentar a lei. Tendo fundamento da própria CF. Com isso o decreto autônomo pode fazer uma coisa que só a lei pode fazer, mas não em qualquer caso. Só nas seguintes hipóteses: 
Mexer na administração pública desde que não aumente a despesa ou extinga órgãos públicos.
Extinguir função ou cargo público desde que esteja vago.
- Obs: Pode ser editado pelos chefes do executivo.
- Art. 49, V, CF: o administrador que extrapolar sua competência, vai sustar o ato.
- CNJ e CNMP: são órgãos de natureza administrativa, tendo, portanto, poder normativo direto da CF, pois a própria CF previu estes órgãos.
 Movimento de deslegalização; Concepção de legalidade, noção de reserva legal, e incremento do poder normativo da administração. 
- Função Regulatória: Agência regulatória, o STF chamou de discricionária, delegação por parâmetros ou pormenorização técnica, não está legislando só regulamentando.
 
Poder de Polícia:
Noção de Polícia: Ideia de restrição, de fiscalização, é a restrição de direitos e liberdades individuais em favor do interesse público. A expressão polícia na atualidade tem duas vertentes:
	Poder de Polícia Administrativo
	Poder de Polícia Judiciária
	Representam a atividade do Estado de fiscalização;
	Esfera administrativa;
	Esfera penal e processual penal;
	Reprimir infrações administrativas;
	Aplica-se às infrações penais;
	Esta espelhado entre os órgãos da administração, incide sobre bens, direitos e atividade, não precisa ser servidor, recai sobre todos. Há varias sanções: multa, apreensão de mercadorias; 
	Está concentrado em corporações especializadas, incide sobre as pessoas, somente a polícia judiciária pode aplicar pena de prisão;
	Também chamada de polícia função; Vários tipos de servidores e vários órgãos pode exercer, é difusa. 
	Também chamada de polícia corporativa; É uma atividade concentrada, nas corporações especializada;
	Predominantemente Preventiva;
	Predominantemente Repressiva; 
	É a atividade principal;
	É a atividade acessória do judiciário, está no apoio do exercício da jurisdição;
	É relevante a atividade, e não quem exerce, chamada de polícia função, polícia atividade, polícia objetiva. É da atividade.
	É relevante quem exerce, também chamada de polícia corporação, polícia sujeito, polícia organização. É de quem faz.
- Obs: Ambas são preventivas e repressivas;
- Obs: Atividade da polícia administrativa podem ser exercidas pela polícia xorporativa, mas não o inverso. 
- Obs: 
Forma de lei, mas o conteúdo é ADM. Uma das espécies de limitação do direito de propriedade, em regra. Ex: desapropriação;
Atos normativos: quando a lei restringe, o ato normativo deve restringir também.
Atos concretos: -Prevenção: vem antes, ex: fiscalização, licenças e autorizações. - Repressão: vem depois, ex: dissolução de reuniões, apreensão de mercadoria e interdição de estabelecimento.
 Fundamentos que dá legitimidade para a atuação do Estado: 
- Interesse público é superior ao interesse privado, fundamenta a intervenção do Estado na esfera individual da sociedade, de acordo com a lei;
- Os direitos não são absolutos, diante disso o Estado está legitimado a fiscalizar, por conta dessa premissa, sempre em prol do interesse público. Ideia da ponderação, da relativização do Direito.
Finalidade: Esse instrumento serve para concretizar o interesse público. 
Conceito: Restrição de direitos e liberdades individuais em prol do interesse coletivo, em razão dos valores que são importantes. Exige abstenção ou ações. 
Ex: não dirija sem habilitação, coloque o sinto de segurança. Portanto, não é só uma atividade negativa.
- Art.78, CTN: São atividades que ele pode restringir em prol do interesse público.
- Art. 145, II, CF: Taxa é espécie de tributo que é o gênero, e uma das razões para ser cobrada ao administrado é pelo exercício do poder de polícia administrativa. Ou seja o poder de polícia está ligado a cobrança de taxas. 
- Obs: 
Licença: Ato vinculado, o sujeito deve preencher os requisitos previstos na lei. Com isso o Estado não pode negar ao particular a expedição da licença, (direito subjetivo para o particular). Pode ser:
- Anulado: se emitido com vício.
- Cassado: Se perde as condições.
- Gera direito de indenizar.
Alvará
 Autorização: Ato discricionário, pode ser revogada, anulado pela ADM Pública. Analisa o mérito, não gera direito subjetivo, Não gera direito de indenização. Regime jurídico precário.
Características: A doutrina elencou como predominante.
- Discricionário: em regra, mas tem exceção: não é sempre pois a licença é ato vinculado*. 
- Indelegabilidade: poder de polícia e função típica do Estado. Não pode ser exercido pela iniciativa privada, não importa se dentro ou fora do Estado. Deve ter personalidade jurídica de Direito público.
Obs: Obrigações acessórias: São atividades secundarias, ou seja, apenas garantem a execução do poder de polícia, podem ser delegadas. Ex: boleto de multa, concerto de foto-sensor. O que não pode ser delegada é a obrigação principal, ex: o servidor que multa tem que ser vinculado a pessoa jurídica de direito público. As acessórias não implicam em ato de decisão.
- Imperatividade: É vincular a vontade do terceiro, a execução do poder de polícia, independente da vontade dele.
- Autoexecutoriedade: Formado pela exigibilidade (possibilidade de ser exigível, meios indiretos de convencimento, todo ato de polícia tem;) + executoriedade (é o uso de força, são os meios diretos de coerção), vincula o sujeito. Nem todo ato de polícia admite a executoriedade, esta deve ter a previsão legal. Todo ato do poder de polícia é exigível, mas nem todo ato tem executoriedade, isto é nem todo ato precisa que a administração utilize a força.
Obs: MULTA é sanção do poder de polícia, não tem autoexecutoriedade, se tivesse, a administração poderia utilizar a força para obrigar o administrado a pagar. 
Obs: Situação emergencial: Ato do poder de polícia que autoriza o uso da força sem previsão legal, na qual o interesse público autoriza o uso da força em nome da sociedade. É a EXCEÇÃO a regra da previsão legal, para o uso da força.
UNIDADE IV: ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 
VINCULAÇÃO
1. Introdução 
- Pessoa = Ente, ou seja tem personalidade jurídica que podem ser de direito público ou privado.
- Pessoa ≠ Órgão, pois o segundo é parte da pessoa jurídica, e portanto, não tem personalidade jurídica. Significa que o órgão, ou agente, pratique é de total responsabilidade do ente. Teoria da Imputação. Órgão é a unidade de atribuição DESPERSONALIZADO. 
2. DESCONCENTRAÇÃO (órgão): é a divisão interna de uma pessoa jurídica. A pessoa jurídica distribui competência para seus órgãos, ou seja é feita internamente, com isso existe subordinação.
Obs: DESCENCENTRAÇÃO POLÍTICA: existe no direito constitucional, são os entes da federação, o Estado unitário não tem descentralização política, existindo centralização política. 
3. DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: Ocorre quando uma pessoa jurídica (ente político) distribui competência para outra pessoa jurídica (entes administrativos). Não existe subordinação (hierarquia), o que há é uma vinculação ou tutela, baseado no princípio da especialidade.
- Obs: Na administração direta existe centralização e desconcentração, enquanto que na administração indireta existe descentralização e desconcentração.
- Obs: A estrutura da administração pública foi prevista pelo Decreto-lei n° 200/67, que estabelece a estrutura da administração pública federal. Estados e Municípios Não estão obrigados a seguir a estrutura da administração (direta e indireta). Mas, os entes políticos resolveram adotar a mesma estrutura, conforme o princípio da simetria. 
4. Visão geral: A administração pública é composta de;
4.1 Administração direta/ centralizada: é a pessoa jurídica de direito público, é ente político. Ex: União, Estados e Municípios,estão previstos na CF. Dentro deles existe órgãos e agentes (desconcentração). Só que, criar mais órgãos não resolveria o problema, ou seja, não teria como os entes dar conta de todos as obrigações, portanto a administração direta criou a indireta.
4.2 Administração indireta/ descentralizada: São entes administrativos e se subdividem em quatro (todos os entes abaixo possuem seus órgãos e agentes):
4.2.1 Autarquia: direito público; 
4.2.2 Fundação pública: direito privado;
4.2.3 Empresa pública: direito privado;
4.2.4 Sociedade de economia mista: direito privado;
5. Características da Administração:
5.1 Administração Direta:
5.1.1 Pessoas políticas com atribuições políticas: é a competência legislativa;
5.1.2 Personalidade Jurídica de direito público, é pessoa jurídica do Estado. Se for uma pessoa jurídica se direito privado que não se submete totalmente ao direito privado, é um ente administrativo (fundação, empresa pública ou sociedade de economia mista).
5.1.3 Art. 41, CC elenca as pessoas jurídicas de direito público;
5.1.4 Organização – Lei de cada ente: Cada ente político pode ter sua própria organização. A União criou sua organização e os Estados e Municípios não estão obrigados a se organizar igual a União;
5.1.5 O Estado é o titular e o executor do serviço público: ele não transfere nem a titularidade nem a execução. Na administração, o ente federativo é o titular e o executor;
5.2 Administração Indireta: 
5.2.1 Lei específica de iniciativa privada do chefe do executivo: é criada através de lei. É lei ordinária e só pode tratar daquele ente administrativo a ser criado.
5.2.2 Art. 37, XIX, CF: Para a autarquia basta a lei, ou seja, é criada por lei instituidora (lei criadora), nascendo a partir da vigência dessa lei. Os demais entes a lei não é instituidora, mas sim autorizadora. A lei autoriza a criação, mas o “nascimento” da pessoa jurídica se dá com o registro. As fundações públicas terão sua área de atuação definidas em lei complementar, mas é autorizada através de lei ordinária, já nascem com o patrimônio e administração própria.
5.2.3 Pessoas Administrativas;
5.2.4 Patrimônio próprio;
5.2.5 Administração própria; 
5.2.6 Criação: Autarquia com lei instituidora, os demais entes com lei autorizadora e registro.
5.2.7 Extinção: É aplicado o princípio do paralelismo das formas. A autarquia para ser criada precisou de lei, portanto lei extinguindo. Nas demais, a lei também autoriza a extinção, mas tem que cancelar o registro.
5.2.8 Existe vinculação ou tutela com a administração direta – Princípio da Especialidade: A subordinação ocorre dentro de uma pessoa jurídica na relação com seus órgãos. Entre pessoas jurídicas diferentes não há subordinação ou hierarquia e sim vinculação ou tutela. As pessoas jurídicas do Estado nascem com uma finalidade a cumprir. A vinculação é isso, é a administração direta supervisionando a ADM indireta, para verificar se está seguindo o fim para o qual foi criada. É a supervisão ministerial.
5.2.9 Dever de licitar – Art. 37, XXI, CF: todas as entidades estão obrigadas a licitar independentemente se é de direito público ou privado, ou seja, abarca autarquia, fundação, empresa pública e sociedade de economia mista; Mas nem todas seguem as mesmas regrar de licitar, pois algumas tem regras menos rígidas.
5.2.10 Concurso – Art.37, II, CF: Apesar de alguns entes ADM ser de direito privado, recai sobre eles a incidência do direito público, portanto, necessita de concurso. A regra do concurso público vale para a administração indireta, tanto para os cargos como pra emprego. 
5.2.11 Controle do tribunal de contas – Art. 70 ao 75, CF: Todas as entidades administrativas se submetem ao controle do tribunal de contas. 
5.2.12 Autonomia: Administrativa, Gestão e Financeira.
5.2.13 Responsabilidade Civil: Ocorrendo dano contar 3 terceiro, elas podem ser responsabilizadas, todas respondem pelos seus atos.
5.2.14 Dirigentes:
	Autarquias/ Fundações
	Empresa Pública/ Sociedade E. Mista
	Dirigente é a pessoa que manda na pessoa jurídica administrativa, é um cargo em comissão, instituído pelo chefe do poder executivo, pode ser ocupado por servidor de carreira.
	Ocorre a com a nomeação do chefe do executivo, mas PODE HAVER (não é obrigado) um condicionamento a aprovação do poder legislativo;
	O STF entende que para nomeação do dirigente, basta nomeação do chefe do executivo
	Há maior incidência de direito público, maior proteção para o Estado, entende-se que deve haver um maior controle, não tendo problema o condicionamento do poder legislativo;
	É proibido o condicionamento do dirigente desta nomeação a aprovação do poder legislativo, é inconstitucional, fere a separação dos poderes. Tem menos incidência de direito público;
6. Autarquia: 
6.1 Visão Geral: É pessoa jurídica de direito público. Tem administração, patrimônio, servidores e responsabilidades próprias, ou seja, responde por seus atos.
- Há desconcentração, pois atribui ações aos órgãos e seus agentes.
- A criação ocorre por meio de lei instituidora e a extinção por lei extintora de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo. 
- Uma autarquia nasce para desempenhar uma atividade típica de Estado, ou seja, aquela que, para ser exercida, precisa de uma pessoa jurídica de direito público. As atividades são: poder de polícia;
6.2 Conceito: é pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadministração, para desempenho se serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei. Pode ser controlado também pelo Tribunal de Contas e pelo Judiciário.
- Obs: A doutrina chama autarquia de serviço personificado.
6.3 Criação: com a vigência de lei específica, ordinária e instituidora.
6.4 Extinção: Lei extintora.
6.5 Atividade: exerce atividade típica de Estado: poder de polícia e serviços públicos;
6.6 Patrimônio: Os bens da autarquia é bem público, ou seja, são impenhoráveis (não pode ser dados em garantia), inalienáveis (indisponíveis) e imprescritíveis (não é sujeito a usucapião).
6.7 Imunidade tributária: tem previsão direta na CF. ART. 150, VI, §2°- impostos relacionados a patrimônio, rendas e serviços não atingem as autarquias. É importante ressaltar que imunidade (decorre da constituição) é diferente de isenção (decorre de lei), uma vez que este ente federativo tem o poder de tributar, mas não tributa, enquanto que na imunidade a CF veda a cobrança de impostos das autarquias.
- Obs: Tributo é gênero o qual imposto é espécie. 
6.8 Responsabilidade civil objetiva – Art. 36, §6°, CF.: Isto é, não precisa demonstrar a intenção do agente, basta que comprove o nexo causal, ou seja, provar que o dano é decorrente do agente público. Quando a autarquia entra com ação de regresso contar o servidor, a teoria utilizada é a subjetiva, ou seja, precisa comprovar o dolo ou culpa dele.
6.9 Privilégios da Fazenda Pública: Quando o Estado está numa relação processual ele costuma ser chamado de fazenda pública. É tratado de forma diferente, desequilíbrio que o protege:
- Prazo em quadruplo para contestar e em dobro para recorrer;
- Duplo grau de jurisdição obrigatório;
- Intimação pessoal dos procuradores;
- Foro privilegiado; 
- Prescrição quinquenal;
- Execução fiscal dos seus créditos;
- Débitos judiciais pagos por precatório;
- Obs: A autarquia será considerada Fazenda Pública em relação processual.
7. Empresas Estatais (Empresa pública e Sociedade de economia mista):
7.1 Visão Geral: São pessoas jurídicas de direito privado. Não podem exercer atividades típicas de Estado.
- O regime jurídico é de direito privado, com derrogações do direito público.
- A área de atuação: atividade econômica sentido restrito (resp. subjetiva), ou serviços públicos explorado economicamente (resp. objetiva).
7.2 O Estado não explora atividade econômica como atividade precípua, mas sim extraordinariamente, ou seja, deve haver a relevância para segurança jurídica- Art. 165, CF.
7.3 Criação;
7.4 Privilégios processuais:não tem (prazo, intimação pessoal, remessa necessária).
7.5 Pessoal: O ingresso se dá mediante concurso. É para empregado público, não tem estabilidade e é regido pela CLT. 
7.6 Responsabilidade civil: Quando a Empresa pública e Sociedade de Economia Mista exerce atividade em sentido restrito (riqueza produzindo riqueza, ou seja, atividade financeiras, como bancos) a responsabilidade é subjetiva. Quando for exercer serviço público explorado economicamente a responsabilidade será objetiva.
7.7 Bens;
7.8 Licitações e contratos: É o mesmo regramento das autarquias.
- O Estado pode dispensar as licitações e passar diretamente para os contratos, porém é excepcional, está prevista no art. 24 e a inexigibilidade da licitação no art. 25, ambos da Lei- 8.666. Dentre os casos de dispensa consta pequeno valor, que corresponde, para as autarquias 10% do valor do convite, enquanto que para EMP e SEM é 20%. O valor do convite:
- Para compras e serviços: R$ 80.OOO;
- Para obras e engenharia: R$ 150.000.
Portanto, para as autarquias, R$ 8.000 para compras e serviços e R$ 15.000 para obras e engenharia. Já as EMP e SEM, R$ 16.000 e R$ 30.000, respectivamente.
7.9 Regime falimentar: A Lei de falência (lei-11.101) diz que não se aplica a empresas estatais.
7.10 Imunidades: A regra é que não tem imunidade, independentemente se exerce atividade econômica ou presta serviço público.
- EXCEÇÃO: EMP e SEM não usufruem de privilégios tributários em razão da necessidade de respeito da livre concorrência. Excepcionalmente o STF decidiu que, quando EMP e SEM, estiver exercendo atividades em caráter de monopólio, terão imunidade tributária por não ferir o Princípio da livre concorrência.
7.11 Subsidiária: Pode ter, e necessita de autorização legislativa, é como se fosse uma filial de uma empresa privada. A diferença é que, nas empresas privadas tem o mesmo objeto enquanto que na empresa pública é outra pessoa jurídica criada que explora parte do objeto da empresa-mãe.
7.12 Dirigentes;
7.13 Diferenças:
	
	EMPRESA PÚBLICA 
	SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
	
FORMAÇÃO DO CAPITAL:
	- Capital público: é considerado capital público, porque integra a administração pública.
	- Capital é formado pela junção de uma pessoa jurídica de direito público ou uma pessoa jurídica de direito privado e da iniciativa privada;
	
LIMITAÇÃO:
	- Pode assumir qualquer forma jurídica;
	- Tem limitações, só pode ser S/A;
Obs: Toda SEM é S/A, mas nem toda S/A é SEM. 
	
FORO DE LITIGIO: 
	- Plano Federal: Justiça Federal;
- Plano Estadual: Justiça comum;
- Plano Municipal: Justiça comum;
	
- Plano Federal:
- Plano Estadual: Justiça comum;
- Plano Municipal: 
 
8. Fundações Públicas:
8.1 Noção: É um patrimônio a qual é atribuído personalidade jurídica dedicada a uma finalidade social sem objetivo de lucro;
- Atribuição de bens, patrimônio preordenado.
- Direito Privado: Elementos:
- Instituidor tem a fundação onde o patrimônio é do particular, regido pelo direito privado e as fundações que o Estado cria que tem este como instituidor.
- Fim social
- Ausência de lucro.
* Obs: O STF foi perguntado: quantas fundações existem no ordenamento jurídico?
São 3 fundações:
- Fundação Privada: Regida pelo CC, e não faz parte do Estado.
- Fundação Publica de Direito Público: Fundação autárquica, aplica-se o mesmo regime jurídico da autarquia. É criada do mesmo modo.
- Fundação Pública de Direito Privado (objeto do estudo): Fundação pública com personalidade jurídica de Direito privado. O regime jurídico aplicado é híbrido.
8.2 Natureza jurídica:
- Fundação Pública de Direito Público;
- Fundação Pública de Direito Privado;
8.3 Criação: Fundação Pública de Direito privado:
- Lei autorizadora + escrituração pública + registro;
- Necessidade de Lei complementar para definir a área que a Fundação Pública irá atuar. A área da Fundação Privada está prevista no CC.
8.4 Objeto: áreas de assistência de apoio, em regra, que estão na prestação de serviços públicos que não são típicos e nem explorado economicamente. Arrecada dinheiro prestando estes serviços públicos.
8.5 Pessoal: Para ingresso, faz concurso público regido pela CLT e pela CF, ou seja empregado público.
8.6 licitação e contratos: É necessário licitar, segundo o art. 24 da lei 8.666, Vale a regra dos 10% do valor do convite.
8.7 Regime jurídico: É hibrido, ora direito público, ora direito privado.
8.8 Responsabilidade Civil: Se olhar apenas para a personalidade, podemos afirmar que é subjetiva. Contudo, se o dano é decorrente de uma prestação de serviços, a responsabilidade é objetiva.
8.9 Privilégios Processuais: não tem; 
8.10 Imunidade Tributária: Segundo o STF, Fundações públicas tem imunidade, independentemente de sua personalidade;
8.11 Patrimônio: Os bens são privados, salvo se estes tiverem relacionados à prestação dos serviços públicos. 
8.12 Dirigentes: mesma forma da autarquia;
9. Autarquias em regime especial
9.1 Noção: 
- Maior independência/ autônoma: Regras especiais, para maior autonomia;
- Princípio da Eficiência: reflete nas autarquias especiais; Criada para controlar as profissões, ex: conselhos de classe.
9.2 Espécies:
9.2.1 Agências Executivas: É um status transitório aplicado a uma autarquia/ fundação autárquica.
- Lei 9.649/98 – 51;
- Art. 37, § 8°, CF;
- É na qualificação especial que é atribuída a uma autarquia ou fundação, conferida pelo ente da administração direta, por meio do contrato de gestão, decreto do chefe do poder executivo. O Estado promete para ele mesmo que será mais eficiente, pois a forma especial é para atingir o Princípio da eficiência. 
- Plano estratégico de restruturação e desenvolvimento. Este plano é para as atividades da própria autarquia, para se mais eficiente e diminuir os custos. O contrato de Gestão é a determinação de deveres e direitos para autarquias, tornando-a especial. Feito o contrato, o Chefe do poder Executivo denomina a autarquia como Agência Executiva. Portanto, a autarquia nasce normal (comum) e torna-se especial. Uma agência executiva pode perder seu status, se descumprir alguma regra do contrato ou se esse exaurir. Com isso volta a ser uma autarquia comum.
- Metas: Elas servem para operacionalizar as atividades, ou seja, serem mais céleres. 
- Obs: Art. 24 da lei 8.666/93, estabelecem que para as agências executivas a regra é de 20% do valor do convite, mas, para as agências reguladoras não tem valor dobrado, sendo portanto 10% do valor do convite (como uma autarquia).
9.2.2 Agências Reguladoras: Já nascem com o status, a lei institui a agência reguladora já atribui a ela o regime especial (o vínculo que a torna especial é a lei instituidora);
- Contexto- Princípio da eficiência: Surgem pela desestatização total ou parcial (privatização), mas o Estado continua fiscalizando o setor. O Estado tinha o monopólio do exercício de algumas atividades; O Estado assume a ineficiência e entrega nas mãos dos particulares e cria um órgão que irá fiscalizar esses serviços. Quem fiscaliza é a agência reguladora.
Reflexos das privatizações: 
- Intervenção nas atividades, concessões, permissões e autorizações: atuação (objeto), as agências reguladoras intervém no domínio econômico e no controle das prestadoras de serviço público, ou seja, regula, fiscaliza a exploração dos serviços públicos e bens públicos.
E para cumprir esse objeto as agências reguladoras exercem dois poderes administrativos: 
- Poder normativo: função reguladora;
- Poder de polícia administrativa;
9.3 Características:
- Maior independência e alto grau de especialização técnica; Tem orçamento próprio, pode cobrar taxas de regulação;
- Dirigentes (art. 52, III, f, CF): é indicado pelo chefe do poder executivo e TEM/DEVE SER condicionada a aprovação do legislativo. Sua indicação não considera apenas critério político, mas sim deve seguir como um requisito técnico. O dirigente deve ter especialização técnica na área.
- É cargo em comissão com mandatofixo; Não se torna efetivo e tem “estabilidade até o final do mandato”, não pode ser desligado até o final do mandato, o prazo previsto na lei e ele só sairá se pedir exoneração ou cometer falta grave conforme processo administrativo;
- Fonte própria de recursos: é um tributo decorrente do poder de polícia, que é a taxa de regulação;
- Obs: “Risco de captura”: É o risco que o dirigente sofre ao ser seduzido pelo mercado ou pelo próprio Estado, querendo contrata-lo para obter informações privilegiadas. Para evitar o dirigente de ser capturado quando sair, deve cumprir quarentena, que consiste um determinado período em que não poderá atuar no mercado. Esse período de quarentena, não tem prazo fixo, varia de acordo com a lei que institui a agência reguladora. A quarentena é remunerada com o valor que ganhava quando estava no exercício da função, e se a quarentena for descumprida, recairá sanções;
- Obs: Em regra, conselhos de classe são autarquias especiais que exercem poder de polícia da administração sobre as profissões. O profissional paga aquela taxa regulamentar para serem fiscalizados e receber a licença para exercer aquela profissão, com exceção da OAB (decisão do STJ e Adin 3026 do STF).
- A OAB foi considerada pessoa jurídica sui generis, sendo assim, foi enquadrada como serviço público independente, categoria impar no elenco das pessoas jurídicas existentes no direito brasileiro; Considera-se como autarquia especial nos conselhos de classe. 
- Ver art. 21, XI, CF e art. 117, §2°, III, CF.
	AGÊNCIA EXECUTIVA
	AGÊNCIA REGULADORA
	Não nasce especial;
	Nasce especial;
	Nasce por meio do contrato de gestão, Dec. Do chefe do poder executivo;
	Lei instituidora;
	Dispensa de licitação: 20%
	Dispensa de licitação: 10% Regra geral;
10. Consórcios públicos:
10.1 Noção Geral:
- Pessoas políticas podem se reunir e formarem um consórcio, uma gestão associada de serviços públicos para tratar de assuntos comuns a eles. A forma de criação depende da vontade dos consorciados, se for de direito público, é um consórcio público e é uma autarquia. Se for de direito privado, é uma associação civil. Terminando o objetivo do consórcio, extinta será a pessoa jurídica.
10.2 Objetivo: Eficiência e economicidade, gestão associada de serviços públicos;
- Requisitos e formação: art. 3°, 4°, 5°, Lei 11.107/2005;
- Previsão art. 241, CF;
- É transitório vive enquanto estiver vigente aquele protocolo de intenções aprovado.
10.3 Espécies: 
- Federalismo Cooperativo: Segundo entendimento do STF, o consórcio público quer explorar o federalismo cooperativo;
- Além da autonomia e independência de cada ente, a cooperação/ colaboração com o que tiver em comum.
- Art. 23 da lei 8.666/93, diz qual a modalidade de licitação que vai usar de acordo com o que pretende gastar.
- Art. 24 da lei 8.666/93, tem reflexos na licitação em dois aspectos:
I- Valor das modalidades;
II- Valor das dispensas de licitação;
- Vários entes: o valor da carta convite pode ser dobrado ou até triplicado, há também no valor da dispensa de licitação;
1° Setor: Estado;
2° Setor: Sociedade ou mercado;
3° Setor: Pessoa jurídica de direito privado que integram a iniciativa privada, mas que exerce atividade sem fins lucrativos. São as pessoas jurídicas paraestatais ou ONG’s. Representam a atividade de fomento do Estado;
UNIDADE V: TERCEIRO SETOR
1. Noção Geral:
- Não integra o Estado, mas coopera com o Estado;
- Pessoa jurídica de direito privado que nasce por iniciativa do particular;
- Sem fins lucrativos.
- Prestam atividades de interesse público.
2. Espécies:
2.1 Sistema “S” (Serviços Sociais Autônomos):
- Ex: SENAI, SESC, SEBRAI, SENAC;
- Estão mais próximos do Estado;
- Tem maior influência do poder público;
- Prestam atividades de interesse público;
- Maior grau de recursos públicos;
- Pessoa jurídica de direito privado
- Autoriza por lei a CNC e a CNI se quiserem criar pessoas jurídicas em troca de fomento;
2.2 Organizações Sociais “OS”:
- Pessoa jurídica que já existe no terceiro setor, que estabelece um vínculo jurídico por meio do contrato de gestão com o Estado, para receber o fomento.
- Pessoa jurídica de direito privado;
- Exerce atividades de interesse social;
- Área de atuação definida como taxativas;
2.3 Organização da sociedade civil de interesse público, “OSCIP”
- É a forma mais aperfeiçoada de fomento do Estado;
- Critério mais rígido para qualificar uma OSCIP.
- Tratamento jurídico de matéria mais rígida;
- Vínculo jurídico se forma pelo termo de parceria;
- Atividade exercida, tem uma área de atuação ampla;
UNIDADE VI: ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Noção Geral:
- É a manifestação unilateral de vontade da administração, disciplinada pelo regime jurídico administrativo, e que produz efeitos jurídicos imediatos. 
- Fato da administração: Amplo (fenômeno/ Evento) - Ocorre um evento da natureza no âmbito da administração pública que não decorre de ação humana. Se dentro do fato da administração produzir efeito jurídico é fato administrativo.
- Fato administrativo: Produz efeitos jurídicos. Todo fato administrativo é um fato da administração, mas, nem todo fato da administração produz efeitos jurídicos. Se houver a produção de efeito jurídico é fato administrativo.
	ATOS ADMINISTRATIVOS
	ATOS DA ADMINISTRAÇÃO
	Manifestação de vontade da DM, regida pelo direito público;
	Regido pelo direito privado;
	Espécie de ato da administração, é menos amplo;
	Mais amplo, é o gênero;
	Administrativo, regido pela ADM;
	Político, regido pelo Dir.- Constitucional;
	Ato unilateral;
	Ato bilateral;
	Produz efeitos jurídicos;
	Atos de mera execução; não produz efeitos jurídicos;
	O administrado está obrigado a cumprir o ato;
	Atos que certificam, opinam, atestam; o administrado não está obrigado a acatar o ato;
	Efeitos imediatos
	Efeitos Mediatos, normativos;
2. Contexto histórico: 
- Se inspira no direito privado, na teoria do ato jurídico do CC/16; Divergência com o código vigente que alterou o conceito de ato jurídico; Mas a doutrina permanece com o entendimento de ato jurídico de acordo com o cód. Civil de 1916;
- Para a existência da teoria dos atos administrativos o Estado tem que ter implantado regime jurídico administrativo, sistema Europeu Continental.
3. Atributos ou características:
- Diferenciam os atos do direito público dos de direito privado;
- Decorrem do princípio da legalidade;
 
3.1 Presunção de legitimidade e veracidade; Presunção relativa:
- Reflexo: 
1°. Os atos administrativos viciados produzem os mesmos efeitos jurídicos dos atos validos, porque são imediatos; Enquanto esses vícios não sofrer nenhum controle o ato continua a produzir efeitos, por isso a presunção é relativa;
2°. Os vícios não podem ser analisados de oficio pelo juiz, ou seja o judiciário avalia a validade a pedido do interessado;
3°. Inversão do ônus da prova- o ônus é de quem alega, mas aqui não é. A regra é de quem alega deve provar o fato, mas como os atos da administração se presumem legítimos e com veracidade, quando a administração alegar ela não tem que provar.
3.2 Imperatividade: pode impor obrigações a 3° independente de sua concordância ou do poder judiciário.
- Só existe nos atos administrativos que impõe obrigações. A declaração vincula e produzem efeitos jurídicos, não precisa de decisão judicial para provar;
3.3 Autoexecutoriedade: Executoriedade + Exigibilidade; 
- É a faculdade que tem o poder público de compelir o administrado a cumprir a obrigação independentemente de ordem judicial.
- Para o ato ter executoriedade, só é possível em casos previstos em lei, ou em caráter emergencial (Exceção) quando for indispensável a imediata salvaguarda do interesse público;
3.4 Tipicidade: O ato ter que ser típico, com os efeitos previstos em lei e decorre da legalidade. O efeito jurídico deve ser nominado, dessa forma, afastando os efeitos inominados devem sempre está previstos em lei, é uma garantia do administrado.- Pode ater ser elaborado atos inominados, desde que seja feita em concordância com o administrado, ou seja de forma bilateral.
3.5 Os requisitos do ato administrativo estão presentes no Art. 2°, Lei 4717/65- lei de ação popular;
3.5.1 Elementos do ato administrativo:
Agente;
Objeto;
Forma;
Finalidade;
Motivo;
3.6 Requisitos do ato administrativo:
3.6.1 Sujeito: 
- Deve ser: 
Capaz;
Competente – Realizar atos dentro do conjunto de atribuições previstas em lei.
- Características: art. 11 ao 15 lei 9.784/99;
Decorre de lei;
Irrenunciável;
Improrrogável: Não pode ir além da sua atribuição.
Inderrogável: Não pode abrir mão da sua competência, recusar, renuncias.
Intrasferível;
- Obs: A avocação e a delegação permitem a flexibilização da característica “intransferível”.
Avocar: os atos do subordinado são atribuídos ao superior, ou seja tomar para si a competência, só ocorre nas situações de hierarquia; Exceto quando se pretende avocar competência exclusiva do subordinado; tem que ser público, justificado e temporário.
Delegar: os atos da competência do superior vão para o subordinado. Salvo nas situações em que a lei conferir competência exclusiva do superior, em se tratando de decisão de recurso administrativo e edição de atos de caráter normativo.
- Distribuição: vários critérios:
A distribuição de competência pode ser feita em razão da matéria, hierarquia, tempo, território ou geográfico, entre outros.
- Vícios: 	TEORIA DO ABUSO DE PODER;
Excesso de Poder – O vício está no sujeito, pois ele tem a competência e extrapola os limite.
Abuso de poder 
Desvio de Poder – O vício está na finalidade, o sujeito pratica a competência + com a finalidade diferente, pode se chamar de abuso de finalidade;
- Obs: Funcionário de fato X Usurpação de função:
Os atos praticados pelo funcionário de fato são válidos perante terceiros. Já os praticados pelo usurpador da função não são considerados válidos. São mais graves os atos praticados, configuram crime. 
3.6.2 Motivo:
- São as razões de fato e de direito que justificam a prática do ato. A justificativa decorre das normas e essa justificativa deve ser: Fática jurídica= a razão de fato e de direito que justifica o ato.
	MOTIVO
	MOTIVAÇÃO
	- É o fundamento para a pratica do ato; Antecede a prática do ato.
	- É a exposição dos motivos, ou seja é a demonstração de acordo com as formalidades.
	- O vício está no motivo, quando não existe;
	- É a exposição dos motivos (é requisito de forma). Há ausência de motivação causa vício na forma;
	- O motivo tem que ser congruente e proporcional; verdadeiro, existente.
		- É obrigatória em todos os atos, com exceção dos cargos de livre nomeação e livre exoneração. 
- O vício no elemento motivação ocorre quando o motivo é inexistente?
R: FALSO, a motivação não é elemento do ato.
- Vício no motivo é insanável;
- Obs: TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: (TEORIA DE CONTROLE) 
Os motivos que determinaram a prática do ato vincula a sua validade. Ex: o gestor exonera um servidor e apresenta a motivação, se os motivos forem falsos, a validade é prejudicada e pode ser anulada a exoneração. Ou seja, se a administração motiva o ato, mesmo que a lei não exija a motivação, ele será válido, se os motivos forem verdadeiros.
3.6.3 Forma:
- É o meio pelo qual o ato se apresenta;
Restrito/ Isolada: Só olha um ato. Ex: edital de um concurso;
- Sentidos:
Amplo: dentro de um procedimento. Ex: Olha se o concurso foi regular, analisa o procedimento, edital publicação, provas, etc;
- Regra: O mínimo exigido é que o ato seja escrito, registrado e publicado. Excepcionalmente o ordenamento permite que seja verbal, mas tem que ter previsão legal. Vai além, permite gestos, mímicas, silêncio. Ex: as placas de trânsito. Com isso, a forma não é essencial (o vício é sanável), salvo quando a lei dispuser (vício é insanável).
3.6.4 Objeto/ conteúdo:
- É o verbo do ato.
- Produz efeito jurídico imediato, é a admissão, demissão, advertência do servidor.
- Devendo ser:
Lícito
Possível
Certo/ Determinado
Moral- Reflexo do princípio da moralidade.
3.6.5 Finalidade:
- É decorrente do objeto/ conteúdo;
- É o resultado que a administração quer alcançar com a prática do ato, a finalidade sucede a pratica do ato;
- Produz efeito jurídico mediato: é o que se atinge através do objeto.
 Amplo: Todo ato administrativo tem a finalidade de concretizar o interesse público. É invariável.
Sentido:
 Restrito: É a finalidade de cada ato especificamente previsto em lei. É variável, vai depender do ato.
- O ato será ilegal quando ocorrer desvio de poder.
4. Discricionariedade e Vinculação:
 
	CONCEITO:
	
	DISCRICIONARIO 
	VINCULADO
	
	A ADM tem a possibilidade de avaliar o ato de acordo com o mérito.
	Quando a lei estabelece uma única solução para a prática do ato;
	ELEMENTOS:
	Contém os 5 elementos: sujeito, forma, motivo, objeto e finalidade;
	Contém os 5 elementos: sujeito, forma, motivo, objeto e finalidade;
	CONTEÚDO:
	Dos 5 elementos, todos estão previamente previstos, mas apenas 3 desses elementos estão preenchidos pela lei (sujeito, forma, e finalidade), os outros 2 (motivo e objeto) a lei dispõe de certa liberdade de escolha, para preencher. Analise do MÉRITO;
	Os 5 elementos estão previamente previstos e preenchidos pela lei; O administrador não tem nenhuma liberdade;
	VÍCIO: ANULAÇÃO É NOS CASOS DE VÍCIO;
	É ato insanável, será anulado pela própria administração ou pelo poder judiciário.
	É ato anulado é insanável, não pode ser convalidado, pode ser feito: pela própria administração (autotutela), ou pelo poder judiciário (controle de legalidade). 
	EFEITOS DA ANULAÇÃO: 
			≠
EFEITOS DA REVOGAÇÃO: É QUANDO O ATO NÃO É MAIS CONVENIENTE E OPORTUNO;
	Em regra os efeitos são ex-tunc. Entretanto como se tem a análise de mérito (o ato é perfeito mas tornou-se inconveniente e inoportuno), ele pode ser revogado. Apenas a própria administração pode revogar um ato discricionário, o efeito é ex-nunc, o judiciário não pode fazer. 
	Em regra gera efeitos ex-tunc. Por não recair sobre ele analise de mérito, o ato vinculado não pode ser revogado. Obs: Contudo o STF, analisando a boa-fé objetiva, segurança jurídica ele modulou os efeitos da anulação e, excepcionalmente, ele determina a data em que se dará início a produção de efeitos do ato anulado.
	CONTROLE:
	Da legalidade e de mérito;
	Da legalidade;
- Obs: A administração está impedida de anular quando (art. 54 e 55 da lei 9.784/99):
Tenha decorrido mais de 5 anos;
Ausência de má-fé;
Houver prejuízo ao erário.
Discricionariedade: A fonte é a norma de controle, seja ela vinculada ou discricionária; 
Objeto Alternativas: a lei traz alternativas para que o administrador escolha a que achar mais conveniente para a realização do ato, mas baseado na legalidade;Elemento 
Discricionário
Motivo Alternativas, ou palavras plurissignificativas de valor;
- Obs: TEORIA DOS CONCEITOS JURÍDICOS INDETERMINADOS:
	Pseud. discricionário: Passa a ser VINCULADO
Meio de controle do ato;
O motivo quando expresso por um vocabulário plurissignificativo que traduza uma noção de conceito aberto, os conceitos plurissignificativos de valor serão considerado ato discricionário, pela aplicação dos conceitos jurídicos indeterminados. No entanto as expressões plurissignificativas de técnica e de experiência não serão consideradas como ato discricionário, e sim ato vinculado, porque com um pouco de interpretação chega-se a um único resultado possível, se transformando assim em ato vinculado.
Sendo assim a aplicação da teoria dos conceitos jurídicos indeterminados permite um aumento do controle feito pelo poder judiciário, por meio de uma diminuição dos espaços de discricionariedade, sem violar o princípio da separação dos poderes, já que o judiciário não irá analisar o mérito.
 5. TEORIA DOS VÍCIOS:
- Observandoos 5 elementos do ato administrativo:
5.1 Motivo insanável – ato nulo;
5.2 Objeto insanável – ato nulo;
5.3 Finalidade insanável – ato nulo;
5.4 Forma não essencial sanável, é possível a convalidação, é ato anulável; Salvo: quando for essencial será insanável – ato nulo;
 
5.5 Sujeito sanável ato anulável; 
 - Salvo: quando o sujeito detiver competência exclusiva, o vício recai na competência. E em relação a competência dividida em razão da matéria, o vício é insanável.
- Obs: Não existe repristinação de ato revogado.
6. Extinção:
6.1 Pelo cumprimento dos seus efeitos;
6.2 Desaparecimento do sujeito ou do objeto;
6.3 Renúncia;
6.4 Retirada:
6.4.1 Cassação: o ato deixa de existir quando o beneficiário do ato descumpre algum requisito para continuar sendo beneficiário;
6.4.2 Caducidade: A norma perde a validade. Uma norma prevê uma coisa e depois surge uma nova norma prevendo coisa contrária a 1°.
6.4.3 Contraposição/ derrubada: É a mesma ideia da caducidade, mas não envolve norma, mas sim ato da administração.
6.4.5 Revogação: quem pode revogar é quem editou o ato administrativo. O poder judiciário pode revogar os seus atos, se estiver exercendo a função de revogar, mas não pode revogar atos do poder legislativo. Revogação é juízo de mérito (oportunidade e conveniência).
* Limites da revogação: Ato vinculado não pode ser revogado, pois não tem mérito;
UNIDADE VII: LICITAÇÕES
1. NOÇÕES GERAIS:
1.1 Disciplina Normativa: Decorre do princípio da indisponibilidade dos bens públicos. O Estado para celebrar um contrato, tem que licitar; Ressalvada as hipóteses de contratação direta, art. 24, 25 da lei 8.666/93.
- Art. 37, XXI, CF: A licitação não é só para comprar, mas contratar serviços, construir, vender bens. A regra é licitar e excepcionalmente, está autorizado a não licitar.
- Art. 22, XXVII, CF: A regra que fala da competência legislativa. Quem pode legislar sobre as normas gerais de licitação é a União; os Estados e municípios podem legislar, mas de forma suplementar, específica. Não pode contrariar nenhum dispositivo das normas gerais.
- Art. 173, §1°, CF: Exploração direta de atividade econômica pelo Estado.
- Lei 8.666/93; Lei de licitação e contraprestações. É toda norma geral
 * 5 modalidades: concorrência, tomada de preço, convite, concurso, e leilão;
- Lei 10.520/02: Lei do pregão; Modalidade diferenciada.
- Lei 12.462/09: Regime diferenciado de contratação. Serve para ser aplicada a grandes eventos, como a copa do mundo, olimpíadas, etc.
2. Conceito: É o procedimento administrativo vinculado, por meio do qual os entes da administração pública e aqueles por ela controlados selecionam a melhor proposta entre as oferecidas com objetivo de celebrar contrato administrativo, isonomia dos participantes, e promover o desenvolvimento nacional sustentável.
3. Objeto: Obras, serviços, compras, alienações, concessões, permissões e locações da administração pública;
4. Finalidades: Celebrar um futuro contrato administrativo, uma vez que, garante o equilíbrio econômico financeiro sendo um dos motivos por qual o particular se interessam em contratar com a administração;
5. Sujeitos da licitação: Art. 1° - todos que estiverem recebendo recursos públicos, isto é, toda a estrutura direta e indireta de todos os entes federativos, devem licitar;
6. Fundamentos: Abrange a moralidade, legalidade, eficiência, a ideia de indisponibilidade do interesse público, princípio da impessoalidade (busca da melhor proposta sem olhar quem contrata), isonomia;
 
7. Natureza jurídica: É um procedimento de escolha – seletivo, é um instrumento para descobrir a melhor proposta e celebrar o contato;
8. Princípios:
8.1 Art.3° - Lei 8.666: Todos os aplicáveis do direito ADM art. 37, caput da CF (LIMPE);
8.2 P. da Licitação;
8.3 P. da Igualdade: isonomia, igualdade de condições a todos. Veda a discriminação infundada, ressalvada as hipóteses quanto a pertinência, a finalidade da licitação;
8.4 P. do Julgamento Objetivo: Art. 45 – A administração deve apontar qual o critério (qual o tipo, pois este é sinônimo de critério de julgamento) será utilizado para selecionar a melhor proposta. 
8.5 Legalidade: é vinculada;
8.6 Abjudicação compulsória: A abjudicação ao vencedor é obrigatória, a administração não pode atribuir o objeto da licitação a outrem que não o vencedor.
8.7 P. da vinculação ao instrumento convocatório:

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