Estatistica Estudo de caso final

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ 
ESCOLA POLITÉCNICA 
CURSO DE ENGENHARIA DA PRODUÇÃO 
 
LUCAS FRANCO 
NATALIA BELEN CARRIZO 
ANTONIO VALENTIN CECCON JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁTISTICA DESCRITIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 2016
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3 
2. MÉTODO DE TRABALHO ............................................................................. 4 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................... 9 
3.1 RESULTADOS ........................................................................................................ 9 
3.2 DISCUSSÕES ....................................................................................................... 11 
4. CONCLUSÃO ................................................................................................ 12 
5. REFERÊNCIAS ............................................................................................. 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Com o advento dos computadores e softwares que nos permitem realizar e 
desenvolver cálculos avançados e dispor dados de forma rápida e eficaz, muitos 
acabam se considerando aptos a fazerem analises estatísticas sem ao mínimo 
terem conhecimentos profundos de conceitos e teorias da estatística descritiva, 
o que acabam analisando e tendo suposições errôneas de determinado assunto. 
A estatística é uma ciência que pode ser aplicada diversas áreas do 
conhecimento humano. Ela usufrui de processos próprios, para coletar, 
apresentar e interpretar adequadamente um conjunto de dados. Deste modo tem 
como principal objetivo apresentar informações dos elementos que estão sendo 
analisados para que possam ser explicados com uma maior exatidão o que de 
fato eles representam. 
Neste relatório será apresentado um estudo sobre dados de voos realizados 
no aeroporto de Curitiba no ano de 2016, com foco em voos domésticos de 
empresas brasileiras, os dados em questão foram retirados de um banco de 
dados obtido pelo site da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), com 271 
observações e 15 variáveis. Serão mostrados em formas de tabelas, gráficos e 
medidas descritivas os resultados e apreciações analisadas. 
Neste estudo esperasse demostrar com auxílio de ferramentas estatísticas a 
frequência de voos que ocorrem nas regiões brasileiras e os gastos com 
combustível que são consumidos no geral. Demostrando outras variáveis 
também que afetam a receita de cada empresa. Visando demostrar a 
importância do projeto que está em pauta no senado que tem como objetivo a 
redução de 25% para 12% em todos os estados brasileiros o teto do ICMS do 
querosene do avião, aprovado essa lei tende a diminuir o custo da passagem. 
Na primeira parte deste relatório pretendesse expor de forma clara os dados 
obtidos e explicar como estão dispostos em tabelas e gráficos. Para a segunda 
parte do relatório será discutido os resultados obtidos afim de comprovar a 
importância da aprovação dessa lei para o transporte aéreo, que a cada ano vem 
sendo cada vez mais utilizado pela população brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2. MÉTODO DE TRABALHO 
 
A seguir serão dispostos os dados e análises obtidos a partir do banco de 
dados da ANAC analisando os passageiros com embarque no aeroporto de 
Curitiba com destino apenas para as regiões brasileiras. Na tabela 1, estão 
dispostos a quantidade de voos que cada empresa realizou, são elas azul (AZU), 
LATAM AIRLINES BRASIL (TAM), GOL/VRG LINHAS AEREAS (GLO), 
AVIANCA (ICAO:ONE) e as regiões de destino do Brasil, analisamos que o 
principal destino escolhido pelos brasileiros é a região sudeste. 
Empresas 
Regiões AZU GLO ONE TAM Total geral 
CENTRO-OESTE 16 11 6 6 39 
NORDESTE 20 4 24 
NORTE 4 6 10 
SUDESTE 55 29 9 22 115 
SUL 49 21 13 83 
Total geral 140 69 15 47 271 
Tabela 1: Regiões de destino VS empresa 
 Na tabela 2, apresentam os dados divididos em tipo de voo os regulares, 
que são realizados sob uma numeração de horário de transporte, já os não 
regulares recebem essa denominação por serem realizados de uma forma não 
continua. Sendo que a grande maioria dos voos são os regulares, e a empresa 
que mais possui voos não regulares é a empresa Azul com um total de 40 voos 
no período analisado. 
 
 
 
 
 
Tabela 2: Tipo de voo 
 Na tabela 3, é disposta em forma de tabela de frequência dividida em nove 
classes, ela apresenta a quantidade total de passageiros pagos e não pagos, 
sendo que segundo o site da ANAC os passageiros pagos, refere-se aos 
passageiros que ocupam assentos comercializados ao público e que geram 
receita, com a compra de assentos, para a empresa de transporte aéreo. 
Incluem-se nesta definição as pessoas que viajam em virtude de ofertas 
promocionais, as que se valem dos programas de fidelização de clientes, as que 
se valem dos descontos concedidos pelas empresas, as que viajam com tarifas 
preferenciais, as pessoas que compram passagem no balcão ou através do site 
de empresa de transporte aéreo e as pessoas que compram passagem em 
agências de viagem. Já os passageiros grátis, refere-se aos passageiros que 
ocupam assentos comercializados ao público, mas que não geram receita, com 
Empresas 
Tipo de voo AZU GLO ONE TAM Total geral 
Não regular 40 7 3 3 53 
Regular 100 62 12 44 218 
Total geral 140 69 15 47 271 
 
5 
 
a compra de assentos, para a empresa de transporte aéreo. Incluem-se nesta 
definição as pessoas que viajam gratuitamente, as que se valem dos descontos 
de funcionários das empresas aéreas e seus agentes, os funcionários de 
empresas aéreas que viajam a negócios pela própria empresa e os tripulantes 
ou quem estiver ocupando assento destinado a estes. 
 Sendo que os passageiros que não pagam representam uma 
porcentagem de 2% em relação a quantidade total de passageiros, como pode 
ser observado na tabela 3 e tabela 4. 
Frequência 
PASSAGEIROS 
PAGOS PASSAGEIROS GRÁTIS Total PASSAGEIRO 
0-3700 122897 2340 125237 
3701-7400 371962 5430 377392 
7401-11100 189858 2960 192818 
11101-14800 157408 2140 159548 
14801-18500 145410 4740 150150 
18501-22200 97588 4143 101731 
22201-25900 212805 5590 218395 
25901-29600 109353 2119 111472 
29600+ 92788 1927 94715 
Total Geral 1500069 31389 1531458 
Tabela 1:Total de passageiros VS pagos e não pagos 
Passageiros Grátis 
Regiões AZU GLO ONE TAM Total Geral 
CENTRO-OESTE 267 637 70 272 1246 
NORDESTE 81 5 86 
NORTE 8 0 8 
SUDESTE 9206 9880 256 5937 25279 
SUL 3610 988 31389 172 4770 
Total Geral 13164 11518 326 6381 
Tabela 4: passageiros grátis 
 A seguir serão analisados os gráficos de caixa (Boxplot), um gráfico que 
avalia a distribuição empírica dos dados, são construídos a partir dos limites 
superiores e inferiores e com o primeiro, segundo e terceiro quartil dos dados. 
Tem como objetivo fornecer informações como locação, dispersão, assimetria e 
medidas discrepantes. 
 Para o gráfico 1 é representado o Boxplot de consumo de combustível das 
aeronaves, que se refere à quantidade em litros consumida pela aeronave na 
execução da tarefa, o gráfico nos permite ver que se gasta mais que a mediana 
de 115.818 L de combustível por cada viagem. 
 
 
6 
 
 
Gráfico 1: Boxplot Combustível 
 No gráfico 2 analisasse a carga paga, ou seja, a quantidade total 
expressa em quilogramas, de todos os bens que tenham sido transportados pela 
aeronave e que tenham gerado receita para a empresa. Pode se observar que a 
mediana dos dados é 2486KG, isso mostra que a maioria das cargas pagas 
ultrapassam o valorda mediana no total dos voos realizados. 
 
Gráfico 1: Boxplot Carga 
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
Combustivel
Boxplot Combustivel
-1000
9000
19000
29000
39000
49000
Grupo A
Boxplot Carga
 
7 
 
No gráfico 3 é avaliado o número de assentos disponíveis em cada execução da 
tarefa, percebesse pelos resultados dos cálculos realizados da media 8476,06 e 
da mediana 5472, que se tem um gráfico de assimetria positiva. Pode-se notar 
que a grande maioria de assentos disponíveis por voo ultrapassa a 5472 
assentos. 
 
Gráfico 2:Boxplot Assento 
 A seguir serão representados e analisados os dados em forma de gráficos 
de dispersão, serão analisadas duas variáveis para cada gráfico, uma função da 
outra, para verificar como uma variável afeta na outra variável. No gráfico 4 de 
dispersão que analisa a distância versus o consumo de combustível realizado 
em cada etapa. 
 
Gráfico 4: Distância vs consumo de combustível 
-1000
9000
19000
29000
39000
49000
Boxplot Assento
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000 90000 100000
Distância vs consumo de combustívelco
 
8 
 
No gráfico 5 de dispersão são analisados os dados da distância percorrida pela 
aeronave versus as horas voadas que são realizados cada voo, neste gráfico 
pode-se notar uma maior dispersão dos dados. 
 
 
Gráfico 5: Distância vs horas voadas 
No gráfico 6 são analisados o número de total assentos disponíveis em cada 
aeronave pelo total de passageiros que são transportados incluído passageiros 
pagos e não pagos. 
 
Gráfico 6:Nº de assentos e total de passageiros (pagos+não pagos) 
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0 50 100 150 200 250 300
Distância vs horas voadas
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
0 50 100 150 200 250 300
Nº de assentos e total de passageiros (pagos+não pagos)
 
9 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
3.1 RESULTADOS 
Foi constatado, a partir da tabela 1, que os destinos são em sua grande maioria 
para a região Sudeste, com 42% do total de destinos dos voos. A região Sul 
apresenta em torno de 31%, Centro-Oeste 14,4%, Nordeste 8,9% e Norte 4%. 
Desses 42% destinados a região Sudeste, 64% fazem parte do Estado de São 
Paulo, ou seja, o maior destinatário de voos do país. Essa dominância 
pendendo ao Sudeste é unânime para todas as companhias, tanto TAM, AZU, 
GLO e ONE. A média de voos das companhias para a região Sudeste foi de 
28,75 nesse ano. O gráfico 7 apresenta melhor essa distribuição de destinos 
pelo país. 
 
 
Gráfico 7: Distribuição de destinos de viagens pelo Brasil. (Dados aproximados). 
 
Essa proporção de dominância para a região Sudeste é mantida para a 
quantidade de passageiros pagos e não pagos. Para os passageiros pagos, 
69% do total fazem parte dos que viajam para o Sudeste, dos quais 79,5% 
optam por São Paulo. 20,6% fazem parte dos que viajam para a região Sul, 
9,86% Centro-Oeste, 0,37% para a região Nordeste e 0,064% para o Norte do 
país. A média de passageiros não pagos para as determinadas frequências são 
de 1,99%. Além disso, a média de passageiros grátis das 4 companhias aéreas 
analisadas é de 7847. A empresa que mais difere da média, foi a companhia 
ONE, a qual teve menos passageiros grátis em 2016: 326. O desvio padrão 
desses dados gira em torno de 5011. O gráfico a seguir mostra a quantidade 
de passageiros pagos por região em 2016. 
 
14,00%
9,00%
4%
42%
31%
Destinos de viagem pelo Brasil por região
Centro-Oeste
Nordeste
Norte
Sudeste
Sul
 
10 
 
 
Gráfico 8: Quantidade de passageiros pagos em 2016. 
 
Foi constatado também que, entre voos regulares e não regulares, para todas 
as empresas, a maior parte dos voos são regulares. Apenas parte das 
companhias tiveram uma quantidade considerável de voos não regulares. Uma 
delas foi a Azul, com 28,57% de voos não contínuos, e a ONE, com 20%. 
 
Os dados do diagrama referente ao gasto de combustível afirmam que, em 
média, foram gastos 163.592,44L de combustível por amostra considerada. 
Porém, há uma discrepância muito grande em relação à média, como se pode 
observar no gráfico 4 de dispersão, que mostra o combustível utilizado em 
função da distância percorrida. O total de combustível gasto por todas as viagens 
nesse ano soma mais de 40 milhões de litros. Se considerarmos os voos apenas 
com destino à São Paulo, foram 19 milhões de litros gastos, ou seja, 
praticamente a metade de todo combustível gasto. 
 
 
 
 
 
 
 
9,86%
20,60%
69%
Quantidade de passageiros pagos em 2016 
por região 
Centro-Oeste
Sul
Sudeste
Nordeste
Norte
 
11 
 
3.2 DISCUSSÕES 
De acordo com os resultados obtidos neste relatório, é notável como a maioria 
tanto dos destinos de voos, como de quantidades de passageiros e, 
consequentemente de combustível utilizado são em direção a região sudeste, 
particularmente para o Estado de São Paulo. E, de acordo com a nova lei - que 
está em pauta no congresso – discutida na introdução, São Paulo é um dos 
estados brasileiros com a maior alíquota de ICMS no querosene, taxa 
correspondente a 25%. 
Com esses impostos altos, a maioria das companhias aéreas praticam um tipo 
de “manobra fiscal” para fugir das altas taxas aplicadas no querosene em São 
Paulo. Essas empresas, ao invés de abastecer o necessário de combustível 
apenas para chegar em São Paulo e, a partir de lá, reabastecer para a voltar à 
origem, elas enchem o tanque antes de partir para esse destino, para poupar e 
“economizar” evitando abastecer em SP., porém, essa economia gera uma 
controvérsia. O avião com seu tanque cheio fica mais pesado e, por conta disso, 
ele vai queimar mais combustível do que normalmente queimaria abastecendo 
apenas o suficiente. A viagem de ida vai demandar mais gastos para carregar o 
combustível utilizado na volta. 
 
Para se ter ideia, se em SP o ICMS sobre o querosene fosse 12% - como está 
sendo discutido – e se o avião saísse de uma região onde o teto do ICMS 
também fosse 12%, só nos voos com destino a SP, haveria uma diminuição de 
aproximadamente R$ 11.350.000 nesse ano de 2016, isso sem levar em conta 
o combustível extra que é queimado para suportar o tanque cheio, como é feito 
nessas manobras fiscais. 
 
Se aprovada, essa diminuição do preço do ICMS se refletirá numa diminuição do 
preço da passagem, podendo também ofertar um maior número de voos. Além 
disso, por consequência da crise brasileira, muitas companhias reduziram seu 
número de voos. A empresa Azul inclusive parou de fazer seus voos com destino 
à cidade de Araraquara, em São Paulo. Ou seja, como já dito, essa lei iria 
retomar uma maior atividade de voos, incentivando os brasileiros a optarem pelo 
transporte aéreo. 
A contrapartida desse projeto é a diminuição da arrecadação do ICMS dos 
estados onde essa taxa é maior, ou seja, estados como São Paulo, Ceará e 
Espírito Santo entre outros iriam arrecadar menos com os impostos. 
 
Além disso, vale destacar a presença de dados irregulares nas amostras, como 
distâncias normais de voos de 200, 300 km com tempos de percurso absurdos 
e inviáveis para se percorrer com um avião. A alta discrepância dos valores de 
combustível gasto também é algo notável nos dados, gráficos e diagramas. 
 
12 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Conclui-se que, analisando-se os métodos, os resultados e as discussões, 
não há dúvidas da importância dessa lei de baixar o teto do ICMS para 12% em 
todo o país ser aprovada. Principalmente as pessoas que irão voar com destino 
a SP, irão notar a diminuição no preço da passagem. As companhias aéreas 
também não precisarãomais realizar esse tipo de manobras fiscais para poupar 
combustível, e, com isso, irão deixar de queimar combustível extra e mesmo 
assim não pagarão altas taxas de imposto. Aliás, o desconto proposto por essa 
diminuição irá diminuir muito mais os gastos das companhias do que essas 
manobras feitas atualmente. Elas também ganharão justamente no aumento da 
quantidade de voos que isso tudo pode proporcionar. Ou seja, tanto para as 
companhias aéreas, quanto para os passageiros em geral, a aprovação dessa 
lei beneficiará os dois lados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
• http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/08/1805247-aereas-fazem-
manobra-para-economizar-com-combustivel.shtml 
• BUSSAB, W. de O.; MORETTIN, P. A. Estatística básica. São Paulo: 
Saraiva, 2010 
 
	1. INTRODUÇÃO
	2. MÉTODO DE TRABALHO
	3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
	3.1 RESULTADOS
	3.2 DISCUSSÕES
	4. CONCLUSÃO
	5. REFERÊNCIAS