Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Diego | graduação em odontologia | ato 2018 Endodontia de laboratório RESUMO Introdução Tratamento endodôntico em casos de necrose pulpar – temos a presença de uma repercussão periapical de um problema na cavidade pulpar. Tratamento endodôntico com alterações da polpa viva – vamos ter hiperemia e edema, causando eventos que alteram os tecidos. A circulação é restrita pois está confinada entre paredes, edema na cavidade pulpar (parece um coração). A principal causa das alterações endodônticas ainda é a carie, a polpa é atingida por bactérias. Cavidade endodôntica – a cavidade endodôntica reproduz a morfologia externa do dente, a forma e o número de canais são determinados pelas paredes dentinárias (sempre envolve o canal). É comum a presença de canais laterais em todos os dentes e em todos os terços da raiz. Para estudar os canais acessórios o dente é descalcificado e é colocado tinta nanquim na cavidade endodôntica. A classificação dos canais radiculares é feita da seguinte forma: Canal principal – maior canal Canal colateral – ocorre paralelo ao principal Secundário Delta apical Canal cavo interradicular – lesão de furca em molares Recorrente – sai do principal e volta Interconduto O campo de ação endodôntico vai até o limite CDC (cemento-dentina-canal). O forame nem sempre coincide com o vértice radial. Por isso a importância da radiografia, pois sem a radiografia não conseguimos velo. O tratamento endodôntico com necrose pulpar trabalhamos sempre em 1mm aquém do ápice, em polpa viva este valor fica entre 1 e 2mm. Isolamento absoluto – tem função de proteção dos tecidos moles e o dente a ser tratado. Fazemos o isolamento único (só em um dente), pois trabalhamos em uma face do dente, sem envolver as proximais. A irrigação é feita com hipoclorito de sódio a 1% com aspiração continua. Principais funções do isolamento Impedir que a saliva alcance a cavidade pulpar Permitir a manutenção das condições de assepsia Facilitar os procedimentos de assepsia Melhorar a visibilidade do profissional Proteção para evitar a deglutição de instrumentos ou produtos químicos durante o tratamento Materiais usados para o isolamento absoluto Pinça de palmer Arco de Ósbi – por ser de plástico e não interferir na radiografia. Grampos Perfurador de dique de borracha Previamente ao isolamento devemos criar espaços e lubrificar o dente, os grampos selecionados devem seguir a seguinte ordem: número 200 a 205 e W8A para molares, grampos 206 a 209 para pré-molares e grampos 210 a 212 e 00 para dentes anteriores. Diagnóstico e planejamento Isolamento absoluto Abertura coronária Exploração e desinfecção parcial Odontometria Preparo do canal radicular Obturação do canal radicular Restauração do elemento dentário Contato pós- operatório Dependendo do caso, é possível a utilização de siano acrilato (principalmente em dentes sem coroa, ou quando a colocação do grampo é dificil. Instrumental endodôntico Como ferramentas básicas na endodontia temos os instrumentos para abertura coronária que são as pontas e as brocas e o instrumental manual para o preparo do canal radicular as limas Instrumental para abertura coronária – na endodontia a utilização de brocas e pontas servem para a remoção do tecido cariado e também no acesso ao sistema de canais radiculares. As pontas esféricas em alta rotação são usadas no esmalte a na porção mais superficial da dentina, para o aprofundamento na dentina usamos as brocas esféricas longas. Também as usamos para traçar o perfil da câmara pulpar. Remoção do teto da câmara pulpar – utiliza-se brocas de haste longa de aço esféricas em baixa rotação realizando movimentos de introdução e tração. Em dentes posteriores usamos a endo Z, tocando o assoalho contra as paredes laterais. Broca endo Z – é usada para fazer a remoção do teto da câmara pulpar de dentes polirradiculares, possui uma ponta inativa, sua extremidade lisa, não cortante, evita eventuais deformações no assoalho da câmara pulpar. Preparo cervical – para o livre acesso aos canais, utilizamos desgaste compensatório no terço cervical com brocas de baixa rotação. Para a realização deste preparo cervical utilizamos brocas Gates-glidden, brocas Largo e brocas LA-Axxess. Brocas Gates-glidden – estas brocas apresentam uma haste fina e longa, terminando em forma de chama na sua parte ativa. Possuem uma ponta de segurança, pois devido a sua conformação não cortam em profundidade, mas sim em lateralidade. Devem ser usadas com delicadeza, pois não suportam movimentos de alavanca. Seu diâmetro varia de 1 a 6 (as ranhuras no cabo indicam o diâmetro da ponta). Sua ponta ativa possui forma de chama e três hélices. Brocas LA Axxess – são brocas mais robustas e também são usadas para o desgaste cervical ou para o preparo do canal, permite um leve movimento lateral e facilita o desgaste por ser robusta. Temos sempre que avaliar o diâmetro do canal que iremos trabalhar, e qual a espessura de dentina remanescente. Pois precisamos usar brocas que toquem nas paredes, mas que o ao mesmo tempo não produzam desgaste. Instrumentos manuais para o preparo de canais – estes instrumentos são padronizados a sua numeração, cor, diâmetro, comprimento parte ativa, conicidade do instrumento e comprimento do instrumento. As cores possuem uma sequência padronizada, os instrumentos da série especial (rosa, cinza e roxo) são os mais finos do que os das séries normais. A sequência de cor é branca, amarelo, vermelho, azul, verde e preto. Limas – as limas são feitas de aço inoxidável, podem possuir uma secção transversal, quadrangular, triangular ou losangular. Quanto mais metal, mais flexível e resistente será a lima, mas terá menor poder de corte. Quando confeccionada por torção é mais flexível e tem maior poder de corte quando compara com limas fabricadas através da usinagem. Os componentes das limas são o cabo, o colo, a parte ativa e a guia de penetração. Nos instrumentos endodônticos a cor do cabo indica o calibre e são cônicos. Os instrumentos aumentam de diâmetro de 5 em 5 até o 60, onde variam de 10 em 10 até o 140. Cada número representa em centésimos de mm o diâmetro do instrumento na ponta ativa, por exemplo a lima de nº30 tem 0,30mm de diâmetro. A parte ativa da broca tem 16mm de comprimento somado com a guia de penetração, o que varia em limas de 21, 25 e 31 mm é o intermediário. A diferença entre o menor e o maior diâmetro da parte ativa deve ser de 0,32mm, estabelecendo uma conicidade de constante de 0,02 por mm de comprimento. As limas são divididas em três séries 1. De 15 a 40 2. De 45 a 80 3. De 90 a 140 Intermediário – o intermediário tem o comprimento variável, determina o comprimento do instrumento, uma vez que o comprimento da parte ativa é fixo em 16mm. Parte ativa – possui forma cônica, tem sua secção transversal circular, triangular, quadrangular, losangular ou em forma de virgula. Variando de acordo com o tipo do instrumento. Tem seu comprimento constante. Possui as lâminas de corte e os espaços intersourais que é o espaço entre as lâminas que recolhem a dentina excisada. Guia de penetração – é a parte que nos ajuda a introduzir o instrumento em direção ao comprimento de trabalho do canal radicular. Série especial número cor Menor diâmetro (mm) Maior diâmetro (mm) 6 rosa 0,06 0,38 8 cinza 0,08 0,40 10 roxo 0,10 0,42 Primeira série 15 branco 0,15 0,47 20 amarelo 0,20 0,52 25vermelho 0,25 0,57 30 azul 0,30 0,62 35 verde 0,35 0,67 40 preto 0,40 0,72 segunda série 45 branco 0,45 0,77 50 amarelo 0,50 0,82 55 vermelho 0,55 0,87 60 azul 0,60 0,92 70 verde 0,75 1,02 80 preto 0,80 1,12 Terceira série 90 branco 0,90 1,22 100 amarelo 1,00 1,32 110 vermelho 1,10 1,42 120 azul 1,20 1,52 130 verde 1,30 1,62 140 preto 1,40 1,72 Classificações das limas Tipo Corte Indicações Calibre Características K quadrangular PQM (processos químicos- mecânicos) de canais retos e desobturação e PQM no retratamento endodôntico 6 até 140 possui 28 espirais na parte ativa, possui a função de alargar, alisar as paredes, começar a realização do processo de exploração e levar medicação intracanal. K-flex triangular PQM canais retos e de canais curvos 6 até 140 flexível e de difícil penetração flexo-file meseta inativa, ponta Batt mais flexível e com mais corte, possui mais espirais e possui ângulos do 60° (triangulo equilátero) Hedstroen Usinadas Canais retos (após limas tipo K) e desobturação no retratamento endodôntico. 10 até 140 mais corte, friável e menos flexível, função de alargar e alisar, parte cortante na base dos cones Anatomia interna e abertura coronária em monorradiculares Trata-se da primeira etapa da técnica endodôntica, que visa atingir o canal radicular através da câmara pulpar. As etapas de um tratamento endodôntico são Abertura coronária – trata-se do acesso a cavidade pulpar a partir da projeção da anatomia da câmara pulpar sobre a superfície do dente. Princípios fundamentos das aberturas coronárias Oferecer acesso direto ao canal radicular Não deformar o assoalho da câmara pulpar (em dentes polirradiculares) Remover totalmente as saliências do teto da câmara pulpar Incluir totalmente os cornos pulpares Não enfraquecer a estrutura dentinária Etapas preliminares a abertura coronária – primeiramente realizamos a radiografia inicial para podermos planejar a abertura coronária de todo o tratamento endodôntico. A radiografia inicial nos ajuda na escolha de todo o material que será usado durante o procedimento de abertura. Etapas da abertura coronária I. Traçado do perfil (forma de contorno) II. Trepanação (chegar ao canal radicular) III. Remoção do teto da câmara pulpar IV. Esvaziamento da câmara pulpar V. Localização da entrada do canal VI. Desgaste compensatório e preparo da entrada do canal. Princípios que regem a abertura da câmara pulpar – o acesso deve ser direto ao canal radicular, por meio de uma linha reta, o limite de abertura deverá ser tal que inclua, no seu interior todos os cornos pulpares e todo o teto da câmara pulpar deve ser removido, pois se não removido completamente o dente pode escurecer por causa da necrose que terá ali. O assoalho da câmara pulpar nos casos de dentes polirradiculares. Traçado de perfil nos incisivos – varia de acordo com o tipo de preparo e da coroa dentária, procuramos fazer o traçado pequeno e se for necessário aumentamos, o traçado de perfil dos incisivos possui forma triangular arredondada com sua base para incisal. Escolhemos uma ponta diamantada esférica em alta rotação com Diagnóstico e planejamento Abertura coronária Esvaziamento e odontometria Preparo do canal radicular Medicação intracanal Obturação do canal radicular Selamento coronário Proservação (controle a longo prazo) refrigeração, iniciamos o desgaste no ponto de eleição, desgastamos toda o esmalte até atingir a dentina e pode ser realizada com isolamento relativo. Traçado de perfil nos caninos – possui forma losangular. O seu desgaste é semelhante ao dos incisivos. Trepanação – trata-se do ato de atingir a câmara pulpar. Em dentes com câmara pulpar ampla se tem a sensação de cair no vazio. É realizada com brocas esféricas de 28mm para contra ângulo, dependendo do tamanho da câmara pulpar. Devemos realizar a abertura a 45° com o longo eixo do dente. Atenção aos cuidados – após realizar trepanação nunca devemos utilizar o jato de ar/agua da seringa tríplice. Devemos sempre irrigar com hipoclorito de sódio e aspirar. Posso causar enfisema no paciente se usar seringa tríplice. Remoção do teto da câmara pulpar – trata-se da forma de contorno, devemos utilizar uma broca esférica longa em baixa rotação paralelamente ao longo eixo do dente realizando movimentos de tração, sem pressionar. Devemos utilizar a sonda para procurar retenções. Esvaziamento da câmara pulpar – realizamos uma irrigação copiosa com hipoclorito de sódio, utilização de colheres de dentina, nunca devemos utilizar jatos de ar e agua da seringa tríplice. Localização da entrada do canal – devemos utilizar a sonda de Rhein para achar a localização da entrada do canal Desgaste compensatório – é a principal parte da abertura, onde realizamos a remoção do ombro de dentina para poder para o preparo da entrada do canal. Fazemos isso porque o ombro impede um perfeito acesso ao canal radicular, sua remoção favorece o manejo, limpeza e o preparo do canal. Utilizamos a broca LA AXXESS. Anatomia – Fisiologia da polpa e do periápice e técnica de odontometria Qual o motivo do tratamento dos canais radiculares? Existem possibilidades que podem levar a um tratamento de canal, tal como inflamações na polpa e necrose. Mas nem todos os canais que são tratados apresentam necrose pulpar, tal como em casos de fraturas coronárias e radiculares. As indicações para um tratamento de canal são: Necrose pulpar – dente com uma infecção, podendo ter ou não dor Pulpites – inflamação na polpa, podendo ter dor Indicações protéticas – como em coroas totais Quando existe a necessidade de um retratamento endodôntico, pois o primeiro não foi bem realizado. Situações clínicas – existem várias situações que possamos tratar Polpa vital – iremos realizar uma biopulpectomia nos casos de inflamação ou indicação protética Infecção do sistema de canais radiculares – presença de necrose pulpar ou retratamento endodôntico. Dependendo do caso o tratamento e a conduta são diferentes, por exemplo, dentes vitais são tratados de forma diferentes de dentes necrosados. Polpa vital – nestes casos o tecido na região apical é livre de inflamações, além disso não há infecção dentro do canal radicular. Dentro do canal temos a polpa, sendo mais amplo na cervical e mais estreito na região apical, no formato de um cone. Na região mais apical do canal dentinário temos o maior estreitamento do canal, que é chamado de limite CDC (canal-dentina- cemento). A partir deste limite de maior estreitamento, temos o canal cementário, nesta região temos a invaginação do cemento formando um cone oposto. O coto endoperiodontal é ligamento periodontal que se encontra presente no canal cementário, tem origem histológica no ligamento periodontal. Basicamente a anatomia do ápice dentário é formado por: Canal dentinário – estreitando-se até o limite CDC Limite CDC Canal cementário – não temos polpa, mas sim ligamento periodontal, esta região é chamada de coto endoperiodontal O coto endo-periodontal é de importância clínica porque deve ser preservado durante o tratamento endodôntico de dentes virais para facilitar e favorecer o processo de reparo. As estruturas anatômicas dos tecidos duros também são preservadas, mantendo o coto endo-periodontal, pois estes tecidos duros estão livres de reabsorções. Nem sempre o forame apical coincide com o vértice da raiz, podendo se encontrar mesializado ou distalizado. Objetivosdo tratamento endodôntico Esvaziar o conteúdo pulpar do canal radicular Preservar o coto endo-periodontal Dilatar o canal, mantendo seu formato cônico Manter o ambiente asséptico Utilização de medicação intracanal Selar hermeticamente sem agredir os tecidos periapicais E acompanhar o paciente. Como determinar o limite CDC clinicamente – realizamos a partir da odontometria Método radiográfico – trata-se de um método utilizado para determinar o comprimento de trabalho. Na radiografia não é possível visualizar a constrição apical, e muitas vezes não é possível nem a visualização dos forames quando estes se encontram vestibularizados ou palatinizados. Por isso usamos um valor médio de 1 mm aquém do vértice radicular para considerar como o limite CDC. Preservando desta forma o coto endoperiodontal. Método eletrônico – utilização de localizadores apicais eletrônicos como o root ZX II e o Sybron Endog, o localizador apical eletrônico mede a resistência de passagem de corrente elétrica. A dentina é um isolante elétrico, ou seja, quanto mais ao ápice o aparelho se encontra, menor a largura de dentina e mais corrente passa, desta forma permitindo a análise do canal. Necrose pulpar – nestes casos a polpa está necrosada e microrganismos são encontrados, além de infecções e uma inflamação nos tecidos periapicais. Também é possível a presença de várias reabsorções nos tecidos dentários, comprometendo a estrutura dos tecidos da região. Alterações periapicais inflamatórias – nos tecidos periapicais temos a formação de processos inflamatórios e lesões apicais que podem ser crônicas ou agudas. Também é possível a presença de reabsorções dos tecidos apicais. O que caracteriza a necrose pulpar Presença de M.O Alterações no conteúdo do canal radicular – biofilme microbiano e matéria orgânica em decomposição. Coto endo-periodontal – também sofre necrose à medida que o processo avança Alterações periapicais inflamatórias de graus variados Estruturas anatômicas apicais que podem estar descaracterizadas em função de processos reabsorvitivos. Principalmente em casos de lesões apicais. Repercussão destes componentes no tratamento em dentes necrosados – é promovido o esvaziamento parcial do canal radicular, diminuindo o conteúdo séptico previamente preparado – penetração desinfetante. Preparação do canal radicular visando a desinfecção e proporcionando um formato cônico, sem agredir os tecidos periapicais. Utilização de medicação antimicrobiana, selar hermeticamente evitando reinfecção e acompanhamento do caso. Por causa das modificações anatômicas e fisiológicas que a necrose pulpar ocasionou, não será possível identificas o limite de constrição apical (limite CDC), o objetivo é promover o esvaziamento do conteúdo séptico e a desinfecção do sistema de canais radiculares sem agredir os tecidos periapicais. Lesão apical (necrose pulpar) – esvaziamento do canal e recuo de 1mm para a realização do preparo Polpa viva – comprimento de trabalho entre 1 e 2 mm do ápice do dente, com o objetivo de manter intacto o limite CDC. Odontometria Trata-se da determinação do comprimento real do dente. Possui a finalidade de definir os limites de esvaziamento e de trabalho adequados ao tratamento endodôntico. Importância da odontometria – a odontometria evita a sobre-instrumentação e inflamação dos tecidos periapicais, auxiliando na redução da sintomatologia pós-operatória, permite o esvaziamento e o preparo químico mecânico sejam realizados em extensão adequada, determina com nitidez um degrau apical que permite anteparar todos os materiais de obturação e favorece o reparo. Fatores a serem considerados na odontometria – o tempo de exposição da radiografia, o processamento da imagem, a relação entre o ápice radiográfico e o forame apical, a distorção da imagem e a superposição de estruturas anatômicas. Determinação do comprimento de trabalho (CT) – o local de ação do endodontista será sempre até o limite CDC. Existem duas formas, a radiográfica e a eletrônica. Método radiográfico Técnica de Egle – nesta técnica realiza-se a medicação do comprimento aparente do dente na radiografia inicial e inserimos o instrumento endodôntico (com comprimento conhecido) com uma margem de segurança de 3mm, observamos o quanto falta da ponta do instrumento para o ápice e somamos com o que falta. Ou seja: O valor de CRD neste caso foi de 20mm, entretanto não se realiza o tratamento endodôntico nestes 20mm, em casos de necrose pulpar realiza-se 1mm aquém do valor de CRD e nos casos de biopulpectomia realiza-se entre 1 a 2mm aquém do CRD. Este valor é chamado de comprimento de trabalho (CT), ou seja, o CT varia com a condição da polpa. Método eletrônico – utilização de localizadores apicais eletrônicos como o root ZX II e o Sybron Endog, o localizador apical eletrônico mede a resistência de passagem de corrente elétrica. A dentina é um isolante elétrico, ou seja, quanto mais ao ápice o aparelho se encontra, menor a largura de dentina e mais corrente passa, desta forma permitindo a análise do canal. É importante remover o excesso de líquido contido na câmara pulpar, pois este líquido faz passar corrente de um canal para o outro, gerando confusões na medicação e inserir a lima de forma lenta. Contraindicações de localizadores apicais eletrônicos Pacientes portadores de marca passo Restaurações metálicas extensas no dente em questão Presença de instrumentos metálicos fraturados no interior do canal Dentes perfurados podem dar falsos avisos. Momento da realização da odontometria Polpa viva – realizada previamente ao esvaziamento Necrose pulpar – odontometria é ralizada após o esvaziamento (penetração desinfetante) Técnica da pulpectomia – trata-se do esvaziamento do canal em casos de polpa viva. As etapas são: Determinação do comprimento aparente do dente (CAD) Exploração e cateterismo – Descolamento da polpa com hipoclorito de sódio a 1% Odontometria – radiográfico ou eletrônico Emoção do tecido pulpar. Canais amplos e retos – utilização de sondas farpadas (maceração) e realizar a seguinte movimentação, introdução da lima com margem e segurança de 3mm do CRD, girar 3 ou 4 vezes e realizar a tração. Não devemos forçar a entrada do instrumento. Canais com curvaturas e/ou atrésicos – polpa removida por maceração com o uso de instrumentos endodônticos finos para o preparo do canal radicular e hipoclorito. Penetração desinfetante – trata-se do esvaziamento do canal em casos de necrose pulpar. As etapas são: É a remoção parcial do conteúdo séptico do canal radicular, visando reduzir o extravasamento de bactérias além do ápice. Reduzir quadros de dor e edemas do processo infeccioso. Técnica de penetração desinfetante Determinação do CAD Exploração e cateterismo Dividir o canal em terços Inundar o canal com hipoclorito a 2% Introduzir o instrumento no terço cervical, com movimentos oscilatórios Irrigar, aspirar e inundar novamente o canal Introduzir o instrumento no terço médio, com movimentos oscilatórios Irrigar, aspirar e inundar novamente o canal Introduzir o instrumento no terço apical, com movimentos oscilatórios Realização odontometria Particularidades de interesse clínico polpa viva necrose sem lesão necrose com lesão conteúdo do canal dentinário polpa M.O e matéria orgânica em decomposição conteúdo do canal dentinário coto endo-periodontal M.O e material orgânico em decomposição limites ideais CDC Proximidade da região apical Limites radiográficos 1 a 2mm aquém do vértice da raiz 1mm aquém do vértice da raiz no vértice da raiz ou 1mm aquém do vértice da raiz PreparoQuímico Mecânico PQM Soluções irrigadoras – são utilizadas para realizar uma dissolução do tecido pulpar em casos de inflamação e desinfecção dos canais radiculares. Os processos podem ser: Químicos – substancias químicas auxiliares (auxiliar, mas são indispensáveis para o tratamento) Físicos – trata-se do ato de irrigar e aspirar, a movimentação do líquido Mecânicos – instrumentação A partir do momento que o canal se encontra aberto é necessário a utilização de soluções irrigadoras para o lavar. A irrigação é constante, antes, durante e depois da instrumentação, somente durante a medicação e a obturação que a irrigação é parada. A importância desta irrigação é: Limpeza Lubrificação Desinfecção – em casos de polpa necrosada e infectada. Soluções irrigadoras – contribuem ao acessar canais que não são os principais, como os laterais e colaterais. Tipos de soluções irrigadoras Água destilada – soluções neutras que podem neutralizar solução de outras substâncias. Soro fisiológico Peróxido de hidrogênio – agua oxigenada, deve ser usada por pouco tempo, não é muito utilizada Hipoclorito de sódio – trata-se de água sanitária, é a solução mais utilizada, variando suas concentrações. A capacidade antimicrobiana é muito eficiente. Trata-se de uma solução sensível a luz por isso sua embalagem deve ser de vidro âmbar ou plástico escurecido Clorexidina – não dissolve matéria orgânica mas possui ação antimicrobiana. EDTA ou quelante – lavagem final do canal, antes da utilização da medicação ou obturação. Limpa todo o canal e o que restou nas paredes dentinária. Podem fazer algumas associações com detergentes. Irrigação Indundação Aspiração Detergentes – ação desengordurante do canal. Diminui a aplicação química e a tensão superficial. Observação – a água destilada e o soro fisiológico não promovem a dissolução do tecido vivo dentro do canal. Já o hipoclorito de sódio que é o mais usado, promove a dissolução do tecido vivo (matéria orgânica) por isso é o mais usado. Ações desejadas do irrigante geral Capacidade bactericida e alto poder antimicrobiano contra microrganismos organizados em biofilme e dissolver remanescentes pulpares. Prevenir e dissolver a smear layer Ação de limpeza e lubrificação Ser biocompativel – soluções bactericidas geralmente promovem irritação nos tecidos. Objetivos das soluções irrigadoras Controle de possível infecção superficial da polpa vital Remoção de sangue da câmara pulpar, prevenindo o escurecimento do dente, que também pode ocorrer por abertura coronária incompleta. Remoção do tecido orgânico, inorgânico (raspas de dentina) e restos necróticos dependendo do caso Neutralizar o conteúdo tóxico do sistema de canais radiculares, podendo levar solução tóxica periapical causando a dor e a inflamação. Ação lubrificante para os instrumentos endodônticos Redução do número de bactérias no canal Remoção da smear layer – a remoção da smear layer deve ser feita logo após o término do preparo para que ecista uma permeabilidade da dentina e a medicação intracanal possa liberar íons e eliminar as bactérias. Outro motivo é que a smear layer pode interferir na obturação do canal, pois dificultará a adaptação do cimento endodôntico. Solução irrigadora ideal é aquela que elimina a microflora do canal radicular, neutraliza as substancias tóxicas, é efetiva na presença de pus e sangue, dissolve a matéria orgânica, biocompatível, boa capacidade de penetração, estável e com prazo de validade. Técnica de irrigação – realiza-se movimentos de vaivém, cuidando para não obstruir a luz do canal. Utiliza-se uma agulha de irrigação que deve estar a 4mm do canal. A irrigação e a aspiração devem ser realizadas de forma concomitantemente. O canal radicular deve estar repleto de solução antes da introdução do instrumento e deve-se utilizar de 2 a 3 ml para cada irrigação. Hipoclorito de sódio Utilizamos hipoclorito de sódio a 1% em procedimentos de biopulpectomia, enquanto que em necrose pulpar precisamos de uma substância com maior poder antibacteriano e que dissolva a matriz orgânica sem ser agressiva, nestes casos utiliza- se hipoclorito de sódio a 2%. Vantagens Boa capacidade de limpeza Ação antibacteriana Neutralizante de produtos tóxicos Dissolve tecidos orgânicos - importante Auxilia na instrumentação Bem tolerado pelos tecidos vivos em baixas concentrações e com correta utilização pH alcalino Desidrata e solubiliza as substancias protéticas Ação rápida Dupla ação detergente Aumenta a permeabilidade dentinária Alvejante (clareia o dente) Desodorizante Desvantagens Efeito citotóxico – severas reações inflamatórias na região periapical. Se passarmos do comprimento do dente é possível causar problemas inflamatórios na região periapical. Algumas vezes, esta alteração pode ir para a mucosa do paciente, levando a necrose tecidual. Por isso o isolamento absoluto é indispensável. Clorexidine – trata-se de uma substancia bactericida e bacteriostática, possui uma capacidade de absorção as superfícies, mas não dissolve matéria orgânica. Qulantes – ácido atilenodiamino tetracético, possui ação quelante, é biocompatível e autolimpante, é indicado para a remoção da smear layer e auxiliar no preparo de canais radiculares atrésicos. Podemos utilizar antes da medicação intracanal e antes da obturação do canal radicular. Tempo de atuação da solução de 3 a 5 minutos. Etapas do tratamento endodôntico 1. Diagnostico e planejamento 2. Acesso endodôntico 3. Odontometria e esvaziamento dos canais 4. PQM 5. Medicação intracanal 6. Obturação 7. Selamento coronário 8. Controle pós-operatório. Anatomia e Morfologia dentária dos unirradiculares dent e câmara pulpar e coroa dental número de raízes número de canais diâmetro do canal secção transversa l direção da raiz compriment o médio ICS raiz cônica trapezoidal, presença de cornos pulpares, câmara pulpar chata no sentido vestíbulo palatino, ombro palatina e limite da câmara pulpar/canal radicular pouco nítido. raiz única canal único canal único e amplo Triangular nos níveis cervicais e médio. Circular o nível apical 75% das vezes é reta 22,6mm ILS Raiz única, delgada, leve achatamento no sentido mésio- distal, reproduz em menor escala o ICS, coroa trapezoidal, tendência a triangular única, relativamente delgada 97% - 1 3% - 2 relativament e amplo Ovoide nos níveis cervicais e médio. Circular no nível apical. curvatura por vezes acentuada no terço apical para a distal, inclinação distopalatin a 22,1mm ICI Divertículos pouco nítidos. Achatamento MD, abertura coronária única, fortemente achatada no sentido MD maioria das vezes uma, mas possui uma maior achatados no sentido MD ovoide nos níveis cervicais e circular Reta na maioria das vezes 21mm mais ampla no sentido VL, ombro lingual e coroa trapezoidal chance de dois canais por causa do achatament o no nível apical ILI muito similar ao ICI com dimensões maiores única menor frequência de 2 canais achatamento no sentido MD ovoide nos níveis cervicais e médio, circular no nível apical Reta na metade das vezes 22mm CS raiz cônica trapezoidal, limite da câmera pulpar/canal radicular mais nítido, menor diâmetro VL, ombro palatino acentuado, reentrância da cúspide P e coroa pentagonal única,com curvatura apical maior pare das vezes é única Forte achatamento MD circular no nível apical e ovoide no sentido médio e cervical curvatura para a distal do terço apical 27,2mm CI semelhante ao CS, mas proporcionalment e menor, achatamento acentuado no sentido MD da raiz maioria das vezes única, mas podemos ter duas raízes e dois canais, ou uma raiz e dois canais, com forames únicos ou forames independente s maior parte das vezes único amplo ovoide no nível cervical e médio, circular no nível apical com frequência curvatura para distal no terço apical 25mm 1º PMI raiz achatada no sentido MD, cúspide V maior, face oclusal voltada para a L, podendo haver sulco longitudinal, coroa em forma de cuba, câmara pulpar aproximadamente cuboide maior parte dos casos somente uma raiz, podendo ter duas e raramente três maior parte dos casos somente um canal, podendo ter dois e raramente três quando único é amplo, quando mais que um são finos e atrésicos elíptica ao nível cervical e médio, circular no nível apical pode ser reta ou distalizada. 21,6mm 2º PMI semelhante ao 1º PMI maioria das vezes uma raiz maioria das vezes um canal único e amplo, quando dois, fino e atrésico Elíptica ao nível cervical e médio. quando único é reto, quando 2 difícil acesso e divergentes 22,1mm Preparo do canal radicular – Técnica escalonada Basicamente o preparo do canal possui três etapas: Mecânica – a instrumentação Fisica – irrigação/aspiração e inundação Química – utilização de substâncias Limpeza do canal – trata-se da remoção do conteúdo deste canal, podendo ser polpa viva/necrosada ou uma obturação antiga. Trata-se do ato de remover substancias do canal. Modelagem do canal – trata-se da regularização e da planificação das paredes dentinários do canal, para que desta forma obtenha-se uma melhor adaptação do material obturador. Objetivos do PQM Polpa viva – remoção do tecido orgânico, criação de condições morfológicas e dimensionais para a realização da obturação. Polpa necrosada – remoção de restos teciduais, eliminar ou reduzir o número de microrganismos e dar forma e dimensões. Princípios biológicos e mecânicos do PQM Forma cônica afunilada Preparo no interior do canal dentinário Manter a forma original do canal Manter a posição do forame Preparo transversal adequado Técnicas de preparo – existem três formas de preparo de canal, a forma clássica, a técnica escalonada e a técnica coroa-ápice Técnica escalonada – trata-se de uma técnica onde ocorre um recuo progressivo programado, esta técnica é realizada do ápice para a coroa e pode ser utilizada em dentes mono ou polirradiculares, em canais retos ou curvos, com ou sem necrose pulpar. Nesta técnica primeiramente realizamos o batente apical e em seguida o preparo do terço médio e cervical em recuo progressivo programado. Para o preparo apical iremos colocar todos os instrumentos no CT, em seguida descobriremos o instrumento anatômica (IA) e a partir deste definir o instrumento memória (IM), normalmente três instrumentos acima do IA. No recuo progressivo programado é aumentando o calibre conforme aumenta a cada recuo de 1mm a partir do CT. É importante sempre intercalar com o IM em CT entre os recuos. Ao introduzir as limas no canal devemos realizar movimentos oscilatórios (sentido horário e anti-horário) até o CT e imprimir movimentos oscilatórios e de tração contra as paredes até que o mesmo se encontre solto no canal. Exemplo da técnica escalonada para obtenção do IM. 1. Lima flexofile #20 (IA) com um CT de 22mm 2. Irrigação/aspiração/inundação 3. Lima flexofile #25 com um CT de 22mm 4. Irrigação/aspiração/inundação 5. Lima flexofile #30 com um CT de 22mm 6. Irrigação/aspiração/inundação 7. Lima flexofile #35 (IM) com um CT de 22mm 8. Irrigação/aspiração/inundação A irrigação, aspiração e inundação são feitas a cada troca de instrumento (hipoclorito 1% para polpa viva e 2% para necrosada). Diagnóstico e planejamento Abertura coronária Esvaziamento e odontometria PQM Medicação intracanal Obturação do canal radicular Selamento coronário Proservação A partir do descobrimento do instrumento anatômico iremos somar mais três ou quatro instrumentos para descobrir o instrumento memória. Esta etapa é a responsável pela formação do batente apical. Preparo do canal radicular – técnica coroa-ápice Trata-se de um preparo no sentido cérvico-apical, onde utiliza-se instrumentos mais calibrosos no terço cervical, diminuindo o diâmetro à medida que se aproxima do terço apical. Vantagens da técnica da coroa-ápice Acesso retilíneo e direto Elimina a constrição cervical Diminui a pressão sobre os instrumentos Menor chance de fratura do instrumental Maior zona de escape Diminui a extrusão de microrganismos pelo periápice em casos de necrose pulpar Facilita a irrigação e a obturação Reduz o tempo de preparo Preparo do canal – Nesta técnica iremos primeiramente irrigar e então selecionar a lima que se ajuste na entrada do canal e calibrar no CT. Realizar movimentos oscilatórios e de tração contra as paredes até que o instrumento esteja solto no canal. Ou seja, iremos utilizar um instrumento que se adapte a cervical do canal radicular e ir diminuindo até chegarmos no CT, entre essas limas sempre iremos passar uma lima em CT. Preparo apical – obtenção do batente apical, após descobrir o IAI iremos utilizar de dois ou três limas com calibre crescente, todas em CT. O último instrumento da série é o instrumento apical final (IAF). Medicação intracanal Trata-se da colocação de substâncias medicamentosa no interior da cavidade pulpar entre as sessões necessárias na conclusão do tratamento endodôntico. Polpa necrosada Objetivos da medicação intracanal em polpa necrosada Eliminar/impedir a proliferação de microrganismos que sobreviveram ao PQM Barreira físico-química contra reinfecção por microrganismos da saliva. Reduz a inflamação perirradicular (controle da dor) Controle da exsudação persistente Neutralizar produtos tóxicos Controle de reabsorções dentárias Estimular o reparo periapical Propriedades desejáveis da medicação intracanal – para potencializar o processo de sanificação do sistema de canais radiculares Potencial antimicrobiano Biocompatível Capacidade de estimulação dos tecidos do hospedeiro Tempo de aplicação ideal Quantidade e concentração Local de atuação Tipos de medicamentos utilizados em polpa necrosada Tricresol formalina Paramonoclorofenol canforado Clorexidina Hidróxido de cálcio Diagnóstico e planejamento Abertura coronária Esvaziamento e odontometria PQM Medicação intracanal Obturação do canal radicular Selamento coronário Proservação Hidróxido de cálcio – possui efeito direto, eleva o pH dentinário, causando uma alteração enzimática da membrana citoplasmática (amplo espectro) e ativação de enzimas teciduais, consome CO2 que é essencial para a sobrevivência de microrganismos anaeróbios (necrose pulpar). Neutraliza o efeito residual do LPS (lipopolissacarideo) que são endotoxinas das bactérias gram- negativas que são responsáveis pela estimulação da síntese e liberação de citocinas responsáveis pela reabsorção óssea. O hidróxido de cálcio pode ser misturado com soro fisiológico ou água destilada, desta forma possuindouma consistência de pasta. Sistema Calen – neste sistema é utilizado um tubete com glicerina (lubrificação) e um tubete com o Calen (hidróxido de cálcio) Sistema Ultracal – trata-se de uma paste de hidróxido de cálcio radiopaca com um pH de 12,5 Locais e técnicas de aplicação da pasta de hidróxido de cálcio Condição Local Material Método Após Abertura Coronária Câmara Pulpar Pasta de Hidróxido de cálcio, Calen ou Ultracal Bolinha de algodão estéril na entrada do canal e então é feita o selamento coronário Após esvaziamento com PQM incompleto Canal Radicular Após PQM completo Pasta de Hidróxido de cálcio, Calen ou Ultracal até o comprimento de trabalho Remoção da lama dentinária, secagem do canal com cones de papel, colocar bolinha de algodão estéril na entrada do canal e em seguida selamento coronário. Uso de hidróxido de cálcio como MIC – para atuar corretamente, a pasta de hidróxido de cálcio deve ser aplicada com o PQM completo e após a remoção da Smear Layer. Remoção da smear layer – aspiração do hipoclorito de sódio e colocação de EDTA de 3 a 5 minutos e então agitar no canal utilizando o IM/IA. Em seguida irrigar com hipoclorito de sódio e secar com cones de papel que devem ser selecionados a partir do IM ou do IAF, calibrados em CT. Colocação da pasta – é importante que o canal esteja seco e com permeabilidade dentinária reestabelecida. A agulha deve estar a 1mm aquém do CT, lubrificara agulha com glicerina, conectar o tubete com o calen e levar ao canal até que haja refluxo da pasta. Em seguida colocar uma bolinha de algodão estéril na entrada do canal e realizar o selamento coronário. No caso do ultracal é somente calibrar a agulha a 1mm aquém do CT e levar a seringa ao canal e pressionar o embolo até que haja refluxo da pasta. O hidróxido de cálcio deve ter um tempo de permanência de no mínimo de 14 dias!! Polpa viva – neste caso não há infecção no sistema de canais radiculares, nestes casos o tratamento endodontico biologicamente ideal seria em sessão única, evitando a contaminação. Objetivos da medicação intracanal para polpa viva – controle da inflamação (ato cirúrgico), favorecer reparo periapical e formação de bateria físico-química contra a infecção do canal entre as sessões de tratamento. Medicamentos utilizados para polpa viva Corticoides (associação de corticoide com antibiótico) Hidróxido de cálcio Veículos de transporte do hidróxido de cálcio pelos canais radiculares Hidrossolúveis Lipossolúveis Aquosos Soro fisiológico Água destilada Solução anestésica Óleo de oliva e PMCC Viscosos Propileno glicol Polietileno glico Propriedades desejáveis dos corticoides Atividade anti-inflamatória Controle da dor pós-operatória Controle da inflamação aguda pulpar nas pulpotomias Auxiliar no reparo Locais de aplicação – na câmara pulpar, logo após abertura coronária (nestes casos colocar uma bolinha de algodão embebida no corticoide e em seguida selamento coronário), ou no canal radicular, após PQM incompleto (seringa e agulha de irrigação calibrada a 3mm aquém do CT, levar a medicação com a lima até o CRI/CT e colocação de bolinha de algodão estéril na entrada do canal, seguida de selamento coronário). Tempo de permanência do corticoide de 7 minutos. Propriedades indesejáveis dos corticoides – inibem a resposta inflamatória, causando um retardo no reparo/cicatrização e possui produtos de decomposição nocivos ao coto endo-periodontal Pasta de hidróxido de cálcio no canal radicular – após PQM completo e possui função de manutenção do ambiente asséptico, barreira físico-quimica contra entrada de microrganismos, biocompatibilidade e ativação de enzimas teciduais Selamento coronário Insucessos endodônticos – os insucessos em um tratamento endodôntico podem ser causados por erros de diagnóstico e planejamento, desconhecimento da anatomia pulpar, erros operatórios, infiltração coronária e restaurações inadequadas. Canais expostos a saliva artificial apresentaram significante infiltração, possibilitando a dissolução do cimento endodôntico e insucesso da terapia endodôntica. É sugerido que se refaça o tratamento endodôntico após um período de 90 dia por causa da infiltração de saliva (com microrganismo no interior destes canais) Materiais restauradores temporários – os objetivos de se realizar uma restauração temporária é: Prevenção da contaminação do sistema de canais radiculares por fluidos, material orgânico ou bactérias da cavidade oral. Prevenção da passagem de medicamentos intracanais da câmara pulpar para a cavidade oral Requisitos dos materiais restauradores temporários União ao dente Resistência a compressão e desgaste Facilidade de inserção e remoção Baixo custo Aparência aceitável Requisitos da seleção do material Tipo da cavidade Tempo de permanência Aspectos oclusais Estética Custo Diagnóstico e planejamento Abertura coronária Esvaziamento e odontometria PQM Medicação intracanal Obturação do canal radicular Selamento coronário Proservação Tipos de materiais restauradores temporários Cimento de óxido de zinco e eugenol – resistência mecânica de 60 Mpa, selamento coronário deficiente, mas possui bons resultados como selador biológico. É mais indicado para cavidades extensas, em áreas de reforço mastigatório por sua elevada resistência mecânica e entre as consultas do tratamento endodôntico. Cimento de ionômero de vidro – bom selamento marginal, baixa solubilidade, baixa resistência mecânica e possui a capacidade de liberação de flúor. É indicado para cavidades extensas, em áreas de reforço mastigatório, reforço de dentes em tratamento e após a conclusão do tratamento. Materiais resinosos fotopolimerizáveis – possuem um bom selamento marginal, são de fácil manipulação e remoção e possuem baixa resistência mecânica, são indicadas para restaurações temporárias em dentes anteriores, cavidades extensas e entre consultas e após a conclusão do tratamento. Materiais endurecidos por umidade (pronto para o uso) – possuem um bom selamento marginal, baixa resistência mecânica e fácil inserção e remoção. É indicado para restaurações temporárias para curtos períodos de tempo, cavidades que apresentem paredes circundantes e entre consultas do tratamento. Objetivo da restauração temporário após tratamento endodôntico – proteção do material obturador dos canais radiculares e possibilitar a seleção de um material restaurador temporário aliando resistência mecânica e capacidade de selamento coronário.
Compartilhar