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Os Tipos de Behaviorismo

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Os Behaviorismos 
SISTEMAS PSICOLÓGICOS II
Os behaviorismos 
	Atualmente, existe uma preocupação em estabelecer qual tipo de behaviorismo determinada pesquisa está se referindo.
	Discutiremos cinco tipos de behaviorismo.
	Mesmo com particularidades diferentes, todos os tipos de behaviorismos estudam o comportamento na interação do indivíduo com o ambiente.
Behaviorismo Clássico de Watson
Watson tinha um enorme desconforto com as psicologias do início do século XX, as quais pautavam-se no mentalismo e no introspeccionismo, sem darem conta de explicar cientificamente o comportamento do indivíduo.
Com seus esforços, ele buscou o caráter científico à psicologia. 
Assim, seus primeiros trabalhos iniciaram-se na direção da construção da filosofia de uma ciência: o behaviorismo. Nesse primeiro momento, o behaviorismo metodológico/clássico. 
Descreveu que os behavioristas tinham que se interessar no que o indivíduo estava fazendo e entender o porque de ele estar fazendo.
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Behaviorismo Clássico de Watson
Esse behaviorismo, ainda que considerando a existência de comportamentos não acessíveis de forma direta, definiu como seu objeto de estudo tão somente o comportamento observado diretamente (Watson, 1924/1970, citado por Costa, 2002). 
	
E por considerar os comportamentos como respostas reflexas, eliciadas por estímulos, estabeleceu como paradigma, dessa que passou a ser considerada a primeira geração do behaviorismo: 
S
R
Através da perspectiva watsoniana, estímulo (S) compreendia qualquer objeto no ambiente ou mesmo mudança no corpo da pessoa, tais como contrações musculares, dilatação da pupila, etc.. Enquanto como resposta (R), afirmou Watson, ações realizadas pelo indivíduo: explícitas (externas) ou implícitas (internas) (Costa, 2002). 
Assim, Watson estava interessado no comportamento enquanto fenômeno molar, no sentido de conjunto de movimentos integrados. Entretanto, para que seu estudo fosse realizado, ele teria que ser decomposto em partes mais simples.
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Behaviorismo Clássico de Watson
S
R
Qualquer objeto no ambiente ou mudança no próprio corpo do organismo (e.g., contrações musculares, palpitações e outras).
O que o organismo faz, calssificada como externa (explícita) e interna (implícita).
Termo mecanicista: a causa é necessariamente um evento anterior que produz, assim, um efeito.
Assim, seu objetivo é de prever e controlar comportamentos.
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Behaviorismo Clássico de Watson
Por essa ótica, a psicologia seria uma ciência geral do comportamento. 
Nela estariam, como objeto de estudo maior, todas as espécies. E a humana seria uma delas. 
Watson aboliu termos tradicionais, tais como mente e consciência, assim como evitou a subjetividade da introspecção e as analogias animal-homem (Baum, 2005/2006). 
Behaviorismo Clássico de Watson
Diversas críticas foram feitas a esta nova proposta de psicologia, dentre as quais a de que era mecanicista, simplista e desumanizadora.
		
Entretanto, talvez a principal crítica tenha sido a de que as explicações behavioristas eram inadequadas e limitadas, já que nem todo o comportamento poderia ser explicado a partir da relação S – R.
	
Em consequência disto, na tentativa de explicar alguns problemas que o Behaviorismo de Watson não explicava satisfatoriamente, alguns psicólogos reintroduziram os fenômenos mentais nas explicações na forma de variáveis mediacionais organísmicas. 
Neobehaviorismos Mediacionais de Tolman e Hull
Teve início entre o final da década de 1920 e o início de 1930.
Um dos seus pressupostos básicos do Neobehaviorismo de Tolman é o da intencionalidade do comportamento.
Tolman precurssor das teorias cognitivistas. Isto porque o enunciado evidencia uma posição mediacional e internalista quanto à determinação do comportamento, o que consiste em um aspecto característico de teorias cognitivistas.
S
R
O
Para ele, todo organismo se comporta para alcançar um objetivo, um alvo determinado. Assim o comportamento persiste até o objetivo ser alcançado.
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Neobehaviorismos Mediacionais de Tolman e Hull
		Entre o estímulo e a resposta existe um conjunto de eventos ocorrendo no organismo, que determinam o fenômeno comportamental.
		Os eventos mediacionais foram descritos como variáveis intervenientes, isto é, aquela variável que se conecta com as variáveis dependentes e independentes.
S
R
O
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Neobehaviorismos Mediacionais de Tolman e Hull
Tolman caracterizou as variáveis intervenientes em três grupos:
 Sistemas de necessidade – privação e/ou saciedade.
 Matriz de crença-valores (variável cognitiva), que se refere a hierarquias de expectativas aprendidas sobre estímulos do ambiente e suas funções na relação com o comportamento e;
 Espaço comportamental, o qual pode ser entendido como o contexto em que o comportamento ocorre.
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Neobehaviorismos Mediacionais de Tolman e Hull
Processo de aprendizagem: envolve a construção de mapas cognitivos do ambiente, que se formam no cérebro dos organismos.
Os mapas cognitivos são construídos a partir da relação organismo-meio, através de conexões entre estímulos ambientais e expectativas do organismo, constituindo-se um guia para o comportamento dos organismos em situações posteriores.
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Neobehaviorismos Mediacionais de Tolman e Hull
Neobehaviorismo de Hull - muito semelhante ao que Tolman propôs: fez uso das variáveis mediacionais para explicar o comportamento.
Contudo, seu uso é diferenciado. Ambos consideravam o comportamento como um fenômeno molar, entretanto, para Hull molar significava macroscópico e não envolvia as propriedades de propósito e cognição postulada por Tolman.
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Neobehaviorismos Mediacionais de Tolman e Hull
Enquanto Tolman recorreu a conceitos mentais em sua explicação do comportamento, Hull rejeitou a função explicativa destes conceitos. 
Hull trabalhava com as variáveis mediacionais entendendo-as apenas como variáveis intra-organísmicas e não recorreu a conceitos cognitivos como intenção, representação, crença e expectativa (neurofisiológicas).
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O Behaviorismo
Radical
Behaviorismo Radical de Skinner
Na tentativa de recuperar o ambiente como instância privilegiada onde o cientista busca variáveis e condições das quais o comportamento é função, um novo tipo de Behaviorismo é inaugurado por B. F. Skinner – o behaviorismo radical.
Mesmo tendo produzido o diferencial científico à psicologia, o behaviorismo metodológico recebeu inúmeras críticas por deixar de considerar em seu objeto de estudo os comportamentos encobertos, pela dificuldade de observá-los diretamente. 
		
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Behaviorismo Radical de Skinner
Então, Skinner aporta-se com uma proposta de avanço: qualquer ordem de comportamento (privado ou público) é agora objeto de estudo da psicologia. E, assim, surge a segunda geração dessa filosofia de uma ciência, a Ciência do Comportamento: o behaviorismo radical (Baum, 2005/2006; Chiesa, 1994/2006; Costa, 2002; Skinner, 1974/2000). 
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Behaviorismo Radical
	Em 1945, Skinner distingue seu Behaviorismo dos demais.
 (Costa, 2002)
 O behaviorismo foi definido, então, como a filosofia do comportamento, pois consiste em:
 conjunto de estudos de reflexões sobre o objeto de estudo;
 temas e métodos da psicologia e da ciência do comportamento.
Behaviorismo Radical
	É radical por ser radicalmente favorável a qualquer processo comportamental, por ser anti-mentalista (Matos, 1997).
	Portanto, sua visão sobre o homem é monista, o que implica que o indivíduo é uno (Costa, 2002).
É radical, por ser radicalmente favorável a qualquer processo comportamental, por ser anti-mentalista, por negar a existência de fenômenos que não tenham natureza física, como mente e cognição (Matos, 1997). 
Portanto, sua visão sobre o homem é monista, o que implica que o indivíduo é uno. E nessa unicidade interage com o ambiente com toda a sua totalidade (Costa, 2002). 
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Behaviorismo Radical
 Comportamento é definido como:		
Organismo
Ambiente
Buscando identificar o contexto em que cada resposta foi estabelecida.
(Costa,2002)
Pela perspectiva skinneriana, o comportamento compreende a relação do organismo com o ambiente. 
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Behaviorismo Radical
 Determinou que grande parte do repertório comportamental é operante.
Classe de respostas na qual a probabilidade de ocorrência é função de suas consequências.
(Costa, 2002; Skinner, 1953/2000)
Behaviorismo Radical
Sd R Sr
(Costa, 2002)
É o estímulo discriminativo com o qual sinaliza a ocasião para o reforço.
Implica na resposta dada pelo indivíduo.
É o estímulo reforçador.
Assim, o behaviorista radical busca identificar o contexto no qual a resposta instala-se e aquele no qual se mantém, ou seja, busca identificar sua função no ambiente (Costa, 2002). Seu paradigma é constituído por uma tríplice contingência.
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Behaviorismo Radical
		Considerando tal paradigma, para o behaviorismo radical, a formulação adequada que explica o comportamento de uma pessoa deve considerar (a) o momento em que essa resposta ocorre, (b) o próprio comportamento da pessoa e (c) as consequências reforçadoras (Costa, 2002; Skinner, 1974/2000; 1953/2000).
Behaviorismo Radical
(Skinner, 1953/2000)
Ambiente
Parte do mundo interno e externo que afete o indivíduo.
E, em consonância com a visão watsoniana, define ambiente como qualquer parte do mundo externo e interno, o qual tem a propriedade de afetar o indivíduo. 
Assim, ambiente é qualquer parte do universo, e nesse universo a pessoa responde discriminativamente. Além de considerar que grande parte do comportamento é operante e não reflexo (Baum, 2005/2006; Skinner, 1953/2000). 
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Behaviorismo Radical
Assim, o behaviorismo radical não apresenta distinção entre mundo subjetivo e mundo objetivo, pois concentra-se em termos e conceitos, em vez dos métodos (Baum, 2005/2006; Skinner, 1953/2000).

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