Buscar

Nota de Aula TGD

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NOTAS DE AULA 
SUMÁRIO 
 
12/09/2011
TGD - TEORIA GERAL DO DIREITO 
Profª. Fernanda Paula Diniz 
03/08/2011 ..... 1 
TEORIA GERAL DO DIREITO - TGD ......................................... 1 
BIBLIOGRAFIA – APÓS 2002 .................................................... 1 
1 Código Civil de 2002 - Princípios........................................... 1 
1.1 Sociabilidade ............................................................................... 1 
1.2 Eticidade ...................................................................................... 1 
1.3 Operabilidade .............................................................................. 1 
2 Princípios do Direito Civil ...................................................... 1 
3 Divisão do Código Civil .......................................................... 1 
3.1 Parte Geral (Arts. 1-232) .............................................................. 1 
3.2 Parte Especial (Arts. 233-2046) .................................................... 1 
04/08/2011 ..... 1 
DIREITO CIVIL – PARTE GERAL ............................................... 1 
1 Personalidade ......................................................................... 1 
2 Capacidade ............................................................................. 1 
2.1 Capacidade de direito (ou de gozo) .............................................. 1 
2.2 Capacidade de fato, de exercício, ou de ação .............................. 1 
2.2.1 Medidas .............................................................................................1 
2.2.1.1 Absolutamente incapaz (Art. 3º) ........................................................ 1 
2.2.1.2 Relativamente incapaz (Art. 4º) ......................................................... 1 
2.2.1.3 Capaz................................................................................................. 2 
3 Início da Personalidade (Art. 2º) ............................................ 2 
3.1 Teoria Natalista ............................................................................ 2 
3.2 Teoria Concepcionista ................................................................. 2 
3.2 Teoria da Nidação ........................................................................ 2 
4 Fim da Personalidade: morte ................................................. 2 
4.1 Morte real .................................................................................... 2 
4.2 Morte presumida .......................................................................... 2 
4.2.1 Morte presumida sem decretação de ausência (Art. 7º) ..................2 
4.2.2 Morte presumida com decretação de ausência................................2 
4.2.2.1 Curadoria ........................................................................................... 2 
4.2.2.2 Sucessão provisória .......................................................................... 2 
4.2.2.3. Sucessão definitiva (Art. 6º) ............................................................. 2 
10-11/08/2011 3 
4.3. Comoriência ................................................................................ 3 
5. Suprimento da Incapacidade ................................................ 3 
5.1 Representação e Assistência ....................................................... 3 
5.1.1 Legal ..................................................................................................3 
5.1.2 Judicial ..............................................................................................3 
5.1.3 Convencional ....................................................................................3 
6. Cessão/Cessação da Incapacidade ...................................... 3 
6.1 Maioridade ................................................................................... 3 
6.2 Emancipação (Art. 5º) .................................................................. 3 
6.2.1 Voluntária (consensual) ....................................................................3 
6.2.2 Judicial ..............................................................................................3 
6.2.3. Legal .................................................................................................3 
7. Individualização da Pessoa Natural (pessoa física) ............ 3 
7.1 Nome .......................................................................................... 3 
7.1.1 Exceções à imutabilidade do nome previstas em lei ....................... 4 
7.2 Estado ......................................................................................... 4 
7.2.1 Estado Individual .............................................................................. 4 
7.2.2 Estado da família .............................................................................. 4 
7.2.3 Estado Político ................................................................................. 4 
7.2.4 Características do Estado ................................................................ 4 
17/08/2011 ..... 4 
7.3 Domicílio ..................................................................................... 4 
7.3.1 Pluralidade de Domicílios (Art. 71) .................................................. 4 
7.3.2 Nômades e Ciganos (Art. 73) ........................................................... 4 
7.3.3 Domicílio de Pessoa Jurídica ........................................................... 4 
7.3.4 Domicílio voluntário – a pessoa escolhe.......................................... 4 
7.3.4.1 Domicílio voluntário geral .................................................................. 4 
7.3.4.2 Domicílio voluntário especial/eleição (Art. 78) ................................... 4 
7.3.5 Domicílio legal/necessário (Art. 76-77) ............................................ 4 
8. Direitos de Personalidade (Art. 11-21) .................................. 5 
8.1 Características do Direito de Personalidade ................................. 5 
8.1.1 Inalienáveis....................................................................................... 5 
8.1.2 Impenhoráveis .................................................................................. 5 
8.1.3 Irrenunciáveis ................................................................................... 5 
8.1.4 Imprescritíveis .................................................................................. 5 
8.1.5 Absolutas .......................................................................................... 5 
8.1.6 Não-limitação ................................................................................... 5 
8.1.7 Inexpropriáveis ................................................................................. 5 
8.1.8 Vitalícios ........................................................................................... 5 
8.2 Proteção aos Direitos da Personalidade ...................................... 5 
8.2.1 Tutela preventiva .............................................................................. 5 
8.2.1 Tutela repressiva .............................................................................. 5 
8.3 Código Civil: Rol Exemplificativo .................................................. 6 
24/08/2011 ..... 6 
9. Ausência (Arts. 22-39) ........................................................... 6 
9.1 Conceito ...................................................................................... 6 
9.2 Procedimento Judicial – Fases .................................................... 6 
9.2.1 Curadoria dos bens do ausente (Art. 22-25) ................................... 6 
9.2.1.1 Proponente ........................................................................................ 6 
9.2.1.2 Cessação da curadoria ......................................................................7 
9.2.2 Sucessão Provisória (Art. 26-36) ..................................................... 7 
9.2.2.1. Não poderão dispor dos bens ........................................................... 7 
9.2.2.2 Se os bens gerarem frutos ................................................................ 7 
9.2.2.3 Retorno do ausente ........................................................................... 7 
9.2.2.4 Cessação Sucessão Provisória ......................................................... 7 
9.2.3 Sucessão Definitiva (Art. 37-39) ...................................................... 8 
9.2.3.1 Levantamento e devolução das garantias ......................................... 8 
9.2.3.2 Distribuição definitiva dos bens ......................................................... 8 
9.2.3.3 Retorno do ausente ........................................................................... 8 
9.2.3.4 Morte presumida ................................................................................ 8 
9.3 Observações ............................................................................... 8 
9.3.1 Ausência e sociedade conjugal........................................................ 8 
9.3.2 Ausência e direitos previdenciários ................................................. 8 
SUMÁRIO – TGDireito 
 
 
ii 
25/08/2011 ..... 8 
Exercício em Grupo ................................................................... 8 
31/08/2011 ..... 9 
10. Pessoas jurídicas ................................................................ 9 
10.1 Características (PJ) .................................................................... 9 
10.2 Modalidades (PJ) ....................................................................... 9 
10.2.1 De Direito Privado (PJ-I) .................................................................9 
10.2.1.1 Fundação (PJ-DPriv - Disc. CC) ...................................................... 9 
10.2.1.2 Associações (PJ-DPriv - Disc. CC) .................................................. 9 
10.2.1.3 Sociedades (PJ-DPriv - Disc. CC) ................................................... 9 
10.2.1.4 Partidos Políticos (PJ-DPriv - Disc. C. Eleitoral).............................. 9 
10.2.1.5 Entidades Religiosas (PJ-DPriv - SRE) ........................................... 9 
10.2.2 De Direito Público (PJ-II) ................................................................9 
10.2.2.1 Interno (PJ-DPub) ............................................................................ 9 
10.2.2.1 Externo (PJ-DPub) ........................................................................... 9 
10.3 Fundações (Art. 62-69) .............................................................. 9 
10.3.1 Ato Constitutivo da Fundação ...................................................... 10 
10.3.2 Constituição da Fundação ........................................................... 10 
10.3.2.1 Atos Inter Vivos .............................................................................. 10 
10.3.2.2 Atos Causa mortes ........................................................................ 10 
10.3.2 Extinção da Fundação ................................................................. 10 
10.4 Associações (Art. 53-61) .......................................................... 10 
10.4.1 Ato Constitutivo da Associação ................................................... 11 
10.4.2 Constituição da Associação ......................................................... 11 
10.4.2.1 Inter Vivos ...................................................................................... 11 
01/09/2011 ... 11 
10.5 Sociedades .............................................................................. 11 
10.5.1 Ato constitutivo da Sociedade (Art. 981) ..................................... 11 
10.5.2 Constituição da Sociedade .......................................................... 11 
10.5.2.1 Sociedades empresariais .............................................................. 11 
10.5.2.2 Sociedades simples ....................................................................... 11 
10.6 Observação ............................................................................. 11 
10.6.1 Pessoa Jurídica e Direito de Personalidade (Art. 52) ................. 11 
10.6.2 Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica .............. 12 
10.6.3 Teoria dos Entes Despersonalizados .......................................... 12 
08/09/2011 ... 12 
Exercício em Grupo ................................................................. 12 
14/09/2011 ... 13 
11 Bens .................................................................................... 13 
11.1 Bens Móveis X Bens Imóveis ................................................... 13 
11.1.1 Bens Móveis ................................................................................. 13 
11.1.1.1 Semoventes (BMo) ........................................................................ 13 
11.1.1.2 Por natureza(BMo) ........................................................................ 13 
11.1.1.3 Por definição lega(BMo) ................................................................ 13 
11.1.1.4 Por antecipação(BMo) ................................................................... 13 
11.1.2 Bens Imóveis ................................................................................ 13 
11.1.2.1 Por natureza (BIm) ........................................................................ 13 
11.1.2.1 Por acessão (BIm) ......................................................................... 13 
11.1.2.1.1 Natural (BIm-aces) ........................................................................... 13 
11.1.2.1.2 Intelectual (BIm-aces) ...................................................................... 13 
11.1.2.1 Por definição legal (Bim) ................................................................ 13 
11.2 Bens Fungíveis x Infungíveis .................................................... 13 
11.3 Bens Divisíveis x Indivisíveis .................................................... 13 
11.4 Bens Consumíveis x Inconsumíveis ......................................... 13 
11.5 Bens Singulares x Coletivos ..................................................... 13 
11.6 Bens Principais x Acessórios.................................................... 13 
11.6.1 Frutos - Estado ............................................................................. 13 
11.6.1.1 Naturais ......................................................................................... 13 
11.6.1.2 Civil ................................................................................................ 13 
11.6.1.3 Industrial ........................................................................................ 13 
11.6.2 Frutos - Fonte ............................................................................... 13 
11.6.2.1 Pendentes ...................................................................................... 13 
11.6.2.2 Colhidos ......................................................................................... 13 
11.6.2.3 Percebidos ..................................................................................... 13 
11.6.2.4 Percipiendos .................................................................................. 13 
11.6.2.5 Estantes ......................................................................................... 13 
11.6.2.6 Consumidos ................................................................................... 13 
11.6.3 Produtos ....................................................................................... 13 
11.6.3.1 Benfeitorias .................................................................................... 13 
11.6.3.1.1 Necessária .......................................................................................13 
11.6.3.1.2 Útil .................................................................................................... 13 
11.6.3.1.3 Voluptária ......................................................................................... 13 
11.6.3.2 Pertenças ....................................................................................... 13 
11.7 Públicos x Particulares ............................................................. 13 
11.8 Bem de Família ....................................................................... 13 
15/09/2011 ... 13 
Avalição Individual .................................................................. 13 
21/09/2011 ... 13 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
1 
03/08/2011 
TEORIA GERAL DO DIREITO - TGD 
BIBLIOGRAFIA – APÓS 2002 
Francisco Amaral – Introdução ao Direito Civil 
Rosemvald, chaves – Parte geral 
Carlos Roberto Gonçalves – vol.1 
Caio Mário 
Sílvio Rodrigues 
Sílvio Venosa 
Daniel Eduardo Carnacchione 
Maria Helena Diniz 
 
• Direito 
• Direito Público 
(Estado X Pessoa) X Direito Privado (entre pessoas) 
• Direito Civil 
(disciplina as relações entre os indivíduos) 
Exemplo: Casamento 
• Código Civil de 2002 
(Miguel Reale – um dos colaboradores do C.C) 
 
1 Código Civil de 2002 - Princípios 
1.1 Sociabilidade 
As relações jurídicas afetam a sociedade, a vida de outras pessoas. 
 
1.2 Eticidade 
Transparência, agir ético, boa fé. 
 
1.3 Operabilidade 
A lei é igual para todos, as cláusulas são abertas para permitir 
alterações desde que dentro da lei, de acordo com a Constituição 
Federal. 
 
2 Princípios do Direito Civil 
Direito Civil Constitucional (de acordo com a Constituição) 
 
3 Divisão do Código Civil 
3.1 Parte Geral (Arts. 1-232) 
(serve de base para aplicar em todos os ramos do Direito, na parte 
especial) 
• Pessoas: mais importante do ordenamento jurídico – 1º ponto de 
estudo 
• Bens 
• Fatos jurídicos 
 
3.2 Parte Especial (Arts. 233-2046) 
• Obrigações 
• Contratos 
• Responsabilidade civil 
• Direito das coisas 
• Família 
• Sucessões. 
04/08/2011 
DIREITO CIVIL – PARTE GERAL 
1 Personalidade 
Qualidade inerente à pessoa humana, consistente na aptidão para 
contrair direitos e obrigações. (toda pessoa pode participar das 
relações jurídicas. Como isso vai ocorrer é que diferencia a forma 
de participação) 
 
2 Capacidade 
Medida de personalidade. Pode ser: capacidade de direito e 
capacidade de fato. 
 
2.1 Capacidade de direito (ou de gozo) 
Possibilidade de contrair direitos e obrigações na ordem civil. 
(Todas as pessoas têm capacidade de direitos iguais. Até mesmo o 
recém-nascido tem uma série de direitos como nome, dignidade, 
herança) 
 
2.2 Capacidade de fato, de exercício, ou de ação 
Possibilidade de exercício, por si mesmo, de ator da vida civil. (É o 
poder de exercer sozinho atos da vida, mas nem todo mundo tem 
condições para isso) 
 
2.2.1 Medidas 
2.2.1.1 Absolutamente incapaz (Art. 3º) 
Não pode praticar nenhum ato sozinho. 
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem 
exprimir sua vontade. 
 
Menor de 16 anos – tem que ser devidamente representado pelos 
pais ou na ausência destes, o tutor nomeado pelo juiz (geralmente 
da família ou por vínculo afetivo) 
“Enfermidade ou deficiência mental”: Mal de alzaimer - Pessoas 
com desenvolvimento mental incompleto. 
“Causa transitória”: Pessoas em coma. 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
2 
2.2.1.2 Relativamente incapaz (Art. 4º) 
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à 
maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por 
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; 
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental 
completo; 
IV - os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por 
legislação especial. 
Maiores de 16 anos e menores de 18 – Art. 4º, Inciso I 
Síndrome de Daw e deficiência mental leve (tem discernimento 
reduzido), nesse caso pratica o ato junto com o seu assistente. Art. 
4º, Inciso II. 
Ébrio habitual (alcoolatra/viciados em tóxicos - toxicômas), 
deficientes mentais com consciência reduzida. 
Pródigo: quem gasta imoderadamente. A sua restrição é para atos 
negociais, contratos. Ele pode casar, reconhecer filho. 
A INCAPACIDADE POR IDADE (MENOR CIVIL) É AUTOMÁTICA. 
TODAS AS OUTRAS HIPÓTESES DEVEM SER DECLARADAS 
PELO JUIZ DA INTERDIÇÃO. DEVE ESTAR BEM COMPROVADA 
E DURANTE O PROCESSO, O JUIZ NOMEIA UM CURADOR. 
ESSE VAI ASSISTIR OU REPRESENTAR O INCAPAZ 
 
2.2.1.3 Capaz 
A capacidade dos índios é regida de acordo com a lei específica 
(FUNAI). O índio acima de 21 anos, se viver na sociedade e saber a 
língua portuguesa é CAPAZ” 
Capacidade de fato (exercício) - exercer sozinho os atos da vida. 
Capacidade de direito (gozo) - todas as pessoas têm! 
 
3 Início da Personalidade (Art. 2º) 
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento 
com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos 
do nascituro. 
A personalidade se inicia com nascimento com vida, mas a lei já 
protege o nascituro (pessoa que ainda vai nascer). 
 
3.1 Teoria Natalista 
Só é pessoa quem nasce com vida (direitos e obrigações), proteção 
incondicional. 
 
3.2 Teoria Concepcionista 
A lei põe a salvo a pessoa desde a concepção (nascituro) 
 
3.2 Teoria da Nidação 
Defendida na lei da bio-segurança. Os embriões excedentes de 
inseminação artificial podem ser usados como estudo. Para ter 
direitos e obrigações, o embrião deve estar implantado no útero 
materno. 
4 Fim da Personalidade: morte 
4.1 Morte real 
Atestada pelo fim da atividade cerebral (existência de cadáver) – 
pode haver doação de órgão. 
 
4.2 Morte presumida 
Não tem cadáver 
 
4.2.1 Morte presumida sem decretação de ausência (Art. 
7º) 
Hipótese com provável perigo de vida ou catástrofe (guerra, queda 
de avião, caso da Eliza do Bruno). Processo judicial simples. 
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação 
de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em 
perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, 
não for encontrado até dois anos após o término da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses 
casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as 
buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data 
provável do falecimento. 
 
4.2.2 Morte presumida com decretação de ausência 
Quando a pessoa desaparece (irmã do Vitor Belfort). Processo 
judicial mais longo. 
Divide-se em 3 fases: Curadoria provisória, Sucessão provisória 
e Sucessão definitiva. 
 
4.2.2.1 Curadoria 
De 1 a 3 anos - nomeia-se alguém para cuidar dos bens, mas se a 
pessoa voltar tem que devolver e indenizar caso tenha havido 
algum prejuízo. 
• 1 ano - se não tiver deixado representante legal 
• 3 anos - com representante legal 
 
4.2.2.2 Sucessão provisória 
Após 3 anos, divisão dos bens, se voltar tem que devolver. 
 
4.2.2.3. Sucessão definitiva (Art. 6º) 
Após 10 anos 
 
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; 
presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei 
autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
 
Declarada a morte depois de 14 anos do início do processo de 
Morte presumida com decretação de ausência. 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
3 
 
10-11/08/20114.3. Comoriência 
Simultaneidade da morte de duas ou mais pessoas. 
Quando na mesma ocasião, 02 ou mais pessoas morrem sem poder 
determinar quem morreu primeiro – os bens vão diretamente para a 
família de cada um. 
Exemplo: acidente de carro. 
 
5. Suprimento da Incapacidade 
O curador representa ou assiste 
Relativamente: Assistência – o assistente pratica os atos 
juntamente com o assistido. 
Absolutamente: Representação – o representante pratica atos no 
lugar do incapaz. 
 
5.1 Representação e Assistência 
5.1.1 Legal 
Deriva da lei. A lei define que os representantes dos filhos menores 
são os pais. 
 
5.1.2 Judicial 
Nomeado pelo juiz, tutor ou curador em processo judicial. Se for 
menor (tutor), demais casos (curador). 
 
5.1.3 Convencional 
Através de contrato. Procurador ou mandatário. Se a pessoa morrer 
(morte declarada) cessa a validade da procuração. 
 
6. Cessão/Cessação da Incapacidade 
6.1 Maioridade 
A maioridade é civil – completar 18 anos. 
 
6.2 Emancipação (Art. 5º) 
A emancipação é ato irrevogável. 
Emancipação é ato jurídico no qual se adianta a capacidade do 
menor, mas não a sua maioridade. 
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, 
quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da 
vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público, independentemente de 
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o 
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência 
de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor 
com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
 
 
6.2.1 Voluntária (consensual) 
Quando os pais do menor fazem escritura publica no cartório de 
notas (documento formal devidamente registrado no cartório de 
pessoas naturais, declarando a vontade de emancipar o filho para 
que ele possa praticar os atos da vida civil. Na prática, só o maior 
de 16 anos pode emancipar, mas costuma ocorrer também antes 
dos 16 anos. 
 
6.2.2 Judicial 
Quando um pai está em desacordo com o outro ou quando tem 
tutor. O tutor não pode emancipar voluntariamente o tutelado. 
 
6.2.3. Legal 
• Casamento 
• Colação de grau em curso superior 
• Posse em serviço público, 
• Economia própria. 
Ocorre por força da lei (art. 5º). 
De acordo com a lei para se casar tem que ter 16 anos. Se 
houver gravidez (14 a 16 anos), a menor pode casar com 
autorização judicial, mas mesmo casada ela não se emancipa, 
continua sendo representada. 
Também ocorre a cessão da incapacidade quando a pessoa se 
cura. 
Quem emancipa não pode dirigir antes do 18 anos, não responde 
por crime. Isso é com a maioridade. 
A emancipação por serviço público praticamente inexiste, pois 
para prestar concurso geralmente tem que ter 18 anos. 
 
7. Individualização da Pessoa Natural (pessoa 
física) 
Nome, estado, domicílio – são características jurídicas que 
individualizam, diferenciam as pessoas. 
 
7.1 Nome 
Elementos: prenome (simples ou composto) + sobrenome 
(patronímico ou nome de família) 
Enquanto o prenome indica o indivíduo propriamente dito, o 
sobrenome indica a origem genealógica ou família à qual ele 
pertence. 
Agnome: são os identificadores de parentesco (júnior, neto, filho, 
sobrinho) 
Imutabilidade do nome: O nome não pode ser mudado. Pode 
incluir o apelido. (Luís Inácio Lula da Silva) 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
4 
 
7.1.1 Exceções à imutabilidade do nome previstas em lei 
• Nome constrangedor ou vexatório; 
• Erro gráfico; 
• Adoção; 
• Homomínia - homônimo (pessoas com o mesmo nome; a regra é 
que se inclua novos nomes no meio). Quando o oficial do cartório 
não quer registrar com determinado nome, usa-se o documento 
que “suscita a dúvida” e o juiz decide; 
• Alcunha ou apelido; 
• Nome completo: até 1 ano após a maioridade – entre 18 e 19 
anos (por qualquer motivo, após isso, ocorre através de processo 
judicial); 
LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973. 
Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências. 
Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a 
maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador 
bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos 
de família, averbando-se a alteração que será publicada pela 
imprensa. (Renumerado do art. 57, pela Lei nº 6.216, de 
1975). 
• Casamento, adição de sobrenome de família (judicialmente); 
• No caso de adoção, pode mudar o nome completo. 
 
7.2 Estado 
Soma da qualidade das pessoas. 
 
7.2.1 Estado Individual 
É o modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde, 
capacidade, profissão. 
 
7.2.2 Estado da família 
É o que indica a situação na família, em relação ao matrimônio e ao 
parentesco por consanguinidade ou afinidade (Civil – solteiro, 
casado ...) 
 
7.2.3 Estado Político 
É a qualidade de advém da posição do indivíduo na sociedade 
política, podendo ser nacional (nato ou naturalizado) ou estrangeiro. 
Ver Art. 12 CF. 
 
7.2.4 Características do Estado 
• Indivisível 
Assim como não podemos ter mais de uma personalidade, do 
mesmo modo não podemos ter mais de um estado. (uno e 
indivisível). Ninguém pode ser casado e solteiro ao mesmo tempo 
o todo qualifica a pessoa 
• Indisponível 
O estado civil, como visto, é um reflexo de nossa personalidade e, 
por esta razão, constitui relação fora do comércio. É inalienável e 
irrenunciável. Não impede, porém, sua mutação. 
• Imprescindível 
Não se perde nem se adquire o estado pela prescrição. O estado 
é o elemento integrante da personalidade. Nasce com a pessoa. 
Pode ajuizar ações do estado (divorciar, casar), não tem data 
para exercer esse direito. 
17/08/2011 
7.3 Domicílio 
Lugar onde a pessoa estabelece sua residência e o centro principal 
de sua atividade com ânimo definitivo. 
Domicílio (res. +ânimo definitivo) # residência (república) # 
morada (hotel) 
• Domicílio é o lugar onde a pessoa natural responde pelas suas 
obrigações. Onde ela declara o seu endereço com ânimo 
definitivo às municipalidades, órgãos públicos (Copasa, Cemig,). 
Também é o lugar de exercício da atividade com ânimo definitivo. 
Além de residir tem que declarar como domicílio. 
• Residência é o lugar onde a pessoa mora de forma contínua. 
• Morada é o lugar onde a pessoa está de forma passageira (hotel, 
casa alugada na praia). 
 
7.3.1 Pluralidade de Domicílios (Art. 71) 
Quando se tem mais de um domicílio. 
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas 
residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á 
domicílio seu qualquer delas. 
 
7.3.2 Nômades e Ciganos (Art. 73) 
O domicílio será o lugar onde se encontrarem. 
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não 
tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. 
 
7.3.3 Domicílio de Pessoa Jurídica 
A sede onde está declarada no ato constitutivo (Estatuto/Contrato 
Social) 
 
7.3.4 Domicílio voluntário – a pessoa escolhe 
7.3.4.1 Domicílio voluntário geral 
A pessoa tem o direito de escolher. 
 
7.3.4.2 Domicílio voluntário especial/eleição (Art. 78) 
Determinado em contrato, onde as partes elegem o local para 
resolverem assuntos do contrato, é o foro de eleição. 
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes 
especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos 
e obrigações deles resultantes. 
 
7.3.5 Domicílio legal/necessário (Art. 76-77) 
Quando a lei escolhe, impõe. (menores, presos, funcionários 
públicos...)NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
5 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor 
público, o militar, o marítimo e o preso. 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu 
representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em 
que exercer permanentemente suas funções; o do militar, 
onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do 
comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do 
marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o 
lugar em que cumprir a sentença. 
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no 
estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, 
no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito 
Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. 
 
8. Direitos de Personalidade (Art. 11-21) 
Direitos garantidos, intrínsecos à todas as pessoas humanas. São 
tratados no Código Civil e em outra leis como ECA. 
CAPÍTULO II - DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da 
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não 
podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a 
direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem 
prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação 
para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge 
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até 
o quarto grau. 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de 
disposição do próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou contrariar os bons 
costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para 
fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a 
disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para 
depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente 
revogado a qualquer tempo. 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com 
risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos 
o prenome e o sobrenome. 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem 
em publicações ou representações que a exponham ao 
desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em 
propaganda comercial. 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da 
proteção que se dá ao nome. 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à 
administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a 
divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a 
publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma 
pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem 
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a 
boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins 
comerciais. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são 
partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os 
ascendentes ou os descendentes. 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a 
requerimento do interessado, adotará as providências 
necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta 
norma. 
 
8.1 Características do Direito de Personalidade 
8.1.1 Inalienáveis 
Não podem ser transferidos. 
 
8.1.2 Impenhoráveis 
Não podem ser tomados para pagamento de dívida. 
 
8.1.3 Irrenunciáveis 
Disposição voluntária. 
 
8.1.4 Imprescritíveis 
Não se perdem por causa do tempo. Inexiste um prazo para seu 
exercício, não se extinguindo pelo seu não-uso. 
 
8.1.5 Absolutas 
São oponíveis contra todos (erga omnes), impondo à coletividade o 
dever de respeitá-los. 
 
8.1.6 Não-limitação 
Não pode limitar o direito de outra pessoa (liberdade). 
 
8.1.7 Inexpropriáveis 
Não se perdem em nenhuma hipótese. 
 
8.1.8 Vitalícios 
Os direitos da personalidade são inatos e permanentes, 
acompanhando a pessoa desde seu nascimento até sua morte 
 
8.2 Proteção aos Direitos da Personalidade 
Direito ao nome, imagem, corpo, privacidade, honra, vida, etc 
 
8.2.1 Tutela preventiva 
Medidas previstas em lei para evitar danos aos direitos de 
personalidade. 
 
8.2.1 Tutela repressiva 
Combater os danos aos direitos de personalidade. 
Pode ser ao mesmo tempo preventiva e repressiva 
- Possibilidade de Defesa por Herdeiro – não há aquisição de 
direitos após a morte, mas pode gerar efeitos após a morte da 
pessoa, nesse caso os herdeiros podem pleitear no caso de 
violação a imagem, direitos autorais. 
 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
6 
8.3 Código Civil: Rol Exemplificativo 
Trata apenas de alguns direitos de personalidade. 
• Disposição do Próprio Corpo 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de 
disposição do próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou contrariar os bons 
costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para 
fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
 
• Fins Altruísticos e Científicos 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a 
disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para 
depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente 
revogado a qualquer tempo. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Direito à vida, integridade física. 
o “Wannabes”, transexuais. 
o Vendas de partes do corpo. 
o Testemunha de Jeová. (quando a pessoa é capaz respeita-se a 
sua vontade, quando é incapaz, independente da vontade da 
família, realiza-se o procedimentos de transfusão de sangue) 
o Doação de órgãos (Lei nº 9.434/97) 
LEI Nº 9.434, DE 4 DE FEVEREIRO DE 1997. 
Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo 
humano para fins de transplante e tratamento e dá outras 
providências. 
 
• Dever de informação (consentimento informado) 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com 
risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. 
 
• Direito ao nome e pseudônimo (se há gêmeos idênticos, os 
prenomes devem ser diferentes) 
• Direito a palavra e imagem 
• Proteção à intimidade (a revista pode ser adotada, com 
moderação) 
• Direitos Autorais 
o Patrimonial 
o Extrapatrimonial 
 
Direito de Personalidade = Patrimônio mínimo da pessoa 
 
24/08/2011 
9. Ausência (Arts. 22-39) 
Tem a finalidade de decretar o desaparecimento da pessoa e 
nomear o representante para gerir os seus bens. 
 
9.1 Conceito 
É o desaparecimento da pessoa natural do seu domicílio sem 
nomear representante. 
Código Civil de 1916: gerava causa de incapacidade absoluta. 
Muito criticado, pois se o ausente retornava, a declaração de 
incapacidade gerava muitos problemas. Todos os atos praticados 
na vigência da declaração eram inválidos! 
 
9.2 Procedimento Judicial – Fases 
(para determinar a morte definitiva e a divisão dos bens) 
 
9.2.1 Curadoria dos bens do ausente (Art. 22-25) 
• Durante 1 ano se o ausente não tiver deixado representante. 
• Durante 3 anos se o ausente tiver deixado representante. 
Se a pessoa deixou representante e ela não quiser continuar, pode 
solicitar a nomeação de outra pessoa. 
CAPÍTULO III - DA AUSÊNCIA 
Seção I - Da Curadoria dos Bens do Ausente 
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela 
haver notícia, se não houver deixado representante ou 
procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a 
requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, 
declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
Art. 23. Também sedeclarará a ausência, e se nomeará 
curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou 
não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus 
poderes forem insuficientes. 
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e 
obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for 
aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. 
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado 
judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da 
declaração da ausência, será o seu legítimo curador. 
§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente 
incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não 
havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. 
§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os 
mais remotos. 
§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a 
escolha do curador. 
 
9.2.1.1 Proponente 
• Pelo Ministério Público ou qualquer interessado 
• Administração dos bens 
Em primeiro lugar, os parentes mais próximos; depois os parentes 
mais afastados (remotos) e por último as demais pessoas 
interessadas. 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
7 
 
9.2.1.2 Cessação da curadoria 
• Comparecimento do ausente; 
• Comprovação da morte; ou 
• Sucessão provisória. 
 
9.2.2 Sucessão Provisória (Art. 26-36) 
Transferência condicional de bens – mediante garantias – (parentes 
remotos e demais interessados). Os herdeiros necessários 
(cônjuges, ascendentes e descendentes naturais) não necessitam 
dar garantias. 
Se a pessoa não puder dar garantia, não poderá receber a 
sucessão provisória. 
Os bens do ausente divididos condicionalmente não podem ser 
vendidos, têm que ser zelados, pois se o mesmo voltar, terão que 
ser devolvidos 
Se houver benfeitorias, o curador poderá ser indenizado, caso o 
ausente retorne. 
Seção II - Da Sucessão Provisória 
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, 
ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando 
três anos, poderão os interessados requerer que se declare a 
ausência e se abra provisoriamente a sucessão. 
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se 
consideram interessados: 
I - o cônjuge não separado judicialmente; 
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; 
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente 
de sua morte; 
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão 
provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de 
publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, 
proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao 
inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. 
§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo 
interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério 
Público requerê-la ao juízo competente. 
§ 2o Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o 
inventário até trinta dias depois de passar em julgado a 
sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á 
à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos 
arts. 1.819 a 1.823. 
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, 
ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração 
ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União. 
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do 
ausente, darão garantias da restituição deles, mediante 
penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. 
§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder 
prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-
se os bens que lhe deviam caber sob a administração do 
curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste 
essa garantia. 
§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez 
provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, 
independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do 
ausente. 
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não 
sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, 
para lhes evitar a ruína. 
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios 
ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo 
que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro 
àquele forem movidas. 
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for 
sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e 
rendimentos dos bens que a este couberem; os outros 
sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e 
rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o 
representante do Ministério Público, e prestar anualmente 
contas ao juiz competente. 
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a 
ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do 
sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos. 
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória 
poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue 
metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria. 
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata 
do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta 
a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo. 
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, 
depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo 
as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, 
obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a 
entrega dos bens a seu dono. 
 
9.2.2.1. Não poderão dispor dos bens 
Podem utilizar os bens, mas não podem vender, tornar alheio, usar 
como garantia. Durante o tempo que estiver com os bens, devem 
pagar taxas, impostos. Caso o ausente retorne poderá ser cobrado 
pelas taxas. 
 
9.2.2.2 Se os bens gerarem frutos 
• Para os herdeiros necessários: integrais – os rendimentos 
integrais são dos herdeiros. 
• Demais: capitalizar metade (50%) dos rendimentos tem que ser 
depositados em uma conta (aluguéis, rendas, etc.) 
 
9.2.2.3 Retorno do ausente 
Recebe os bens 
 
9.2.2.4 Cessação Sucessão Provisória 
Certeza da morte; 10 anos após a sentença da sucessão 
provisória – quando o ausente contar com 80 anos e 5 anos sem 
dar notícias. 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
8 
 
9.2.3 Sucessão Definitiva (Art. 37-39) 
De 11 a 13 anos após a ausência. 
Seção III - Da Sucessão Definitiva 
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença 
que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os 
interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento 
das cauções prestadas. 
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, 
provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que 
de cinco datam as últimas notícias dele. 
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à 
abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus 
descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os 
bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados 
em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais 
interessados houverem recebido pelos bens alienados depois 
daquele tempo. 
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, 
o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a 
sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio 
do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas 
respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da 
União, quando situados em território federal. 
 
9.2.3.1 Levantamento e devolução das garantias 
9.2.3.2 Distribuição definitiva dos bens 
9.2.3.3 Retorno do ausente 
Até 10 anos após a sucessão definitiva receberá os bens no estado 
em que se encontrarem 
Com prazo acima de 10 anos após a Sucessão Definitiva (SD), nãoreceberá nada. 
 
9.2.3.4 Morte presumida 
A sentença que determinar a SD, decreta a morte presumida com 
atestado de óbito com data da SD. 
 
 
9.3 Observações 
9.3.1 Ausência e sociedade conjugal 
O cônjuge não assume a condição de viúvo (a), por isso hoje é 
permitido entrar com o divórcio litigioso e o ausente é citado em 
edital. 
 
9.3.2 Ausência e direitos previdenciários 
Pensão por morte só após a SD, mas se o filho estiver com a 
maioridade, não terá mais esse direito. 
Usucapião por morte presumida – divórcio litigioso e após 2 anos, o 
cônjuge terá direito ao imóvel 
 
25/08/2011 
Exercício em Grupo 
Questão 1 
Leia a notícia abaixo e responda: no direito brasileiro, seria 
legítimo o ato de disposição do próprio corpo no sentido de 
leiloar um espaço publicitário em sua própria testa? Esse ato 
de disposição sobre o próprio corpo está amparado pela tutela 
da autonomia da verdade? Justifique. 
01/07/2005 - 14h08 
Por US$ 10 mil, americana tatua na testa anúncio de cassino 
virtual 
PUBLICIDADE da Folha Online 
O cassino virtual GoldenPalace.com ficou famoso por comprar 
alguns itens bizarros vendidos no site de leilões eBay --uma torrada 
com a imagem da Virgem Maria (US$ 28 mil), por exemplo. Desta 
vez, o site "comprou" a testa de uma norte-americana. Por US$ 10 
mil, a internauta tatuou as palavras "Golden Palace .com" no 
inusitado espaço publicitário. 
"Ganhamos o privilégio de ter um anúncio permanente tatuado nas 
testa de Karolyne Smith. Com isso, ela se torna a primeira mulher a 
ter a marca do cassino para sempre", diz um anúncio da 
companhia. 
Smith afirma que adora ser o centro das atenções e não se 
arrepende do que fez. "Para muitos, pode parecer estúpido. Para 
mim, no entanto, esses US$ 10 mil representam US$ 1 milhão. Faço 
isso pelo meu filho, para poder construir um futuro melhor para ele", 
disse. 
Segundo a nova garota propaganda, esse dinheiro será usado para 
que seu filho possa estudar em uma escola particular. 
Não, porque a legislação brasileira garante os direitos de 
personalidade conforme art. 11 C.C como patrimônio mínimo da 
pessoa e os protege para evitar danos aos mesmos, sendo 
inalienáveis. No Direito brasileiro não é permitido à disposição do 
corpo com fins monetários (art.14 C.C) 
 
Questão 2 
Frente a conjuntura a seguir, responda: Qual (is) é (são) o(s) 
domicílio(s) de Dr. Jesuíno? Fundamentar a resposta. 
Dr. Jesuíno é médico e reside com sua família (uma esposa e dois 
filhos) na cidade de Campina Grande-PB, onde pernoita, 
diariamente, em um apartamento próprio. Atende, na segunda e 
terça-feira, das 08h00 às 16h00 em Hospital localizado em 
Esperança-PB; na quarta e quinta-feira é plantonista diurno em um 
nosocômio público da cidade de Areia-PB e, na sexta-feira feira à 
tarde e sábados pela manhã, realiza atendimentos em um 
consultório particular que há anos mantém, em imóvel de sua 
propriedade, na cidade de Alagoa Grande-PB, sua terra natal. 
Todos os locais onde ele atende como médico e reside com sua 
família. Nesse caso existe uma pluralidade de domicílio (art. 71). O 
domicílio é onde ele reside e declara o endereço às municipalidades 
e com ânimo definitivo e também o lugar de exercício de suas 
atividades com ânimo definitivo para questões relativas à sua 
atividade (art. 70, 72). 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
9 
Questão 3 
De acordo com o relato abaixo, Como advogado de Maria, 
Informe à mãe de Júlia se lhe assiste algum direito e se alguma 
providência poderia ser tomada. Justifique. 
Júlia é uma famosa atriz que foi violentamente assassinada no ano 
2000, deixando como herdeira apenas sua mãe, Maria. Um ano 
depois do falecimento, jornal de grande circulação publica fotos do 
corpo de Júlia que foram tiradas durante a perícia, no local do crime, 
totalmente desfigurada e parcialmente nua. 
Ela pode ajuizar uma ação como tutela preventiva e repressiva para 
não continuar com a veiculação das fotos. Tem o direito da defesa 
ao direito de personalidade, pois existe uma violação a imagem da 
Júlia, sem que seja de interesse público. 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da 
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras 
sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para 
requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou 
qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
Apesar de não existir aquisição de direitos de personalidade após a 
morte, esses podem gerar efeitos após a morte da pessoa. 
 
Questão 4 
Sobre a incapacidade, responda Verdadeiro ou Falso e 
justifique: 
4.1 Em relação maior, tanto quanto ao menor, a presunção é de 
capacidade 
[ V ] art. 3º 
 
4.2 A emancipação é um modo de aquisição da maioridade 
antes dos 18 anos completos. 
[ F ] art. 5º - a emancipação adianta a capacidade do menor, mas 
não a maioridade 
 
4.3 A capacidade de fato é também denominada capacidade de 
exercício ou de ação 
[ V ] 
 
4.4 A incapacidade relativa atinge a validade de qualquer ato 
praticado pelo incapaz, na medida em que este não conte com 
a devida assistência. 
[ F ] art. 4º - são incapazes relativamente a certos atos. O pródigo 
tem restrição apenas para atos negociais, contratos. 
 
4.5 O ato praticado pelo relativamente incapaz, sem a devida 
assistência, será em regra anulável. 
[ F ] sem explicação pq não tínhamos visto 
 
4.6 A incapacidade do menor impúbere é relativa 
[ F ] ele é absolutamente incapaz 
 
4.7 O menor pode sofrer interdição. 
[ V ] a incapacidade do menor é automática. Para todos os outros 
casos, é passível de interdição, mas se o menor for emancipado ele 
pode ser interditado. 
 
31/08/2011 
10. Pessoas jurídicas 
Agrupamento de pessoas e/ou bens a que o ordenamento confere 
personalidade, uma vez cumprida as exigências legais. 
A principal exigência legal é o registro do ato constitutivo no cartório 
ou junta comercial 
 
10.1 Características (PJ) 
Existência própria, distinta dos seus membros. 
As ações devem ser ajuizadas contra a pessoa jurídica. Seus sócios 
não respondem por isso, salvo as exceções. 
Nome, patrimônio e responsabilidades próprios. 
 
10.2 Modalidades (PJ) 
10.2.1 De Direito Privado (PJ-I) 
Formada por particulares. 
 
DISCIPLINADA PELO CÓDIGO CIVIL: 
10.2.1.1 Fundação (PJ-DPriv - Disc. CC) 
10.2.1.2 Associações (PJ-DPriv - Disc. CC) 
10.2.1.3 Sociedades (PJ-DPriv - Disc. CC) 
 
10.2.1.4 Partidos Políticos (PJ-DPriv - Disc. C. Eleitoral) 
Regido pelo Código Eleitoral 
 
10.2.1.5 Entidades Religiosas (PJ-DPriv - SRE) 
Não têm regulamentação específica – Não pagam impostos 
 
10.2.2 De Direito Público (PJ-II) 
Regidas pelo Estado 
 
10.2.2.1 Interno (PJ-DPub) 
União, Estado, Municípios, DF e autarquias. Fazem parte da 
organização do Estado. 
Exemplos de autarquias: Banco Central, USP,UFRJ, INSS, 
ANATEL, ANVISA, INPI, CVM,INMETRO. 
 
10.2.2.1 Externo (PJ-DPub) 
Países, organizações internas (ONU, CV) 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
10 
10.3 Fundações (Art. 62-69) 
Agrupamentos de bens sem finalidades lucrativas. 
CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por 
escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a 
maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se 
para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os 
bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o 
instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a 
fim igual ou semelhante. 
Art. 64. Constituídaa fundação por negócio jurídico entre vivos, 
o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro 
direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão 
registrados, em nome dela, por mandado judicial. 
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do 
patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de 
acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação 
projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da 
autoridade competente, com recurso ao juiz. 
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo 
assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e 
oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público. 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado 
onde situadas. 
§ 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá 
o encargo ao Ministério Público Federal. (Vide ADIN nº 2.794-8) 
§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá 
o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público. 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é 
mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e 
representar a fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este 
a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por 
votação unânime, os administradores da fundação, ao 
submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, 
requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-
la, se quiser, em dez dias. 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a 
que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o 
órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe 
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo 
disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em 
outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual 
ou semelhante. 
 
10.3.1 Ato Constitutivo da Fundação 
Estatuto - Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas (CRPJ) 
 
10.3.2 Constituição da Fundação 
10.3.2.1 Atos Inter Vivos 
Criada durante a vida do fundador, registrada no cartório de notas, 
através de escritura pública. 
 
10.3.2.2 Atos Causa mortes 
Após a morte por um testamento. É fundada por alguém que separa 
parte do seu patrimônio para finalidades sociais, institucionais, 
morais. Não há sócios e é nomeado um administrador. Se tiver lucro 
tem que ser reinvestido na fundação. Não tem dono. 
Fiscalização pelo MP (Ministério Público) – Pode até mesmo 
nomear o administrador 
 
10.3.2 Extinção da Fundação 
Quando não tem condições de cumprir o seu objetivo, os bens da 
fundação serão revertidos para outra fundação que exerça função 
semelhante. 
 
10.4 Associações (Art. 53-61) 
Agrupamento de pessoas sem fins lucrativos, não precisam ter 
patrimônio. Exemplo: Associação de pais e mestres. Podem criar 
patrimônio posteriormente 
CAPÍTULO II - DAS ASSOCIAÇÕES 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas 
que se organizem para fins não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e 
obrigações recíprocos. 
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações 
conterá: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos 
associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos 
deliberativos; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias 
e para a dissolução. 
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das 
respectivas contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005) 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
11 
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto 
poderá instituir categorias com vantagens especiais. 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o 
estatuto não dispuser o contrário. 
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração 
ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não 
importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao 
adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
Art. 57. (Revogado pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa 
causa, assim reconhecida em procedimento que assegure 
direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 
(Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer 
direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a 
não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. 
Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: (Redação 
dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
I – destituir os administradores; (Redação dada pela Lei nº 
11.127, de 2005) 
II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 
2005) 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os 
incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembléia 
especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o 
estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos 
administradores. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na 
forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o 
direito de promovê-la. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 
2005) 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu 
patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as 
quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, 
será destinado à entidade de fins não econômicos designada no 
estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à 
instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou 
semelhantes. 
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por 
deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação 
do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, 
atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem 
prestado ao patrimônio da associação. 
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal 
ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas 
condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu 
patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito 
Federal ou da União. 
 
10.4.1 Ato Constitutivo da Associação 
Estatuto Social - CRPJ 
 
10.4.2 Constituição da Associação 
10.4.2.1 Inter Vivos 
Declaração de vontade das partes. Art. 53 a 61 
 
01/09/2011 
10.5 Sociedades 
Agrupamento de pessoas e bens com fins lucrativos. Pelo menos 
duas pessoas formam o capital social, investimento inicial (bens, 
dinheiro, crédito de dívida) 
 
10.5.1 Ato constitutivo da Sociedade (Art. 981) 
Estatuto ou Contrato Social 
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que 
reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, 
para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, 
dos resultados. 
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de 
um ou mais negócios determinados. 
 
10.5.2 Constituição da Sociedade 
Inter Vivos, podem ser: Sociedades empresariais ou Sociedades 
simples. 
 
10.5.2.1 Sociedades empresariais 
Atividade comercial – na Junta Comercial 
 
10.5.2.2 Sociedades simples 
Não buscam o lucro em primeiro lugar – Registro no Cartório de 
Registro de Pessoas Jurídicas - CRPJ. 
Exemplo: Sociedade entre médicos, de educação. 
 
10.6 Observação 
10.6.1 Pessoa Jurídica e Direito de Personalidade(Art. 
52) 
Os direitos de personalidade que puderem ser aplicados à pessoa 
jurídica. 
Exemplo: danos morais – direito personalizado 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a 
proteção dos direitos da personalidade. 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
12 
 
10.6.2 Teoria da Desconsideração da Personalidade 
Jurídica 
Em caso de abuso caracterizado pelo desvio da finalidade, confusão 
patrimonial (misturar patrimônio jurídico com o social), os sócios 
podem responde. 
Em regra aplica-se Art. 50 CC, contudo o Art. 28 CDC é aplicado 
com reservas por contrariar a personalidade jurídica. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, 
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que 
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações 
sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou 
sócios da pessoa jurídica. 
 
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras 
providências. 
SEÇÃO V 
Da Desconsideração da Personalidade Jurídica 
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da 
sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso 
de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou 
violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração 
também será efetivada quando houver falência, estado de 
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica 
provocados por má administração. 
§ 1° (Vetado). 
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as 
sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis 
pelas obrigações decorrentes deste código. 
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente 
responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. 
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa. 
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica 
sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo 
ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. 
 
10.6.3 Teoria dos Entes Despersonalizados 
Agrupamento de pessoas e/ou de bens que possuem algumas 
características de pessoas jurídicas, mas, não tem personalidade 
jurídica: 
• Condomínio 
• Sociedade de fato 
• Família 
• Massa falida 
• Espólio 
• Herança jacente e vacante 
 
Danos Materiais – Indenizar pelo dano emergente (prejuízo direto). 
Prejuízo cessante - o que deixou de ganhar. 
 
08/09/2011 
Exercício em Grupo 
1. João é sócio da Sociedade ABC Ltda. A referida sociedade 
contraiu um empréstimo junto ao Banco X e não pagou. 
Sobre o caso responda: João pode ser responsabilizado por 
essa obrigação? É possível a desconsideração da 
personalidade jurídica? Justifique. 
Não, exceto nos casos previstos no art. 50 do C.C, como desvio 
de finalidade ou confusão patrimonial. 
Apesar do CDC, no art. 28 confirmar que poderá ocorrer a 
desconsideração da pessoa jurídica, ele é muito criticado. 
 
2. Sociedade ABC Ltda., realizou a venda de todos os seus 
bens a outra sociedade. Os administradores querem vender 
também o nome empresarial. É isso possível? Justifique. 
Não, porque tem existência própria, distinta dos seus membros. O 
nome é um direito de personalidade, conf. Art. 52, CC, sendo 
inalienável. Pode mudar os sócios, vender a marca, o nome 
fantasia, mas nunca a razão social. 
 
3. A Associação de moradores do Bairro Y pretende excluir o 
associado João da Silva pelo fato do mesmo tratar de forma 
grosseira os demais associados. Isso é possível? Explique. 
Sim, conforme art. 54, Inciso II (CC), o estatuto deve conter os 
direitos e deveres do associado. Mas deve constar no estatuto 
que tal conduta é vedada, assegurando o direito de defesa e 
recurso conf. Art. 57. 
 
4. Distinguir como se dá a aquisição da personalidade por 
pessoas naturais e jurídicas. 
A pessoa natural se inicia com o nascimento com vida, mas a lei 
protege desde a concepção. A pessoa jurídica é com o registro 
do ato constitutivo (estatuto ou contrato social) no cartório ou 
junta comercial 
 
5. Explique o que são entes despersonalizados? 
Agrupamento de pessoas e/ ou bens que possuem algumas 
características de pessoas jurídicas, mas, não têm personalidade 
jurídica, por isso têm tratamento diferenciado pela legislação. 
NOTAS DE AULAS – TGDireito 
 
 
13 
 
14/09/2011 
11 Bens 
• Bens # Coisas 
• Objetos das relações jurídicas 
• Classificação dos bens: 
 
11.1 Bens Móveis X Bens Imóveis 
11.1.1 Bens Móveis 
 
11.1.1.1 Semoventes (BMo) 
 
11.1.1.2 Por natureza(BMo) 
 
11.1.1.3 Por definição lega(BMo) 
 
11.1.1.4 Por antecipação(BMo) 
 
 
11.1.2 Bens Imóveis 
 
11.1.2.1 Por natureza (BIm) 
 
11.1.2.1 Por acessão (BIm) 
 
11.1.2.1.1 Natural (BIm-aces) 
 
11.1.2.1.2 Intelectual (BIm-aces) 
 
11.1.2.1 Por definição legal (Bim) 
 
 
11.2 Bens Fungíveis x Infungíveis 
 
 
11.3 Bens Divisíveis x Indivisíveis 
 
 
11.4 Bens Consumíveis x Inconsumíveis 
 
 
11.5 Bens Singulares x Coletivos 
 
 
11.6 Bens Principais x Acessórios 
 
11.6.1 Frutos - Estado 
 
11.6.1.1 Naturais 
 
11.6.1.2 Civil 
 
11.6.1.3 Industrial 
 
11.6.2 Frutos - Fonte 
 
11.6.2.1 Pendentes 
 
11.6.2.2 Colhidos 
 
11.6.2.3 Percebidos 
 
11.6.2.4 Percipiendos 
 
11.6.2.5 Estantes 
 
11.6.2.6 Consumidos 
 
 
11.6.3 Produtos 
 
11.6.3.1 Benfeitorias 
 
11.6.3.1.1 Necessária 
 
11.6.3.1.2 Útil 
 
11.6.3.1.3 Voluptária 
 
11.6.3.2 Pertenças 
 
 
 
11.7 Públicos x Particulares 
 
 
11.8 Bem de Família 
 
15/09/2011 
Avalição Individual 
21/09/2011

Outros materiais