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Estagios Do Desenvolvimento Emocional Em Winnicott

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Donald Woods Winnicott 
• Como pediatra, pôde observar a interação de muitas mães com 
seus filhos. 
 
• Elaborou importante teoria do desenvolvimento emocional 
humano. 
 
• Uma de suas contribuições fundamentais foi enfatizar a 
importância do meio ambiente no desenvolvimento do 
indivíduo. 
 
 
 
Potencial herdado 
 
[...] embora todo menino ou menina 
nascidos vivos neste mundo tenha, 
como se poderia dizer, um bastão de 
primeiro-ministro em sua fraldinha, 
este bastão pode permanecer sendo 
algo que poderia ter sido. 
 
(Winnicott, 1989n [1970], p. 221) 
 
 
Potencial Hereditário 
0 O potencial hereditário poderá desenvolver-se ao 
máximo ou sofrer entraves e ficar bloqueado. 
 
0 O desenvolvimento emocional depende da existência 
de um outro ser humano que facilite esse processo. 
 
 
Tendência ao 
Desenvolvimento 
0 O ser humano nasce com uma tendência ao desenvolvimento 
tanto físico quanto emocional. 
 
• Assim como ocorre o desenvolvimento motor ou da fala, 
também ocorre um processo de evolução gradual do 
desenvolvimento emocional. 
 
• Entretanto, essa tendência só poderá se concretizar 
mediante a presença de um ambiente facilitador. 
 
 
 
 
Ambiente facilitador 
Os processos de maturação do bebê precisam de 
um ambiente de facilitação para que possam 
concretizar-se. 
 
Este ambiente é muito complexo. 
 
Só um ser humano pode conhecer um bebê de 
forma a possibilitar uma adaptação complexa e 
graduada de acordo com as transformações das 
necessidades dos bebês. 
Ser Relacional 
0 O ser humano é um ser relacional, ou seja, se constitui no 
interior das relações. 
 
0 A primeira relação é sui generis: o bebê é afetado pelo 
ambiente, mas não pode perceber esse ambiente ainda, 
devido à sua imaturidade. 
 
0 Essa imaturidade não pode ser encarada como um déficit, 
simplesmente o bebê não desenvolveu-se ainda, ele 
encontra-se imerso em um processo de desenvolvimento 
gradual. 
 
Relação Mãe -Bebê 
Winnicott descreve as primeiras experiências da mãe 
com o bebê e mostra o significado e a importância das 
coisas rotineiras que uma mãe realiza com tanta 
naturalidade. 
 
No início, o bebê sequer percebe a presença da mãe 
mas ela cuida para que ele sinta-se bem alimentado, 
bem instalado, devidamente limpo e confortável. 
Winnicott ( 1982 ) 
Para ser boa mãe 
Não é necessário possuir intelectualidade privilegiada. 
 
A mulher deve se deixar guiar pelos seus instintos naturais ao 
invés de seguir regras prescritas pelos outros ou pelos livros. 
 
Entender que são inúmeras as transformações na sua vida a 
partir do instante em que descobre que está grávida. 
 
Importante procurar começar a conhecer seu filho o mais 
cedo possível. 
 
Gestação 
 
 
O bebê já é um ser humano dentro do ventre e é digno de ser 
conhecido como pessoa. 
 
A mãe começa a conhecer algumas características de seu filho: 
movimentos preferidos, soluços, quando fica mais quieto, etc. 
 
O bebê também aprende muito sobre a mãe: percebe quando 
está ansiosa, zangada, quando corre ou está tranquila, etc. 
 
Essa relação vai se desenvolvendo aos poucos e ajuda a lançar 
os alicerces da personalidade da criança. 
 
Preocupação Materna 
Primária 
Estado em que a futura mãe vai entrando no decorrer da 
gestação, onde começa a voltar suas preocupações em 
direção ao bebê. 
 
Essa capacidade da mãe ¨adoecer sadiamente¨ é 
importante para os cuidados com seu bebê. 
 
A mãe que consegue desenvolver a preocupação materna 
primária, é denominada mãe suficientemente boa, mãe 
devotada comum ou ambiente facilitador. 
Winnicott (1999) 
 
Preocupação materna 
primária 
0Durante a gestação, a mãe começa a desenvolver uma 
espécie de útero psíquico para seu bebê. 
0Gradualmente suas preocupações vão se 
concentrando no bebê: sua saúde, suas roupas, seus 
movimentos, seu quarto, o parto, etc. 
0Pode ocorrer um afastamento temporário do marido 
e dos outros filhos. 
0Marido: com a regressão a mãe volta para um estado 
psíquico muito primitivo e precisa de apoio. 
Identificação com o bebê 
No estado de preocupação materna 
primária, as mães se tornam 
capazes de colocar-se no lugar do 
bebê e perceber o que eles 
necessitam. 
 
Isso lhes possibilita atender as 
necessidades do recém nascido de 
uma forma que nenhuma máquina 
pode imitar e que não pode ser 
ensinada. 
 
Nascimento 
0 No parto ocorre uma interação entre o corpo da mãe e 
o corpo do bebê. 
 
0 Cesárea: interrupção dessa interação. 
 
0 Equipe médica e de enfermeiros possuem importante 
papel no nascimento, fornecendo suporte e segurança 
à mãe e ao bebê. 
Mãe-ambiente 
0 O bebê nasce em um estado de dependência absoluta 
da mãe (mãe-ambiente). 
 
0 Bebê=Mãe (não percebe o outro nem a si mesmo). 
 
0 Interpreta todos os gestos espontâneos do bebê. 
 
 
 
Mãe como ego auxiliar 
Ao identificar as necessidades 
do bebê e atendê-las 
adequadamente, a mãe vai 
atuando como um ego auxiliar 
do bebê. 
 
Assim, o bebê tem um ego 
desde o primeiro instante, um 
ego muito frágil e pessoal, mas 
impulsionado pelo ego auxiliar 
da mãe. 
 
 
Mãe Suficientemente Boa 
 
A própria mãe do bebê tem mais 
probabilidade de ser 
suficientemente boa pois os 
cuidados exigem preocupação 
fácil e sem ressentimentos. 
 
O êxito desses cuidados com o 
bebê dependem da devoção, e não 
do esclarecimento intelectual. 
 
 
Mãe Suficientemente Boa 
0 A mãe suficientemente boa, começa com uma 
adaptação quase completa às necessidades de seu 
bebê. 
 
À medida que o tempo passa, adapta-se cada vez menos 
completamente, de modo gradativo, segundo a 
crescente capacidade do bebê em lidar com o fracasso 
dela. 
 
A mãe, atenta às necessidades, não apenas 
corporais, mas também psíquicas do bebê, não só 
satisfaz essas necessidades mas mostra, pelos 
ecos sensoriais que devolve e pelas ações que 
realiza, que interpretou corretamente essas 
necessidades. O bebê fica satisfeito e tranqüilo 
quanto à sua necessidade instintuais e de 
compreensão. 
 
Papel do pai 
É de grande importância nesse 
momento. 
 
Ele deve cuidar das exigências do 
mundo externo a fim de que a 
mulher possa concentrar-se e 
aprimorar-se no desempenho de 
sua nova tarefa: cuidar do seu 
bebê. 
 
Pai Suficientemente Bom 
0 O pai também é uma pessoa importante ajudando a 
criar um lar, e além de ser um bom substituto para a 
mãe, pode dar à esposa o apoio e o sentimento de 
segurança que ela pode transmitir à criança. 
 
0 Existem ainda outros fatores ambientais importantes, 
pois pode haver uma equipe mãe/babá; podem haver 
tias e avós adequadas ou amigos especiais que se 
qualificam como bons substitutos da mãe. 
 
 
Estágios do Desenvolvimento 
Emocional 
 
1)Dependência absoluta: unidade mãe-bebê, relacionada à 
mãe-ambiente/ objeto subjetivamente concebido. 
2)Dependência relativa: emergência do campo fusional 
com a mãe, surgimento da mãe objeto/objeto 
objetivamente percebido, mãe-outro. 
3)Rumo à independência: caminha para a independência. 
4)Independência relativa: independência nunca é 
absoluta. 
 
Dependência Absoluta 
0 “o estado de dependência absoluta não está fundado 
apenas na fragilidade do bebê ou em sua incapacidade 
de sobreviver sem ajuda; também não se refere ao que 
seria uma influência maciça do ambiente que 
‘produziria’ o bebê, de si tabula rasa. [...] refere-se ao 
fato de o bebê depender inteiramente da mãe para ser – 
do modo como é, como pode ser, nessemomento inicial 
[...] O relacionamento peculiar com a mãe [...] fornece 
um padrão para as relações que o bebê venha a 
desenvolver com a realidade externa” (Dias, 2003, p. 
130, grifos do autor). 
 
Conquistas do Bebê e Tarefas da Mãe 
 Através do segurar, manejar, e da apresentação dos 
objetos, a mãe vai propiciando o amadurecimento 
pessoal do bebê. 
 
Conquistas do bebê Tarefas da Mãe 
 Integração holding (segurar) 
 Personalização handling (manusear) 
 Realização object presenting (apre- 
sentar o mundo) 
Tarefas da Dependência Absoluta: 
INTEGRAÇÃO: Integração do si mesmo, 
integração psicossomática e Integração no tempo 
e no espaço 
 
 
 
 Através do holding materno o bebê vai se 
constituindo em uma unidade. 
 
 Ao segurar adequadamente o bebê, a mãe vai 
propiciando uma integração gradativa de seu 
bebê, para que ele possa sair do estado de fusão 
com ela, fazer a separação eu/não-eu e 
constituir-se em uma unidade. 
Integração 
0 O bebê precisa 
conquistar a 
integração espaço-
temporal, a 
integração 
psicossomática e a 
integração do si-
mesmo. 
 
Integração espaço-temporal 
 
0 No início o bebê não tem noção nenhuma de 
espacialidade nem de temporalidade (não sabe que as 
coisas têm início e fim). 
 
0 Por isso as agonias e ansiedades dessa fase da vida 
são sentidas como eternas, ele não sabe se vai acabar 
ou quando vai acabar. 
 
 
 
 
 
 
 
Tarefas da Dependência Absoluta: 
PERSONALIZAÇÃO: Alojamento da 
psique no corpo 
 
 
 
 No início o bebê não tem noção nenhuma de tempo ou 
de espaço, ele não sabe que as coisas têm início e fim. 
 Por isso as agonias e ansiedades dessa fase da vida 
são sentidas como eternas, ele não sabe se vai acabar 
ou quando vai acabar. 
 A integração psicossomática vai ocorrendo a partir do 
handling materno (manuseio durante os cuidados que 
propicia ao bebê). 
 
 
Integração psicossoma 
0 Bebê nasce não-integrado: corpo e psique não estão ligados. 
 
0 Mãe como holding: coloca seu corpo e psique a serviço do bebê. 
 
0 A ligação é feita pelo cuidador. Se este não consegue propiciar a 
ligação o bebê fica desconectado, não saberá definir as emoções 
mas a mente pode ficar intelectualizada. 
 
0 Os cuidados com o bebê (handling)vão proporcionando-lhe a 
conexão de corpo e psique. 
 
 
Integração do si mesmo 
 
O fornecimento de um 
ambiente suficientemente 
bom na fase mais primitiva 
capacita o bebê a começar a 
existir, a ter experiências, a 
constituir um ego pessoal, a 
dominar os instintos e a 
defrontar-se com as 
dificuldades inerentes à vida. 
 
 
Tarefas da Dependência Absoluta: 
REALIZAÇÃO: Relacionamento com os 
objetos (apresentação do mundo) 
 A mãe vai apresentando o mundo ao bebê em 
pequenas doses, de acordo com sua crescente 
capacidade de se relacionar com as pessoas e os 
objetos. 
 
 O relacionamento com os objetos é um processo que 
segue uma evolução desde o nascimento até a morte, 
onde o bebê vai se tornando capaz de se relacionar 
com um círculo que se amplia da família para a escola 
e posteriormente para a sociedade. 
 
 
Realização 
Apresentação dos objetos 
Processo que só pode ser feito pelo manejo contínuo de 
um ser humano “que se revele sempre ele mesmo”. 
 
Não é necessário perfeição, o que se exige é que os pais 
façam justamente aquilo de que o bebê precisa com 
cuidado e atenção. 
 
 
Realização 
Apresentação do Mundo 
0 A adaptação da mãe às 
suas necessidades precisa 
ser quase exata e, a menos 
que assim seja, não é 
possível ao bebê começar 
a desenvolver a 
capacidade de 
experimentar uma relação 
com a realidade externa 
ou mesmo formar uma 
concepção dessa 
realidade. 
Apresentação do Mundo 
0 O lactente só pode ter uma apresentação não confusa 
da realidade externa ser for cuidado por alguém 
devotado à tarefa de cuidar dele. 
 
 
0 A mãe emergirá deste estado de devoção espontânea, 
e logo voltará a ter sua vida de volta. 
 
 
Angústias inomináveis 
Angústias muito fortes são experimentadas nos estágios 
iniciais do desenvolvimento emocional. 
 
Os sentidos ainda não estão organizados e não existe ainda 
algo que possa ser chamado de um ego autônomo. 
 
O tipo de aflição que o bebê sente neste estágio é muito 
parecido ao que se encontra por trás do pânico. 
 
Função de Espelho 
Quando o bebê olha para o rosto da 
mãe, o bebê vê a si mesmo e essa 
ideia será passada a ele conforme a 
mãe o vê. 
 
O bebê deve notar esperança no 
olhar da mãe. 
 
Ele espera ser notado e aprovado 
por ela. 
 
Ele se mostra para que a mãe o 
perceba e reflita. 
 
 
Desenvolvimento da personalidade 
Se a mãe agir de forma adequada, estará criando os 
fundamentos da força de caráter e da riqueza de 
personalidade do indivíduo. 
 
 
A partir de uma base positiva, o indivíduo tem uma 
oportunidade de lançar-se no mundo de uma forma criativa e 
de desfrutar e usar tudo aquilo que o mundo tem a lhe 
oferecer, inclusive o legado cultural. 
 
 
 
Winnicott, (2000 [1956]; p.404 
 
Dependência Absoluta 
0 A recompensa de se oferecer ao bebê, um ambiente 
facilitador nesse primeiro estágio de dependência absoluta, é 
que seu processo de desenvolvimento não sofre distorções. 
 
0 Aos poucos ele começa a se tornar consciente de sua 
dependência. 
 
0 Quando a mãe fica longe do bebê, por um tempo superior à 
sua capacidade de crer em sua sobrevivência, aparece 
ansiedade, e este é o primeiro sinal que a criança percebe. 
Dependência Relativa 
 Esse estágio é aquele em que o bebê começa a sentir a 
necessidade da mãe, ele começa a perceber em sua 
mente, que a mãe é necessária. 
 
 Gradualmente a necessidade pela mãe verdadeira se 
torna ferrenha e terrível (por isso as mães odeiam deixar 
seus filhos e se sacrificam muito para não causar aflição 
ou mesmo produzir raiva ou desilusão durante esta fase 
de necessidade especial) 
 
 Esta fase dura aproximadamente de seis meses a dois 
anos. 
Desadaptação da Mãe 
0Os meios de que o bebê dispõe para lidar com esse 
fracasso materno são: 
 
a experiência do bebê, quase sempre repetida, de 
que há um limite temporal para a frustração (a 
princípio desse limite deve ser curto); 
o crescente sentido de processo; 
os primórdios da atividade mental; 
 
Dependência Relativa 
0 O estágio da dependência relativa vem a ser um 
estágio de adaptação a uma falha gradual dessa 
mesma adaptação. 
 
0 É parte do repertório da grande maioria das mães 
prover uma desadaptação gradativa de acordo com o 
rápido desenvolvimento que o lactente revela. 
 
Dependência Relativa 
0 Para Winnicott existe um caminho a ser percorrido, 
desde o estágio em que o bebê não tem a capacidade 
de perceber sua dependência em relação ao meio-
ambiente, e o estágio seguinte, onde ele já pode 
começar a perceber gradativamente a presença da 
mãe e o que ela faz para satisfazer suas necessidades. 
 
Dependência Relativa 
Objetos transicionais e fenômenos transicionais 
 
 Se a mãe ficar longe por um período de tempo 
além de certo limite, então a lembrança, ou a 
representação interna, se esmaece. 
 
 No estágio anterior, se a mãe estava ausente, o 
bebê simplesmente falhava em se beneficiar de 
sua habilidade especial de evitar irritações ou 
incômodos e certos desenvolvimentos essenciais 
na estrutura do ego falhavam em se tornar bem 
estabelecidos.Dependência Relativa 
0Antes disso, se a mãe está ausente, o bebê 
simplesmente falha em se beneficiar de sua 
habilidade especial de evitar irritações ou 
incômodos e certos desenvolvimentos 
essenciais na estrutura do ego falham em se 
tornar bem estabelecidos. 
 
 
Dependência Relativa 
Objetos transicionais e fenômenos transicionais 
 Por volta de seis a oito meses, os bebês costumam se ligar 
a alguns objetos ou brinquedos que os ajudam a lidar com a 
ansiedade diante da ausência materna. 
 
 Pode ser uma chupeta, um ursinho, a fralda, o travesseiro, a 
ponta de um cobertor, etc. 
 
 Esse objeto ajuda o bebê a se sentir separado mas ao 
mesmo tempo junto da mãe. 
 
 
Dependência Relativa 
0 Quando a mãe (ou substituta) está ausente, não 
há uma modificação imediata, de uma vez que o 
bebê possui uma lembrança ou imagem mental da 
mãe, ou aquilo que podemos chamar de 
representação interna dela, a qual permanece 
viva durante certo tempo. 
 
0 Se a mãe ficar longe por um período de tempo 
além de certo limite medido em minutos, horas ou 
dias, então a lembrança, ou a representação 
interna, se esmaece. 
Dependência Relativa 
0 Se a mãe se torna descatexizada, os fenômenos transicionais 
se tornam gradativamente sem sentido e o bebê não pode 
experimentá-los. 
 
0 Antes da perda, podemos às vezes perceber o exagero do 
uso de um objeto transicional como parte da negação de 
que haja ameaça de ele se tornar sem sentido. 
 
 
 
Dependência Relativa 
0 Os bebês podem variar na sua capacidade de usar a 
compreensão intelectual de inicio. 
 
0 Muitas vezes a compreensão que eles poderiam ter é 
postergada pela existência de uma confusão no modo em 
que a realidade é lhes é apresentada. 
 
0 Todo o processo do cuidado de bebês tem como principal 
característica a apresentação contínua do mundo à criança 
e isso não pode ser feito por pensamento, nem pode ser 
manejado mecanicamente. 
Dependência Relativa 
0 Esse estágio é aquele em que o bebê começa a sentir a 
necessidade da mãe, ele começa a perceber em sua mente, 
que a mãe é necessária. 
 
0 Gradualmente a necessidade pela mãe verdadeira se torna 
ferrenha e terrível (por isso as mães odeiam deixar seus 
filhos e se sacrificam muito para não causar aflição ou 
mesmo produzir raiva ou desilusão durante esta fase de 
necessidade especial) 
 
0 Esta fase dura aproximadamente de seis meses a dois anos. 
Rumo à Independência 
0 Por volta dos dois anos, se iniciam novos 
desenvolvimentos que habilitam a criança a lidar com 
a perda. 
 
0 Gradativamente, ela vai se tornando capaz de se 
defrontar com o mundo e sua complexidade. 
Rumo à Independência 
0 A criança vai sendo inserida em círculos cada vez mais 
abrangentes de vida social. 
 
0 Isso lhe possibilita ir se identificando com a 
sociedade, pois a sociedade local é um exemplo de seu 
próprio mundo pessoal (, bem como exemplo de 
fenômenos verdadeiramente externos. 
 
Estágios do Desenvolvimento 
0Winnicott ressalta ainda que: 
 
0 [...] a criança está o tempo todo em todos os 
estágios, apesar de que um determinado 
estágio pode ser considerado dominante. As 
tarefas primitivas jamais serão completadas, e 
pela infância afora sua não-conclusão 
confronta os pais e educadores com 
desafios[...]”(Winnicott,1988, p. 52). 
 
 
Se uma criança não começar 
bem 
Poderá não desfrutar do legado cultural e a beleza do 
mundo não passará de um colorido torturante, 
impossível de desfrutar. 
 
Assim, existem “os que têm e os que não têm”, e isso 
nada tem a ver com finanças; tem a ver com aqueles 
que começaram muito bem suas vidas, e com aqueles 
que não tiveram a mesma sorte. 
 
 
 
Ambiente não-facilitador 
Sem a propiciação de um ambiente inicial suficientemente bom, 
o eu pode não se desenvolver. 
 
O sentimento de realidade encontra-se ausente, e se não 
houver caos em excesso, o sentimento final será o de 
inutilidade. 
 
Pode surgir também um eu falso que esconde o eu verdadeiro, 
que se submete às exigências do meio, que reage aos estímulos, 
sem espontaneidade ou criatividade. 
Mãe Insuficientemente 
Boa 
Quando o ambiente não é favorável, a criança não é capaz de 
começar a maturação do ego, ou então ao fazê-lo, ocorrem 
distorções em certos aspectos vitalmente importantes. 
 
Se o bebê não tem cuidados suficientemente bons no estágio 
precoce antes de ter distinguido o ‘eu’ do ‘não-eu’, as 
consequências podem ser devastadoras. 
 
Pode se estabelecer um elo direto entre a infância inicial (do 
lactente sob cuidado, em um estado de dependência absoluta) 
e as doenças psiquiátricas mais primitivas, que são agrupadas 
sob a palavra esquizofrenia. 
Psicose 
Falhas no processo de fundamento da personalidade. 
 
O bebê pode crescer física e psiquicamente mas não 
desenvolve a mente e não sente que a vida vale a pena 
ser vivida. 
 
 O ambiente é sempre importante, porque existem 
ambientes em que o indivíduo não consegue se 
desenvolver. 
 
Regressão à dependência pode ocorrer para retomada 
do desenvolvimento interrompido. 
 
 
Saúde Mental 
A saúde mental do indivíduo com respeito à exclusão de 
doença psicótica foi estabelecida pelo lactente e a mãe juntos 
nos estágios iniciais do crescimento e do cuidado do mesmo. 
 
 A falha da mãe nessa fase mais primitiva pode levar à 
aniquilação do eu do bebê. 
 
 
Winnicott, 2000 [1956] p. 403 
 
 
 
 
Mãe Insuficientemente Boa 
0 Quando a adaptação da mãe não foi suficientemente boa no 
início ocorre que: 
“pode-se esperar que o lactente morra fisicamente, porque a 
catexia dos objetos não é iniciada. O lactente permanece 
isolado. Mas na prática o lactente sobrevive, mas sobrevive 
falsamente. O protesto contra ser forçado a uma falsa 
existência pode ser discernido desde os estágios iniciais. O 
quadro clínico é o de irritabilidade generalizada, e de 
distúrbios da alimentação e outras funções que podem, 
contudo, desaparecer clinicamente, mas apenas para aparecer 
de forma severa em estágio posterior”. (Winnicott, 1983, p. 
134). 
 
Mãe Insuficientemente Boa 
0 Quando o ambiente não é favorável, a criança não é capaz 
de começar a maturação do ego, ou então ao fazê-lo, 
ocorrem distorções em certos aspectos vitalmente 
importantes. 
0 Se o bebê não tem cuidados suficientemente bons no 
estágio precoce antes de ter distinguido o ‘eu’ do ‘não-eu’, 
as consequências podem ser devastadoras. 
0 Pode se estabelecer um elo direto entre a infância inicial 
(do lactente sob cuidado, em um estado de dependência 
absoluta) e as doenças psiquiátricas mais primitivas, que 
são agrupadas sob a palavra esquizofrenia. 
Psicose 
0 Falhas no processo de fundamento da 
personalidade. 
0 O bebê pode crescer física e psiquicamente mas 
não desenvolve a mente e não sente que a vida 
vale a pena ser vivida 
0 O ambiente é sempre importante, porque existem 
ambientes em que o indivíduo não consegue se 
desenvolver, mas sobretudo ele é importante no 
início, quando o indivíduo está se constituindo. 
0 Regressão à dependência pode ocorrer para 
retomada do desenvolvimento interrompido. 
 
 
Falhas do Desenvolvimento 
0 Em relação a essas falhas, Elsa ressalta: 
0 “Cada indivíduo está destinado a amadurecer, e isto 
significa unificar-se e responder por um eu. Em função 
disto, o que falha no processo, e não é integrado por 
meio da experiência, não é simplesmente um nada, mas 
uma perturbação”. (Dias, 2003) 
0 
 
Amadurecimento 
0 “Há tudo que é herdado, incluindo os processos de 
maturação, e talvez tendências patológicas; estastêm uma realidade própria e ninguém pode alterá-
las; ao mesmo tempo o processo maturativo 
depende para a sua evolução da provisão do 
ambiente. Poderíamos dizer que o ambiente 
favorável torna possível o progresso continuado 
dos processos de maturação. Mas o ambiente não 
faz a criança. Na melhor das hipóteses possibilita à 
criança concretizar seu potencial”. (Winnicott, 
1965r [1963], p. 81). 
 
Amadurecimento 
0 Ao fazer uma apresentação sequencial dos 
estágios, ele chama atenção para o fato de que o 
desenvolvimento emocional não é um processo 
linear, uma vez que esses estágios se superpõem. 
0 Em cada um desses estágios, competem ao 
indivíduo tarefas de natureza distintas, que são 
decorrentes da própria tendência à integração. 
0 À medida em que essas tarefas vão sendo 
conquistadas, elas vão se integrando à 
personalidade. 
 
Saúde Mental 
0 A saúde mental do indivíduo com respeito à exclusão 
de doença psicótica foi estabelecida pelo lactente e a 
mãe juntos nos estágios iniciais do crescimento e do 
cuidado do mesmo. 
 
 
 
 
Papel da mãe para a 
sociedade 
A saúde mental do indivíduo está 
sendo construída desde o início 
pela mãe. 
 
Ao oferecer um ambiente em que 
processos evolutivos e interações 
naturais do bebê com o meio, 
podem desenvolver-se, de acordo 
com seu padrão hereditário. 
 
Papel da mãe para a 
sociedade 
A preocupação não está centrada somente com a doença ou 
com distúrbios psiquiátricos. 
 
Está centrada na riqueza de personalidade, com a força do 
caráter e com a capacidade de ser feliz, bem como com a 
capacidade de revolucionar e rebelar-se. 
 
 
A mãe está assentando, sem que o saiba, as bases da saúde 
mental do indivíduo. 
Referências bibliográficas 
WINNICOTT, D. W. O ambiente e os processos de 
maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento 
emocional. Porto Alegre, Artes Médicas, 1990. 
_________________ A Criança e seu mundo. Rio de Janeiro: LTC 
– Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982. 
_________________ Explorações psicanalíticas. Porto Alegre: 
Editora Artes Médicas Sul, 1994. 
_________________ O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: 
Imago editora ltda., 1975.

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